ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DIÁRIO DA MANHÃ
Artigo – Dilma X OMB – Ordem dos Médicos do Brasil
DHIOGO JOSÉ CAETANO
Médicos formados na Bolívia trabalhando no Brasil: um risco a correr, ou o progresso a conquistar? “Quem disse que os profissionais que estudaram no exterior são mal capacitados. Inclusive os profissionais formados aqui no Brasil deveriam fazer a prova de revalidação para o CRM, mostrando todo o potencial deles?” (Anônimo)
O Conselho de Medicina realiza anualmente um exame não obrigatório iwc replica com estudantes de sexto ano. E os resultados preocupam. Quarenta e seis por cento foram reprovados em 2011. Nas respostas erradas, 51% são de saúde pública, obstetrícia 46%, clínica médica, 45,5% e pediatria 41%. Os estudantes apresentaram desconhecimento no diagnóstico e tratamento para infecção de garganta, meningite e sífilis.
“Em 1999, os Estados Unidos criaram a Agency for Healthcare Research and Quality para investigar a qualidade do cuidado médico e garantir a seguridade do paciente. Em 2002, a 55ª Assembléia Mundial da OMS formula a Aliança Mundial para a Seguridade Clínica do Paciente, gerando maior preocupação dos prestadores de serviços médicos com ressarcimentos financeiros por má prática e a necessidade de seguros de indenização, com a subsequente elevação dos custos de saúde — modelo de medicina defensiva!”
“Brasília – O governo vai afrouxar as regras para que médicos formados no exterior trabalhem no Brasil. A ideia é flexibilizar a exigência ou até dispensar estrangeiros e brasileiros graduados em faculdades como as da Bolívia, por exemplo, de fazer o exame para revalidação do diploma (Revalida), tido hoje como a principal barreira para a entrada de profissionais de baixa qualidade no mercado brasileiro. A estratégia começou a ganhar contornos no último mês, após a presidenta Dilma Rousseff encomendar um plano para ampliar rapidamente a oferta de profissionais de saúde. O plano é trabalhar em duas frentes: ampliar os cursos de Medicina e, enquanto a nova leva de profissionais não se forma, incentivar o ingresso de profissionais que cursaram faculdades estrangeiras.” (Lígia Formenti e Fábio Fabrini – Estadão de São Paulo)
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila, não é a favor desta ideologia. “Estudos mostram que no país não há falta de profissionais, mas uma distribuição desigual.” Para ele, o problema não se revolve com a abertura de escolas ou regras mais flexíveis. “Imagine as consequências de deixar uma pessoa sem boa formação. Vamos ofertar um profissional mal preparado só porque a população vive em áreas afastadas? Por que depende do SUS?”
Creio que será preciso fundar a OMB “Ordem dos Médicos do Brasil” um órgão máximo que define as regras para o exercício profissional da medicina no Brasil, com finalidade, de eliminar futuro erros e fatalmente mortes.
Realizando um trabalho de qualificação e autenticação da ação teórica e práticas de médicos que tem como função trabalhar em nome da vida, do bem estar de seus pacientes, promovendo um trabalho qualificado, sendo humano e veemente compromissado com o ato de salvar vidas.
Promovendo, com exclusividade, a execução de técnicas, métodos, aprovados pelo Conselho Federal de Medicina, em comum acordo com as regras do futuro órgão OMB.
Enquanto paciente, digo que teremos maior segurança com a realização do exame de Ordem, referente ao exame aplicado pela “Ordem dos Médicos do Brasil”. O Exame de Ordem terá como função avaliar com coerência e veracidade o conhecimento dos candidatos e aprovação dos mesmos, possibilitando a inscrição no CRM, e outros órgãos, comprovando perante lei a condições fundamentais para exercer a profissão de médico.
Escrevo este artigo em nome de inúmeros indivíduos que de forma negligentemente perderam as suas vidas por falta de conhecimento e responsabilidade de “médicos” que brincam com a nossa vida. “Não somos cobaias, somos indivíduos que lutam pela sobrevivência, por isso pedimos respeito e comprometimento daqueles que são e serão qualificados para salvar vidas.”
Em suma, deixou um questionamento: “A ideia de flexibilizar a exigência ou até dispensar estrangeiros e brasileiros graduados em faculdades como as da Bolívia de fazer o exame para revalidação do diploma é uma injustiça com os acadêmicos brasileiros de medicina ou a possibilidade de novo horizontes?”
(Dhiogo José Caetano, professor, escritor e jornalista)
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Ginecologista é indiciado por suspeita de abuso
O ginecologista Irdival Cristino de Figueiredo foi indiciado na tarde desta quarta-feira (15), após prestar depoimento na delegacia da Polícia Civil, em Goiânia.
O medico é suspeito de estupro contra sua empregada doméstica. Segundo informações da polícia, a vítima procurou as autoridades ontem e denunciado as práticas do médico, que segundo ela, agia com violência.
O ginecologista presta serviços em um hospital particular da cidade e deve responder o processo em liberdade.
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Anvisa suspende importação de remédio para diabetes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da importação do remédio Glifage XR 500 mg, da Merck, usado por pacientes com diabetes. O remédio integra a lista do Aqui Tem Farmácia Popular. Fiscais da agência identificaram, numa inspeção feita na fábrica da empresa, na França, que exigências de boas práticas de fabricação não eram cumpridas. De acordo com a Anvisa, se a correção dos problemas for comprovada, a importação poderá ser retomada.
Além do Glifage, a Anvisa determinou, pelos mesmos motivos, a suspensão da importação do Glucovance, nas apresentações de 250 mg/1,25 mg, Glucovance 500 mg/2,5mg, Glucovance 500mg/5mg e Glucovance 1.000mg/5mg, também indicados para controle das taxas de açúcar no sangue. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 14, no 'Diário Oficial' da União (DOU).
O Glifage tem como substância ativa o cloridrato de metformina. Pacientes que usam o medicamento podem consultar o médico e substituí-lo por produtos que levam o mesmo princípio ativo. A Anvisa suspendeu ainda a distribuição, comércio e uso de dois lotes do anabolizante Hormotrop (somatropina), pó para suspensão injetável.
De acordo com a agência, o produto é falsificado. Os insumos para a produção de Lamivudina (usada para pacientes em tratamento de aids) e Aciclovir (um antiviral) produzidos pela Blau Farmacêutica S. A. também tiveram a importação suspensa. De acordo com a Anvisa, a empresa não possui registro dos insumos. A Anvisa recomendou às pessoas que tenham adquirido algum dos produtos suspensos ou apreendidos interrompam o uso do produto.
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O POPULAR
Coluna Giro – OS para o Huapa
A Secretaria de Saúde tentará amanhã realizar o chamamento público para a contratação de OS que vai administrar o Hospital de Urgências de Aparecida. No mês passado a Justiça barrou.
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Saúde
Programa tira médicos da capital
Iniciativa do governo federal oferece pós-graduação para profissionais que forem atuar no interior
Cleomar Almeida16 de maio de 2013 (quinta-feira)
Mais de 200 médicos da rede pública municipal de saúde de Goiânia pediram demissão este ano, agravando o problema da falta de atendimento à população. Desse total, mais de 100 trocaram os consultórios da Prefeitura, muitas vezes para correr das más condições de trabalho e sem perspectivas de carreira, pelo Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (Provab), uma iniciativa do governo federal que visa levar os profissionais recém-formados para o interior do estados. Os dados foram repassados pelo secretário municipal de Saúde, Fernando Machado.
Com a voz carregada de indignação, o porteiro Severino Cavalcante, de 65 anos, teme enfrentar muito mais dificuldades para conseguir atendimento, com a debandada de médicos para fora da capital, que, por outro lado, ainda sofre com unidades de saúde superlotadas. Ele é portador de diabetes e procurou esta semana atendimento no Programa de Saúde da Família do Jardim Primavera, na Região Noroeste de Goiânia, uma das mais carentes da capital, mas lá só viu bagunça, cadeiras amontoadas no corredor da unidade, aparentemente abandonado e com as paredes de fora marcadas por pixação. Não havia nenhum médico. “Essa brincadeira de falta de médico já tem muito tempo”, ironizou ele, para acrescentar: “Luto para conseguir atendimento, e não consigo. Não posso ficar nessa situação. É muito desgastante e, enquanto isso, só pioro.”
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) conta com 1,8 mil médicos, dos quais 1,2 mil são concursados e 600, comissionados, de acordo com Machado. Até o momento, a pasta conseguiu repor uma minoria, já que ainda tem um déficit de 199 profissionais e o maior buraco (68%) está nos Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) da capital (veja quadro nesta página).
Com a divulgação com Provab, que oferece pontuação adicional de 10% nos exames de residência médica, conforme resolução da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), a SMS perdeu 76 médicos só dos 363 contratados em janeiro.
Para ter uma ideia, um médico que trabalha na estratégia de saúde da família recebe entre R$ 7,8 mil a R$ 8,7 mil e tem de cumprir 40 horas semanais. Seu vencimento é só de R$ 2,1 mil, sendo o restante de gratificação. Já os aprovados no programa do governo federal têm direito à pós-graduação e ainda recebem bolsa no valor de R$ 8 mil mensais. No total, 201 profissionais trabalharão nas unidades básicas de 77 municípios goianos, mas só 4 deles em Goiânia.
Segundo o titular da SMS, o bônus de 10% do Provab para aprovação na residência médica ficou mais atrativo que o dinheiro. “O mercado paga mais para especialista do que para generalista”, observou ele, pontuando que, no setor privado, um especialista ganha, em média, mais de R$ 20 mil para cumprir a mesma carga horária de outro que trabalha na rede pública. “É bem mais que o dobro”, comparou Machado.
Ciclo vicioso
Apesar de ter como objetivo melhorar o atendimento médico sobretudo fora das capitais e dos grandes centros urbanos, o Provab vai resolver apenas parcialmente o problema da falta de profissionais no interior dos estados, na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Leonardo Reis. Se as péssimas condições de trabalho não conseguem manter o médico nem na capital, por exemplo, o programa do governo federal também “não vai fixas médico no município do interior”, acrescenta ele. “É uma forma paliativa. O caminho não deve ser médico ir para o interior para, depois, se especializar. Pelo contrário, ele deve se especializar antes de ir para o interior.”
Vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Maguito Vilela, prefeito de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, defende a busca de médicos no estrangeiro. “O mercado é escasso”, acentuou. O Conselho Regional de Medicina (CRM) discorda.
Retrato
Rede pública municipal
■ Total: 1,8 mil
■ Concursados: 1,2 mil
■ Comissionados: 600
■ 92% da rede está coberta, 8% de carência.
■ 200 pedidos de demissão na rede municipal de saúde este ano
■ Mais de 100 médicos trocaram a rede municipal pelo Provab
Faltam:
■ 125 médicos (88 clínicos gerais e 37 pediatras) nos Cais e Ciams.
■ 22 nos centros de saúde da família
■ 52 nos ambulatórios
Médicos cadastrados no Cremego
■ Total: 10979
■ Estão em Goiânia: 6624
■ Estão nos 245 municípios do interior do Estado: 4355
Fonte: SMS e Cremego
Frente Nacional dos Prefeitos defende atuação de estrangeiros
“Os médicos vão para onde paga melhor. Está sendo um leilão.” A declaração é do vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Maguito Vilela, prefeito de Aparecida de Goiânia, para quem a importação do médicos estrangeiros é uma das saídas para resolver o problema de déficit de profissionais em todo o País. Por outro lado, ele entende que “os poucos profissionais que existem estão concentrados na capital.”
Presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues Filho rebate a alegação de Maguito, argumentando que existe só má distribuição dos profissionais, não somente em Goiás, mas em todo o País. De acordo com ele, é preciso, também, haver políticas de estímulo para permanência do médico no setor público e para a interiorização do profissional, como salário e equipe adequados, segurança no trabalho e oferta meios de diagnóstico apropriados para a realização de exames, por exemplo. “O médico não está motivado nem tem interesse em estar no serviço público”, diz Salomão.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e a Associação Paulista de Medicina (APM) são algumas entidades que já se posicionaram contra a proposta de importação de médicos. Todavia, para reforçar o seu movimento, a FNP se reuniu anteontem com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, e destacou a necessidade de apoio. “Eles demonstraram favoráveis à ideia”, disse Maguito.
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COMITÊ DAS ENTIDADES MÉDICAS DO ESTADO DE GOIÁS
Nota contra a “importação” sem critérios de médicos estrangeiros
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), a Associação Médica de Goiás (AMG) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) repudiam a absurda proposta de Governo Federal de “importar” para o Brasil médicos estrangeiros ou brasileiros portadores de diplomas de medicina obtidos no exterior sem obedecer aos critérios legais para a revalidação de seus títulos.
Deste grupo, constam os 6 mil profissionais formados em Cuba, conforme anunciado pelo Ministro das Relações Exteriores. A confirmação dessa medida configura uma agressão à lei brasileira; um desrespeito ao Revalida – exame criado para avaliar a competência daqueles que querem atuar no país -; e uma ameaça à saúde da população, que, assim, fica a mercê de pessoas com formação duvidosa e que, no limite, podem até nunca ter estudado Medicina.
O argumento usado pelo Governo Federal para defender a entrada irregular no Brasil dessas pessoas é o suposto déficit de profissionais no interior e nas periferias das grandes cidades brasileiras. Trata-se de argumento falso, que busca ocultar outros interesses, pois o Brasil conta com número suficiente de médicos para atender suas demandas internas, sendo que as lacunas que existem decorrem da falta de ações que estimulem a migração e a fixação desses profissionais nas áreas de difícil provimento.
Se faltam médicos nessas regiões, deve-se à falta de remuneração digna e de estrutura que lhes dê condiçõesadequadas de trabalho, pois nestes locais não há leitos, equipamentos, materiais, medicamentos e instalações. Por outro lado, sobram pacientes que deveriam ter seu direito à saúde assegurado pelo Governo, como determina a Constituição.
O Cremego, a AMG e o Simego rechaçam veemente essa proposta e defendem mais investimentos para o SUS, com a melhoria da remuneração do médico e de suas condições de trabalho. Neste sentido, propõe-se a criação de uma carreira de estado para os médicos para suprir esta dificuldade de acesso à assistência, um problema real que deve ser combatido. Somente assim, será possível garantir a presença e a permanência dos médicos nos vazios assistenciais, com atendimento digno e de qualidade.
Outras propostas não passam de falácias, que afrontam a classe médica, desrespeitam a Nação e ameaçam seriamente a saúde da população, em especial a sua parcela mais carente.
CREMEGO – AMG – SIMEGO
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SAÚDE BUSINESS WEB
“Atração de médicos estrangeiros não pode ser vista como tabu”
Ministro afirma que a prática é comum em países como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, onde o índice de profissionais com formação no exterior chega a 37%, 25% e 22%, respectivamente
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira (15) que a proposta do governo de atrair médicos estrangeiros para atuar no Brasil não pode ser vista como tabu, uma vez que a prática é comum em países como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, onde o índice de profissionais com formação no exterior chega a 37%, 25% e 22%, respectivamente. No Brasil, a taxa é de 1,7%.
Após participar de reunião da Frente Nacional de Prefeitos, Padilha destacou que a pasta está estudando estratégias adotadas por esses países para atrair profissionais de saúde vindos do exterior. No Canadá, segundo ele, os médicos passam por um exame de validação do diploma antes de começarem a atuar. Outras localidades têm programas que prevêem autorização especial para que o profissional estrangeiro atue em áreas de maior carência.
Entre as hipóteses descartadas pelo ministério até o momento, de acordo com o ministro, estão a validação automática de diploma e a atração de médicos provenientes de países que têm menos profissionais por mil habitantes que o Brasil, como a Bolívia e o Paraguai.
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Higienização das mãos é capaz de reduzir em 70% casos de infecção
Com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, o grupo Santa Joana alcançou índice de infecção hospitalar de 0,3%, o que é baixo se comparado à média nacional de 2,8%
Nesta quarta-feira (15), comemora-se o Dia do Combate à Infecção Hospitalar, criado para alertar sobre o perigo das superbactérias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções hospitalares atingem aproximadamente 14% dos pacientes internados no Brasil, podendo chegar a 100 mil mortes por ano. Para a OMS, somente a higienização adequada das mãos, entre o atendimento de um paciente e outro, e antes da realização de qualquer procedimento invasivo seria capaz de reduzir em 70% os casos de infecção.
Para a infectologista e presidente da CCIH do Hospital e Maternidade Santa Joana, Rosana Richtmann, a higienização das mãos é a medida mais eficaz no controle da infecção hospitalar e deve ser incorporada por todos, em casa, no trabalho ou mesmo na rua. O Santa Joana e a Maternidade Pro Matre, pertencentes ao mesmo grupo, possuem uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) embasada em normas brasileiras e órgãos internacionais. Rosana ressalta que uma comparação entre os índices do grupo e de hospitais de referência no Brasil e no mundo detectou que o índice de infecção hospitalar na Instituição é de 0,3%, o que é baixo se comparado à média nacional de 2,8%. O que é nove vezes menor que a média nacional.
“O ideal é usar álcool em gel sempre que chegar da rua, antes de se alimentar, depois de usar o banheiro entre outros”, afirma. Segundo a doutora, é importante ter sempre um frasco de álcool em gel na bolsa, pois nem sempre é fácil encontrar uma pia para lavar as mãos, por exemplo, se for fazer uma refeição na rua. Nessas circunstâncias, ter o álcool em gel resolve a questão.
As mãos costumam ser o principal veículo de contágio, pois está diretamente em contato com objetos e lugares que podem estar contaminados, sendo a porta de entrada para vírus, fungos e bactérias. A doutora em saúde pública pela USP e especialista em saúde da pele, pesquisadora da GOJO, Luciana Barbosa, explica que transformar a lavagem das mãos e o uso do álcool em gel em um hábito frequente é benéfico para todos e pode salvar mais vidas.
“Lavar as mãos com sabonete comum (sem ser bactericida) previne 80% das doenças transmissíveis pelo contato entre mãos, superfícies e outras pessoas. Já o antisséptico à base de álcool é mais eficaz porque consegue eliminar 99,99% dos germes mais comuns presentes nas mãos, podendo ser bactérias, fungos e vírus”, destaca a especialista. Luciana ainda reforça que a principal diferença entre eles é que o antisséptico não tem enxágue e pode ser utilizado em qualquer lugar e possui princípio ativo bactericida mais eficaz do que o sabonete, mas ambos são métodos seguros e indicados para prevenir a transmissão.
Ainda segundo a pesquisadora, em 2002 o Centro de Controle de Doenças dos EUA recomendou a substituição da lavagem das mãos com água e sabão pela utilização do álcool em gel, espuma ou líquido, pois é mais eficaz, mais barato, resseca menos a pele e ainda gasta menos tempo.
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Artigo – Infecção hospitalar: como preveni-la?
Quando um paciente apresenta uma infecção até 72 horas após a sua estadia em uma unidade de saúde – sendo comprovado que o quadro não existia no ato da sua entrada – podemos dizer que estamos diante de um caso de infecção hospitalar. No Brasil, segundo dados da Comissão Nacional de Biossegurança (CNB), pelo menos 100 mil pessoas morrem ao ano por causa do problema, que atinge tanto as instituições públicas, como as privadas. E os altos números não são exclusividade nacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, surgem pelo menos 1,7 milhão de infecções anuais resultando em cerca de 100 mil óbitos. Na Europa, são registradas 4,5 milhões infecções que provocam ao menos 37 mil mortes por ano.
Para pensar no problema precisamos antes entender as suas causas. Uma infecção hospitalar está relacionada, basicamente, a dois fatores: o consumo exagerado de antibióticos pela população e o controle e a profilaxia ineficientes por parte dos hospitais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50% das prescrições de antibióticos em todo o mundo são inadequadas, sem somar os incontáveis casos de automedicação. Essas medidas favorecem a multiplicação de bactérias resistentes aos medicamentos vigentes e são responsáveis pelos casos de mortes causadas tanto pelas infecções comuns, quanto pelas causadas pelas chamadas ‘superbactérias’. Atualmente, o estado do Rio Grande do Sul está em alerta por causa desse problema, que recentemente também atingiu os Estados Unidos, a Índia e o Canadá.
O segundo fator relacionado ao problema é a falta de controle por parte dos próprios hospitais já que, ainda de acordo com a CNB, cerca de 80% de todas as instituições de saúde brasileiras não fazem a prevenção e o controle adequados. Como consequência, 14% dos pacientes internados se tornam vítimas de uma infecção hospitalar. O que mais preocupa é o fato de que pelo menos metade desses casos poderia ser evitada se os profissionais de saúde adotassem medidas simples, como a lavagem frequente de mãos.
Desafio
A prevenção e o controle das infecções é um dos maiores desafios atuais da saúde pública. A melhor maneira de enfrentar o problema é através do rígido controle da qualificação em todas as etapas do atendimento médico, da entrada do paciente à sua alta hospitalar. Esse controle é baseado em normas de qualidade e segurança do paciente.
No Brasil, há instituições acreditadoras da qualidade e segurança. A Joint Commission Internacional (JCI) é a maior do segmento em todo o mundo. Instituições acreditadas seguem padrões rígidos para o controle da segurança. Para obter o selo de acreditação da JCI, por exemplo, uma instituição de saúde leva, em média, dois anos para corrigir pontos falhos e atingir padrões internacionais de qualidade e segurança do paciente.
Recentemente, o Senado Federal aprovou o projeto de Lei 126/2012, que dispõe sobre a obrigatoriedade de avaliação, acreditação e certificação dos hospitais públicos ou privados, vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS). Espera-se que a Câmara dos Deputados também dê sinal verde para esta política da qualidade na Saúde. O resultado será um ambiente mais seguro para todos, sejam pacientes, médicos ou demais profissionais da saúde.
*Maria Manuela Santos é médica e superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), instituição que representa a JCI no Brasil. Há 13 anos, o CBA vem avaliando instituições de saúde brasileiras
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A REDAÇÃO
Cirurgião explica que operação de Angelina Jolie é comum entre mulheres
Michelle Rabelo
Goiânia – Não se fala em outra coisa desde que a atriz Angelina Jolie, 37 anos, tornou pública a retirada dos seios com a intenção de diminuir as chances de ter câncer de mama, doença que matou a mãe aos 56 anos. A esposa de Brad Pitt disse ainda que os médicos estimaram que ela tinha 87% de risco de desenvolver a doença, além de 50% de chances de ter câncer de ovário. Diante do barulho feito por fãs e a repercussão na mídia nacional e internacional, o jornal A Redação ouviu o cirurgião plástico Urias Carrijo, sobre o assunto. Ele afirmou que a operação é muito comum entre as mulheres.
Urias Carrijo explicou que a conduta é indicada para pacientes que possuem antecedentes de câncer na família e que, ao longo da vida, chegam a ter cerca de 17% de chances de desenvolver a doença, dado que coloca Angelina muito além dos porcentuais. “A prevenção serve para evitar que o câncer se torne mais agressivo e se espalhe pelo corpo, não dando às pacientes tempo hábil para tratar a doença”, pontuou Carrijo.
Angelina anunciou a retirada dos seios na terça-feira (14/5), em artigo publicado no jornal The New York Times, no qual ela explica que a mãe lutou contra a doença durante 10 anos, o que lhe deu força para optar pela operação como forma de prevenção. O processo de retirada começou em fevereiro, foi concluído em abril e baixou para 5% as chances da atriz desenvolver a doença. "Decidi ser proativa e reduzir o risco o máximo que eu podia", escreveu ela.
A atriz incentivou a procura de um médico, principalmente para as mulheres que possuem histórico familiar de câncer. "Quero estimular cada mulher, especialmente se você tem um histórico familiar de câncer de mama ou de ovário, a procurar informações e especialistas médicos que podem lhe ajudar nesse aspecto de sua vida e a fazer sua própria escolha informada", disse.
Urias Carrijo explica que a atriz se submeteu a uma adenomastectomia, sendo que adeno vem de glândula e mastectomia de retirada, ou seja, foi a retirada de uma glândula, no caso, o seio. O cirurgião conta que, na prática, trata-se do esvaziamento do seio, na qual remove-se toda a parte interna, sem tocar na auréola e na pele. Em seguida, geralmente, o médico coloca uma prótese mamária, deixando o seio com um aspecto bastante agradável.
Na opinião do cirurgião, muita gente desinformada acaba achando que trata-se de uma intervenção puramente estética, o que pode ser vista como uma visão preconceituosa. Ele ainda atenta para os riscos, que são os mesmos para qualquer procedimento cirúrgico. Confira a entrevista na íntegra:
Jornal A Redação – Quais são os prós e os contras do procedimento cirúrgico?
Urias Carrijo – Os benefícios para a mulher que corre o risco de desenvolver a doença são muitos. Depois que o câncer é detectado, o tratamento é difícil e o paciente perde qualidade de vida. Retirar o seio é mais seguro e ao contrário do que muita gente pensa, é um procedimento indicado frequentemente pelos médicos. O que mudou neste caso é que Angelina é famosa. Um ponto importante na hora da decisão é a perda da função mamária do seio.
Então a mulher não pode mais amamentar?
Não. Por isso, o ideal é que a paciente já tenha tido filhos e que já tenha cumprido sua função de nutrir o bebê. Optamos por indicar a operação para mulheres que estejam perto dos 40 anos.
Angelina tem 37.
É uma boa idade. Depois dos 40, corre-se mais riscos.
O procedimento é bastante indicado e comum?
Sim. O procedimento está na literatura médica e possui base científica. A paciente segue com a vida perfeitamente normal, com sensibilidade do seio e nenhum prejuízo para a saúde.
A cirurgia é agressiva? Como são as cicatrizes?
Como estamos falando de uma cirurgia conservadora, as cicatrizes são pequenas, o corte é o menor possível. É o espaço para que possamos fazer o “esvaziamento do seio”. Além disso, a qualidade estética é muito boa, diferente da operação feita quando a paciente é diagnosticada já com a doença, onde ocorre a retirada de todos os tecidos.
Já é de conhecimento público que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais eficiente é o tratamento. Quais são as orientações para as mulheres?
Procurem um especialista e façam prevenção. A prevenção é de uma importância extrema, pois os casos de câncer de mama são mais comuns do que nós, médicos, gostaríamos. Há um tempo atrás, o governo fazia campanha de prevenção indicando o auto exame. Hoje já se sabe que muitos diagnósticos não são possíveis sem um exame mais aprofundado. Nódulos muito pequenos são imperceptíveis ao toque e a mulher precisa aproveitar as tecnologias para se cuidar.
Qual a indicação?
Mulheres de até 35 anos podem optar pelo exame feito com ultrassom. Já aquelas com mais de 40 anos devem escolher a mamografia e fazer o exame anualmente.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação