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DESTAQUES DE HOJE
Planos de saúde terão reajuste de até 9,65%
Vírus chikungunya – Estado prepara plano de contingência
Hospital reforça estrutura para atender demanda durante partida
O POPULAR
Coluna Giro – Terceirizado
A Secretaria de Saúde vai assinar na próxima semana o contrato de gestão do Hugo 2, de R$ 180 milhões por ano, com a organização social Agir (do Hospital Crer).
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Aumento
Planos de saúde terão reajuste de até 9,65%
Planos de saúde individuais e familiares terão reajuste de até 9,65% em 2014 – o maior aumento em nove anos, superior à inflação oficial. O índice máximo autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi anunciado nesta quinta-feira, 3, com dois meses de atraso e vale para os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98, que rege o setor. De acordo com a ANS, o reajuste incide na mensalidade de 8,8 milhões (17,4%) do total de 50,3 milhões de usuários de planos de assistência médica no País.
O aumento só poderá ser aplicado a partir da data de aniversário de cada contrato. Mas as operadoras estão autorizadas a cobrar valores retroativos. “É permitida a cobrança de valor retroativo caso a defasagem entre a aplicação e a data de aniversário seja, no máximo, de quatro meses”, informou a ANS.
A advogada Renata Vilhena, especializada em direito à saúde, disse discordar do valor do reajuste, maior que o da inflação acumulada no período. Ela lembrou que os planos individuais praticamente não são mais oferecidos por operadoras e que o último reajuste dos planos coletivos foi de 18%. “A maior parte dos usuários não é regulada pela ANS. O reajuste dos planos individuais equivale à metade daquele aplicado aos planos coletivos por adesão, que foi de 18% na maioria das associações. Falta mais transparência por parte da ANS”, afirmou a advogada.
Entidade reclama de índice
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) divulgou nota em que afirma que a “despesa per capita na saúde suplementar, entre 2004 e 2013, cresceu 133,7%, enquanto a variação acumulada do IPCA foi de 61,1%” e que, em 2013, a “margem líquida das operadoras foi a menor dos últimos cinco anos, de 2,2%”.
O teto máximo dos planos individuais é controlado anualmente pela ANS. O cancelamento só pode ocorrer se o pagamento mensal não for efetuado. No caso dos planos coletivos, o reajuste é ilimitado e os contratos podem ser rescindidos.
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Vírus chikungunya
Estado prepara plano de contingência
Gabriela Lima
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) começou a preparar um plano de contingência para o enfrentamento e prevenção ao vírus chikungunya em Goiás. A doença ainda é rara no Brasil, mas preocupa por ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti, o mesmo da dengue, e Aedes albopictus. Os dois vetores são encontrados no Estado. Por conta da notificação do primeiro caso suspeito em Goiânia, registrada há cerca de 15 dias, a Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) realizará na próxima segunda-feira um curso, para enfermeiros, de capacitação sobre a febre do Chikungunya.
Inicialmente, a abordagem sobre a chikungunya não estava prevista na série de cursos de atualização realizados desde o início do ano em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás. No entanto, foi incluída após uma mulher de 34 anos, moradora de Goiânia, ter sido notificada com suspeita da doença, há cerca de 15 anos, ao retornar de uma viagem à República Dominicana, no Caribe, onde ocorre um surto febre.
O evento será realizado no auditório do Coren, no Setor Marista, a partir das 14 horas. O curso é destinado a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem das redes pública e privada e estudantes de enfermagem que estão no sétimo período da graduação. Para o coordenador de Dengue e Febre Amarela da Suvisa e responsável pelo plano de contingência, Murilo do Carmo Silva, os enfermeiros são “a força motriz do diagnóstico e notificações dos casos”.
Já o plano de contingência, segundo Silva, havia sido determinado pelo Ministério da Saúde antes mesmo do surgimento do caso suspeito registrado em Goiânia. “Esse plano começou a ser desenvolvido na semana passada para definir como será o monitoramento dos casos, fazer um controle vetorial e talvez até conter o surgimento de casos autóctones”, explicou o coordenador.
O Brasil não ter registrado nenhum caso autóctone, ou seja, com transmissão ocorrida dentro do território nacional, mas especialistas consideram o País vulnerável ao avanço do vírus, em médio prazo. Silva é mais otimista e acredita ser possível impedir que o chikungunya se alastre, desde que todos colaborem. “Só o poder público não dá conta. A gente pede encarecidamente que a população trabalhe junto no combate ao mosquito.”
Segundo Silva, apesar da dengue matar mais, a chikungunha preocupa por ser altamente debilitante. “Há uma cronificação da moléstia. Ela é tão debilitante que a pessoa não consegue nem pegar em uma caneta para escrever. As pessoas podem ficar meses ou até anos com dores articulares”, explica.
Também chama a atenção, segundo o coordenador, é a alta taxa de ataque, quando o infectado pelo vírus apresenta os sintomas da doença. Enquanto nos casos de dengue há um grande número de assintomáticos, na chikungunya, pelo que foi observado até agora, há uma maior de manifestação da moléstia. “Alguns países no Caribe estão tendo 70% da população atingida”, diz.
CASOS CONFIRMADOS
O Brasil tem 17 casos da febre chikungunya confirmadas este ano, segundo o Ministério da Saúde. Todos eles ocorreram em pessoas que visitaram para países com transmissão da doença e a contraíram durante a viagem. Deste total, 15 foram registrados em militares e missionários brasileiros que regressaram de missão no Haiti e dois em brasileiros que estiveram na República Dominicana.
Outros dois casos estão em investigação, também de pessoas vindas desses mesmos países, entre eles o da goiana. Todos os pacientes tiveram quadro leve, estável e evolução clínica favorável. Assim como a dengue, não há vacina ou medicação específica, apenas o uso de analgésico para aliviar os sintomas.
Região onde há surto é bastante procurada
O alerta em relação ao avanço da chikungunya se deu por conta do surto no Caribe. A região, com praias paradisíacas e mar com águas em tons de azul turquesa, é um dos roteiros preferidos dos goianos em viagens ao exterior. Na agência de viagens de Maraíza Narcisa de Oliveira, é o segundo destino mais procurado. “Só fica atrás dos Estados Unidos”, diz a empresária.
Os pontos principais são Cancún, no México, Punta Cana, na República Dominicana, e Aruba, território autônomo neerlandês no Caribe. “Esses locais atrai muitos cliente por conta dos resorts com sistema all inclusive (tudo incluído). O custo benefício é muito bom”, explica Oliveira.
Às pessoas que pretendem passar férias no Caribe, a diretora de Vigilância em Saúde da secretaria municipal, Flúvia Amorim, pede que, caso apresente os sintomas, procure imediatamente um posto de saúde. “A notificação é de extrema importância para fazermos o procedimento de bloqueio.”
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Cartas dos Leitores – Médicos
Antes de qualquer palavra, é preciso dizer que estamos vivendo um tempo de negação e descaminhos, em que o homem é prisioneiro de si mesmo diante das incertezas e das angústias cada vez mais evidentes.
Isso envolve também a medicina. A queixa quase sempre diz respeito à relação entre médico e paciente. Perdeu-se a humanidade, perdeu-se o sentimento de generosidade. A postura imprópria de certos médicos tem muitos nuances, mas uma das mais nefastas é a arrogância com que o profissional trata o paciente. O que estamos presenciando nos consultórios já tem nome, é a síndrome do médico apressadinho.
Essa atitude tira do paciente o direito de expressar corretamente o que está sentindo. É lamentável que a ordem atualmente seja de pedir exames para tudo e que a medicina possa estar se resumindo a isso. O médico pede exames e, muitas vezes, nem olha para o paciente que está à sua frente, mantendo uma distância que não pode haver.
Talvez não seja tão difícil entender o por quê de tantas denúncias de erros médicos. Cito aqui o trecho do livro Médicos, graças a Deus!: “Às vezes o médico é obrigado a colocar uma máscara, como proteção: Mas de vez em quando se esquecem de tirá-la”. É preciso lembrá-los de que não estão tratando apenas doenças, mas de pessoas que circunstancialmente estão doentes.
Marina Martins Marcelino
Goiatuba – GO
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Editorial – Alarme na saúde
Se já não bastassem tantos problemas e precariedades na área da saúde pública, a capital goiana está diante de um novo desafio, que exige medidas urgentes pela sua gravidade. A população, já perturbada pela dengue, toma agora mais um susto com a notícia da chegada de novo vírus.
Goiânia registrou o primeiro caso suspeito da febre chikungunya (CHIKV), infecção viral transmitida pelo Aedes aegypti e parecida com a dengue, que causa forte dores nas articulações. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a paciente com suspeita da doença é uma mulher, na faixa etária dos 30 anos, e teria contraído o vírus durante viagem à República Dominicana, no Caribe.
Os casos de dengue reduziram por conta de um fator sazonal, pois a estiagem provoca queda natural na proliferação do mosquito transmissor, mas dentro de pouco mais de dois meses as chuvas devem voltar, fazendo com que o risco reapareça em maior escala.
Se não houver uma forte e eficiente reação da área de saúde pública e da população serão duas doenças a ameaçar, o que levaria a uma situação verdadeiramente preocupante. Todos precisam colaborar, pois combater tais enfermidades depende também de evitar o surgimento de criadouros do mosquito. Para isso é indispensável vigilância constante na eliminação de detritos e objetos que possam acumular água.
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Hospital reforça estrutura para atender demanda durante partida
(M.J.S.)
A direção do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) diz ter suprido a unidade de condições necessárias para o atendimento de uma demanda possivelmente maior hoje, em função do jogo Brasil e Colômbia. Foi feito reforço nos estoques de medicamentos e de material para osteossintese (utilizados em fraturas), como placas, parafusos e pinos, entre outros. “Fazemos um dimensionamento do material com critério, com margem para não faltar”, sublinha o diretor-geral do Hugo, Ciro Ricardo de Castro.
Na avaliação do diretor, o avanço do número de casos graves está relacionado à coincidência das datas da Copa do Mundo com as festas juninas, tradicionais em Goiânia e nas cidades do interior. Ele afirma que só nos últimos dias foram atendidas 12 pessoas com fraturas expostas decorrentes de acidentes causados pela explosão de foguetes. “Observamos que há uma soma de tensão com desatenção, extremamente prejudicial”, acentua.
O diretor assinala que a quantidade de equipes de plantão na maior unidade de urgência e emergência de Goiânia está preparada para atender à demanda maior de pacientes. O hospital, conforme diz, conta todos os dias com cinco ou seis ortopedistas; de quatro a seis cirurgiões-gerais; dois cirurgiões vasculares; dois neurocirurgiões e dois bucomaxilofacial.
Diariamente, segundo ele, são realizadas de 35 a 40 cirurgias de grande porte, além de suturas e pequenos procedimentos cirúrgicos.
O Hugo, conforme Castro, tem 38 leitos de observação e 12 boxes na Sala de Reanimação com estrutura de unidade de terapia intensiva. “Estes espaços são reservados aos pacientes graves, que chegam com fratura exposta”, exemplifica o diretor, destacando que cada um dos boxes é dotado de aparelhos como respirador e monitor cardíaco, entre outros, essenciais ao atendimento emergencial.
Castro fez um apelo á população, em geral, e aos gestores, em particular, para que sejam encaminhados ao Hugo apenas os casos complexos como politraumatismo, traumatismo craniano, fratura de coluna, ferimentos por arma de fogo ou por faca, entre outros. Os casos de menor gravidade, enfatiza, devem ser levados para atendimento nos centros de saúde próximos ás residências das vítimas, na capital e no interior.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação