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SAÚDE BUSINESS WEB
Artigo – Hospital e lucro, água e óleo?
Confira o artigo do presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
Lucro! Nada como começar um argumento com um sonoro palavrão, que choca e chama a atenção . E não existe um palavrão, maior na área hospitalar, do que lucro.
O dono de hospital que tiver o disparate de dizer abertamente que hospital é uma empresa, e como qualquer empresa tem a expectativa de obter lucro, será repreendido. Indo de olhares críticos e gestos de desdenho a comentários que sugerem que esses lucros serão obtidos através da exploração do sofrimento humano, do trabalho do médico ou da fraude contra operadoras de planos de saúde, quando não os três. Deixando clara a ilicitude da pretensão.
Não tenho por hábito assistir novelas, o que não impede as pessoas de comentarem o assunto comigo, me fazendo saber que a que passa no horário nobre da Rede Globo tem como pano de fundo um hospital, uma máquina de fazer dinheiro, sonhado como herança, repleto de incompetentes, ladrões e omissos, com uns poucos abnegados e puros de alma que são as vitimas dos primeiros. Essa não é a primeira nem será a ultima retratação de hospital desta forma, e assim é feito por ser essa a opinião da maioria da população sobre nós, os donos de hospitais.
O que tentarei a seguir não é angariar a pena dos leitores ou convencê-los que somos santos e de que, neste amplo cesto, não existem maçãs podres. Não desperdiçarei esse precioso espaço com exercícios fúteis de retórica. Mas, quero, sim, mostrar quem é o real perdedor quando o nosso negócio se torna ruim.
Quem em sã consciência pegará um empréstimo ou venderá um patrimônio para investir em algo tão arriscado quanto um hospital sem a perspectiva de obter retorno? Um lugar que jamais fecha, não tem férias nem fins de semana ou feriados. Um lugar que necessita de uma infinidade de bons profissionais sejam eles médicos, enfermeiras, técnicos ou o “cara” da manutenção que tem de estar à disposição para manter o respirador ou gerador funcionando às 4 horas da manhã de um domingo. Nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogas…
A lista segue interminável. Um local em que, a despeito de todos os esforços, pessoas morrem, e famílias em luto o processam, com razão ou não. Um lugar no qual tudo que você compra aumenta, mas não é possível repassar esse aumento, pois quem lhe paga (as operadoras de plano de saúde) é quem determina o preço do seu negócio. A resposta da pergunta acima é: pouquíssimas pessoas e a sanidade delas é sempre contestada por familiares e amigos.
Todos aqueles que precisaram de um hospital recentemente sabem do que estou falando: no cenário atual temos pessoas morrendo esperando vagas de CTI (não apenas no SUS, como a maioria imagina); dependendo de exames, aparelhos ou procedimentos mais sofisticados que não existem na cidade; se deparando com acomodações toscas ou mal cuidadas ou aguardando atendimento por especialistas que não atendem o convênio e só têm vaga para daqui a alguns meses. Neste momento, o grupo se divide. Aqueles pacientes que podem correm para São Paulo, gastando verdadeiras fortunas sem questionar, e os que não podem, ficam, penam, resmungam, lamentam e processam.
Como mudar esse cenário? Entendam que o nosso negócio é um negócio, não um sacerdócio. Que lucro na área de saúde não é pecado, que os empresários hospitalares, sejam eles médicos ou não, se arriscam e têm a justa expectativa de obter um lucro, não um lucro a qualquer custo, mas algo justo para que tenhamos uma vida digna. Em eventuais conflitos com as operadoras, principalmente aquelas que só discutem preços, sem jamais se importar com a segurança ou qualidade do serviço, nos apoiem. Sejam mais exigentes e questionadores ao contratarem um plano de saúde. Não aceitem ser tratados ou encaminhados a qualquer lugar, saibam como escolher um bom hospital e talvez assim nos aproximemos do ocorre em outras capitais, nas quais as pessoas viajam a lazer ou negócios e não atrás de um atendimento médico/hospitalar que poderíamos e deveríamos ter aqui em Goiânia.
Haikal Helou é médico e presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg)
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O POPULAR
Saúde municipal
Déficit chega a 270 médicos
Secretaria de Saúde de Goiânia chegou a contratar 504 profissionais neste ano, mas perdeu 398
Alfredo Mergulhão
Mesmo com a contratação de 504 médicos este ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia não consegue eliminar o déficit de profissionais. O problema compromete o atendimento, como aconteceu no domingo, no Cais do Jardim Novo Mundo, onde não havia sequer um médico no plantão, já que cinco pediram afastamento. Em função da alta rotatividade, provocada pelos salários pouco atraentes e condições de trabalho, a rede municipal ainda sofre com um déficit de 12 a 15% dos 1,8 mil médicos que compõem os quadros da SMS – 216 a 270 profissionais.
No primeiro semestre deste ano, 398 médicos pediram demissão da secretaria. A desistência desses profissionais em atender na rede pública do município foi maior no começo do ano, mas a situação ainda é preocupante. Hoje, o déficit varia de 12% a 15% do total de 1,8 mil profissionais que compõem os quadros da SMS. Somente no mês passado 43 médicos pediram demissão. Os números desse mês ainda não estão fechados. No entanto, sabe-se que pelo menos três clínicos gerais e duas pediatras que faziam plantão aos domingos no Cais Jardim Novo Mundo decidiram entregar os cargos (leia reportagem nesta página).
Em média, 92 médicos pediram demissão nos três primeiros meses do ano (veja quadro). Uma das razões para as saídas foi o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (Provab). A iniciativa do governo federal oferece aos aprovados um curso de pós-graduação semipresencial e bolsa no valor de R$ 8 mil mensais. Para isso, os profissionais recém-formados precisam trabalhar no interior do Estado.
Até maio, pelo menos cem médicos trocaram os Cais e os Centros Integrados de Assistência Médico Sanitária (Ciams) de Goiânia pelo Provab. Além do salário, a maioria deles está de olho no curso de especialização em Atenção Básica, oferecido pela Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS). “A gente trabalha em locais sem a menor condição de exercer a medicina, com contratos precários que não dão perspectivas de carreira nem férias e 13° salário”, diz um médico que preferiu não se identificar.
CONTRATAÇÕES
De janeiro até ontem, a Prefeitura de Goiânia contratou 504 médicos, segundo a secretaria. Todos com contratos de prestação de serviços, que não garantem direitos nem vantagens. O número supera as demissões, mas não significa que o problema começou a ser equacionado. De acordo com a diretora de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da SMS, Kátia Martins Soares, muitos profissionais desistem do serviço. Alguns assumiram o cargo em um dia e saíram no outro.
O diretor de Atenção à Saúde da SMS, Sandro Rodrigues, sustenta que o problema será resolvido a médio e longo prazo. “A dificuldade é em todo país e não há soluções simples. As medidas recentemente adotadas pelo governo federal vão ajudar. Mas a solução definitiva chegará somente com a atração do médico para o serviço público”, analisa.
Sandro Rodrigues diz que 168 médicos estão prestes a assumir cargos na saúde municipal. Eles foram aprovados no último concurso, realizado no ano passado. Kátia Martins Soares afirma que dentro de 60 dias esses profissionais estarão trabalhando. O processo de contratação está em fase de exames admissionais e entrega de documentos.
Há um mês, o secretário municipal da Saúde, Fernando Machado, reclamou da demora em finalizar esses contratos. Na ocasião, os processos dos profissionais ainda estavam na Controladoria-Geral do Município (CGM) e ainda seriam encaminhados para a Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas (Semgep).
Profissionais rebatem secretaria sobre ausências em Cais
Os médicos de que não compareceram ao plantão de domingo no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Jardim Novo Mundo, em Goiânia, alegam terem pedido demissão há mais de uma semana. Eles afirmam que a decisão foi tomada em virtude da insatisfação com as condições de trabalho.
Clínico geral, Pedro Henrique Machado Cardoso deixou o Cais Novo Mundo depois de trabalhar por mais de 4 anos no local. “No plantão de 7 de julho nós decidimos pedir exoneração. Nesse dia não tinha dipirona, benzetacil nem bicarbonato de sódio, usado em parada cardiorespiratória”, afirma.
Pedro Henrique era contratado para plantão de 12 horas aos domingos. Com ele, também saíram outros dois clínicos gerais e dois pediatras. De acordo com o médico, não havia médico intensivista nos plantões que ele fazia. Para acompanhar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), um clínico geral era deslocado. “Nós avisamos a direção do Cais que deixaríamos o plantão”, sustenta.
O diretor de Atenção à Saúde da SMS, Sandro Rodrigues, rebate a informação. “Pedidos por escrito nós só recebemos das duas pediatras. Eu não tenho como acionar a rede para suprir à vaga sem ter um pedido de exoneração documentado”, diz. As informações truncadas resultaram em indignação dos usuários do sistema.
O secretário comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo, adotou cautela ao avaliar as ausências. A princípio, ele entende que o diretor da unidade de saúde precisa ser ouvido, pois é o responsável por providenciar um substituto. “Também temos que ver como será o próximo plantão, saber como vão resolver o problema”, afirma.
Urgência
Novas UTIs só em 2014
Vandré Abreu
O aumento do número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) na rede pública de saúde de Goiânia só deve acontecer no ano que vem. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) argumenta que o término do Hospital de Urgências da Região Noroeste, o chamado Hugo 2, vai viabilizar novos leitos e diminuir o número de atendimentos no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deve construir 63 leitos de UTI municipais até março de 2014.
Hoje o Hugo opera com até 30% além de sua capacidade, de acordo com o Instituto Gerir, a organização social (OS) que administra o hospital. Neste final de semana, oito ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficaram paradas no hospital porque as macas das unidades estavam sendo usadas no atendimento. Secretário estadual, Antônio Faleiros explica que isso ocorre justamente pela alta demanda da unidade.
“A Prefeitura é a reguladora da rede de saúde, não pode mandar todos os pacientes para o Hugo. Se não tem vagas, tem de criá-las”, afirma Faleiros. Segundo o secretário, o errado é culpar o hospital por sua alta demanda sendo que os pacientes que lá chegam, em grande parte, são pela Central de Regulação da Prefeitura. Faleiros alega ainda que vários fatores contribuem para a alta demanda, como um final de semana atípico que ocorre por ser este um mês de férias. O Instituto Gerir alega que muitos pacientes não deveriam ter sido levados até a unidade, por não se tratar de casos atendidos no hospital.
Dos 48 pacientes que estavam em macas no HUGO ontem, 15, segundo o Gerir, não deveriam ser encaminhados ao hospital. A mudança no foco de atendimento ocorre desde novembro de 2010, quando a administração do Hugo – ainda feita pelo Estado – decidiu unilateralmente realizar a própria regulação dos pacientes. “Isso ocorreu sem um diálogo com toda a rede, sem que todos se preparassem, e acabou prejudicando as unidades municipais”, explica o secretário municipal de Goiânia, Fernando Machado.
Os pacientes que deixaram de ser atendidos no Hugo passaram a ser enviados para os Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais). Pelos dados da Central de Regulação, até o fim de 2010, a média de procedimentos mensais no Hugo girava em torno de 40 mil, sendo mil atendimentos de urgência. Após a medida administrativa, já em janeiro de 2011, foram 37 mil procedimentos, sendo 690 de urgência. Ao final de 2011, o número de procedimentos totais no Hugo já era a metade do que se realizava em 2010, e o atendimento de urgência caiu ao patamar de 400 pacientes.
Para tentar resolver o problema, a SMS criou, em algumas unidades, semi-leitos de UTI, que deveriam ser unidades de passagem, mas que acabam se tornando permanentes pela falta de outros leitos. Machado acredita que a contratação de leitos particulares não resolveria o problema. “Hoje os hospitais atuam de forma restrita e o SÚS não consegue arcar com todos os custos.”
Drama
Luta por vaga em hospital
Vítima de um infarto, Necy Bezerra de Morais, de 72 anos, esperava ontem por uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela chegou ao Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Cândida de Morais por volta das 9 horas e até o fechamento desta edição ainda aguardava a transferência.
“A gente não têm o que fazer, somente esperar e ficar indignado com esse descaso”, reclama o policial Wirley José de Morais, de 37 anos (foto). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou que está buscando a vaga.
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Alerta
H1N1 pode ter feito 3ª vítima fatal em Goiânia
Galtiery Rodrigues
O ano ainda está na metade e o número de mortes de vítimas do vírus Influenza A (H1N1), em Goiânia, está próximo de se igualar a todos os registros de 2012, quando morreram três pessoas na capital. Até então, dois óbitos foram confirmados e um terceiro, ocorrido no sábado (13) no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), aguarda o exame laboratorial para certificar a causa. O contexto preocupa, pois o período crítico do ano, com a queda brusca da umidade, ainda está por vir, o que sinaliza para a possibilidade de 2013 ser o ano com maior incidência da doença, desde o surto mundial ocorrido em 2009.
Às 13h20 de sábado, Nilza Morais de Oliveira, de 50 anos, faleceu depois de passar uma semana internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HDT. A irmã da vítima conta que ela estava gripada há alguns dias, mas que a febre alta, sintoma comum da Influenza A, ainda não tinha surgido. Os médicos deram o dianóstico na sexta-feira, um dia antes da morte, e informaram à família que se tratava de Influenza A.
Só este ano, desde abril, passaram pelo HDT, conforme a diretora técnica Letícia Aires, 11 pessoas em estado grave com casos confirmados de Influenza A. Dois desses, continuam internados. “É importante se preocupar com isso. Assim que a pessoa sentir os sintomas de gripe, é bom procurar pelo médico e, principalmente, os que pertencem aos chamados grupos prioritários: crianças, idosos, gestantes, obesos e portadores de doença crônica”, pontua.
A vacinação contra a gripe é ofertada, hoje, somente para as pessoas que se encaixam nos grupos considerados de menor resistência. Quem está fora deles, deve procurar pela vacina na rede privada. A situação cria um impasse, porque nem todos têm a condição de pagar pela vacina. No caso de Goiânia, de acordo com a enfermeira da Superintendência de Vigilância e Saúde (Suvisa) da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Tatiana Luciano Sardeiro, as vítimas fatais não pertenciam aos grupos de risco. Nilza, por exemplo, não se encaixava na faixa etária exigida, não possuía pressão alta, diabetes e, portanto, não era vacinada.
Em 2010, foi registrado apenas um caso em Goiânia e em 2011, nenhum. No ano passado, foram confirmados oito casos e, agora, além das sete confirmações, existem ainda outros 26 que estão sendo avaliados. O medicamento utilizado para o combate à gripe, o Tamiflu, está disponível somente na rede pública. As farmácias privadas não o comercializam.
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Cartas dos Leitores – Hugo
Por mais que vejamos o Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) melhorar o seu atendimento, nada adiantará se o município, que é a única capital brasileira a não ter um hospital de urgência, continuar da forma como está.
O problema não é a falta de macas, mas a capacidade de atendimento. O que fazer antes da construção do Hugo 2 e da reestruturação do Huapa? Lamentavelmente, falta maior compromisso do município com a saúde, cujo descaso é indubitável. Os atendimentos do Hugo, que deveriam ser de alta complexidade, acaba tendo de absorver os de baixa complexidade, pela inoperância da capital, de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e adjacências.
A declaração do diretor de Controle e Avaliação do Município de Goiânia, Cláudio Tavares da Silveira Sousa, que diz que o Hugo diminuiu de 900 para 200 atendimento dia, não coaduna com a realidade do hospital. Seria interessante o diretor ir até o Hugo e verificar a realidade, não antes porém, de dar uma passadinha nos Cais, que há muito se tornaram caso de polícia.
Cleverlan A. do Vale – Setor Bueno – Goiânia
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Editorial — Doença crônica
Por incrível que pareça, pois se trata de uma situação verdadeiramente inusitada, ambulâncias tiverem de emprestar macas para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), em um momento de intensa procura de vagas. A direção do Hugo alega que o hospital atende, às vezes, mais de 30% de sua capacidade, como era o caso do momento, e que assim faltaram leitos, daí o uso das macas das ambulâncias.
Enquanto tão inusitada ocorrência ocorria no Hugo, no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Jardim Novo Mundo os pacientes eram prejudicados por algo absurdo: faltavam nada menos do que cinco dos seis médicos escalados para o atendimento, porque eles haviam pedido demissão.
Só neste ano, quase 400 médicos já deixaram a rede municipal de Goiânia e mesmo com as contratações em número superior aos pedidos de exoneração, o município não consegue repor seu quadro. Faltam, portanto, médicos e leitos hospitalares, ou seja a infraestrutura e de saúde e a equipe de profissionais são insuficientes para atender à demanda.
Esses fatos só reforçam a percepção da população sobre a saúde. Pesquisa Serpes, publicada dia 7, revelou que para 55,7% dos goianienses, saúde é a mais urgente de todas as reivindicações que a população levou às ruas nos protestos de junho. Isso ocorre exatamente pelo fato de os problemas serem crônicos e da falta de solução de longo prazo.
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Coluna Direito e Justiça – Maternidade
O MPF-GO recomendou ao Ministério da Saúde que o convênio para a construção da Maternidade Pública do Jardim Boa Esperança, em Aparecida de Goiânia, não seja prorrogado. Assinado em 2007, ele terminou em junho deste ano, mas, segundo relatório, as obras estão paralisadas desde 2010.
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O HOJE
População faz protesto em Cais, no Residencial Buena Vista
Manifestação começou com um café da manhã e se estendeu até a tarde. Membro do Conselho de Saúde da região diz que apenas um médico faz o atendimento no Cais
Moradores da região do Residencial Buena Vista, em Goiânia, e pacientes do Cais do bairro se reuniram logo no início desta manhã de segunda-feira (15) para protestar contra a falta de médicos e problemas estruturais da unidade de saúde. A manifestação teve início com um café da manhã e seguiu até o começo desta tarde.
O serralheiro e membro do conselho de saúde da região, Lindomar Rodrigues Soares, participou da manifestação e explicou que atualmente apenas um médico atende, durante a manhã, no Cais. Segundo ele, o centro de saúde perdeu três médicos nos últimos meses, e agora tem apenas um profissional atuando.
Lindomar relata também a falta de energia em uma sala odontológica, onde vários equipamentos novos estariam abrigados, porém não haveria energia elétrica para o uso dos aparelhos. Por conta desse problema a sala fica fechada, conta o serralheiro.
Em nota a Secretaria Municipal de Saúde informou que há seis meses o Centro Saúde da Família Residencial Buena Vista carece de dois médicos, e que vagas para cobrir o déficit estão abertas, com indicação de prioridade.
Ainda segundo a secretaria, o único médico no período da manhã, se dedica prioritariamente aos atendimentos de urgência e emergência na unidade de saúde.
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Profissional com diploma estrangeiro de Medicina deve se inscrever no Revalida até dia 30
Médicos formados em outros países precisam passar por exame para se habilitarem a trabalhar no Brasil
Estão abertas as inscrições para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por instituições de educação superior estrangeiras (Revalida) de 2013. Os médicos com diploma estrangeiro que desejam trabalhar no Brasil têm até o dia 30 para fazer a inscrição na página do exame na internet.
O Revalida será aplicado no dia 25 de agosto, em dez capitais brasileiras, quatro a mais em relação ao ano passado — Brasília, Rio Branco, Manaus, Salvador, Fortaleza, Campo Grande, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Este ano, 37 universidades públicas aderiram ao exame.
A prova terá duas fases. A primeira com 110 questões de múltipla escolha e cinco discursivas. Na segunda etapa serão avaliadas as habilidades clínicas — os participantes simulam situações reais de atendimento médico. De acordo com o edital, o participante escolherá a cidade na qual fará a primeira etapa do Revalida. A segunda fase será em Brasília.
Para fazer a inscrição, o interessado deve ser brasileiro ou estrangeiro em situação legal de residência no Brasil, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e diploma médico autenticado por autoridade consular brasileira e expedido por instituição de educação superior estrangeira reconhecida no país de origem.
Certificado de Proficiência
O candidato aprovado deve apresentar à instituição de educação superior responsável pela revalidação o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), nível intermediário superior – com exceção daqueles que têm o português como primeira língua.
A taxa de inscrição é R$ 100 para a primeira fase. Caso seja aprovado, a taxa para a segunda é R$ 300 e deve ser paga até a data estipulada no boleto.
Este ano, estudantes brasileiros que cursam o sexto ano de medicina farão como pré-teste o Revalida. A prova será aplicada a uma parcela de estudantes das instituições que aderiram ao processo de forma espontânea.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Projeto pretende vetar discriminação em seleção
Tramita na Câmara Municipal de Vereadores de Goiânia projeto de lei da vereadora Cida Garcêz (PV) que proíbe a expressão “boa aparência” em anúncios de recrutamento e seleção de pessoal para admissão em empregos. A matéria está em análise nas comissões técnicas da Casa e deve ser votada em agosto, após o recesso parlamentar.
Ainda conforme sugere o projeto de lei, será obrigatório constar dos anúncios o número de vagas disponíveis para cada função, bem como todas as qualificações exigidas para o seu preenchimento. Os empregadores que não observarem a legislação poderão ser multados em dois salários mínimos. O valor arrecado com a multa será destinado para campanhas de educação do trânsito, vinculada à Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT).
“A qualificação do candidato, se ele está formado e tem competência para exercer o trabalho, é o requisito que o empregador deve levar em conta. Anunciar vaga de trabalho e exigir que a pessoa seja bonita ou feia é uma afronta e total discriminação. O projeto de lei que apresento é justamente no sentido de proibir os anúncios com a expressão “boa aparência” e outras que nada têm a ver com qualificação”, justifica Cida Garcêz.
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A REDAÇÃO
Sem teto máximo de reajuste, planos de saúde coletivos saem mais caro
São Paulo – Planos de saúde coletivos por adesão atraem cada vez mais consumidores ou porque poucas operadoras oferecem planos individuais ou familiares ou porque as mensalidades são menores. O problema, segundo o advogado Julius Conforti, é que, ao longo dos anos, dados os reajustes, o custo de um plano coletivo pode superar e muito o valor de um plano individual contratado no mesmo período.
Isso porque os porcentuais de reajustes das mensalidades dos planos coletivos não são estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS), como ocorre com os individuais, cujo teto foi fixado em 7,93%. A agência é apenas informada dos valores aplicados, explica Conforti. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) sobre planos de saúde coletivos (com até 30 usuários) mostra que houve aumento excessivo nas mensalidades desses planos, com reajustes superiores a 20%.
De acordo com a advogada do Idec e responsável pelo estudo, Joana Cruz, os contratos estão sujeitos à rescisão unilateral por parte das empresas e os reajustes são livremente fixados pelos mercados. Usuários desses planos, apesar de questionarem o alto valor do reajuste, acabam sem ter muito o que fazer. A resposta das operadoras de saúde se limita a dizer que "o reajuste financeiro anual está previsto em contrato e respeita todas as regras e a periodicidade estabelecidas pela ANS" e, infelizmente, está dentro da lei.
O aposentado Manoel dos Santos foi comunicado pela Qualicorp de que seu plano sofreria um reajuste de 14,11%. "Sou aposentado e os meus reajustes são inferiores a um terço dos aplicados pela Qualicorp. Toda a minha aposentadoria vai para pagar o plano", reclama. Wilson Roberto Gonçalves também questiona o valor do reajuste de seu plano, da Sul América, de 14%. Ele recebeu a mesma explicação da operadora.
"O resumo é o seguinte: ou paga esse valor abusivo ou desiste do plano, não há opção", diz Julius Conforti defende que o ideal seria que a agência reguladora fixasse o teto máximo de reajuste para os contratos coletivos, como faz para os individuais/familiares. De qualquer modo, explica, os consumidores podem questionar judicialmente a validade dos porcentuais impostos pelos convênios médicos, requerendo que o aumento seja limitado ao autorizado pela ANS para os contratos individuais ou familiares. (Agência Estado)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação