Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/12/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Mais Médicos
Lançado edital para financiar projetos
Campinas- O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou ontem em Campinas (SP), edital para financiar projetos de comunicação e tecnologia, como aplicativos e softwares para internet e tablets – usados no programa federal Mais Médicos e criticados pelos profissionais, uma vez que não possuem rede móvel, o que restringe o uso. Também está previsto teleconsultoria à distância e diagnósticos feitos remotamente. O edital, que prevê R$ 1,5 bilhão de investimento, será feito em parceria com os Ministérios de Comunicações e Ciência, Tecnologia e Inovação. Saúde deve investir R$ 80 milhões no financiamento do Projeto Telessaúde Redes Brasil, que pretende aprimorar o trabalho das equipes de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) – onde os médicos estrangeiros atuam. Segundo o Ministério da Saúde, o edital contempla projetos nas áreas de comunicação ópticas e digitais sem fio. Padilha afirmou que o projeto não beneficiará apenas o Mais Médicos, mas todo o sistema de saúde que estará integrado.
Ele defendeu o uso do tablet, afirmando que a maior parte dos conteúdos não precisa de internet, como as informações sobre atenção básica, protocolos do ministério e troca de mensagens com colegas e superiores. Padilha disse que hoje é o médico ou a prefeitura que contrata o pacote de internet.
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Literatura
Longa jornada
Será lançado hoje Seara de Asclépio, livro sobre a história da Medicina, obra que contou com a colaboração de mais de 50 profissionais da área em sua realização
Rogério Borges
Um projeto acalentado há quase duas décadas, 50 autores, 40 capítulos, autores de várias partes do Brasil. Tudo o que cerca a produção do livro Seara de Asclépio – Uma Visão Diacrônica da Medicina, que será lançado hoje, às 20h30, na Faculdade de Medicina da UFG, é superlativo. A começar pelo nome de seu idealizador, o gastroenterologista Joffre Marcondes de Rezende, um dos médicos mais respeitados de Goiás e que tem enorme prestígio também fora do Estado. Ele aglutinou forças para que este livro, um calhamaço de pura informação sobre a História da Medicina, de seus primórdios até os dias de hoje, se transformasse em realidade. Auxiliado pelos colegas de jaleco Vardeli Alves, diretor da Faculdade de Medicina da UFG, e Gil Perini, também um escritor de talento, Joffre pediu e recebeu textos de profissionais que atuam em Goiás e grandes centros, como USP e Unicamp, para montar esse amplo panorama da área.
Publicado pela Editora da UFG com uma tiragem relativamente grande para obras do gênero e deste porte – 1.700 exemplares –, Seara de Asclépio trata das mais diversas especialidades, com o olhar voltado para os estudantes e professores dos cursos médicos, que muitas vezes não contam com suportes bibliográficos suficientes para falar do tema. A obra chega sob a chancela de nomes de peso na Medicina goiana. Joffre Rezende é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atua em Goiânia desde 1954. Um dos fundadores da Faculdade de Medicina da UFG, ele foi professor de Clínica Médica na unidade, sendo também seu vice-diretor. Fundador do Centro de Gastroenterologia de Goiânia, é autor de um livro de muito sucesso entre seus pares, Linguagem Médica. Publicou ainda À Sombra do Plátano: Crônicas da História da Medicina e traduziu Os Aforismo de Hipócrates.
Professor emérito da UFG, Joffre é um dos poucos médicos a receberem o título de Professor Honoris Causa da Universidade de Brasília (UnB) por sua contribuição em várias áreas. Uma delas foi descobrir danos que a doença de Chagas poderia causar ao esôfago. Ele também editou a Revista Goiana de Medicina por 35 anos. Vardeli Alves de Moraes, por sua vez, é ginecologista e obstetra e também tem grande envolvimento com a questão do ensino da Medicina. Já foi coordenador do curso na UFG e esteve com Joffre Rezende desde o começo para tornar o livro Seara de Asclépio uma realidade. Gil Perini entrou um pouco depois no projeto, ajudando os amigos a viabilizar, organizar e editar os textos. Autor do ótimo volume de contos O Pequeno Livro do Cerrado, Gil, que é cardiologista, escreveu crônicas para o POPULAR durante muitos anos, muitas delas reunidas no livro O Afinador de Passarinhos.
Lançamento do livro: Seara de Asclépio – Uma Visão Diacrônica da Medicina
Organizadores: Joffre Marcondes de Rezende, Vardeli Alves de Moraes e Gil Perini
Data: Hoje, às 20h30
Local: Teatro Asklépios (Faculdade de Medicina da UFG) – Rua 235, Setor Universitário
Entrevista/Joffre Marcondes de Rezende
“Não podemos perder de vista o verdadeiro sentido da Medicina”
Aos 92 anos de idade, o gastroenterologia Joffre Marcondes Rezende é um dos pilares da medicina em Goiás. Respeitado pelos colegas, a maior parte deles seus ex-alunos da Faculdade de Medicina da UFG, ele construiu uma das carreiras mais sólidas na área no Estado, onde começou a trabalhar quase 60 anos atrás. Nesta entrevista, ele fala deste seu mais recente trabalho, que começou a idealizar há quase duas décadas, e diz como encara sua profissão e quais são os compromissos que o bom médico nunca deve se esquecer que tem para com seus pacientes.
Qual foi sua principal motivação para organizar este livro?
A motivação para a organização deste livro decorreu da escassez de fontes bibliográficas em língua portuguesa que pudessem ser utilizadas nos cursos de História da Medicina oferecidos em muitas escolas médicas. Os raros livros existentes achavam-se esgotados e as poucas traduções de livros escritos em outros idiomas deixavam muito a desejar. Quando, em 1988, foi criada a disciplina História da Medicina em nossa Faculdade (UFG), elaboramos uma apostila com textos resumidos para uso dos alunos. Essa apostila, com a colaboração de outros professores, foi ampliada e impressa como um pequeno livro para uso exclusivo em nosso curso. Estando esgotada a primeira edição, propusemos ao professor Vardeli Alves editar em seu lugar um livro mais completo, abrangente, com a participação de vários autores, todos interessados e estudiosos da História da Medicina.
Trata-se de um livro bastante extenso, com a colaboração de muitos profissionais. Como foi reunir tanta gente em torno desse projeto?
A Historia da Medicina abrange um longo período de tempo em sua evolução, porém somente a partir do século 19 a medicina desenvolveu-se cientificamente, tornando-se complexa em virtude de novas descobertas e da incorporação de tecnologia nos métodos de diagnóstico e no tratamento das doenças. A medicina fragmentou-se em especialidades e cada uma delas passou a ter sua própria história. Essa é a razão do grande número de participantes do projeto. Exemplificando, o capítulo sobre métodos de obtenção de imagens foi escrito por um radiologista; o capítulo sobre câncer por um oncologista, as conquistas da cirurgia por um cirurgião e assim por diante. Temas gerais relevantes foram distribuídos de acordo com a preferência de cada autor.
Houve alguma dificuldade maior para a realização da iniciativa? Algum obstáculo foi mais complicado de superar?
A única dificuldade que tivemos foi a de conseguir os trabalhos nos prazos estipulados. Em consequência, houve um atraso de alguns meses no preparo dos originais.
Como o senhor orientou esse trabalho, na distribuição de suas partes?
O livro Seara de Asclépio foi projetado em quatro seções: a primeira sobre a medicina na antiguidade em ordem cronológica até o século 18; a segunda parte sobre as grandes conquistas científicas e tecnológicas da medicina a partir do século 19, a terceira de temas relevantes em conexão com a medicina e a quarta sobre a medicina no Brasil.
O livro pode interessar também o público leigo?
O livro direciona-se aos alunos de História da Medicina atualmente ministrados em várias faculdades, não apenas aos estudantes do curso médico, mas aberto aos alunos dos demais cursos da universidade e às pessoas que se interessarem pelo assunto.
Esse é um projeto que o senhor acalentava já há algum tempo?
A ideia desse livro data de 1996, compartilhada pelo professor Ulysses Meneguelli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP. Somente agora, decorridos 17 anos, tivemos condições de levar a termo o antigo projeto, em associação com o professor Vardeli Alves de Moraes, diretor da Faculdade de Medicina, e do professor e escritor Gil Perini.
A medicina costuma ser vista com certo temor por quem não é da área, como um terreno um tanto misterioso, exclusivo para iniciados. A história da medicina tem episódios que justificam esse temor ou ele foi sendo criado por falta de informação e lendas sem respaldo?
Sim, o temor a que se refere existe realmente. A meu ver, é uma reminiscência atávica da medicina empírica do passado. Durante mais de 2 mil anos, a teoria dos quatro humores da escola hipocrática foi a base da conduta médica no tratamento das doenças e consistia principalmente na prática da sangria, aplicação de sanguessugas e administração de purgativos e eméticos. As intervenções cirúrgicas eram feitas sem anestesia e mesmo as mais simples eram seguidas de infecção com alta mortalidade. As doenças infecciosas que hoje são prevenidas com vacinas específicas eram causa comum de óbito. Os hospitais eram vistos como antecâmara da morte. O pavor da doença e da morte estendeu-se inconscientemente à profissão médica.
Podemos dizer que o livro expressa sua visão da medicina, o que significa para o senhor exercê-la?
Minha visão da medicina é que nos últimos anos ela se tornou mais técnica e menos humana. No discurso de paraninfo que proferi em 1996, assim me expressei: “O progresso tecnológico a serviço da medicina está mudando o comportamento do médico. Não podemos perder de vista o verdadeiro sentido da medicina. Lidamos com seres humanos e não com máquinas biológicas. Tratamos não só do corpo, como do espírito de pessoas que sofrem, que estão apreensivas ou temerosas, e que necessitam de compreensão e simpatia. É preciso não esquecer que o exame clínico continua sendo a pedra fundamental da prática médica e que, sem ele, torna-se difícil até mesmo a seleção dos exames a serem solicitados e a interpretação crítica dos mesmos. Acresce ressaltar que é através do exame clínico, representado pela anamnese e exame físico, que se dá a aproximação do enfermo com o seu médico e que se estabelece a relação médico-paciente, tão necessária e fundamental para o êxito do tratamento”.
Saiba mais
■ Teoria dos quatro humores ou teoria humoral
Ela acreditava que a saúde do corpo e, portanto, a vida se mantinha pelo equilíbrio de quatro substâncias do organismo: o sangue, a fleuma, a bílis amarela e a bílis negra. O sangue procederia do coração, a fleuma do sistema respiratório, a bílis amarela do fígado e a bílis negra do baço.
■ Anamnese
É a espécie de entrevista que o médico submete seu paciente para saber mais sobre sintomas, desconfortos, histórico de doenças do indivíduo e de sua família, dados sobre possíveis cirurgias anteriores, etc.
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Cartas dos Leitores 
Combate à dengue
Um tempo atrás, bastava ligar na Prefeitura e solicitar o caminhão do fumacê para o combate à dengue que eles atendiam seu pedido. Atualmente, é preciso ligar no Disque-Dengue (0800 646 1520) que eles mandam um fiscal no local para identificar focos do mosquito. Se não identificarem o foco, eles não mandam o caminhão.
Contudo, pode acontecer de não haver foco, mas há centenas ou milhares de mosquitos colocando em risco a saúde dos moradores. O fato de não identificar o foco do mosquito não significa que a casa ou bairro não tenha de receber combate. O que traz a enfermidade são os mosquitos, e eles estão superlotando residências. Em minha casa, na casa de vizinhos, na casa dos meus pais – que têm mais de 70 anos –, é preciso pedir licença aos mosquitos.
Precisamos que o caminhão do fumacê, como ficou conhecido, volte a funcionar sem a burocracia que hoje existe. Ela está atrasando o processo de combate e fazendo aumentar a quantidade de mosquitos.
Jane Morais Ribeiro de Assis – Setor Sul – Goiânia
HDT
Não posso deixar de comentar a carta publicada nesta seção por Bruno Ferreira Júnior. O Hospital de Doenças Tropicais (HDT) tem obtido desde nossa gestão, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, significativas melhoras. Em um ano, deixamos de ser um hospital em situação de interdição por órgãos fiscalizadores como o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e Vigilância Sanitária para ser um no qual conseguimos sanar praticamente todas as deficiências consideradas graves e que independiam de uma ampliação estrutural.
Estamos entre os dez melhores hospitais do Brasil em concurso promovido pelo Ministério da Saúde que avalia práticas de humanização. Temos a grata satisfação de ao lado de um corpo de servidores altamente especializado realizar uma assistência aprovada por 87% dos usuários, dado de pesquisa feita pelo Instituto Serpes, e de ter trazido o melhor laboratório da América Latina pertencente ao Grupo Dasa, além de termos instalado tomografia, reformado enfermarias e várias outras intervenções.
Temos ainda a satisfação de termos sido escolhidos como Hospital Pérola pelo Ministério da Saúde, o que nos tornou referência em casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a H1N1, na rede sentinela que é nacional. Como baiano, sou brasileiro acima de tudo e trabalho pelo SUS. Como médico e gestor, tenho o dever de realizar o melhor esforço para que os avanços sejam conquistados.
André Guanaes – Superintendente técnico-científico do Instituto Sócrates Guanaes
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SAÚDE BUSINESS WEB
OPME: superfaturamento afeta preço de próteses
Ministério da Saúde e operadoras concordam: falta concorrência no setor e a cadeia de distribuição encarece o preço final dos produtos

O elevado preço de venda de órteses e próteses, além de denúncias de superfaturamento desses produtos foram tema de audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara nesta terça-feira (17). Ministério da Saúde e operadoras dizem que o problema do setor é a falta de concorrência e a cadeia de distribuição, que paga percentuais a médicos e hospitais, o que encarece o preço final do produto.
O deputado Ricardo Izar (PSD-SP) destacou que o custo final de órteses e próteses prejudica o consumidor, que tem que pagar mais para os planos de saúde, e prejudica o País, porque onera o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O deputado reclama de desvio de conduta generalizado.
“Está tendo um desvio de conduta, de ética, de recursos em todas as esferas. É o médico que recebe comissão – que não deveria receber – porque é uma falta de ética e aumenta o preço do produto final. É o hospital que superfatura a nota. Uma prótese que custa 15 mil em um lugar custa R$ 50 mil em outra região do País, isso não tem explicação nenhuma”, disse.
Para a representante do plano de saúde Unimed, Andréa Bergamini, é preciso controlar o setor para evitar os abusos que prejudicam os pacientes. Ela reclama que hoje o mercado não está regulamentado nem na parte econômica nem na nomenclatura. “Existem questões técnicas como comparar produtos de marcas diferentes com a mesma indicação. Isso dificulta o processo das auditorias, dificulta o trabalho do profissional da saúde e também a análise do custo e efetividade das operadoras. É necessário que se comece a trabalhar nessa regulamentação.”
Consumidor não escolhe
O diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Bruno Sobral de Carvalho, lembrou que o setor de órteses e próteses é atípico, porque quem escolhe o produto não é o usuário e por isso não há como fazer comparações.
Ele destacou que somente com informações claras é possível escolher o produto mais adequado a cada caso. “É preciso que a sociedade tenha cada vez mais acesso, as operadores de saúde tenham mais acesso e o próprio médico tenha mais acesso às diferenças reais de qualidade e às diferenças de preço; e que essas diferenças possam ser levadas em consideração na hora de escolher um produto que agregue mais valor a um paciente.” Bruno Carvalho acrescentou que com a transparência pode se evitar desperdício e melhorar a qualidade da assistência.
Importações
Para o representante do Ministério da Saúde, Paulo Henrique Antonino, existem vários modelos de produção e de comercialização e o mercado é dominado por grandes empresas o que dificulta a realização de licitações para compra desse tipo de material.
Antonino disse ainda que 56% do mercado de órteses e próteses é composto por importações, mas o que o ministério vem trabalhando em parceria com a indústria nacional no Plano Brasil Maior para a confecção desses materiais no Brasil.
A Comissão de Defesa do Consumidor ainda vai ouvir distribuidores e hospitais para depois propor um projeto de fiscalização e controle para o setor.
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Artigo – Gestão hospitalar deve ser feita por quem?
Em artigo, presidente do Conselho Federal de Administração afirma que "administração é para administradores" e considera que o Brasil passa por uma grave crise de gestão dos recursos públicos
O jornal Folha de São Paulo divulgou o relatório elaborado pelo Banco Mundial que revela os problemas do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento mostra que não falta dinheiro, mas a desorganização e a ineficiência na gestão desses recursos geram os problemas de acesso e cuidados especializados no SUS.
Um dos principais problemas é o subfinanciamento já que mais da metade dos gastos com saúde no Brasil se concentra no setor privado. Isso sem falar das longas filas, da falta de leitos, de médicos e de medicamentos, dos erros de diagnóstico e tratamento, entre outros problemas que diariamente são pauta na mídia.
Esse relatório do Banco Mundial só veio para reforçar e provar que as mazelas do país são causadas por falta de uma gestão eficaz, eficiente e profícua. É revoltante o colapso no funcionamento dos hospitais brasileiros. Grande parte desses problemas poderia ser sanada se o Estado apostasse em profissionais capacitados e habilitados para gerir a coisa pública.
Atualmente, por exemplo, observamos que a Administração Hospitalar ainda é confiada a pessoas sem a plena capacidade administrativa para desenvolver determinadas atividades e tarefas. São profissionais com qualquer formação ou sem formação nenhuma e, muitas das vezes, estão onde estão em razão de favorecimento e/ou troca de favores.
Percebemos essa falta de critério não só na saúde, mas entre outros setores como educação, segurança, etc. Enquanto o país praticar esse tipo de gestão diletante, o Brasil não avançará. Vamos continuar vendo os recursos, fruto da alta carga tributária que tanto pesa no nosso bolso, sendo mal empregados.
Reconhecemos que o médico é o profissional imprescindível em um hospital, mas a gestão de um empreendimento hospitalar precisa e deve ser tocada por um profissional capacitado e habilitado para esta função, até porque o Brasil adotou o princípio da profissão regulamentada, garantindo que os serviços especializados e que impliquem em conhecimentos também especializados sejam prestados por pessoas com a qualificação exigida.
O exercício ilegal de uma profissão pode gerar muitos efeitos. No caso da má gestão de recursos públicos, vemos os males que trazem para a saúde econômica e financeira do país. Quem sofre com essa situação é o cidadão, que fica a mercê de serviços mal prestados.
Os Conselhos Federal e Regionais de Administração têm lutado com afinco no sentido de que o setor público, no âmbito de todos os poderes, compreenda a necessidade e a importância de deixarem os Administradores profissionais assumirem a gestão mediante assunção dos cargos que para seu desempenho é imprescindível a formação técnico-científica em Administração.
Lamentável essa situação do SUS apresentada pelo relatório do Banco Mundial. Até quando teremos casos semelhantes? Os líderes públicos deste país precisam atentar para esta grave crise de gestão dos recursos públicos e reconhecer que, definitivamente, administração é para administradores. Somente após essa atitude poderemos ter, talvez, políticas públicas eficientes e que, de fato, atendam a sociedade brasileira.
*Sebastião Luiz de Mello: Presidente do Conselho Federal de Administração
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação