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DESTAQUES
CFM proíbe selfies de médicos com pacientes
Conselho proíbe selfies de médicos com pacientes
Demanda maior nos Cais
Qual será o futuro dos hospitais?
O HOJE
CFM proíbe selfies de médicos com pacientes
Conselho também fez ajustes em normas para divulgação de assuntos médicos em entrevistas e anúncios publicitários
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou ontem ajustes nas regras para uso e divulgação de assuntos médicos em entrevistas, anúncios publicitários e redes sociais. As mudanças abordam também a distribuição de selfies e o anúncio de técnicas não consideradas válidas cientificamente.
A resolução deve ser publicada ainda esta semana no Diário Oficial da União e, de acordo com o próprio CFM, tem como objetivo principal fixar parâmetros para evitar o apelo ao sensacionalismo e à autopromoção entre profissionais da área.
As normas proíbem médicos de participar de anúncios de empresas comerciais e de seus produtos, qualquer que seja a natureza. Antes, a limitação contemplava apenas medicamentos, equipamentos e serviços de saúde. Com o ajuste, ela se estende a produtos como gêneros alimentícios e artigos de higiene e limpeza.
O texto também veda aos profissionais fazer propaganda de métodos e técnicas como a carboxiterapia (tratamento estético realizado através da infusão de gás carbônico em diferentes camadas da pele) e a ozonioterapia (técnica terapêutica que consiste na aplicação de ozônio medicinal no corpo do paciente para tratar inúmeras enfermidades), que, segundo o CFM, ainda não têm reconhecimento científico.
A resolução traz ainda um detalhamento sobre o uso de selfies em situações de trabalho e de atendimento a pacientes. Com a mudança, os médicos ficam proibidos de divulgar esse tipo de fotografia, bem como imagens e áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal.
Redes sociais
No caso específico do uso de redes e mídias sociais – incluindo sites, blogs e canais no Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Whatsapp e similares –, continua sendo vedado ao médico divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço. O profissional também não pode anunciar especialidade/área de atuação não reconhecida ou para a qual não esteja qualificado e registrado.
O CFM orientou conselhos regionais a investigarem suspeitas de descumprimento da orientação sobre autopromoção de médicos com colaboração de outras pessoas ou empresas. “Deve ser apurada – por meio de denúncias ou não – a publicação de imagens do tipo antes e depois por não médicos, de modo reiterado e/ou sistemático, assim como a oferta de elogios a técnicas e aos resultados de procedimentos feitos por pacientes ou leigos, associando-os à ação de um profissional da medicina”.
A comprovação de vínculo entre o autor das mensagens e o médico responsável pelo procedimento, segundo a entidade, pode ser entendida como desrespeito à norma federal. Os médicos também ficam proibidos de divulgar a posse de títulos científicos que não podem comprovar e de induzir o paciente a acreditar que está habilitado num determinado campo de atendimento ao informar que trata sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas.
“Da mesma forma, ele não pode consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância, assim como expor a figura de paciente na divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento”, ressaltou o conselho.
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JORNAL OPÇÃO
Conselho proíbe selfies de médicos com pacientes
Por Sarah Teófilo
Conselho de Medicina divulgou regras mais rígidas. Dentre os pontos do texto, profissionais não poderão divulgar nas redes sociais imagens trabalhando
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta segunda-feira (28/9) uma resolução com novas regras em relação à divulgação de assuntos médicos que limita inclusive as “selfies” dos profissionais nas redes sociais. Entre outros pontos, a resolução aborda regras em entrevistas e assuntos publicitários, tudo com o objetivo principal de fixar parâmetros para evitar o apelo ao sensacionalismo ou à autopromoção.
O texto deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) na próxima quarta-feira (30/9), de acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Em relação à publicitação, regra prevê a proibição de participação de médicos ou entidades em anúncios de empresas ou produtos de qualquer natureza. Anteriormente, a regra limitava apenas medicamentos, equipamentos e serviços de saúde.
Profissionais não poderão também fazer propaganda de técnicas que não são reconhecidas pelo CFM. É o caso de práticas como a carboxiterapia ou a ozonioterapia, que ainda não possuem reconhecimento científico. Além disso, o médico não poderá consultar ou prescrever medicamento à distância.
Sobre as “selfies”, os médicos não poderão divulgar imagens trabalhando, nem mesmo em atendimento a pacientes. Com a mudança, os médicos estão proibidos de divulgar este tipo de fotografia, bem como imagens ou áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal.
“Trata-se de uma decisão que protege a privacidade e o anonimato inerentes ao ato médico e estimula o profissional a fazer uma permanente reflexão sobre seu papel na assistência aos pacientes”, ressaltou o conselheiro José Fernando Maia Vinagre, corregedor do CFM e que também contribuiu para a produção do texto.
A mudança veio após diversas queixas no conselho de casos de médicos que postam procedimentos cirúrgicos expondo os pacientes. Também fica proibida a divulgação de imagens de pacientes mostrando o antes e depois do tratamento ou cirurgia, mesmo com a permissão do paciente.
Continua sendo vedado ao médico anunciar especialidade não reconhecida ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado junto aos Conselhos de Medicina. (Com informações do Conselho Federal de Medicina)
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O POPULAR
Demanda maior nos Cais
Desde que começou a estiagem, a procura nos Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) para tratar de males relacionados ao tempo seco e altas temperaturas aumentaram. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não tem números exatos, mas levantamentos parciais mostram que, em julho, esse tipo de atendimento subiu 20%; em setembro, 40%.
No Cais Jardim América, na Região Sudoeste de Goiânia, registros de atendimento deste tipo subiram de 48 para uma média de 80 a 90, das 7 às 13 horas. A maioria relacionada a infecções respiratórias, diarréia e pressão alta. A comerciante Eva Vila, de 42, esperou atendimento na semana passada, pois sentia tonturas, náuseas e pressão baixa. “Acho que o forte calor e a baixa umidade me pegaram, não aguento ficar de pé”, reclamou.
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SAÚDE BUSINESS
Qual será o futuro dos hospitais?
Ambientes que mais se parecem com áreas de hotéis, muita tecnologia, eliminação de papel, hiperconexão, robôs fazendo cirurgias e equipamentos cada vez mais modernos e eficientes compõem o cenário futurístico imaginado para os prestadores de serviços em saúde.
O futuro dos hospitais também promete redução das filas de espera, prontuários únicos, independentemente das instituições pelas quais o paciente passe, comunicação e envio dos dados onde quer que ele esteja, por meio de sensores e telemedicina, e uso intensivo de inteligência artificial para organizar os sistemas de saúde.
Porém, mais do que coisas, o hospital que veremos daqui alguns anos precisará mudar sua forma de agir, mantendo-se flexível, respondendo rapidamente às demandas, buscando inovação e sempre trabalhando para equalizar qualidade, eficiência, segurança e custos.
O presidente da American Hospital Association (Associação Americana de Hospitais), Richard J. Umbdenstock, explica, em publicação do American College of Healthcare Executives (Colégio Americano de Executivos de Saúde), que os hospitais continuarão a ser mais integrados, correr mais riscos e assumir mais responsabilidades.
Para Umbdenstock, a integração se dará entre hospitais, entre hospitais e médicos, entre hospitais e serviços pós-internação, alguns com fontes pagadoras e outros com recursos baseados em comunidades locais. Ver o hospital como um coordenador dos procedimentos pelos quais o paciente vai passar deve levar a uma melhoria geral de saúde da população e a serviços mais eficientes.
O executivo aponta também que será necessário assumir algum nível de risco financeiro para ser bem-sucedido no mercado. As fontes pagadoras, ao menos nos Estados Unidos, já trabalham com penalidades para instituições que não atingem as métricas de performance, como índices de readmissões e condições adquiridas durante a internação. Essa tendência, junto com a migração para o pagamento por pacotes, também nos Estados Unidos, exigirá mais do que fazer mais com menos. Será preciso fidelizar médicos e pacientes e mostrar os benefícios de se entrar num sistema integrado, dentro de uma mesma instituição ou que, pelo menos estejam interligadas em algum modelo de parceria, para evitar a fuga de receitas.
Por fim, o mercado, especialmente o consumidor final, exigirá mais transparência, o que obrigará os hospitais a disponibilizar informações sobre seu desempenho, para que os pacientes decidam onde se tratar. O uso de dados também irá estimular a redução de disparidades nos tratamentos, melhorando a qualidade e reduzindo custos como um todo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação