Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/07/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES DE HOJE

• Adicional de insalubridade em 20%
• Traumas na coluna podem trazer prejuízos irreversíveis
• Comida em pó para diabéticos


O HOJE

Adicional de insalubridade em 20%
Servidores que atuam em ambulatório médico têm direito a adicional por insalubridade no valor de 20% sobre o salário. O entendimento é da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que julgou favorável pedido de uma técnica de laboratório. O colegiado seguiu voto do relator do processo, desembargador Orloff Neves Rocha. A ação já havia sido julgada favorável à servidora, em primeira instância, mas o Estado de Goiás recorreu, alegando que o regime geral não se aplicava à mulher. Ela recebia como adicional apenas 10% do salário, mas pediu que esse percentual fosse aumentado para 20%. O governo terá que pagar, agora, a diferença até o efetivo reajuste, incidindo sobre férias e 13º salário.
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Traumas na coluna podem trazer prejuízos irreversíveis
Dependendo do tipo e intensidade da lesão, indivíduo pode ficar comprometido para sempre

Jaísa Gleice

A fratura na coluna vertebral que tirou da Copa do Mundo o atacante Neymar, da seleção brasileira, é mais comum do que se imagina. Composta por 33 vértebras – sendo sete cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas, a coluna é a estrutura que sustenta nossa posição em pé, e qualquer lesão ou fratura pode não apenas provocar muita dor, como demonstrou o jogador, mas comprometer os movimentos também. No interior das vértebras, passa a medula espinhal que transporta os comandos emitidos pelo cérebro e lesões graves nessa região podem comprometer para sempre.
Segundo o médico José Eduardo Nasciutti, ortopedista e traumatologista no Hospital Santa Rosa e Hospital Materno-Infantil, em Goiânia, as causas mais comuns de traumas na coluna são as quedas de altura de pé, acidentes de trânsito, mergulho de ponta em córregos ou poços naturais. Segundo ele, a gravidade da lesão depende do tipo de trauma e da intensidade da força no acidente. Ele cita, por exemplo, as fraturas por compressão, fratura por explosão, fratura do tipo “cinto de segurança” e as fraturas luxações como as mais comuns. “Não podemos esquecer que a coluna forma um túnel protetor para a medula espinhal que, se lesionada, a capacidade de regeneração é mínima”, diz.
A dor é o primeiro indício de que algo preocupante pode ter ocorrido. Acidente entre os que já foram descritos acima, com dor mínima na coluna, equivale à lesão pequena. Dor maior em acidentes graves e que o paciente não consegue movimentar os membros superiores e inferiores pode indicar uma simples torção na coluna (mais comum) até uma fratura-luxação com lesão medular total e definitiva. De acordo com a gravidade, o tratamento passará pela medicação, uso de órteses, fisioterapia e até cirurgia.
Apenas um especialista pode avaliar o paciente e indicar o tratamento mais adequado. Campanhas educativas por um trânsito mais tranquilo, medidas para conter a violência e orientações sobre os riscos das quedas e do mergulho em águas rasas são meios de se prevenir as lesões na coluna. Confira trechos detalhados da entrevista do ortopedista José Eduardo Nasciutti para O HOJE.
Entrevista José Eduardo Nasciutti

É fato que, quanto mais alta a lesão, mais grave é para a pessoa?
Não. Depende da situação, se há lesão medular ou não. Para casos sem lesão medular, tem que fazer o tratamento adequado para estabilizar a coluna e não ter riscos de lesar a medula, indo desde o tratamento clínico até o tratamento cirúrgico complexo em qualquer segmento da coluna. Dependendo da altura da lesão, vai provocar paraplegia, no caso de lesão da medula lombar, ou tetraplegia, no caso de lesão na medula cervical. O que vai influenciar na sobrevida do paciente. Deve-se, nestes casos, fazer o tratamento cirúrgico no sentido de estabilizar a coluna e descomprimir a medula.
Em caso de lesões leves, quais os tratamentos?
Em caso de torção ou contraturas, o tratamento é com medicamento à base de Anti-Inflamatório Não Hormonal (AINH), relaxante muscular, analgésicos e repouso. Nas fraturas dos apêndices dos corpos vertebrais (processos transverso e espinhoso), utilizamos os medicamentos citados até desaparecer os sintomas, repouso e o uso de colete ortopédico para estabilizar a fratura e melhorar a dor por um período de quatro a seis semanas, dependendo da extensão da lesão. Depois, o tratamento fisiátrico para recuperar a mobilidade e a atrofia muscular que se instalará.
E, em casos mais graves, cirurgias e fisioterapia são indicadas?
São duas coisas diferentes. Devemos estudar a lesão, sua redução por manipulação, tração esquelética ou cirurgia visando a estabilizar a lesão para sua consolidação, fazendo tratamento conservador com coletes ortopédicos, aparelhos gessados, ou tratamento cirúrgico para redução e fixação da fratura através de hastes, placas e parafusos disponíveis no mercado. Após o tratamento clínico, imobilização ou tratamento cirúrgico aparecerá atrofia muscular, rigidez articular e dor. Então será indicada a fisioterapia até mesmo como um procedimento analgésico e de reabilitação do paciente com a lesão medular para melhorar a sua qualidade de vida.
Diante de uma pessoa lesionada, como devemos nos portar, ou seja, de que forma podemos ajudá-la?
Responderei a esta questão visando aos acidentes graves. Podemos ter uma situação onde a vítima tem uma lesão instável, mas sem lesão medular, e, ao ajudarmos, podemos provocar esta. Diante de tal situação, o melhor é não arriscar. Devemos chamar os socorristas (Corpo de Bombeiros, Samu), onde os profissionais são treinados para estas situações, e encaminhar a um hospital com capacidade para tratar este paciente.
Como é a cinta indicada para o tratamento da lesão na vertebral que ocorreu com o jogador Neymar, e qual sua eficiência?
Inicialmente, devemos estudar a lesão (fratura), sua deformidade e estabilidade para propor o tratamento. Para lesões estáveis, podemos indicar órteses (coletes) dos mais variados tipos, que imobilizarão mais ou menos dependendo da necessidade da lesão e do segmento da coluna a ser estabilizado (cervical, dorsal ou lombar). Podemos optar por aparelhos gessados (gesso minerva, halogesso ou colete gessado). Ainda podemos propor tratamento cirúrgico acompanhado ou não de coletes ou gesso.
O repouso é um fator importante na recuperação?
Sim. Existe uma membrana que reveste o osso, periósteo e endósteo, responsável por fazer e manter o tecido ósseo, que são finos e delicados. Quando ocorre uma fratura, elas são rompidas, e sangram, provocando uma situação clínica, a doença de fratura que melhora em torno de sete a 14 dias após a imobilização. Neste processo, células do periósteo migram para dentro do hematoma e começam a fabricar o tecido ósseo. A mobilização do foco de fratura provoca a fratura do tecido ósseo recém-formado, provocando o retardo de consolidação, podendo chegar a uma pseudoartrose. De posse desse conhecimento é que devemos estudar a estabilidade da fratura e imobilizá-la por métodos conservadores ou cirúrgicos para obtermos o melhor resultado possível. O período de imobilização está diretamente relacionado ao tempo gasto pelo organismo para consolidar a fratura.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Comida em pó para diabéticos
Gerenciamento de peso por meio de reeducação alimentar, com o auxílio de produtos de alto teor proteico, pode ser integrado à dieta para auxiliar diabéticos no controle de peso
KHAYTE PROFETA
Mais de 80% das pessoas com diabetes estão acima do peso ideal, segundo a Federação Mundial de Diabetes. O endocrinologista Nelson Rassi destaca que o peso é um dos fatores mais importantes no controle do diabetes. “Quanto mais obeso o paciente, mais difícil controlar a doença, porque a gordura abdominal gera resistência à insulina”, completa Sergio Vencio, que também é endocrinologista.
A obesidade também propicia o surgimento de outras enfermidades. Vencio esclarece que quanto mais obesa é uma população, maior a presença de diversas doenças, incluindo o diabetes.
Para o controle do diabetes são necessárias medicação, atividade física e reeducação alimentar. Rassi salienta que habitualmente se pratica cada vez menos atividades físicas no cotidiano porque cada vez mais utilizamos processos automatizados por máquinas, desde a limpeza doméstica até o deslocamento. “ São poucas as pessoas que praticam atividades físicas programadas, como umacaminhada várias vezes por semana”, garante o médico.
Desafio da perda de peso
Vencio enfatiza que normalmente os remédios para o controle do diabetes estimulam a produção de insulina, que é um hormônio anabolizante. “A insulina tem como efeito colateral o ganho de peso e ainda aumenta a fome”, complementa Rassi.
Um dos maiores desafios das pessoas com diabetes é a mudança no estilo de vida e a adoção de novos hábitos alimentares, “nossa sociedade é engordante, somos cercados de alimentos nem sempre saudáveis”, considera Rassi.
O uso de produtos pré-embalados com calorias controladas como substitutos de refeições têm sido positivamente associado com perda de peso, “o problema é a aderência ao uso constante desses produtos”, avalia Vencio. Por isso algumas empresas estão desenvolvendo novos produtos para auxiliar a reeducação alimentar e gerenciamento de peso de diabéticos com sobrepeso ou obesidade.
Profissionais de saúde, médicos e nutricionistas, ao elaborarem uma dieta de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, podem – juntamente com outras opções equilibradas de alimentos – integrar ao cardápio diversos produtos de alto teor proteico para substituírem refeições, que podem vir na forma de uma barra ou serem preparados a partir de pós. “Isso ajuda a contribuir com uma fração do tratamento do diabetes ao ajudar no início da reeducação alimentar”, considera Rassi.
Pó que alimenta
Uma linha de produtos desenvolvida pela Nestlé Health Science, já vendida em países como Estados Unidos, Austrália e Espanha, foi lançado no mercado brasileiro, por meio da Sanofi, um pó para integrar o programa de reeducação alimentar e gerenciamento de peso de pacientes com sobrepeso ou obesos com diabetes associada.
Como o sabor tem grande relevância na adesão a uma dieta balanceada, o paladar local foi levado em conta no desenvolvimento desta linha de substitutos de refeição – pó para preparo de bebida sabor baunilha, sopa de vegetais, omelete de queijo ou mousse sabor chocolate – que ajudam a compor cardápios variados através da complementação dos pratos com outros alimentos.
Nelson Rassi frisa que alimentos substitutos de refeições são “uma coisa a mais, mas não são a solução”, isoladamente, eles atuam em conjunto com medicamentos e principalmente com exercícios físicos regulares.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação