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O POPULAR
Prevenção
Projeto Boa Visão começa atendimento
Bárbara Daher
Começa hoje o atendimento de quase 12 mil pessoas pelo “Projeto Boa Visão”, realizado anualmente desde 1995 pela Fundação Jaime Câmara. Com apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME) e do Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG), o projeto tem como objetivo a prevenção à cegueira. Todos os alunos da rede municipal de ensino participam gratuitamente do projeto, passando por consultas médicas e exames oftalmológicos.
Este ano, a SME cedeu as instalações da Escola Municipal Brice Francisco Cordeiro, no Conjunto Itatiaia, para realizar os atendimentos, que se iniciam às 7h30 de hoje. Baseada nos atendimentos dos anos anteriores, a Fundação espera que o projeto atenda 11,5 mil pessoas em 2013. Além das consultas, quem necessitar de correção visual terá, gratuitamente, a fabricação dos óculos de acordo com o receituário médico e a indicação de quaisquer tratamentos necessários para as doenças oculares detectadas. Os procedimentos clínicos e cirúrgicos serão realizados na sede do Cerof, coordenados pelo oftalmologista Marcos Ávila, coordenador geral do Centro. (02/05/13)
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O HOJE
Casos de dengue caem 59%
Números da doença em todo o território nacional tiveram queda em comparação entre as três primeiras semanas de abril e março
Uma comparação entre as três primeiras semanas de abril em relação a março revelou uma redução de 59% do número de casos de dengue em todo o território nacional, segundo balanço do Ministério da Saúde.
Em abril, o Ministério registrou 96.036 casos, o que representa uma redução de 59,35% em relação ao mês de março, que teve 236.256. A redução ocorreu em todas as regiões neste mês de abril. A maior redução ocorreu na região Sudeste, principalmente, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais em que registrou queda de 66% (passando de 143.870 para 48.772). Em São Paulo, o número caiu de 34.535 para 48 casos no período. No Rio, houve queda de 64%, passando de 18.742 para 6.770 casos.
No entanto, o número de mortes causadas pela dengue no Estado do Rio subiu para 16 desde o início do ano, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Desde janeiro, já foram notificados 136.472 casos suspeitos de dengue no Estado.
A região Norte teve redução de 50% (de 9.187 para 4.611), o Nordeste retraiu 59% (de 14.492 para 5.978), o Centro-Oeste registrou queda de 56% (de 49.160 para 21.839) e o Sul teve variação de 24% (de 19.547 para 14.836). Apesar da queda, o Ministério da Saúde alerta que o combate à dengue deve ter ações permanentes durante o ano inteiro.
Neste ano, o pico da transmissão ocorreu na primeira semana de março, quando foram registrados 84.122 casos. A partir deste período, houve uma redução progressiva da doença. Essa tendência é observada em todas as regiões que tiveram transmissão intensa da dengue durante o ano. No Centro-Oeste, que tem a sazonalidade antecipada, o pico da transmissão ocorreu na última semana de janeiro.
"Neste ano tivemos uma intensa transmissão da dengue, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. Em todo o país, foi registrado um aumento aumento de 189% em relação ao ano passado", explica o Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Barbosa ressalta que as causas do aumento são diversas, desde a circulação de um novo subtipo do vírus -o DENV 4- como a paralisação das ações de combate ao mosquito depois das eleições, em alguns municípios.
"Estas condições favoreceram uma forte transmissão da dengue desde o final de 2012", observou.
O Ministério da Saúde alerta que o combate à dengue deve ter ações permanentes em todos os municípios.
"Não podemos relaxar no combate ao mosquito. A prevenção precisa ser mantida durante todo o ano. É importante que a população continue verificando o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito", destaca o secretário.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, acima de 38 graus, dor de cabeça atrás dos olhos, dor nas articulações e sonolência. Também podem ocorrer manchas vermelhas no corpo, vômito e enjoo -sintomas que indicam maior gravidade da doença.
O tratamento principal é hidratação intensa, com cinco a sete litros de líquidos por dia, e o doente deve ser levado imediatamente a uma unidade de saúde para exame. (02/05/13)
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DIÁRIO DA MANHÃ
No feriado dos outros, o nome deles é trabalho
Enquanto maioria curte casa, no conforto do feriado do trabalhador, profissionais vão às ruas, hospitais e onde serviços essenciais são imprescindíveis
LEANDRO ARANTES
Dia 1º de Maio é o Dia Internacional do Trabalhador, sendo feriado em diversos países. Ontem, muitos aproveitaram a folga para estar com a família, ficar em casa sem fazer nada, ir para o clube ou um barzinho no fim de tarde. Mas nem todos puderam aproveitar a data dessa maneira. Existem muitas profissões em que os trabalhadores nunca param, não há feriados ou fins de semana, isso para dar certa tranquilidade às pessoas que estão descansando.
Ontem, em pleno feriado, o Corpo de Bombeiros de Goiânia precisou atender a oito ocorrências, todas ao mesmo tempo. Enquanto a maioria da população estava em casa descansando, eles estavam, literalmente, apagando fogo. O coronel e comandante do Corpo de Bombeiros, Carlos Helbingen Junior, conta que a profissão exige uma rotina diferenciada e a família precisa se adaptar a isso. Ele falar que, quem atua na função, é por que realmente gosta do que faz. “Se a pessoa trabalha apenas para ganhar dinheiro, ela fia cinco dias da semana fazendo o que não gosta para aproveitar somente os dois dias do fim de semana. O bombeiro não é assim, como gostamos do que fazemos, aproveitamos todos os sete dias da semana, mesmo estando em serviço”, destaca.
A técnica de enfermagem Naide Ferreira Braga, do Hospital Geral de Goiânia (HGG) afirma que trabalha na área há 22 anos e que para a profissão não existe Natal, Ano Novo ou qualquer outro feriado. Eles têm que estar disponíveis sempre, pois a doença não escolhe dia para aparecer. Ela conta que aprendeu a gostar de trabalhar nessas datas em que a maioria está descansando e que a família entende suas ausências. “No início, quando tínhamos criança pequena, era muito difícil, agora que eles cresceram não tem problema mais não”, explica.
Os policiais são outros trabalhadores que nunca podem parar. Eles atuam em regime de plantões, e todos os dias da semana, independente de ser feriado ou fim de semana, estão sempre na ativa. O cabo da Polícia Militar, Joselito Pereira, e o soldado Marcos Vinícios, que patrulhavam as ruas nesse 1º de Maio, afirmam que muitos bandidos aproveitam os momentos em que a população está fora de casa, em um feriado, para praticarem furtos, por isso devem estar sempre atentos. O cabo reclama que a profissão exige muito do trabalhador, e que eles estão sempre longe da família. “Esse é o grande problema, o policial militar é muito ausente em casa, eu tenho uma filha de 20 anos e não a vi crescer, a gente fica devendo muito a nossas famílias”, desabafa.
Para a médica Ana Carolina Leite, a gratificação que sente em cuidar das pessoas compensa a ausência de feriados e o tempo que passa longe da família. Ela diz que a escolha pela profissão a fez abdicar de muitas coisas, e isso é uma delas. Ana tem 24 anos e conta que aprendeu conciliar a profissão, que não lhe dá feriados ou fins de semana, com os momentos de lazer, mas muitas vezes os pais se queixam da ausência. “Não é da mesma forma que outros jovens que exercem outras profissões, mas não abro mão do meu lazer, sempre que posso eu saio pra me divertir”, conta.
Paulo Roberto Rodrigues aproveita o feriado, não para descansar, e sim para vender picolé na entrada do Parque Mutirama. Ele trabalha há três anos com um carrinho de picolé, e conta que os fins de semana e feriados são os dias em que mais vende, por isso não pode ficar em casa nessas datas. Ele diz que, antes de vender picolé, era garçom e porteiro de prédio, e também trabalhava nos feriados. “Acho normal trabalhar nesses dias, trabalho com prazer”, afirma. (02/05/13)
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Grávida espera 14h por parto em hospital e bebê morre
OLIVIA PROENÇA
Pais de um recém-nascido morto após sofrer uma parada cardiorrespiratória pouco tempo após o parto denunciam que o Hospital Municipal de Cristalina, foi negligente ao realizar o atendimento médico.
Ana Paula Silva, mãe da criança, afirma que chegou à unidade sentindo fortes contrações, mas foi encaminhada para a sala cirúrgica somente depois de esperar 14 horas por atendimento.
Familiares do bebê que estão revoltados com a situação, registraram ocorrência na Polícia Civil alegando que houve demora no atendimento. A família também chegou a realizar um protesto em frente ao hospital pedindo Justiça. “Trazer a nossa filha nós não vamos conseguir, mas a gente quer saber quem foi o responsável para que isso não possa acontecer com outras famílias”, desabafa o pai do bebê, Lucas Arraes.
A direção do Hospital Municipal de Cristalina alegou que a criança nasceu com dificuldades para respirar e precisava ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Com isso, foi solicitada uma vaga nas UTIs de Catalão, Goiânia, Anápolis e Brasília, mas estavam todas lotadas.
Maks Wilson Lustosa, secretário de Saúde de Cristalina, contesta a versão dos familiares do bebê. “Os municípios não têm o que fazer. Os hospitais públicos das cidades fazem todos os meios legais disponibilizados para realizar o atendimento, mas quando não tem vaga é uma questão de estado, de regulação mesmo. A mãe e o bebê receberam o atendimento possível em Cristalina”, declara o secretário.
A Central de Regulação em Goiânia afirmou em nota que não houve nenhuma solicitação de vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal para a recém-nascida. (02/05/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação