Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/05/13

 

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Dermatologia
Médico interrogado no 8º Distrito Policial
Camila Blumenschein

Após a massoterapeuta Débora de Brito Arruda, de 38 anos, ter denunciado o médico ginecologista Silvio Delfino de Souza, que realizou nela um tratamento com lazer que causou manchas escuras em sua pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia em Goiás (SBD-GO) alertou ontem a população sobre os problemas que podem ser ocasionados pela realização de procedimentos dermatológicos por médicos que não são especializados em dermatologia. Ontem, Silvio Delfino foi interrogado pelo delegado titular do 8º Distrito Policial (DP), Waldir Soares.
De acordo com a dermatologista e presidente da SBD-GO, Karina Pesquero, a técnica de lazer de CO2, usada por Silvio Delfino para clarear manchas na pele da massoterapeuta, não pode ser usada com este objetivo. “O lazer de CO2 é indicado para tratamentos de rejuvenescimento, para eliminar cicatrizes causadas por acne e para estrias. O lazer de CO2 normalmente escurece mais ainda as manchas, o que a aconteceu com Débora. O tratamento para clarear manchas é clínico”, diz.
Karina Pesquero destaca que a SBD-GO tem realizado uma campanha há cerca de dois anos para conscientizar a população sobre o trabalho do dermatolgista. Para utilizar o lazer de CO2, como foi feito pelo ginecologista, o médico precisa saber bem a interação da pele do paciente com a reação que ela pode ter.
REGISTRO
“Esse conhecimento aprofundado da pele é adquirido pelos médicos durante a especialização. Alguns cursos rápidos que muitas pessoas fazem não proporcionam essa noção”, esclarece. Karina Pesquero alerta as pessoas que precisam se submeter a procedimentos de pele que procurem um dermatologista que tenha também Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) e que não confiem em promoções de internet.
Segundo o delegado Waldir Soares, o ginecologista Silvio Delfino negou que tenha causado lesões corporais na paciente Débora de Brito e alegou que a pele da massoterapeuta ficou danificada pelo fato dela não ter continuado o tratamento com ele e por não ter tomado os devidos cuidados. O delegado informou que ainda ouvirá representantes do Conselho Regional de Medicima (Cremego) e testemunhas do caso da massoterapeuta.
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Artigo – Médicos: o cidadão não pode esperar

Atrair médicos estrangeiros para o Brasil não pode ser um tabu, pois abordagens, por vezes preconceituosas, deste tema não podem mascarar uma constatação: o Brasil precisa de mais médicos, com qualidade e mais perto da população. Temos 1,8 médico para cada mil brasileiros, índice abaixo de países desenvolvidos, como Reino Unido (2,7), Portugal (4) e Espanha (4), de outros latino-americanos como Argentina (3,2) e México (2).
Se do ponto de vista nacional a escassez destes profissionais já é latente, os desníveis regionais tornam o quadro ainda mais dramático: 22 Estados têm média inferior à nacional, como Maranhão (0,58), Amapá (0,76) e Pará (0,77). Mesmo em São Paulo, apenas cinco regiões do Estado estão acima do índice nacional, deixando o Estado com 2,49 médicos por mil habitantes. Deste modo, não surpreende que quase 60% da população, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontem a falta de médicos como maior problema do SUS. A população, assim como os gestores, sabe que não se faz saúde sem médico.
De 2003 a 2011, surgiram 147 mil vagas de primeiro emprego formal para médicos, mas só 93 mil se formaram. Além deste déficit, os investimentos do Ministério da Saúde em novos hospitais, UPAs e unidades básicas demandarão a contratação de mais 26 mil médicos até 2014.
Nas áreas mais carentes, seja nas comunidades ribeirinhas da Amazônia, seja na periferia da grande São Paulo, a dificuldade de colocar médicos à disposição da população é crônica: em alguns casos, salários acima dos pagos aos ministros do STF e planos de carreira regionais não bastam.
Foi este nó crítico que levou prefeitos de todo o País a pressionar o governo federal por medidas para levar mais médicos para perto da população. Para enfrentar esta realidade, os Ministérios da Saúde e da Educação estão analisando modelos exitosos adotados em outros países com dificuldades semelhantes.
Em primeiro lugar, estamos trabalhando para estimular os jovens brasileiros que abraçam a missão de salvar vidas como profissão, com ações como o Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), que oferece bolsa de R$ 8 mil mensais e bônus de 10% nas provas de residência a quem atua em áreas carentes, e a expansão das vagas em cursos de medicina e de residência para formar especialistas. Mas oito anos de formação é tempo demais para quem sofre à espera de atendimento.
A experiência internacional tem apontado para duas estratégias complementares entre si: uma em que o médico se submete a exame de validação do diploma e obtém o direito de exercer a medicina em qualquer região; e outra específica para as zonas mais carentes, em que se concede autorização especial para atuação restrita àquela área, na atenção básica, por um período fixo. Adotadas em países desenvolvidos, estas ações representaram decisivo ganho da capacidade de atendimento. Na Inglaterra, por exemplo, quase 40% dos médicos em atuação se graduaram em outros países – índice que é de 25% nos Estados Unidos, de 22% no Canadá e de 17% na Austrália –, enquanto, no Brasil, apenas 1% dos profissionais se formou no exterior.
O debate tem sido conduzido, dentro do governo federal e com a sociedade, com responsabilidade. Ainda não há uma proposta definida, mas alguns pontos já foram descartados: não haverá validação automática de diploma; não admitiremos profissionais vindos de países com menos médicos que o Brasil; e só atrairemos profissionais formados em instituições de ensino autorizadas e reconhecidas em seus países de origem. Com isso, atrair profissionais qualificados será mais uma das medidas para levar mais médicos para onde os brasileiros mais precisam.
Alexandre Padilha é ministro da Saúde
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Coluna Giro – OS do Huapa
O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) venceu a licitação da Secretaria de Saúde para gerenciar o Hospital de Urgências de Aparecida. A OS já administra o Hospital Materno Infantil.

Credeqs
A Agetop marcou, para o dia 1º, a licitação para a construção de quatro Centros de Reabilitação de Dependentes Químicos em Caldas Novas, Quirinópolis, Morrinhos e Goianésia. Cada um custará cerca de R$ 20 milhões.

Sem papel
O Instituto Gerir, responsável pelo Hospital de Urgências de Goiânia, lançou a implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente, que terá a partir de julho suas informações armazenadas e acessadas via código de barra.
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DIÁRIO DA MANHÃ

3 milhões de caixas de Tylenol são recolhidas

O Ministério da Justiça fez alerta para a necessidade de recolhimento de mais de 3 milhões de embalagens do medicamento Tylenol líquido, cujo princípio ativo é a substância paracetamol. As embalagens apresentam problemas no gotejador. A campanha de recall começa na segunda-feira ,27, e abrange as embalagens de 200 mg/ml de Tylenol fabricado entre dezembro de 2011 e novembro de 2012.
O risco é o gotejador se desprender total ou parcialmente do frasco e provocar superdosagem do medicamento. As embalagens a serem recolhidas são as com numeração de lote não sequencial compreendida entre os intervalos PPL055 a RJL123.
O Código de Defesa do Consumidor determina que o fornecedor substitua o produto defeituoso. Em caso de dificuldade, o Ministério da Justiça recomenda que os consumidor procure os órgãos de proteção e defesa do consumidor.
A fabricante do produto, Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda, informou que a superdosagem traz riscos de danos ao fígado, náusea, outros sintomas gastrointestinais e elevação das enzimas hepáticas.
Os contatos da empresa para informações são o telefone de número 0800 7286 767 e o site na internet. Detalhes sobre devolução do remédio estão no site do Ministério da Justiça.
NOTA DO
FABrICANTE
Foi identificado um defeito na embalagem de Tylenol Gotas que poderia causar o desprendimento do gotejador.
Com o desprendimento, pode ocorrer a ingestão acidental em dose excessiva do medicamento que pode ocasionar náusea, sonolência e dano ao fígado. Neste caso, procure imediatamente um médico.
Como medida de precaução, os lotes fabricados entre dezembro de 2011 a novembro de 2012 foram voluntariamente retirados das farmácias e já estão sendo tomadas as medidas de correção da embalagem.
Se você tiver o produto em casa, para maior segurança, não o administre diretamente na boca.
Esta ação não afeta os outros produtos da linha Tylenol, que continuam a ser vendidos normalmente.
Para mais informações sobre o medicamento, entre em contato conosco pelo telefone 0800 7286767. (ABr)

JORNAL OPÇÃO

Obstetra alega que culpa por lesões no rosto são da paciente, que interrompeu o tratamento
Mulher de 38 anos ficou com manchas escuras por todo o rosto após iniciar tratamento a laser com o médico Silvio Delfino de Souza
Ketllyn Fernandes

O ginecologista e obstetra Silvio Delfino de Souza alegou que a responsabilidade pelas lesões na pele de Débora Britto Arruda, de 38 anos, são de responsabilidade da paciente, uma vez que a decisão de interromper o tratamento foi dela. O médico foi interrogado pelo delegado Waldir Soares, titular do 8º DP de Goiânia, na manhã desta terça-feira (22/5), quando garantiu possuir certificado de um curso que lhe permite desenvolver atividades estéticas. O documento, contudo, não foi apresentado ao delegado, o que deve ocorrer somente na próxima segunda-feira (27). Ele frisou que não realiza tratamentos dermatológicos.
Segundo Waldir Soares, Silvio Souza não possui provas de que alertou Débora Arruda sobre os riscos de interromper o tratamento, o que consequentemente acarretará na possível confirmação de lesão corporal, cuja pena máxima é de oito anos. As negociações entre paciente e médico foram apenas verbais. “Ele [Silvio Souza] afirmou que não errou na gradação do laser aplicado na paciente e que já realizou mais de 100 procedimentos semelhantes, tendo ocorrido problema de cicatrização apenas em outro caso, mas era um tratamento de varizes”, relata o delegado.
Débora procurou Silvio Souza em 2012 com objetivo de retirar manchas no rosto. Deveriam ter ocorrido cinco sessões de tratamento a laser, porém devido às perceptíveis queimaduras na pele, ela decidiu interromper o procedimento na terceira sessão. Ela registrou boletim de ocorrência contra o médico no 8º DP e também entrou com um processo no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) no dia 18 de abril.
Embora um laudo pericial já tenha comprovado as lesões, Débora passará por uma avaliação complementar. “Vamos também ouvir outras testemunhas e vamos questionar junto ao conselho da categoria em Goiás [Cremego] se ele poderia mesmo atuar na área de estética”, informa Waldir Soares.
Foi informado ontem à reportagem do Opção Online pela assessoria de imprensa do Cremego que, caso comprovada a responsabilidade do médico, após a devida apuração do caso, Sílvio Souza pode ser submetido às seguintes punições: advertência, censura confidencial, censura pública, suspensão por 30 dias e cassação.
De acordo com Waldir Soares, uma médica especialista em dermatologia prontificou a ajudar Débora a, ao menos, amenizar as manchas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação