Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 30/06/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Profissional precisa de mais suporte em caso de evento adverso
• Estado deve alugar um novo prédio para abrigar o Wassily Chuc
• Hospital Psiquiátrico – Secretaria Estadual de Saúde deve alugar um imóvel para Wassily Chuc
• SES buscará novo local
• Artigo – O desafio do atendimento hospitalar de alta complexidade
• Câncer de mama metastático é malvisto pela sociedade
• Santas casas alertam para falta de recursos

SAÚDE BUSINESS
Profissional precisa de mais suporte em caso de evento adverso

Os pacientes não são as únicas vítimas quando ocorre algum evento adverso. Apesar dos esforços, especialistas de mercado entrevistados pelo veículo Fiercehealthcare dizem que ainda é preciso melhorar a forma com que as instituições de saúde lidam com os profissionais de saúde envolvidos em eventos adversos (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros).
Para Michael Cohen, presidente do Institute for Safe Medication Practices (ISMP), localizado no estado da Pensilvânia (EUA), os profissionais precisam de apoio, pois “certamente não escolheram a área da saúde para machucar as pessoas”.
Segundo reportagem, a maioria dos eventos adversos são de natureza sistêmica, e não causado por alguém em específico. Dessa forma, as organizações têm de estar atentas ao funcionamento do sistema de medicação por exemplo, para minimizar os erros.
O Hackensack University Medical Center, de Nova Jersey (EUA), tem um programa de assistência ao empregado, que é acionado toda vez que um evento adverso ocorre. O serviço, que funciona 24//7, tem uma abordagem bem próxima do funcionário, para mantê-lo confortável quando envolvido em circunstâncias como essas.
Outro exemplo é o do Greater Baltimore Medical Center, que também estabeleceu iniciativa semelhante, disponibilizando uma equipe de socorristas treinados para ouvir os cuidadores que cometeram erros e estão enfrentando a repercussão disso ou passando por estresse.
Os profissionais entrevistados pelo Fiercehealthcare afirmam que as organizações não têm processos estruturados para lidar com o que chamam de “as segundas vítimas”, mas que muitas começam, aos poucos, a compreender a importância dessa iniciativa.

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CREMEGO
Estado deve alugar um novo prédio para abrigar o Wassily Chuc
A proposta foi apresentada e aprovada em reunião realizada hoje na Secretaria Estadual de Saúde para discutir o atendimento psiquiátrico de urgência e emergência na capital

O atendimento emergencial psiquiátrico em Goiânia voltou a ser debatido hoje (29) pelo presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, o conselheiro federal Salomão Rodrigues Filho e representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Ministério Público Estadual, Associação Goiana de Psiquiatria e Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc. A reunião, que deu sequência ao debate iniciado na quarta-feira, dia 24, na sede do Conselho, aconteceu no gabinete do secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela.
O objetivo do encontro era buscar uma solução para garantir o atendimento de urgência e emergência aos pacientes psiquiátricos. Atualmente, essa assistência é prestada pelo Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, cuja estrutura física está extremamente precária, o que levou a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia a anunciar o fechamento da unidade.
O presidente do Cremego e o conselheiro Salomão Rodrigues Filho, que no dia 14 de junho visitaram o Wassily Chuc, foram enfáticos ao ressaltar que Goiânia carece de um pronto-socorro psiquiátrico e que o fechamento desta unidade deixaria pacientes em crise sem assistência e sujeitos ao abandono e à violência nas ruas. Salomão Rodrigues Filho, que atua na área psiquiátrica há 40 anos, observou que não existe uma política de saúde mental eficiente sem um pronto-socorro e ressaltou que o ideal seria ter esse serviço funcionando ao lado de um hospital geral.
Para Aldair Novato Silva, nas condições atuais de funcionamento o Wassily Chuc coloca em risco a saúde e a segurança dos pacientes, do corpo clínico e de toda a equipe profissional que atua na unidade. “Por isso, precisamos encontrar uma solução urgente para o problema, pois o Wassily Chuc não tem condições de continuar funcionando, mas Goiânia não pode ficar sem um pronto-socorro psiquiátrico”, disse, citando a posição já defendida também pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e pela Associação Goiana de Psiquiatria, em reunião no Cremego.
O promotor Érico de Pina Cabral, do Centro de Apoio Operacional da Saúde do Ministério Público Estadual, o promotor Vilanir Camapum Júnior, da Promotoria da Saúde do Trabalhador, e os secretários de Saúde de Goiânia, Fernando Machado, e de Saúde do Estado, Leonardo Vilela, também defenderam a necessidade de uma solução emergencial.
Diante das dificuldades apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde para a locação de um novo espaço e da impossibilidade legal de reforma do prédio atual, que é alugado, a Secretaria Estadual de Saúde comprometeu-se a alugar um imóvel e cedê-lo ao município para a transferência do pronto-socorro. Em 20 dias, o Estado deve apresentar às entidades uma proposta de locação do novo prédio.
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JORNAL OPÇÃO
Hospital Psiquiátrico
Secretaria Estadual de Saúde deve alugar um imóvel para Wassily Chuc

Por Bruna Aidar

Unidade em que o hospital funciona hoje não pode ser reformada porque é alugada. Entendimento é de que Goiânia não pode ficar sem unidade do tipo

Após o anúncio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de que o Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc seria fechado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou, nesta segunda-feira (29), que irá alugar um imóvel para abrigar a unidade de saúde. A decisão foi tomada em uma reunião realizada nesta segunda-feira (29) com representantes da SMS, da SES e do Ministério Público.
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Segundo a própria SES, a conclusão na reunião foi de que Goiânia não pode ficar sem uma unidade como o Wassily. Atualmente o hospital é a única unidade da capital que atende pacientes em surto psiquiátrico, ou seja, casos de urgência e emergência são tratados especificamente ali.
A SES alugaria um imóvel diante da impossibilidade de o imóvel em que hoje funciona o Wassily Chuc ser reformado. O local é alugado e uma possível reforma incorreria em improbidade administrativa.
Estavam presentes na ocasião os promotores de Justiça Vilanir de Alencar e Érico de Pina; o secretário municipal de saúde Fernando Machado; o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremego), Aldair Novato da Silva; o médico psiquiatra Salomão Rodrigues e o superintendente executivo da SES, Halim Girade.
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O POPULAR

SES buscará novo local

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nota, ontem, informando a decisão de alugar e readequar um imóvel em Goiânia para abrigar o Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, que recebe pessoas com transtornos mentais em situação de crise e que teve seu fechamento anunciado devido às más condições do prédio em que está instalado.
A decisão foi tomada em reunião coordenada pelo secretário Leonardo Vilela, na qual estiveram presentes representantes da SES, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). Os participantes da reunião também chegaram à conclusão de que o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq), de Aparecida de Goiânia, prestes a ser inaugurado, foi concebido como unidade terapêutica para dependentes químicos e não para pacientes com transtornos mentais.
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Artigo – O desafio do atendimento hospitalar de alta complexidade

A questão do atendimento hospitalar de alta complexidade é um desafio em todo o País. Secretários de Saúde dos 26 Estados e o Distrito Federal vivem o delicado equilíbrio do financiamento e da complexidade que é, por exemplo, ofertar serviço de UTI. Goiás tem hoje 669 leitos de UTI disponíveis para usuários do SUS, mas teria bem menos não fossem os incentivos do Governo de Goiás, através da Secretaria de Estado da Saúde, para evitar que os hospitais privados desabilitassem 266 leitos em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Nerópolis, Senador Canedo, só para citar algumas cidades.
Do total dos leitos de UTI, 238 estão nos hospitais do Estado (Hugo, HGG, HMI, Hurso, Huapa, Huana e HDT), 10 leitos de UTI neonatal estão no Hospital e Maternidade Dona Iris, da Prefeitura de Goiânia, e outros 421 leitos estão em hospitais particulares que, asfixiados pelos valores irrisórios pagos pelo Ministério da Saúde, sempre pensam no descredenciamento como um caminho para o equilíbrio financeiro. A SES poderia, simplesmente, alegar que cumpre o que lhe cabe, dentro de suas possibilidades, e responsabilizar o mercado e o Ministério da Saúde pela falta de interesse dos hospitais privados em receber pacientes do SUS. Seria uma postura legal mas não seria moral.
Desde seu primeiro mandato, o governador Marconi Perillo sonha tornar a saúde pública em Goiás impecável e fazer com que o Estado seja uma referência nacional nesta área que é tão essencial à sociedade. Para atingir esses objetivos, vai além do que determina a Constituição e assume responsabilidades que cabem à União e aos municípios.
A um custo anual que ultrapassa 57 milhões de reais, a SES cofinancia 266 leitos de UTI, na capital e no interior; leitos pelos quais o Ministério da Saúde paga uma diária de R$ 472,00. O valor é considerado insuficiente e, não fosse a complementação de R$ 300,00 até R$ 628,00 paga pelo Estado – o que eleva o valor da diária para até R$ 1.100,00 – certamente já estariam descredenciados.
Implantar e manter um leito de UTI não é fácil nem barato, pois exige, além de equipamentos de ponta e precisão, infraestrutura adequada, insumos de alto custo e equipe multiprofissional, altamente qualificada e remunerada à altura. As exigências são praticamente as <a href=http://www.tagbo.co.uk/>www.tagbo.co.uk</a> mesmas para os demais tipos de leitos (de internação, observação, estabilização, enfermaria, especialidades diversas e etc) e a ampliação da oferta poderia esbarrar no fato de que os orçamentos são limitados e a SES precisa atender inúmeras outras demandas.
Porém, atenta às necessidades da sociedade – que convive cada vez mais com o aumento da violência urbana e os agravos de doenças crônicas e sazonais – a SES prioriza o aumento do número de leitos. Este ano, teremos o incremento de 106 leitos de UTI na capital e até 2016 serão criados e disponibilizados, apenas na rede própria, mais 100 leitos de UTI, nos hospitais em construção no interior.
No Hugol (Hospital de Urgências Governador Otávio Lage), por exemplo, são 60 leitos de UTI adulto, 19 leitos de UTI pediátrica e 07 leitos de UTI para queimados, além de 06 leitos de cuidados semi-intensivos para queimados. A oferta de leitos de UTI neonatal e pediátrica também será ampliada o quanto antes, com a instalação de mais dez leitos de UTI pediátrica no HMI. Outros dez leitos de UTI neonatal serão implementados no Hospital e Maternidade Vila Nova, que passará dos atuais 10 a 20 leitos, que são retaguarda ao Materno Infantil.
Aumentar o número de leitos requer uma ação sincronizada entre o Ministério da Saúde, o Estado, os municípios, a iniciativa privada e o segmento filantrópico. Dentro das competências da SES, estamos sempre prontos para o diálogo e a parceria, sempre com o objetivo de oferecer ao cidadão o atendimento certo, no momento exato.

Leonardo Vilela é médico e secretário de Estado da Saúde de Goiás
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DIÁRIO DA MANHÃ

Câncer de mama metastático é malvisto pela sociedade
Pesquisa revela que 70% das pessoas acham que nesse estágio a doença é terminal. Contudo diversas experiências de vida mostram que é possível enfrentar as turbulências e viver

Divania Rodrigues, Da editoria de Cidades

O que é câncer de mama metastático? Talvez você faça parte da estatística dos brasileiros que entendem o que é essa doença, mas saiba que quatro entre dez mulheres e seis entre dez homens disseram nunca ter ouvido falar sobre o assunto. Além disso, 46% não sabiam a diferença entre o câncer de mama inicial e o avançado, é o que revelou pesquisa inédita divulgada esse mês.
Realizada pelo Instituto Datafolha, a pesquisa demonstrou que apesar do desconhecimento sobre o estágio metastático da doença a população a vê sob um prisma negativo. Mais de dois terços dos entrevistados, 70%, associaram o câncer de mama metastático a má qualidade de vida dos pacientes, além de acreditarem que é uma doença que o sentencia a pouco de vida.
Por muito tempo o diagnóstico de câncer foi encarado como uma sentença de morte. Ainda hoje existem tipos da doença em que o tratamento é difícil e o paciente acaba não resistindo. A falta de acesso a tratamento adequado ou procurado tardiamente também pode ser o diferencial entre vida e morte. Além disso, depois de vencer o câncer em sua fase primário ainda há risco, a metástase – fase em que a doença se espalha para outras partes do corpo.
O estigma de que o câncer é uma sentença morte ou que, quando a metástase é descoberta, resta pouco tempo de <a href=http://www.replicafinewatches.co.uk/>www.replicafinewatches.co.uk</a> vida ao paciente ficou gravado no imaginário social e aterroriza os recém-diagnosticados. Cerca de 60% dos pesquisados acreditam que o câncer é a doença que mais mata no Brasil, depois pensam nas enfermidades cardíacas (17%) e HIV (8%). Porém, acordo com dados do Ministério da Saúde, as doenças do coração são as mais mortais.
Hoje, com novas tecnologias, procedimentos e tratamentos, os médicos alertam que estas afirmações sobre o câncer não são verdadeiras. Tratamentos específicos para cada tipo de câncer podem proporcionar mais tempo e melhor qualidade de vida. Porém os especialistas lamentam que não seja disponibilizada a grande parte das pacientes a maioria das inovações científicas.

Informação
Diante do desconhecimento de muitos brasileiros a respeito do câncer de mama metastático, uma campanha foi lançada com a proposta de informar a sociedade sobre a doença. “Por Mais Tempo” tenta sensibilizar a sociedade quanto à necessidade de ofertar os tratamentos mais adequados e recentes no sistema público de saúde e conscientizar a respeito da importância do “valor do tempo” nesses casos em que a luta é contra o tempo.
A campanha Por Mais Tempo informa a sociedade sobre essa realidade por meio de uma série de ações e a pesquisa, realizada entre março e abril de 2015, sobre o que os brasileiros sabem a respeito o câncer de mama metastático é uma delas. A iniciativa é realizada pela Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), pelo Instituto Oncoguia e pela Roche e entrevistou 2.907 pessoas, em 174 municípios das cinco regiões brasileiras. Os entrevistados eram homens e mulheres, com 25 anos ou mais, de todas as classes econômicas e que não tem ou nunca tiveram câncer.

Exemplo
Eny Rodrigues está viva e leva uma vida normal depois de 14 anos da descoberta de um câncer de mama e prova, depois de vencer a fase inicial e a metástase, que nem sempre o paciente é vencido pela doença. Acessível pelas redes sociais, ela dá conselhos a quem a procura na mesma situação. Em 2001 descobriu o câncer maligno e disse ter perdido o chão.
Depois da mastectomia, cirurgia para retirada da mama, de tratamento radioterápico e cinco anos de acompanhamento pensou ter ficado livre da doença, porém Eny foi surpreendida por uma dor que a deixou quase sem andar. “Pensei que não tinha nada a ver com a mama e continuei em casa até a dor atingir a perna e ser tão forte que não conseguia mais andar.”
O diagnóstico mostrou que Eny estava com metástase nos ossos, no fígado e pulmão, e corria o risco de que a doença alcançasse o cérebro: “Fique desesperada, chorei muito. Entrei em pânico. Tinha filhos pequenos.”
Hoje, depois de um tratamento específico contra o tipo de câncer que a acometia, diz não ter mais metástases ou sentir dores. “Quando recebi o diagnóstico, eu não imaginei que fosse viver tanto tempo. [Agora] Tenho cabelo grande, levo uma vida normal, cuido da minha casa, lavo, passo, vou à feira.”
Metade das mulheres descobre doença em estágio avançado
O câncer de mama é uma doença que acometerá aproximadamente 57 mil novas mulheres em 2015 no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Porém, pesquisas demonstram que cerca de 50% das pacientes brasileiras atendidas pelo sistema público de saúde só descobrem a doença em fase avançada. Na Europa, esse índice fica entre 5% e 10%. Além disso, cerca de 30% dos casos em todo o mundo evoluem para a fase metastática.
De acordo com o mastologista Roberto Hegg, chefe do departamento de pesquisa do Hospital Pérola Byington, Centro de Referência da Saúde da Mulher em São Paulo, o diagnóstico tardio ainda é uma das complicações que podem levar a mulher ao óbito. Por isso alerta que é importante realizar mamografias regularmente e manter em dia os exames.
A pesquisa proposta pela campanha Por Mais Tempo também revelou que 15% das mulheres com idade entre 40 e 69 anos disseram nunca ter feito uma mamografia. As usuárias do setor público, com idades entre 40 e 69 anos – faixa etária fundamental para a detecção precoce – eram 19% das mulheres que nunca fizeram esse exame, já o número das que tinham convênio era de 5%.
Um estudo publicado pela revista científica Oxford University Press, com participação de pesquisadores ligados à Agência de Saúde Pública do Canadá e ao Canadian Breast Cancer Screening Iniciative afirma que a mamografia é o exame mais eficaz e de custo mais baixo para o diagnóstico precoce e diminuição da mortalidade por câncer de mama. A mamografia é indicada a partir dos 40 anos de idade e a Lei 11.664/2008 que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 estabelece que todas as mulheres tenham direito à mamografia pelo Sistema Único de Saúde. Porém, muitas mulheres, por desconhecimento, utilizam como pretexto para não realizarem o exame o medo de sentir dor.

DOR
A mastologista Rosemar Macedo Sousa Rahal, professora na Universidade Federal de Goiás (UFG), aponta que um estudo, efetivado pela instituição, demonstrou que a quantidade de pacientes que disseram sentir um nível de dor considerado insuportável durante a mamografia foi de apenas 2%. A grande maioria, 98% das mulheres, alegou sentir apenas um desconforto, o qual as faria deixar de realizar o exame em outras oportunidades. Para a profissional, uma das coisas que mais impedem as mulheres de se submeterem ao mamógrafo é o medo do resultado que o exame possa apresentar: “Elas temem ter câncer, mas esquecem que ele é curável se detectado precocemente.”
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Santas casas alertam para falta de recursos

Déficit dos hospitais filantrópicos chega a R$ 9,8 bilhões, informam líderes de movimento em defesa das unidades de saúde. Crise de recursos ocorre em todo País

Santas casas e hospitais filantrópicos fizeram, ontem, um movimento para alertar a população sobre as condições financeiras dessas instituições. Segundo Edson Rogatti, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), a ação visa a informar a população e não prevê paralisação.
No Estado de São Paulo, por exemplo, as santas casas de Piracicaba, de Ourinhos, de Jales, de Marília, de Votuporanga, de Araçatuba, entre outras, vão distribuir fôlderes para a população da região com a situação financeira das entidades. Além disso, vão promover palestras com as autoridades locais sobre o déficit financeiro. Instituições de outros Estados como o Paraná e Pernambuco, que também garantiram adesão ao movimento.
Dados do Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que 42% das internações pelo SUS são feitas nesse tipo de instituição. O movimento mostra ainda que enquanto desde o lançamento do Plano Real, em 1994, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor teve variação de 413%, o da tabela do SUS foi 93%.
O déficit das santas casas e dos hospitais filantrópicos, segundo o movimento, chega a R$ 9,8 bilhões. “O que a gente quer mostrar para a população é que a culpa não é nossa. Tudo teve inflação, mas a tabela do SUS não teve aumento [proporcional]”, avaliou Rogatti.
Ele lembrou que as instituições estão de portas abertas para os pacientes, mas que precisam de apoio financeiro do governo para fazer um atendimento com qualidade.
TABELA
O Ministério da Saúde defende que tem adotado medidas para o fortalecimento dos hospitais filantrópicos e santas casas e que o financiamento não se resume ao pagamento da tabela do SUS. O órgão já destacou que os repasses federais tiveram crescimento de 57% em quatro anos, representando incremento de R$ 5 bilhões desde 2010.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação