ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
SAÚDE BUSINESS WEB
Obrigatoriedade de certificação de qualidade de hospitais é aprovada
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (10) projeto que obriga hospitais, públicos ou privados, vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS), a passarem por avaliações periódicas e processos de certificação da qualidade. Aprovada em decisão terminativa, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.
O projeto de lei do Senado (PLS 126/2012), do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), remete à autoridade sanitária a responsabilidade de elaborar regulamento que estabeleça a metodologia, os indicadores e os padrões de qualidade admitidos. Tal regulamento também deverá determinar a periodicidade da avaliação, assim como os critérios para a habilitação dos prestadores de serviços de avaliação e certificação da qualidade.
Além dos serviços hospitalares, a proposta sugere a possibilidade de a avaliação e certificação da qualidade serem estendidas a outros serviços de saúde. A avaliação periódica é importante, ressaltou a relatora da matéria, senadora Ângela Portela (PT-RR), em razão do risco que pode atingir a população.
Ao concordar com Vital do Rêgo sobre a importância da avaliação externa, Ângela Portela ressaltou que a medida contribui para assegurar prestação de serviços hospitalares em consonância às normas recomendadas por organismos internacionais, como a Organização Panamericana de Saúde.
“A introdução de práticas de avaliação e de busca de melhoria da qualidade da atenção em saúde se fez muito tardia e lentamente em nosso meio e se faz necessário estimular sua adoção por nossos serviços, em especial frente ao crescimento da complexidade da atenção à saúde, que se observa nos últimos anos”, enfatizou a relatora.
O texto inicial prevê a obrigatoriedade de avaliação, acreditação e certificação da qualidade de hospitais. Porém, emenda apresentada pelo senador Humberto Costa (PT-PE) retirou o termo “acreditação”. A relatora, ao acatar a emenda, observou que tal supressão não compromete o mérito da proposta.
………………………………………..
O POPULAR
Anápolis
Rejeitada defesa da Saúde sobre pagamentos a médicos
Paulo Nunes Gonçalves
O Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS/Denasus) voltou a rejeitar as justificativas apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre uma defasagem de quase R$ 1,7 milhão, referente aos exercícios de 2009 e 2010. Esse montante foi pago a médicos plantonistas do Serviço Móvel de Urgência (Samu), sem que o órgão tivesse apresentado a devida comprovação de que os atendimentos tenham sido realizados.
No primeiro relatório, divulgado em setembro do ano passado, o Denasus apontava uma série de irregularidades, que foram posteriormente sanadas pela SMS. Porém, no terceiro relatório, a defasagem financeira – a principal denúncia – continua em aberto, com o órgão federal exigindo que o valor seja ressarcido pelos ex-secretários Wilmar Martins, Roberson Guimarães e Irani Ribeiro.
De acordo com o relatório, “após análise dos livros de atas (TARMs e enfermagem) apresentados, ficou confirmada a denúncia levantada pelo Conselho Municipal de Saúde sobre a falta do profissional médico escalado para cobertura de plantão”. O relatório afirma ainda que nos livros havia a expressão “Sem Médico”, porém não há como precisar o número de plantões descobertos.
Em dezembro do ano passado, a SMS apresentou defesa, afirmando que não há registro na imprensa local de denúncia ou insatisfação em relação à omissão de socorro do Samu; que os serviços sempre foram realizados e o relatório é indiferente a esse aspecto e que o serviço prestado e pago não pode ficar à mercê de um livro de frequência. Por fim, a secretaria apresentou documentação da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Municipal, Hospital de Urgências e do Samu, dando o número de atendimentos realizados em 2009 e 2010.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Teixeira, disse que está preparando nova defesa, em que novos documentos serão anexados, relatando, por exemplo, o trabalho feito pela regulação, que é executada por um profissional médico. “Acredito que com mais esses documentos, sobretudo o da regulação, a situação ficará esclarecida”, previu.
A denúncia, inicialmente levantada pelo Conselho Municipal de Saúde, foi encaminhada ao Ministério Público Federal, que, em setembro do ano passado, pediu à Polícia Federal que instaurasse inquérito para apurar responsabilidades. De acordo com o delegado Angelino Alves de Oliveira, o inquérito, que está sob a responsabilidade do delegado Carlos José Ribeiro, desenvolve-se em segredo de justiça. Angelino Alves informou apenas que o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcelo Rodrigues Silveira, foi ouvido. No momento, o delegado Carlos José está identificando as pessoas citadas no processo para intimá-las. O inquérito policial terá de ser concluído até o dia 7 de maio
……………………………………………………………….
Cigarro
Portaria visa ampliar atendimento
Camila Blumenschein
Uma portaria que amplia o acesso de pessoas tabagistas ao tratamento contra o fumo foi assinada pelo Ministério da Saúde (MS) no último domingo. A medida permite ampliar em até 10 vezes o número de unidades e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem tratamento aos fumantes em todo o País. Em março, o tratamento para quem deseja parar de fumar foi ampliado para 25 municípios em Goiás.
No mês passado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou com 75 profissionais de saúde o curso de Atendimento ao Paciente Fumante, que faz parte de um programa preconizado pelo MS. São médicos, enfermeiras, nutricionistas e psicólogos que já começaram a realizar o atendimento aos pacientes tabagistas de cidades como Edealina, Goianira, Cidade de Goiás, Jussara, Morrinhos e Jataí.
Em Goiás, 5 mil pessoas já aderiram ao programa de Atendimento ao Paciente Fumante. Com a ampliação do atendimento em novos municípios, a estimativa é de que nesse ano, aproximadamente 8 mil pessoas tenham procurado ajuda para deixar o vício.
O tratamento ao paciente fumante na capital já é realizado desde 2005. Conforme a chefe da Divisão de Doenças Crônico Degenerativas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Adacy Macedo, no ano passado, 53 grupos foram atendidos em Goiânia. “São grupos de 25 pessoas que realizam o tratamento durante 6 meses. Este ano já temos 21 grupos formados”, diz. O atendimento é realizado nos Distritos Sanitários e nos Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais).
Segundo Adacy Macedo, Goiânia é considerada referência no País em relação ao Atendimento ao Paciente Fumante. “De dez pacientes atendidos na capital, oito param de fumar”, destaca. Adacy frisa que é necessário que o paciente queira participar do tratamento.
Tratamento para largar vício tem duas fases
Na primeira fase do tratamento o paciente fumante participa de terapias em grupo e, se houver necessidade, recebe antidepressivos e ansiolíticos. O acompanhamento é feito por uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, nutricionistas e psicólogos.
Logo no início do tratamento o paciente começa a aprender como se livrar da dependência do cigarro e é orientado a adotar novos hábitos, principalmente nos momentos que os especialistas chamam de vontade intensa. Entre os hábitos incentivados estão: beber muita água, substituir o cigarro por alimentos de baixa caloria e exercícios físicos.
A fase seguinte, a de manutenção, dura um ano e inclui a participação em grupos de apoio para quem está iniciando o tratamento. O acompanhamento psicológico e nutricional continua para evitar recaídas ou ainda a substituição do vício.
………………………………………….
O HOJE
Goiás é segundo em incidência de dengue
Balanço do Ministério da Saúde aponta que Estado está atrás apenas de Mato Grosso do Sul quando avaliados índices relativos
JOSÉ ABRÃO
Balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde revela que 11 Estados brasileiros concentram 74,5% dos casos de dengue notificados nos primeiros três meses deste ano: 532.107 de um total de 714.226 casos considerados suspeitos. Goiás aparece na lista como o 2º com o maior índice de infestação, atrás apenas de Mato Grosso do Sul.
De 1º de janeiro a 30 de março (nas 13 primeiras semanas do ano), Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás registraram índices que vão de 304,9 a 3.105 casos da doença por 100 mil habitantes.
A Região Centro-Oeste é, disparado, a com maior índice de infestação, apresentando 1.320 casos para cada 100 mil habitantes. Goiás, com 84.131 casos (sendo mais de 42 mil somente em Goiânia), representa 11,77% dos casos nacionais. O índice, de 1.366 casos por 100 mil habitantes, só fica atrás de Mato Grosso do Sul, que registrou 77.782 casos – índice recorde de 3.105 por 100 mil habitantes.
O governo federal trabalha com três níveis de incidência de dengue: baixa (até 100 casos por 100 mil habitantes), média (de 101 a 300 casos) e alta (acima de 300). A média nacional é 368,2 casos por 100 mil habitantes. Santa Catarina, com 364 casos até o final de março, é o Estado com menor índice de casos de infestação, de 5,7 para cada 100 mil habitantes.
Em números absolutos, Minas Gerais é o com maior registro, são 152.230 notificações, sendo o índice de infestação de 766 casos para 100 mil habitantes. São Paulo também apresentou um aumento significativo: de 10.992 casos em 2012, o número pulou para 122.010. Pernambuco apresentou a maior redução, de 17.451, caiu para 1.641
O Ministério da Saúde ressaltou que, embora o País contabilize aumento nos casos suspeitos, foi registrada uma redução de 5% dos casos graves em relação ao mesmo período de 2012. No ano passado, ocorreram 1.488 casos graves e, neste ano, foram confirmados 1.417. Já em relação ao mesmo período de 2011 (5.361), houve redução de 74% e, em comparação com 2010 (7.804), de 82%.
Idosos são grupo mais vulnerável à doença
De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados na manhã desta quarta-feira (10), 42% das vítimas fatais de dengue são pessoas idosas. Pessoas acima de 60 anos têm 12 vezes mais chances de morrerem da doença, como alerta o Ministério.
Foram registradas 132 mortes por dengue no Brasil em 2013. Em Goiás, foram 7 mortes confirmadas contra 16 em 2012. Pela preocupação com a população acima de 60 anos, o Ministério da Saúde orienta os idosos a procurarem um posto de saúde ainda nos sintomas iniciais da doença, como dor de cabeça, febre, diarreia e dor no corpo. (com Agência Brasil)
………………………………………..
PORTAL RÁDIO 730
Diretor geral do Materno Infantil nega ter causado rombo em hospital que dirigiu em Minas Gerais
Há um ano Ronan Pereira Lima foi demitido da Fundação Geraldo Correia por má gestão
O diretor geral do Hospital Materno Infantil de Goiânia (HMI), Ronan Pereira Lima, negou que tenha causado um rombo de R$ 70 milhões quando geriu a Fundação Geraldo Correia, entre 2007 e 2009, em Divinópolis (MG). Ele admitiu que deixou dívidas na instituição, mas se defendeu dizendo que quando assumiu o cargo a entidade filantrópica já possuía muitas dívidas. As declarações foram dadas na manhã desta quarta-feira (10), em entrevista à Rádio 730.
No início do mês de abril, a Rádio e o Portal 730 veicularam uma matéria citando que Ronan foi demitido por má gestão da Fundação Geraldo Correia.
De acordo com Ronan, grande parte da dívida foi causada pela construção de um prédio para aumentar o atendimento do Hospital São João de Deus aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós construímos um prédio de 11 andares para atender pacientes do SUS,” argumentou.
O atual gestor do HMI em sua defesa ainda alegou que nunca foi acusado de fraude. Além de perder o emprego, Ronan renunciou a ordem dos hospitaleiros, da qual participava há 23 anos.
Materno
O HMI, assim como as demais unidades de saúde pública, sofre com a superlotação. Para o diretor geral, a grande causa são os atendimentos básicos realizados pelo hospital, quando estas consultadas deveriam ser feitas pelos postinhos, cais e hospitais municipais. “Ocupamos muito os nossos espaços e serviços com atendimento básico, quando tem se muito atendimento grave para fazer,” disse.
Ronan joga a responsabilidade desta questão para a Administração Pública. De acordo com ele, os governos precisam encontrar uma maneira de fazer com que somente os casos mais graves sejam encaminhados ao HMI.
DIÁRIO DA MANHÃ
Cresce consumo abusivo de álcool no Brasil em 6 anos
FERNANDA BASSETTE
O consumo abusivo de álcool cresceu 31,1% na população brasileira nos últimos seis anos, especialmente entre as mulheres jovens. Os dados constam do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulgado nesta quarta-feira por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Foram entrevistadas 4.607 pessoas com 14 anos ou mais em 149 municípios brasileiros. Houve um aumento expressivo do 'beber em binge', um indicador de consumo nocivo de álcool, onde a pessoa ingere de 4 a 5 doses em um período de menos de duas horas.
Apesar de a pesquisa demonstrar que metade da população brasileira não consome álcool, houve um aumento geral de 20% na frequência do uso de bebidas alcoólicas. 'Metade da população não bebe, isso desmistifica aquela ideia de que todo mundo bebe. O que preocupa nesses resultados é que aumentou em 20% o consumo na outra metade', diz o psiquiatra e professor Ronaldo Laranjeira, um dos autores da pesquisa.
Um dos dados positivos da pesquisa é que, depois que a Lei Seca entrou em vigor, caiu 21% o número de pessoas que relataram ter bebido e dirigido no último ano – o que demonstra uma tendência de diminuição desse hábito.
…………………………………………
ALERGIAS INCOMUNS
Pele empolada, glote fechada, suor, vômito… Ciência ainda busca saber mais sobre assunto: existem pessoas com alergias raras
NILO ALMEIDA
Entrar em contato com água da torneira, comer canela, alho ou baunilha dentre outros alimentos e substâncias que passam despercebidos no dia a dia da maioria das pessoas, para outras pode ser sinônimo de fortes reações físicas – as temidas alergias que, se não detectadas, podem levar um indivíduo até mesmo à morte.
As alergias à canela, alho, pimenta-do-reino e a baunilha afetam 3% da população mundial e “podem restringir muitas atividades do cotidiano” segundo o doutor Sami Bahna, do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI), nos Estados Unidos. Bahna conclui que as mulheres têm maior probabilidade que os homens de desenvolver alergias a temperos, uma vez que esses ingredientes não estão presentes apenas nas comidas, mas também nos cosméticos, já que maquiagem, óleos corporais e perfumes costumam conter uma ou mais substâncias extraídas dos alimentos.
A vasta gama de alergias raras não acaba por aí: telefones celulares, plantas ornamentais exóticas, vinhos, conservantes, carne bovina, hena, ouro e até o suor são alguns produtos e substâncias que podem desencadear reações nas pessoas mais sensíveis.
A água da torneira pode ser a causadora do aumento das alergias aos alimentos por ser rica em substâncias químicas usadas no seu processo de purificação, como o cloro, afirma a doutora Elina Jerschow, professora de alergologia da Universidade Yeshiva, em Nova York (EUA).
De acordo com as últimas evidências científicas, no entanto, além dos frequentes causadores de espirros, lágrimas, coceira, irritações e problemas respiratórios, há outros agentes menos conhecidos, mas igualmente capazes de desencadear reações físicas muito desagradáveis e, em algumas ocasiões, graves.
Segundo o alergologista da ACAAI, esses produtos geram 2% das alergias alimentares, mas são pouco diagnosticados porque não há provas cutâneas ou sanguíneas definitivas para detectá-los. “Quanto mais picante é uma especiaria, maior é o risco de ser alergênica”, relaciona o especialista. “Os pacientes, não raro, precisam tomar medidas extremas para evitar o alergênico, o que pode levá-los a ter uma dieta rigorosamente específica, uma qualidade de vida mais baixa e, em alguns casos, sofrerem até alguma desnutrição”, conta Bahna.
O alergologista acrescenta que o tratamento dessas alergias é muito complexo porque algumas misturas contêm de 3 a 18 elementos orgânicos, e lembra que ferver, fritar e cozinhar os alimentos em questão pode reduzir os agentes alergênicos em alguns casos e aumentá-los em outros, dependendo da substância.
ALERGIAS DO SEXO
“Na década de 1960, foram estudados os casos de vários homens britânicos sensíveis às secreções das vaginas de suas mulheres, o que lhes causava uma forte irritação física após cada relação”, explica o médico alemão Jürgen Brater, que pesquisa aspectos raros e pouco e conhecidos da Medicina.
Segundo Brater “também foram relatados casos de mulheres com reações alérgicas vaginais ao esperma de seu parceiro, que consistiam geralmente em inchaço, coceira e até mal-estar geral”.
Segundo Brater, alergias íntimas continuam sendo raras, entre outras causas pela dificuldade do diagnóstico médico, já que os sintomas tópicos também “são comuns às infecções por parasitas, bactérias e ferimentos. A diferença é que, no caso das alergias sexuais, o mal-estar começa em geral entre cinco e 15 minutos depois da relação”.
Além disso, acrescenta: “Houve casos de esposas alérgicas aos pelos do marido, e ainda aos beijos, que devia ser, na realidade, uma incompatibilidade com determinados alimentos cujos resíduos ficaram na boca do parceiro.” Outra irritação frequente na cama é a alergia ao látex dos preservativos, segundo o médico.
A Universidade de Cincinnati (UoC), em Ohio (EUA), estudou a 1.073 mulheres que apresentavam sintomas compatíveis com a alergia ao sêmen e cujos sintomas apareciam de 15 a 30 minutos depois do ato sexual, comprovando que 130 das pacientes eram alérgicas ao fluido. Segundo os especialistas da UOC, em alguns casos o organismo feminino não é alérgico ao sêmen, mas sim a substâncias ingeridas ou inaladas pelo homem e absorvidas pelo organismo. A reação alérgica pode ser causada, ainda, por uma proteína secretada pela próstata e contida no esperma.
Ainda mais rara é a alergia ao próprio sêmen, documentada em publicações médicas desde 2002, que o homem ter sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, coriza, fadiga extrema e queimação nos olhos após ejacular. Detalhe: durante uma semana.
O doutor Marcel Waldinger, professor de Psicofarmacologia Sexual na Universidade de Utrecht, na Holanda, publicou dois estudos sobre a alergia ao próprio sêmen, conhecida como síndrome pós-orgásmico. Segundo Waldinger, embora a síndrome seja rara, é provável que muitos homens que sofrem dela não vão ao médico porque não a veem como uma doença, acreditam que sua causa seja apenas psicológica, se envergonham e ficam confusos.
Na comunidade médica se discute sobre se a síndrome de fato existe e quais seriam suas causas, porque poucos relatórios científicos sobre o tema foram elaborados e, é curioso que o sêmen só provoque uma reação imunológica ao ejacular e não cause mal-estar enquanto armazenado nos testículos.
SEMANA MUNDIAL DA ALERGIA
A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia em Goiás (Asbai-GO) realiza desde segunda-feira, 8, a domingo, 14, a Semana da Alergia. A iniciativa é uma mobilização de profissionais da área médica e da comunidade, através da mídia, sobre a crescente incidência de casos de alergia alimentar. Esta mobilização está vinculada à Semana Mundial da Alergia (World Alergy Week) realizada no mesmo período em diversos países.
A temática escolhida em 2013 é Alergia Alimentar, muito recorrente na atualidade e que afeta crianças na maioria dos casos. Além de aderir à mobilização mundial, a Asbai-GO vai realizar, em setembro de 2013, a 3ª Jornada de Alergia Alimentar, o evento vai envolver cursos, palestras e oficinas voltados para médicos e pacientes de Goiânia.
A Asbai-Go pretende realizar uma grande mobilização ao longo desta semana alertando a população goiana sobre o principal vilão de alergia alimentar no Brasil: o leite de vaca e seus derivados, além de destacar as alergias provindas da clara de ovo, dos frutos do mar e das sementes.
Em 2013, a Asbai-GO destaca o diagnóstico de alergia em sua avaliação molecular, procedimento que ainda está em fase experimental. Há laboratórios que já realizam testes com componentes de proteínas alergênicas para identificar se uma pessoa sofre de alergia ou intolerância e se o paciente é altamente alérgico ou não apresenta indícios desensibilização.
Duas inovações para tratar a doença estão em discussão: os autoinjetores de adrenalina, medicamento muito utilizado na Europa e Estados Unidos que não liberado pela Anvisa no Brasil e a imunoterapia oral, nova técnica alternativa de tratamento que utiliza pequenas doses do alimento para o paciente, com aumento gradativo, até que ele se torne tolerante.
O médico alergista Daniel Strozzi, vice presidente da Associação dos Portadores de Alergia Alimentar de Goiás (Apaa-GO), ressalta que Goiânia é referência no tratamento de pacientes que têm alergia a alimentos: “Temos pacientes do Mato Grosso, Pará, Tocantins, Bahia, Maranhão, Acre, entre outros Estados. Goiânia é referência nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, a exemplo do que acontece com tratamentos oftalmológicos e de câncer.” Goiânia é referência para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Para o especialista o agravante dos casos de alergia alimentar que costuma tratar é a falta de conhecimento da população, e o recorrente diagnóstico equivocado de alergias que na verdade são casos de intolerância a determinados alimentos. “O principal problema é a falta de informação, que leva até mesmo ao uso de medicações erradas, resultantes de falsos diagnósticos” explica o médico.
Por indicação de Strozzi, a Redação do Diário da Manhã foi até à casa de Maria Cristina Diniz, mãe do garoto Samuel Diniz, de seis anos de idade. Samuel foi indicado por ser um paciente “com um caso muito incomum” aponta o médico. O garoto é alérgico a ovos, leite, trigo, milho e amendoim, além de pelos de vários animais, ácaros, perfumes e produtos de limpeza.
Sua mãe relata que até descobrir as alergias de Samuel passou por oito médicos diferentes, dentre eles alergistas, pediatras e dermatologistas. Maria Cristina conta que era comum que seu filho tivesse falta de ar e dermatite atópica (uma doença de pele) em decorrência da ingestão de alimentos. “Os médicos sempre apontavam resistência à lactose” comenta a mãe.
Após passar por vários médicos Maria Cristina encontrou a resposta para o caso de Samuel. A mãe conta que também é alérgica e que além de Samuel é mãe de trigêmeos, e um deles é intolerante à lactose: “Lido tanto com alergia quanto com intolerância aqui em casa, sei bem como são estas doenças, e digo que são bem diferentes”.“É preciso estar atento às reações que acontecem após a ingestão de alimentos pelas crianças e procurar um especialista” aconselha Maria Cristina. (Com EFE)
Nem os exercícios escapam
Em relação às reações alérgicas alimentares estimuladas pela atividade física, a doutora Montserrat Fernández Rivas, da Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica (SEAIC) explica que “deve haver uma sensibilidade ou predisposição ao alimento para que se produza a explosão alérgica após a prática de uma atividade física, como dançar”.
“Essas reações – cujo mecanismo exato não é conhecido – não são muito frequentes e acontecem quando o paciente faz exercícios nas três ou quatro horas posteriores à ingestão de alimento. As reações mais características costumam ser urticárias, dificuldade respiratória e até queda da pressão”, disse a alergologista.
Por outro lado, algo tão simples como a água da torneira pode ter parte da culpa no aumento das alergias aos alimentos, devido aos produtos químicos presentes no líquido, segundo um novo estudo realizado nos EUA.
Os pesquisadores do Acaai detectaram que os altos níveis de diclorofenol, uma substância química que encontrada nos pesticidas utilizados pelos agricultores, que também se emprega para clorar a água, estão associados a alergias alimentares.
“Os altos níveis elevados de diclorofenol que os pesticidas contêm, possivelmente podem diminuir a tolerância alimentar em algumas pessoas, causando alergia a alguns alimentos”, concluiu a alergologista Elina Jerschow, integrante do Acaai, professora de Medicina da Universidade Yeshiva, de Nova York e coordenadora da pesquisa.
O QUE É ALERGIA ALIMENTAR
O sistema imunológico defende o corpo de substâncias nocivas, tais como bactérias, vírus e toxinas. Em pessoas alérgicas, a resposta imunológica é desencadeada por uma substância que costuma ser inofensiva, um alimento específico nos casos de alergia alimentar.
A alergia alimentar é uma resposta imunológica desencadeada pela ingestão de alimentos. Nos organismos de quem sofre desse tipo de alergia os alimentos são encarados como antígenos (partículas ou moléculas capazes de iniciar uma resposta imunológica) e que precisam ser combatidos pelos anticorpos, desencadeando em reações alérgicas.
As reações mais comuns são: anafilaxia (reação alérgica sistémica, severa e rápida, caracterizada pela diminuição da pressão arterial; taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea, acompanhada ou não de edema da glote); urticárias (irritações e inchaço na pele); inchaço da língua e tecidos da garganta e incapacidade de engolir.
A causa das alergias alimentares está relacionada à produção de anticorpos imunoglobulina que provoca alergias a um alimento específico. “Este tipo de alergia é muito confundido com a intolerância a alimentos”, afirma dr. Strozzi. “As alergias alimentares são menos comuns” completa o especialista. Em uma alergia alimentar real, o sistema imunológico produz anticorpos e histamina em resposta a um alimento específico. Intolerância alimentar se trata de uma resposta do organismo causada pelo consumo de um determinado alimento, sem que haja intervenção do sistema imune nessa resposta.
CASOS MAIS
COMUNS
Cada vez mais recorrentes no mundo todo, segundo o dr. Daniel Strozzi, os casos de alergia alimentar se manifestam com mais frequência em crianças. Nestes casos os alimentos causadores de alergia mais comuns são leite, ovo, trigo, soja e milho, todos muito comuns na dieta das famílias brasileiras.
Para orientar os pais de crianças que sofrem de alergia a algum destes alimentos existe uma página no Facebook administrada pela Apaago, contendo dicas e receitas que podem compor uma dieta equilibrada que se adeque a casos de alergia alimentar. Dentre os adultos os casos mais recorrentes são de alergia a crustáceos, peixes e castanhas.
…………………………………………….
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação