ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
O POPULAR
Coluna Giro – Novela : A Secretaria da Saúde informa que apenas adiou o resultado da licitação para a gestão do Huapa até a PGE se manifestar sobre a determinação do TCE de cancelar o chamamento da OS vencedora.
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Campanha
Prostitutas querem vetar uso de imagens
Brasília – Seis prostitutas que participaram da campanha que trazia a frase Eu Sou Feliz Sendo Prostituta querem vetar o uso das imagens após o ministro Alexandre Padilha (Saúde) ter discordado do tom das peças e alterado o conteúdo.
Parte delas veta o uso das imagens que estão no ar, enquanto outras proíbem que fotos já excluídas pelo ministério sejam reutilizadas. Procurada pela reportagem, a pasta disse que ainda não recebeu as notificações e por isso não se manifestaria. Quando a campanha foi lançada, Padilha criticou a peça Eu Sou Feliz Sendo Prostituta”.
Na campanha alterada pelo ministério, a frase polêmica foi retirada e a ação ganhou outro nome: Prostituta Que Se Cuida Usa Sempre Camisinha em vez de Sem Vergonha de Usar Camisinha.
As prostitutas dizem que a mudança “rompe frontalmente” com a proposta inicial. “A minha participação estava condicionada à proposta original, na qual se privilegiava o enfrentamento do estigma e preconceito como estratégia de prevenção às DST e Aids”, diz uma das notificações. O então diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, Dirceu Greco, defendeu que a mensagem tinha conteúdo de saúde, por trabalhar a redução do preconceito. Greco foi demitido após a polêmica.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Artigo – Quem não deseja o reconhecimento?
RUI GILBERTO FERREIRA
Saúde pública goiana deveria se espelhar nos vizinhos candangos em honra de uma remuneração adequada com planos de carreira e cargos aos médicos
“Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa”, inciso III do Capítulo I do Código de Ética Médica. Me parece que nós, profissionais médicos, estamos fugindo no nosso próprio Código para ficarmos reféns de um sistema de saúde público injusto e segregador que oferece situações degradantes de trabalho e uma remuneração inadequada ao esforço e ao comprometimento do nosso serviço em defesa da vida.
No dia 27 de maio, médicos da rede estadual de saúde fizeram uma paralisação durante 48 horas como forma de protesto e exigência de melhores condições de trabalho, plano de carreira e reajuste salarial. Como qualquer outro profissional que obteve título no Ensino Superior, nós, médicos queremos que nosso piso salarial seja respeitado e efetuado. A Federação Nacional dos Médicos atualizou, no começo de 2013, o piso salarial para R$ 10.412,00, por 20 horas semanais, que deveria ser colocado em prática a partir do mês de maio. Aqui, em Goiás, nada ainda foi feito. Me parece que a Secretaria Estadual de Saúde está disposta a concordar com nosso apelo, mesmo com um plano menor que o solicitado. Esperamos que a resposta positiva por parte do Governo seja rápida e efetiva.
Clamamos pela implantação imediata de Plano de Cargos Carreira e Vencimentos com cargo específico para servidores públicos, além da adoção do piso da Fenam para 20 horas semanais e a possibilidade da dobra da jornada de trabalho na mesma matrículo para 40 horas semanais. Hoje, o salário nominal de um médico da rede estadual de saúde que trabalha 20 horas semanais é R$2.500 mil por isso a categoria quer dobrar a jornada de trabalho. Se o piso da Fenam for adotado, não precisaremos trabalhar em tempo duplicado. Essa carga horária é extremamente estressante para o médico.
O último concurso realizado pela prefeitura de Goiânia abriu 1.275 vagas para cargos de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias. Os salários chegam até a R$2.195,72, ainda menor do que o oferecido pelo Estado de Goiás, o que é uma vergonha para nós, médicos, e uma desvalorização do nosso trabalho. Indiscutivelmente, são necessárias mudanças.
O Plano de Cargos, Carreiras e Salários contempla, dentre outros aspectos, modernos mecanismos de ascensão profissional. Acaba com contrato frágil, garante melhor remuneração, premia quem qualifica, com sua experiência e tempo de trabalho, o setor onde presta serviço. Sem dúvida alguma, um plano de cargos e salários, além de trazer benefícios financeiros, administrativos e estratégicos, fornece o bem-estar e a certeza para o colaborador de que ele está fazendo o seu trabalho de forma correta e correspondida, e ganhando um salário justo pelo esforço e dedicação.
No Distrito Federal foi anunciado no dia 16 de maio, aumento de 66% nos próximos três anos para o piso salarial, segundo o novo plano de Cargos e Salários anunciado pelo Governo. Além disso, haverá ainda um aumento de 27,9% para o teto, que será de R$16.207,53 em 2015 se o profissional fizer jornada semanal de 40 horas. Essa conquista dos colegas de Brasília devem servir de exemplo para a classe médica goiana e para o Governo do Estado de Goiás. Para nós, para que possamos continuar lutando por melhores condições e por sabermos que é possível sermos agraciados em nossas reivindicações. Para o Estado goiano, para que visualizem a realidade que está ao nosso lado e que valorizem os profissionais que têm para que a saúde pública goiana esteja enxarcada de profissionais satisfeitos e que reflitam na qualidade do serviço e atendimento. Com baixos salários, dobramos nosso trabalho. Uma consulta que poderia ser realizada minunciosamente, é feita com tempo limitado pela própria demanda do serviço e da saúde pública, que hoje possui centenas de cidadãos em filas e corredores de unidades de saúde precisando, diariamente, de diagnóstico e tratamento.
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin assinou um projeto de lei, em outubro de 2012, que institui plano de cargo e salários e de carreira médica. O projeto foi encaminhado para a Assembleia Legislativa. Em seu discurso, o chefe do Estado de São Paulo afirmou que “com uma remuneração mais justa e valorização da carreira, queremos que não faltem médicos, beneficiando a população que mais precisa e depende do SUS”. É este o raciocínio.
O plano paulista incluirá três classes de médicos (I, II e III). Um profissional da classe III, por exemplo, receberá, com teto de produtividade, até R$ 7.500 por jornada de 24 horas semanais, R$ 6.300 por 20 horas e R$ 3.800 por 12 horas. Aos profissionais iniciantes enquadrados na classe III, com carga horária de 40 horas e que receba o teto do Prêmio de Produtividade Médica, além da Gratificação Executiva, por exemplo, estão previstos salários de R$ 14.500. Os médicos com cargos de chefia terão remuneração diferenciada. A remuneração média atual de um profissional médico da rede estadual é de R$ 3.700.
O piso salarial médico e o plano de cargos e salários são nossos direitos como profissional graduado, que se especializou e dedica sua vida a profissão que escolheu. Essa é a nossa bandeira de luta e não desistiremos de gritar pelos ideais que nos são ensinados desde que nos entendemos por gente. Somos cidadãos de um país Democrático, com direitos e deveres, e não devemos nos calar diante das injustiças.
(Rui Gilberto Ferreira, presidente da Associação Médica de Goiás)
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SAÚDE BUSINESS WEB
Artigo – Alguns resultados de um modelo híbrido de remuneração médica
Temos falado muito sobre pagamento por performance, no entanto acho fundamental apresentarmos alguns resultados práticos de projetos onde há uma vinculação do honorário médico ao seu desempenho em termos de qualidade da assistência.
Há alguns anos implantamos um projeto numa medicina de grupo onde a verticalização da atenção básica foi o foco. Obviamente que a remuneração médica é um ponto crítico nos processos de verticalização, pois se tem observado vários equívocos por parte das operadoras, principalmente cooperativas, que buscam a verticalização de estruturas ambulatoriais, sem modificar a lógica da remuneração dos profissionais. Simplesmente colocam médicos cooperados ou credenciados recebendo da mesma forma que em seus consultórios. Ou ainda, contratam os profissionais por hora ou salário.
Nestes casos temos dois modelos simples de remuneração: o retrospectivo (fee-for-service) e o prospectivo (por salário). Vários autores afirmam que estes dois modelos são prejudiciais a qualidade da assistência. Robinson, no começo da década de 90 apontava: “Todo e qualquer movimento para remuneração prospectiva aumenta os incentivos de sub-tratamento e seleção de risco. Todo movimento compensatório para remuneração retrospectiva, revive o tradicional incentivo por estilos de práticas inconsequentes de custos”.
Com isso me mente, o desafio foi lançado: como resolver estes dois extremos que já se mostraram inadequados? A solução proposta nesta medicina de grupo foi a implantação de um modelo híbrido de remuneração: salário mais um componente de produção e outro de performance. Foi definido que, adicionalmente a remuneração fixa, seria disponibilizado até 25% a mais para a produtividade e mais 25% para o componente de desempenho.
A performance era medida por indicadores de eficiência (custos e utilização), efetividade (desfechos intermediários), satisfação do cliente (através de pesquisas) e indicadores estrutura, como a formação do profissional e o seu envolvimento em programas de treinamento da instituição. Já tivemos oportunidade de detalhar o modelo que utilizamos neste Blog.
Os resultados observados após um ano de projeto foi notável. Houve uma redução de 34,5% do custo médio gerado pelas consultas, uma redução média de 50% dos exames gerados nas consultas realizadas pelas mesmas especialidades quando comparada com a rede aberta, e uma redução de mais de 10% nos índices de internação por estas especialidades.
O índice de satisfação foi elevadíssimo, pois como se tratava de um ambulatório disponível apenas aos usuários que possuíam contratos de rede restrita, os usuários da rede aberta somente o utilizavam se quisessem. O que observamos foi que, além de um índice de satisfação maior que 90%, o ambulatório precisou se aumentado, pois 38% das consultas realizadas neste ambulatório eram provenientes de usuários da rede aberta, denotando uma procura maior pelo serviço que teve uma reorganização completa na forma de atendimento, além da forma como os médicos eram remunerados. (Quem quiser maiores informações sobre o modelo acesse http://www.2im.com.br/solucoes-rhias.php).
Com isso fica claro que ainda temos margem para melhorar a remuneração médica através da redução dos desperdícios, do excesso de tratamento que não gera valor, e principalmente, do engajamento do médico em uma nova lógica focada na qualidade e não no volume e complexidade.
• Cesar Abicalaffe é médico, possui mestrado em Economia da Saúde pela Universidade de York, MBA em Estratégia e Gestão Empresarial pela UFPR. Sócio diretor da Impacto Tecnologias Gerenciais em Saúde, com projetos de consultoria para Operadoras de Planos de Saúde e Hospitais no País. Autor do modelo P4P© para a implantação de programas de pagamento por performance para planos de saúde, hospitais e SUS.
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O HOJE
Internos relatam tortura em clínica
Operação, realizada ontem pela Polícia Civil, libertou mais de 70 pessoas que eram mantidas em condições subumanas
LUIZ FLÁVIO MOBAROLI
A Clínica de Recuperação e Reabilitação Anjos da Luz, que funcionava em Anápolis de forma irregular e mantinha cerca de 70 dependentes de drogas e álcool internados em condições subumanas, foi fechada ontem em operação que durou todo o dia e foi encabeçada por agentes do 6º DP da Polícia Civil. O estabelecimento funcionava em duas chácaras, uma no Jardim Arco Verde e outra no Bairro Santos Dumont, às margens da BR-414, na saída para Corumbá. Seis pessoas foram autuadas em flagrante pelos crimes de sequestro qualificado, tortura e formação de quadrilha. Pelo menos outras três ainda serão indiciadas.
Entre os autuados ontem, estão o médico Sandro Rogério Kaku da Silva, apontado como um dos proprietários do estabelecimento, e o diretor Wilmar Pereira Siqueira, além de Jhonata Costa da Mata, Madson Rodrigo dos Santos Ramos, Thiago Torres da Silva e Almerindo Silva Neves, internos que atuavam como coordenadores. André Rocha, sócio da clínica, não foi localizado durante a operação. Contudo, ele deve se apresentar ainda nesta semana na companhia de advogados, ao delegado Manoel Vanderic Filho, titular do 6º DP e que preside o inquérito. A polícia também procura dois homens identificados apenas como Ranieri e Samir.
O fechamento da Clínica Anjos da Luz é resultado de um trabalho que começou há aproximadamente três meses, quando dois internos conseguiram fugir e relataram à polícia os maus-tratos que sofriam. “Iniciamos a investigação e tivemos a confirmação de que os dependentes eram levados involuntariamente, buscados em casa e à força pelos chamados coordenadores, e que as famílias pagavam, em média, R$ 8 mil pelo tratamento, além de 500 reais por esse resgate. Isso acontecia em todo o território nacional”, relatou Manoel Vanderic.
O delegado contou que o mandado de busca e apreensão foi concedido pela Justiça na segunda-feira e que ontem, durante o seu cumprimento, localizou os internos isolados e vivendo em condições precárias. “Eles afirmaram que não podiam se comunicar com as famílias. Alguns estavam trancados em cômodos pequenos, recebendo medicação para ficar sedados e não oferecer resistência. Não havia acompanhamento médico, psicológico ou psiquiátrico”, esclareceu o titular do 6º DP.
Manoel Vanderic confirmou ainda que a clínica era irregular, não dispunha dos alvarás da prefeitura, dos Bombeiros e da Vigilância Sanitária, tampouco autorização do Ministério Público para funcionar. “Sem contar que a internação involuntária desobedecia todos os requisitos legais, era feita sem critérios, sem laudos psiquiátricos”, comentou. Parte do trabalho, que deveria ser especializado, era feita pelos coordenadores, internos que ganhavam a confiança da direção e eram ‘promovidos’, numa relação que lhes garantia alguns privilégios em troca do compromisso de controlar os demais, ainda que à custa de tortura. Confirmando a violência empregada, foram encontrados pedaços de pau usados como cassetetes, algemas e duas espingardas de pressão.
O delegado explicou que as famílias dos dependentes tomavam conhecimento da Clínica Anjos da Luz, principalmente, por meio da internet. O estabelecimento tinha um site (já retirado do ar) e perfil no Facebook. Eles divulgavam a existência de um serviço com médico, enfermeiros e recreação. Prometiam um tratamento especializado e para apenas 12 internos, mas chegaram a manter mais de 80 no local. “Um interno me relatou que ele foi voluntariamente e que quando ultrapassou o portão um dos coordenadores lhe disse: bem-vindo ao inferno. Ele foi trancafiado, ficou oito dias algemado e recebia altas doses de medicamento para não reagir”, completou.
Durante a qualificação dos indiciados, o delegado Manoel Vanderic apurou que dois dos internos tinham mandados de prisão em aberto de outros Estados. Após os procedimentos legais, eles devem ser encaminhados aos locais de origem dos documentos. O titular do 6º DP disse ainda que faria o levantamento da vida pregressa de todos, autuados e vítimas, para checar se há mais alguém em desacordo com a lei.
Caso similar
Caso recente e semelhante em Goiás foi constatado no dia 9 de maio, com o desencadeamento da Operação Dilúvio, pela Polícia Civil. Duas unidades de uma suposta clínica de recuperação, denominada Vida Nova, foram fechadas em Goiatuba, libertando 83 dependentes que eram submetidos a torturas diversas e condições precárias de vida. Três pessoas foram presas em flagrante.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação