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O POPULAR
Coluna Giro
Saúde – O HGG recebe amanhã certificação da Organização Nacional de Acreditação.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Anticoncepcional tecnológico
Cristine superou traumas causados por TPM e cólicas menstruais com método contraceptivo revolucionário inserido debaixo da pele
APARECIDA ANDRADE
Cristine já sabia, mais um mês se aproximava e ela teria que passar por todos aqueles incômodos e sintomas outra vez, choro, irritabilidade seguida de mau humor. E para completar a dor começava no ventre e se irradiava para as costas e membros inferiores, era uma dor aguda intermitente e na maioria das vezes a incapacitava de manter sua rotina diária. Junto vinham outros sintomas, como náuseas, vômitos, dor de cabeça e inchaço. Começava mais um ciclo menstrual na vida da estudante Cristine Cidade Carniello, 21 anos.
A estudante sempre soube que sentir dor é uma forma de o corpo nos alertar de que algo está errado. Apesar de muitos, em sua volta, acharem que sentir dor durante o ciclo menstrual é um processo "natural". Cristine não se convenceu do conformismo e buscou ajuda profissional. "Tinha muitas dores, ficava muito emocional e, muitas vezes, fui parar no hospital. A gente acostuma tanto a sentir dor que a mulher acha que isso é normal, mas não é", explica a estudante.
Indicação
Após recomendação médica, ela começou a usar o anticoncepcional Implanon, método contraceptivo que, de acordo com médico ginecologista e obstetra João Baptista de Alencastro é inserido debaixo da pele, na região do braço. "Durante três anos, o implante vai liberar diariamente na corrente sanguínea as doses necessárias de hormônio para inibir a ovulação, evitando, assim, a gravidez", descreve. Não só a gravidez como também problemas de Tensão pré-menstrual (TPM), que foi o caso de Cristine. "A minha indicação a princípio era para evitar a TPM", afirma.
De acordo com a estudante, as melhorias foram tão notórias que ela se surpreendeu com os resultados. "No começo foi estranho, eu não sabia mais o que era sentir cólicas, o que foi muito bom", descreve a sensação de alívio ao se deparar com os resultados positivos do anticoncepcional.
Vantagens
Para o ginecologista e obstetra Baptista, a maior vantagem do anticoncepcional é a eficácia. Diz que o método é considerado o mais eficaz de todos os métodos disponíveis no mercado, hoje. "O seu índice de Pearl (número de 100 mulheres durante um ano de uso de um método anticonceptivo) é de 0,008, ou seja, quase nulo. Além disso diminui o fluxo menstrual na maioria dos casos e em alguns leva a amenorreia (não menstruar). Como não contém estrogênio, ele não resulta em enjoos, aumento de peso e também não favorece fenômenos de tromboembolismo", assegura.
Baptista menciona que apesar de pouco divulgado o método tem boa aceitação por parte dos pacientes. "No meu atendimento, as pacientes estão satisfeitas com o método; até hoje retirei apenas um implante antes dos três anos devido a sangramento de escape. A aceitação é boa e até na colocação do mesmo eu não tenho tido maiores complicações", revela.
Cristine, que começou usar o anticoncepcional em 2011 e encerrou o ciclo em 2013, diz ter reagido bem ao medicamento. "Não senti nada, pelo contrário, me senti muito mais segura que com qualquer outro anticoncepcional", define. A jovem, que optou por não colocar o método contraceptivo pela segunda vez de imediato, explica o porquê. "Depois dos três anos usando e mesmo com excelentes resultados achei melhor deixar meu organismo respirar; quando coloquei tinha 17 anos, quero me experimentar outra vez. Mas pretendo usá-lo outra vez", avalia.
mercado
O anticoncepcional Implanon foi lançado no Brasil em setembro de 2001. Para o ginecologista João Baptista, a divulgação ainda é escassa devido ao preço elevado e também porque não consta no rol de métodos rotineiros utilizados pelo Ministério da Saúde. "Sua primeira utilização em serviço público deu-se apenas em 2010, em São Paulo", revela.
Mas ele reconhece a importância do método como meio viável de um planejamento familiar. "O planejamento familiar é uma decisão da paciente e do seu parceiro, esse é um método recomendável pela alta eficácia, baixo índice de efeitos colaterais, fácil inserção e longa ação", destaca. Segundo ele, o preço varia muito e o mínimo encontrado é de R$ 644,00. "É encontrado geralmente em grandes farmácias, ainda não existe dele disponível nos serviços públicos do Estado de Goiás", declara.
Explica que em casos de rejeição, que, segundo ele, são raríssimos os casos, o haste (espécie de chip do anticoncepcional que é introduzida na pele) deve ser retirado de imediato. "Há poucos relatos de náusea e mal-estar. O mais comum é a alteração do ciclo menstrual com encurtamento do mesmo e escapes. Em todos os casos somente a retirada do mesmo é possível a correção efetiva", esclarece.
Contraindicações
Alencastro adverte que existe contraindicação nos casos de graves doenças hepáticas ou histórico de um passado delas, na gravidez ou na suspeita da mesma, e nos distúrbios tromboembólicos venosos ativos. "Fora isso o uso é normal", conclui.
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SAÚDE WEB
Opinião -Rede Própria, Terceirização da Gestão Hospitalar e Falência
As operadoras estão trilhando o caminho do SUS, e fica cada vez mais evidente que o destino será o mesmo: ‘falência múltipla dos órgãos’. O incremento de recursos próprios é um caminho obrigatório, que vai fornecer algum oxigênio durante algum tempo, mas agonizar como o SUS é questão de tempo.
Vamos nos lembrar do que aconteceu com o SUS:
• Quando foi implantado não existia oferta de serviços públicos e privados para que pudesse cumprir sua missão, então começou a financiar entidades filantrópicas e expandiu sua rede própria;
• Sentindo-se ineficiente para gerir sua própria rede começou a terceirizar a gestão com parcerias público-privadas (OSs) e em pouco tempo verificou que a forma de gestão não era o problema central;
• Agora alguns profetas pregam que o vilão é a forma de remuneração, e defendem a ‘contratualização’ como a solução. Parecem as ‘Organizações Tabajara’ dizendo ‘seus problemas estão resolvidos’. O SUS agoniza porque boa parte do pouco recurso destinado à saúde é desviado pela corrupção, ‘custo Brasil’ e ineficiência operacional – nenhuma das grandes ações citadas acima foi de encontro ao problema, então ele só faz agravar ao longo do tempo.
Então vamos discutir a Saúde Suplementar. É público e notório que:
• As operadoras se mantinham saudáveis enquanto a população era mais jovem, menor, e utilizava pouco os serviços de saúde. O envelhecimento da população vai gradativamente ‘minando’ este modelo de negócios, e a falta de recursos é cada vez maior;
• Enquanto as operadoras lucram quanto menos o associado utilizar a rede, o hospital lucra quanto mais ‘estropiado’ estiver o paciente: idoso, descompensado, diabético, cardiopata, psicopata … tudo que a operadora reza para não cair na sua carteira;
• A rede de serviços existente não é suficiente para acolher os usuários de planos de saúde – em muito pouco tempo passamos de cerca de 30 milhões para 60 milhões;
Operadora não sabe gerir hospitais e vice-versa.
Finalmente vamos comparar os dois sistemas e concluir:
• O primeiro movimento agonizante das operadoras está sendo expandir sua rede própria para depender o mínimo possível da rede credenciada, como fez o SUS. A operadora não tem alternativa porque a ANS está pressionando os prazos de atendimento, e o sistema de remuneração pressiona com falta de recursos;
• Mas já estamos verificando o segundo movimento: terceirização da gestão dos hospitais da rede própria (como fez o SUS) – afinal de contas operadora não é especializada nisso, porque como vimos seu modelo de negócios tem objetivos totalmente diferentes dos hospitais;
• O terceiro movimento da agonia será a constatação de que a gestão profissionalizada dos hospitais da rede própria, além de não resolver o problema central, ainda vai gerar efeitos colaterais: hospital é um organismo vivo, e não consegue se manter engessado – vai criar mecanismos próprios que irão contra os objetivos primários da operadora, como por exemplo aumentar sua oferta de produção para terceiros para poder se manter financeiramente.
O cenário já está muito bem estabelecido.
Conheço uma seguradora, que como não pode manter rede própria está financiando hospitais filantrópicos em troca de reserva de capacidade operacional. Sabemos que isso não vai dar certo porque ela está se colocando em um cenário político (e ilegal), e quando este ingrediente aparece a ‘sopa desanda’ – basta aguardar a próxima troca de governo, mesmo que seja do mesmo partido, e todo o esforço estará perdido.
Conheço diversos planos de saúde que estão cancelando todos os contratos dos seus hospitais próprios com outras operadoras, para que tenham capacidade operacional para atender o plano e fugir de sansões da ANS. E parte deles já estão pensando no que fazer com o ‘vermelho’ na linha de baixo do balanço e do fluxo de caixa do hospital.
Quando comparamos o que acontece no SUS e na Saúde Suplementar ainda devemos lembrar que:
• A Saúde Suplementar sofre perseguição que o SUS não tem: se o SUS não cumprir sua meta ‘fica por isso mesmo’, mas se a operadora não cumprir as regras ‘toma multa’;
• A Saúde Suplementar é obrigada a atender milhares por ações judiciais e isso é custo direto para as operadoras e para os hospitais que atendem pacientes particulares. O SUS não sofre com isso porque seu custo é praticamente fixo e se tiver que atender um na frente do outro: ‘tanto faz’.
Enquanto a Saúde Suplementar continuar baseada em um modelo de 10 milhões de usuários, tentando atender 60 milhões, a sequência Rede Própria, Terceirização da Gestão e Falência é inevitável para as operadoras, que ao contrário do SUS não tem ‘padrinho’ para cobrir seus ‘pecados’.
Os que se salvam, se trabalharem bem o planejamento, a gestão comercial e a gestão do faturamento, são os hospitais independentes – se trabalharem para seus clientes no ‘Padrão FIFA’ !
Enio Salu é formado em Tecnologia (UNESP), com pós-graduação em Administração Hospitalar (USP) e especialização em Epidemiologia Hospitalar (FGV). Foi CIO do Hospital Sírio Libanês e Furukawa, e desde 2005 é CEO da Escepti e atual assessor no InCor (FMUSP). Professor de Gestão de Contratos, Auditoria de Contas Hospitalares e Informática Hospitalar na FIA (FEA-USP). Ex membro do CATI-FGV e da NCMA (National Contract Management Association). Atual associado da FBAH (Federação Brasileira de Administradores Hospitalares), SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde)e ASSESPRO.
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Anvisa: sistema agiliza importação e exportação de controlados
A Anvisa instalou um sistema desenvolvido pela Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) para otimizar a emissão de autorizações de importação e exportação de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. A Agência concluiu a instalação doNDS (National Drug Control System)no último dia 30 de maio e esta semana finaliza o treinamento com os servidores da Coordenação de Produtos Controlados.
De acordo com a Agência, o NDS permitirá a informatização do envio de dados estatísticos de consumo de medicamentos e substâncias controladas no País, bem como a consolidação dos dados pela Anvisa, que é responsável pelo envio destas informações à ONU, trimestral e anualmente.
Os próximos passos incluem a realização de um piloto, treinamento de empresas e a publicação de norma para o início da utilização deste sistema, previsto para o final do ano de 2014.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação