Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 20/11/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Dengue
Goiás é o 3º com mais mortes replica montblanc watches
Estado registrou 58 óbitos decorrentes da doença, segundo dados do Ministério da Saúde
Alfredo Mergulhão

Goiás é o terceiro Estado brasileiro com maior número demortes causadas pela dengue em 2013, conforme dados do Ministério da Saúde divulgados ontem em Brasília. Nesse ano, foram 58 óbitos registrados em municípios goianos por complicações em virtude da doença. O Estado aparece atrás somente de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente o segundo e o primeiro mais populosos do Brasil. O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Liraa) também revela que pouco mais de 1% dos imóveis pesquisados em Goiás estavam infestados por focos do mosquito transmissor, o que caracteriza estado de alerta.
Embora esteja entre as unidades da federação com mais mortes provocadas pela dengue, o número de óbitos vem diminuindo. Na comparação com 2010, a redução chega a 25% no mesmo período analisado. Naquele ano, foram 78 mortes registradas nas primeiras 42 semanas epidemiológicas, quando chegou ao ápice da epidemia de dengue vivida em Goiás. Por outro lado, o número de casos notificados cresceu 47% no mesmo intervalo. E a quantidade de casos graves aumentou 6,6%.
Os órgãos de saúde atribuem esse número de vítimas da doença ao sorotipo 4 do vírus. “Quase a totalidade da população está vulnerável, diferente dos outros tipos da dengue, os quais a maioria das pessoas já estavam imunes”, afirma a Daniella Fabíola dos Santos, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
A gerente acrescenta problemas no manejo clínico como fator contribuinte para o número de mortes por dengue. Daniella dos Santos ressalta que apesar da melhora nos processos de atendimento, ainda ocorrem diagnósticos tardios que atrapalham o tratamento. O diretor do Departamento de Vigilância e Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luiz Elias Camargo, destaca que hoje há um plano de contingência que estabelece procedimentos padrão na medida em que o número de casos aumente e uma epidemia possa ocorrer.
PERFIL DOS CRIADOUROS
Os focos do mosquitos da dengue estão sobretudo dentro das casas de Goiânia. Na capital, 65% das infestações ocorrem nas residências, de acordo com o Liraa. Os criadouros foram encontrados principalmente em lixo mal acondicionado, calhas, pneus e caixas d’água. “A falta de conscientização ainda é o maior desafio no combate ao mosquito. Todo mundo sabe o que precisa ser feito, mas as pessoas não fazem”, avalia Luiz Elias Camargo.
Apesar da falta de engajamento das pessoas, também há carência de agentes de combate a endemias em Goiânia. Luiz Elias sustenta que faltam 100 agentes para trabalhar nas visitações domiciliares. Atualmente, são 460 profissionais circulando de casa em casa no combate aos focos do mosquito da dengue. O número é diferente nas contas da SES, que calcula o déficit em 212 agentes.
Luiz Elias explica que foi realizado concurso para preenchimento dessas vagas, mas há dificuldade em manter os aprovados nos cargos. “A maioria tem nível superior e eles não querem trabalhar como agentes”, diz. Em Goiás, são 32 municípios com quadro deficitário de agentes de combate a endemias. Além de Goiânia, os casos mais graves são Valparaíso e Aparecida de Goiânia, com déficit de 69 e 32 profissionais respectivamente.
INFESTAÇÃO
O nível de infestação de imóveis coloca Goiás em estado de alerta, quando os locais pesquisados apresentam índice entre 1% a 3,9%. No entanto, quatro municípios goianos estão com mais de 4% de infestação, caracterizando estado de risco de epidemia: Davinópolis, Rio Quente, Alto Paraíso e Alto Horizonte. Quando o índice fica abaixo de 1% é considerado satisfatório. Ao todo, 60 municípios estão em estado de alerta, inclusive Goiânia, com 1,3%.

DIÁRIO DA MANHÃ
Mundo sem saúde pública
Faltam 7,2 milhões de médicos e auxiliares no mundo e até 2035, o déficit será de 12,9 milhões, segundo a OMS
ELPIDES CARVALHO
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontaram, na segunda-feira (11), que até 2035, 12,9 milhões será o índice de ausência de profissionais de saúde no mundo. Atualmente faltam 7,2 milhões deles. O alerta, que pode causar graves implicações para milhares de pessoas, vem do estudo Uma Verdade Universal: Não Há Saúde sem Profissionais, divulgado pela OMS durante o 3º Fórum Global sobre os Recursos Humanos da Saúde. Participaram do evento  representantes de 85 países, incluindo 40 ministros da Saúde, em Recife (PE).
Desde o último estudo sobre o tema, em 2006, os números já eram preocupantes, embora de lá para cá tenha melhorado consideravelmente. Dos 186 países que existem no mundo, 83 deles, ou seja, 44,6%, ainda não alcançaram sequer a taxa mínima estabelecida pelo Relatório Mundial de Saúde de 2006, que prevê 22,8 profissionais de saúde qualificados para cada 10 mil habitantes.
Um dado mais positivo da OMS revela que outros 17 países (9,1%) ultrapassaram o patamar mínimo, no entanto, não alcançam os valores estipulados da Organização Internacional de Trabalho (OIT), que aponta 34,5 profissionais de saúde qualificados por 10 mil pessoas. Além disso, 18 países (9,7%) que atingem esta meta, não alcançam o patamar dos 59,4 profissionais para 10 mil habitantes.
Do total de países que atingem ou ultrapassam a meta de 34,5 profissionais por 10 mil cidadãos, são apenas 68 nações, equivalente a 36,6%, conforme agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a saúde. Entre os profissionais de saúde que se enquadram nas estimativas do déficit mundial de 12,9 milhões, até 2035, inclui médicos, enfermeiros e parteiras, segundo estudo da OMS.
Motivo
De acordo com relatório da OMS, a preocupação para o alerta está no envelhecimento dos trabalhadores de saúde, que se aposentam ou deixam de exercer a profissão por outros empregos mais bem remunerados e sem serem substituídos. Além do fato de que poucos jovens entram na área da saúde ou recebem formação adequada.
O estudo ainda mostra que a situação piora quando a tendência de queda dos trabalhadores que atuam na área coincide com um aumento da procura, não só porque a população mundialtende a crescer, mas, também, por causa da elevação do risco de doenças não transmissíveis, como enfermidades cardiovasculares, entre outras. Outro problema que destaca a OMS surge com as migrações internas e internacionais de profissionais de saúde, que tendem a elevar as desigualdades regionais.
“As fundações para uma força de trabalho forte e eficaz na saúde para o futuro estão se corroendo diante dos nossos olhos por não estarmos correspondendo à formação de profissionais com a procura das populações de amanhã”, acredita a diretora-geral adjunta da OMS para os Sistemas de Saúde e a Inovação, Marie-Paule Kieny. Para evitar que a situação agrave, ela ainda acrescentou. “É preciso repensar a forma como se ensina ou se forma o profissional. Além disso, como se coloca e como se paga os trabalhadores da saúde para que o seu impacto seja maior”, aponta Marie.
Faltam escolas médicas
A OMS acredita que, embora o continente asiático seja o local onde se preveem maiores falhas em termos numéricos, é na África subsaariana que o problema se fará sentir de forma mais aguda. Nos 47 países dessa região africana há apenas 168 escolas de medicina, segundo a organização, que aponta também 11 países sem qualquer escola de medicina e 24 nações com apenas uma instituição de ensino neste setor.
Já na região das Américas, 70% dos países têm trabalhadores de saúde suficiente para prestar atendimentos básicos na área. No entanto, muitas nações ainda enfrentam problemas ligados à distribuição dos profissionais, migrações e à qualidade da sua formação. É preciso que todos os países no mundo estejam atentos aos sinais de alerta, pede a OMS, destacando que 40% dos enfermeiros nos países ricos abandonarão a área nos próximos dez anos. A organização conclui que com uma profissão exigente e uma remuneração relativamente baixa, muitos jovens que trabalham no setor de saúde têm poucos incentivos para continuar o exercício do ofício. (Com informações da Agência Lusa)
Onde falta um, faltam outros
ELPIDES CARVALHO
Estudo da Demografia Médica no Brasil, que se baseou em dados da Assistência Médico-Sanitária (AMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que demanda de médicos nos grandes centros acompanha a de outros profissionais de saúde. O que de fato, segundo a pesquisa, onde falta médico, faltam dentistas e enfermeiros.
“Além da falta desses profissionais, eles estão mal distribuídos. [Com o programa Mais Médicos lançado em junho deste ano], o governo alude em relação ao problema e responde com ilusão”, diz Jairnilson Silva Paim, professor titular de políticas de saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em entrevista, em setembro deste ano, ao jornal Folha de São Paulo.
Segundo o professor, o foco do debate que deveria ser em torno de “mais saúde”, passa necessariamente por mais financiamento, no entanto, terminou reduzido a “mais médicos”. O governo brasileiro até hoje não conseguiu resolver o impasse do custeio do Sistema Único de Saúde (SUS). O Senado aprovou, em 2011, a regulamentação da Emenda 29, que prevê gastos com saúde nos três níveis de governo, mas a bancada governista evitou que o relatório final determinasse a União a investir 10% de sua receita no setor.
Na avaliação de especialistas em saúde pública, medidas focadas apenas na fixação de médicos nos rincões do País tendem ao fracasso. “É um equívoco considerar isoladamente a presença de médicos, sem atacar as raízes das desigualdades”, afirmou Mario Scheffer à Folha. Ele é professor de saúde preventiva da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador da pesquisa Demografia Médica no Brasil.
Já o professor Paim, da UFBA, conclui que: “o médico nunca trabalha sozinho, precisa de uma equipe, de condições objetivas para uma carreira de trabalho, de salário digno e de condições para exercer a profissão. É impossível achar que um médico sozinho vai dar conta do recado”, ressalta.
Concentração
O Brasil concentra 20% dos dentistas de todo o mundo, no entanto, a distribuição interna é desigual. Outro profissional que segue a mesma regra é o enfermeiro, ele está diretamente ligado à tendência dos médicos. Nos Estados do Sul e Sudeste, existe uma média de quatro a cinco médicos por profissional de enfermagem. Já no Norte e Nordeste, essa relação diminui pela metade.
Outro fator problema é a presença dos profissionais de saúde em determinadas localidades, que acompanha também a concentração regional da produção e da renda. De acordo com o professor da USP Scheffer, locais que oferecem melhores condições de infraestrutura, como estabelecimentos de saúde, maior financiamento público e privado, condições de trabalho, remuneração e qualidade de vida, atraem mais médicos. Em Goiás, na região oeste do Estado concentram-se quase 20% dos problemas de falta de médicos.
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Padilha divulga mapa da dengue no país
Brasília- O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou hoje (19), o novo mapa da dengue no país. Ele participou do lançamento da campanha de mobilização contra a doença. O mapa mostra que 157 municípios do país estão em situação de risco e outras 525 em estado de alerta.
Os dados são do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti. Na ocasião o ministro assinou a portaria que dobra o investimento previsto para 2014, que passa a ser de R$ 1,2 bilhão.
De acordo com o Ministério da Saúde, o reforço na assistência básica ao paciente contaminado pelo inseto vem sendo ampliado ano a ano e resultou na redução dos casos graves da doença em 61% quando comparado aos dados de 2010. Também diminuíram em 10% os casos de mortes pela dengue, mesmo com o crescimento dos números de notificações da doença.
Neste ano, foram notificados 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no país em decorrência de uma circulação do subtipo 4 do vírus, que respondeu por 60% dos casos. O levantamento foi feito nos meses de outubro e no início de novembro servindo para identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor em 1.315 cidades.
Segundo Padilha, os números ainda não são para comemorar. “Queremos reduzir cada vez mais a chance de óbito neste país. Essa é a principal ação do Ministério da Saúde agora”. Ele ressaltou que, com o Mais Médico, as ações serão reforçadas uma vez que os profissionais contratados já enfrentaram a dengue nos países de origem, além de ter larga experiência.
Três capitais estão em situação de risco: Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho. Outras 11 apresentaram situação de alerta: Boa Vista, Manaus, Palmas, Salvador, Fortaleza, São Luís, Aracaju, Cuiabá, Rio de Janeiro e Vitória. Sete cidades ainda não apresentaram os resultados do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti e as outras capitais têm níveis considerados satisfatórios.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação