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O HOJE
Nova vacina contra o Herpes Zoster chega à rede particular
Conhecida como cobreiro, a doença é causada pela reativação do vírus da catapora
A nova vacina contra o herpes zoster, doença também conhecida popularmente como “cobreiro” que acomete principalmente os idosos, está disponível nas unidades Marista e Aeroporto do laboratório Atalaia. Por enquanto, somente a rede particular de saúde tem o imunizante. Além disso, a vacina é recomendada para pessoas com mais de 50 anos.
Denominada Zostavax®, a vacina é ministrada em dose única. “A Zostavax aumenta a imunidade celular, reduzindo a incidência, a gravidade e as complicações da doença, que causa dor extrema aos pacientes”, afirma Dr. Ricardo Cunha, médico sanitarista e responsável pelo setor de vacinas do laboratório Atalaia.
Dr. Ricardo explica que o herpes zoster é causado pela reativação do vírus da varicela, também conhecida como catapora. “Quando o indivíduo contrai catapora, mesmo depois da doença ser curada, ele permanece com o vírus latente dentro de seus gânglios, bloqueado por seu sistema imune. Quando este indivíduo envelhece ou contrai doenças que causam queda severa de imunidade, o vírus passa a atingir a região próxima a estes gânglios que armazenaram o vírus”, esclarece o médico.
Segundo o especialista, a doença é conhecida como cobreiro porque o vírus toma o trajeto do nervo, formando um caminho de feridas pelo corpo do paciente. “Por se localizar próximo ao nervo, o herpes zoster é extremamente doloroso e causa muito sofrimento a milhões de pessoas em todo mundo”.
O médico lembra que 95% dos adultos atualmente já contraíram o vírus da varicela, e cerca de um quarto das pessoas com mais de 50 anos em todo o mundo desenvolverão o herpes zoster.
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O POPULAR
Opinião – Os médicos e a política
O governo federal não conseguiu resolver a questão do financiamento, da má gestão e da corrupção na saúde. Tem impedido a aprovação no Congresso de projetos de interesse da saúde pública e comprometido a pesquisa e a qualidade do ensino médico.
De acordo com informações do Conselho Federal de Medicina (CFM), do início dos anos 2000 até 2014, a quantidade de faculdades de medicina no Brasil dobrou. Atualmente, são mais de 220 escolas, superior a China (150) e Estados Unidos (149). No Brasil, esse crescimento se deve às faculdades particulares, que já são 60% do total.
A cada ano, são formados no Brasil mais de 19 mil médicos. O governo federal, de forma equivocada, insiste na premissa de que quanto maior o número de vagas para o curso de medicina, mais médicos formados e maior a assistência para a população. Desculpa que tenta, sem conseguir, tampar o buraco da falta de investimento públicos.
De acordo com dados da OMS, das despesas com saúde, 54% foram financiadas por gastos privados, enquanto que o governo financiou 46%. A média é inferior a de países como a Noruega (86%), Luxemburgo (84%), Grã-Bretanha (83%) e Japão (80%), além de Turquia (75%), Colômbia (74%) e Uruguai (68%). Dos R$ 47,3 bilhões em investimentos pelo governo federal em 2013, o Ministério da Saúde foi responsável por apenas 8,2% dessa quantia, segundo levantamento do CFM. O investimento em saúde nos países africanos é de 10,6% e a média mundial é de 11,7%.
É preciso fazer valer o Saúde + 10 – Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública cujo objetivo é a coleta de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que assegure o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública brasileira, alterando a Lei Complementar no 141, de 2012.
Também enfrentamos a corrupção. Em cinco anos, cerca de R$ 502 milhões de recursos públicos do SUS foram aplicados irregularmente por prefeituras, governos e instituições públicas e particulares. Esse meio bilhão, cobrado pelo Ministério Público no final de 2013, refere-se a irregularidades identificadas em 1.339 auditorias feitas de 2008 a 2012 por equipes do Departamento Nacional de Auditorias do SUS (Denasus) e analisadas pela Folha de S. Paulo. Só com esse valor, por exemplo, poderiam ser construídas 227 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou 1228 novas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A insatisfação está espalhada por todos os lados. O Sistema de Saúde Complementar está insatisfeito, prestadoras de serviços e operadores de saúde descontentes e, principalmente, a população e a classe médica não suportam mais os absurdos enfrentados em hospitais e outras unidades de assistência à saúde. Abramos então nossos espíritos à participação política para não sermos indignos das futuras gerações.
Rui Gilberto Ferreira é presidente do Comitê das Entidades Médicas do Estado de Goiás
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Greve
TJ determina que 80% deve trabalhar
Janda Nayara
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou que os grevistas da saúde municipal de Goiânia obedeçam o percentual mínimo de 80% dos trabalhadores de cada unidade de saúde do Município de Goiânia, sem o fechamento de qualquer uma delas. A decisão é do juiz substituto em segundo grau Marcus da Costa Ferreira e em caso de descumprimento, os sindicatos envolvidos pagarão multa diária de R$ 5 mil cada. Até o fechamento da edição, o comando de greve ainda não tinha sido notificado sobre a liminar.
Desde o início da greve, no dia 16 de junho, os grevistas têm mantido o percentual de 30%, com exceção da unidades de urgência e emergência, que continuaram, segundo o sindicado, operando com todos os servidores lotados nos locais.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alega que as negociações continuam abertas com os sindicatos e alega que a decisão será enviada a todos os gestores, para que a secretaria acompanhe o cumprimento da liminar.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação