Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10/05/13

 

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

IPASGO

Ipasgo antecipa pagamento de faturas da rede prestadora

O Ipasgo creditou nesta quinta-feira, 9, os valores referentes às consultas e procedimentos realizados por profissionais (médicos, odontólogos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais) entre os dias 25 de fevereiro a 25 de março, cujas faturas foram entregues no início de abril. Foram mais de R$ 13 milhões repassados aos prestadores de serviço.
O prazo de pagamento de 39 dias, é o menor feito pelo Ipasgo nas últimas gestões. Na última sexta-feira, o Instituto concluiu o repasse aos prestadores de cerca de R$ 8 milhões referentes à coparticipação, que é a contrapartida (30%) paga pelos usuários no momento da consulta ou do procedimento. A coparticipação creditada é referente aos atendimentos feitos no mês de abril.
Também nesta quinta-feira o Ipasgo começou a solicitar as notas fiscais dos hospitais, clínicas e laboratórios credenciados para efetuar o pagamento aos estabelecimentos prestadores de serviço, que é feito cerca de 5 dias depois da entrega das notas.
O esforço do Ipasgo em reduzir o tempo de pagamento dos profissionais e estabelecimentos credenciados visa a valorização dos prestadores e faz parte da política da atual gestão de melhorar continuamente o atendimento aos cerca de 600 mil usuários do Ipasgo Saúde.
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PORTAL GOIÁS AGORA

Polícia liberta dependentes químicos em condições subumanas em Goiatuba

A Polícia Civil prendeu três pessoas e interditou a clínica de recuperação para dependentes químicos Vida Nova, em Goiatuba. A ação foi desencadeada nesta quinta-feira, dia 9, e integra a Operação Dilúvio. O estabelecimento não possuía qualquer autorização de funcionamento e os funcionários praticavam tortura contra os dependentes, segundo a Polícia Civil.
De acordo com o delegado de Gustavo Carlos Ferreira, a clínica possuía duas unidades. A maior estava localizada na GO-515, entre Goiatuba e Panamá. Havia 59 homens encarcerados no local, sendo quatro menores de idade. A outra unidade estava na Rua Piauí, na zona rural de Goiatuba. O local abrigava 24 pessoas, sendo três delas menores.
Em ambos os locais a Polícia Civil encontrou péssimas condições estruturais, superlotação, alimentação precária (que se assemelhava com lavagem para porcos). Na unidade da GO-515 havia apenas um banheiro para os 59 encarcerados. A cisterna, que fornecia água para todos, ficava em um dos quartos. Por causa disso, todas as vezes em que era efetuada limpeza na casa, a água suja escoava para dentro da cisterna. Havia uma cerca para impedir a fuga dos dependentes e, segundo o delegado Gustavo, ela estava eletrificada. O risco era de descarga de 220 volts. Inclusive, na semana passada uma vaca morreu ao encostar na cerca.
As investigações começaram a partir de denúncias recebidas no final de 2012. A partir de então a Polícia Civil vinha apurando a veracidade e abrangência dos fatos. Após a libertação dessas 83 pessoas, elas foram encaminhadas para o serviço de assistência social do município.
A Polícia descobriu que o grupo falsificava receitas médicas para a compra de medicamentos especiais. Por meio disso, eles dopavam os dependentes. Algumas vítimas chegaram a ficarem dopadas por até 15 dias. A clínica não possuía nenhum tipo de autorização para seu funcionamento, nem do governo federal, estadual ou municipal.
Torturas
O delegado Gustavo explica que foi comprovado que os dependentes eram submetidos a torturas frequentes. Isso ocorria de diversas maneiras. As vítimas eram espancadas (alguns chegaram a perder os dentes), internadas contra a própria vontade, eram amarradas na cama recebendo soro em vez de comida e eram colocadas de castigo em buracos de dois metros de profundidade, no quintal da unidade. Elas permaneciam por dias no local e faziam lá também suas necessidades fisiológicas. “Era um verdadeiro campo de concentração”, avalia Gustavo.
Família
A Polícia Civil apurou que as famílias das vítimas eram coniventes com a situação. E que na maioria das vezes, solicitavam a internação compulsória dos dependentes químicos. Ocorriam então o sequestros dos pacientes. Nenhum deles, segundo a PC, possuía determinação judicial de internação compulsória. A clínica ainda impedia o contato das vítimas com os familiares após a internação, por período de até 90 dias.
Responsabilização
Os três presos foram indiciados por tortura, cárcere privado, posse ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha, falsificação de documentos, falsidade ideológica e constrangimento ilegal. O delegado Gustavo afirma que polícia irá apurar a responsabilidade das famílias, que em sua maioria eram coniventes com a situação.
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A REDAÇÃO

Polícia liberta internos de clínica de reabilitação em Goiatuba (GO)

Brasília – A Polícia Civil de Goiás libertou, nesta quinta-feira (9/5), 83 dependentes químicos que viviam em condições sub-humanas em duas clínicas de recuperação que, segundo a corporação, funcionavam irregularmente em Goiatuba (GO), a cerca de 180 quilômetros da capital do estado, Goiânia. Deflagrada hoje, a Operação Dilúvio também resultou na prisão de 101 pessoas, entre elas 18 policiais militares.

Segundo o delegado de Goiatuba, Gustavo Carlos Ferreira, as duas unidades da Clínica Vida Nova vinham sendo investigadas desde setembro de 2012. Três responsáveis pelo estabelecimento foram detidos e vão responder pelos crimes de tortura, lesão corporal, falsificação de medicamentos, sequestro e cárcere privado. São eles: Caio Lúcio Soares Costa, 28, Alexandre de Jesus, 35, e Álvaro Silvério Júnior, 46.

“As pessoas eram mantidas em cárcere privado e sofriam torturas, eram privadas de alimentação e recebiam choques elétricos. Como forma de punição, elas eram obrigadas a cavar um buraco onde tinham que permanecer às vezes por dias”, disse o delegado à Agência Brasil, afirmando que quase todos os 83 pacientes das clínicas apresentam lesões graves e vão ser submetidos a exame de corpo de delito.

Ainda de acordo com o delegado, as clínicas se mantinham com dinheiro pago pelos parentes dos internos. De acordo com Ferreira, os familiares eram, inicialmente, impedidos de visitar os pacientes. Quando as visitas eram enfim liberadas, costumavam ser monitoradas por funcionários a fim de, segundo o delegado, impedir que os pacientes denunciassem os maus-tratos.

A Agência Brasil não conseguiu contactar nenhum representante da clínica. Procurado pela reportagem, o secretário municipal de saúde, Gabriel Saleiros, disse que não tinha conhecimento das denúncias envolvendo os estabelecimentos, mas garantiu que já havia notificado a promotoria do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de que a clínica não tinha autorização da Vigilância Sanitária para funcionar.

“Eu não conheço a clínica e só soube da ação policial por meio da imprensa. Vou me reunir com o prefeito e com outros secretários e vamos ver se há alguma providência a tomar. No que cabe à prefeitura, a Vigilância Sanitária inspecionou o local e constatou que não tinha o alvará. Eu mesmo notifiquei o Ministério Público, que garantiu que iria tomar as providências”, declarou o secretário à Agência Brasil.

Apesar da notificação ao Ministério Público, a Polícia Civil de Goiás acredita que não houve omissão por parte do MP-GO. “Nós nos antecipamos”, disse o delegado. (Agência Brasil)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação