ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Moradores reclamam da falta de médicos no Jardim Colorado, em Goiânia
• Moradores denunciam falta de médico no Madre Germana 2, em Goiânia
• “Empresas devem estar atentas à saúde do trabalhador”, alerta especialista
• Outubro Rosa: São Matheus orienta sobre o câncer de mama e os exames preventivos
• Eleitos
• Longa espera por cirurgia
• Saúde pública com garantia de recursos
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Moradores reclamam da falta de médicos no Jardim Colorado, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/moradores-reclamam-da-falta-de-medicos-no-jardim-colorado-em-goiania/4518843/
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Moradores denunciam falta de médico no Madre Germana 2, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/moradores-denunciam-falta-de-medico-no-madre-germana-2-em-goiania/4518829/
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SAÚDE BUSINESS
“Empresas devem estar atentas à saúde do trabalhador”, alerta especialista
Há algum tempo, quando se falava em cuidados com a saúde do trabalhador, as empresas logo pensavam na proteção contra os riscos de acidentes no local de trabalho ou contra danos que o exercício profissional poderia causar à saúde do empregado. Atualmente, segundo o médico Carlos Campos, os cuidados com a saúde e a segurança do trabalhador devem ser vistos de uma forma bem mais ampla, que vai além do ambiente de trabalho e envolve a promoção da saúde e da qualidade de vida do empregado.
Durante palestra promovida pelo Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás), no dia 25 de setembro, o médico explicou que o termo “saúde ocupacional”, usado no passado, deve ser abandonado e substituído por “saúde do trabalhador”. “Não falamos mais em saúde ocupacional, pois devemos considerar o cuidado integral com a saúde do trabalhador, incluindo a prevenção de doenças, o monitoramento de riscos e a promoção da saúde”, disse.
Ele ressaltou que os responsáveis pela segurança do trabalho nas empresas devem observar o uso de equipamentos de proteção, o cumprimento das normas, mas também devem estar atentos a ameaças à saúde do trabalhador, como a obesidade, hipertensão e diabetes. “As empresas devem ver o trabalhador de forma integral, orientá-lo e envolvê-lo nos cuidados com sua própria saúde”, ensinou.
Na palestra “Saúde e Proteção dos Trabalhadores na Área da Saúde – A Ergonomia e o Ambiente Construído de Trabalho”, Carlos Campos, que é especialista em Medicina do Trabalho, Ortopedia e Traumatologia, Medicina Legal e Perícias Médicas e diretor Técnico do Instituto de Ergonomia Ltda, também falou sobre ergonomia. Segundo ele, as empresas devem usar as normas da ergonomia para “adaptar o trabalho ao homem e não o homem ao trabalho”.
A palestra foi ministrada na sede do Sindicato e reuniu um grande número de profissionais das áreas de saúde, segurança e serviços gerais dos estabelecimentos filiados e especialistas convidados.
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Outubro Rosa: São Matheus orienta sobre o câncer de mama e os exames preventivos
Durante todo o mês de outubro, a São Matheus – Clínica de Diagnóstico por Imagem, de Goiânia (GO), estará promovendo ações para orientar as pessoas sobre a prevenção do câncer de mama e a importância da realização de exames para a identificação precoce da doença, que quando diagnosticada no início tem até 95% de chance de cura.
Um folder elaborado pela clínica traz orientações sobre a importância do autoexame, da realização da mamografia e da indicação também da ultrassonografia das mamas e da ressonância magnética para o diagnóstico e o monitoramento do câncer de mama. Confira o texto completo do material, que está sendo distribuído pela clínica:
CÂNCER DE MAMA
O que é?
O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve em consequência de alterações em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. É o tipo de câncer mais comum entre a população feminina e tem alta taxa de mortalidade, mas, se diagnosticado no início as chances de cura chegam a 95%.
O que pode causar o câncer de mama?
A maioria dos casos de câncer de mama ocorre sem uma causa definida. Mas, alguns fatores aumentam os riscos de desenvolvimento da doença, dentre eles, história de câncer de mama em parente em primeiro grau (mãe, irmã ou filha), principalmente, antes dos 50 anos de idade ou casos de câncer de mama bilateral ou de ovário em qualquer idade e história familiar de câncer de mama masculino.
Sintomas da doença
Os principais sintomas do câncer de mama são a presença de nódulo ou caroço na mama ou a saída de líquido transparente ou com sangue pelo mamilo. Por isso, atenção: qualquer alteração observada nas mamas merece ser avaliada por um médico.
Como é feito o tratamento
O tratamento do câncer de mama depende do tipo do tumor e da fase em que ocorreu o diagnóstico e pode incluir quimioterapia e radioterapia. Devido aos diagnósticos cada vez mais precoces, as cirurgias já são menos agressivas e, muitas vezes, a mama não precisa ser retirada.
Como prevenir o câncer de mama
Faça o autoexame periodicamente;
Tenha uma alimentação saudável;
Pratique atividades físicas;
Controle seu peso;
Não fume;
Evite bebidas alcoólicas;
Evite consumir carne vermelha;
Tenha filhos antes dos 35 anos;
Amamente;
Faça exames clínicos da mama até os 40 anos e mamografia anualmente a partir desta idade.
A IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA
A mamografia, um dos exames oferecidos pela São Matheus – Clínica de Diagnóstico por Imagem, é uma das grandes aliadas da população na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
Realizada com um aparelho chamado mamógrafo, a mamografia pode identificar lesões benignas e nódulos cancerígenos imperceptíveis em exames clínicos ou no autoexame.
Em alguns casos podem ser indicadas também a ultrassonografia das mamas e/ou a ressonância magnética, exames que também são realizados pela São Matheus.
Quando fazer a mamografia
Para a população geral, o Colégio Brasileiro de Radiologia recomenda que se inicie a partir dos 40 anos e, depois, anualmente. Já pessoas com risco aumentado para o câncer de mama poderão iniciar antes dessa idade, aos 35 anos, de acordo com a orientação médica.
Na hora do exame
Durante a mamografia, algumas mulheres podem sentir desconforto ou dor, que geralmente não impedem a realização do exame, pois esses incômodos são pequenos e passageiros diante da importância da mamografia para a saúde.
Dicas
• Evite agendar o exame logo antes ou depois da menstruação. O ideal é durante a segunda e terceira semanas do ciclo menstrual, pois neste período há menor densidade do tecido glandular das mamas, tornando o exame mais detalhado e com menor desconforto.
• No dia do exame, prefira roupas que possam ser facilmente retiradas e vestidas. O ideal é usar duas peças, com uma camisa abotoada.
• Fale com seu o médico caso apresente rigidez muscular, dificuldade para levantar os braços ou outros problemas que possam dificultar a posição correta no aparelho.
• O uso de próteses de silicone também deve ser informado ao médico.
• O profissional que a atender irá posicioná-la corretamente no mamógrafo. O exame é rápido e você deve se sentir confortável.
• Se houver indicação clínica, grávidas também podem ser submetidas à mamografia. Neste caso, é utilizado um avental de chumbo para proteger o feto.
Fontes:
Dra. Mariana Mesquita Gomes (CRM/GO 15.202) / São Matheus – Clínica de Diagnóstico por Imagem
Sociedade Brasileira de Mastologia
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O POPULAR
Eleitos – Os médicos goianos Carlos Alberto Ximenes e Salomão Rodrigues Filho integram a nova diretoria da Confederação Nacional de Saúde. A posse será no dia 8 de dezembro.
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Longa espera por cirurgia
Luzia está na fila há mais de um ano para fazer reconstrução do seio, retirado devido a nódulo
Pedro Nunes
“Não me sinto completa”, diz Luzia de Fátima de Vasconcelos, 48 anos, que espera há mais de um ano pela cirurgia final de reconstrução de uma das mamas, extirpada após a descoberta de um nódulo. Paciente do Hospital das Clínicas (HC), ela acredita que ainda este mês poderá realizar o sonho. “Já me informaram para agilizar a documentação e que serei uma das próximas. Estou ansiosa e com um pouco de medo, mas com a expectativa muito boa. Quero voltar a trabalhar e ter uma vida normal”, conta.
Coordenador da área de Mastologia do HC, o médico Ruffo de Freitas Júnior afirma que a prioridade são as cirurgias para as mulheres que tenham câncer de mama. “Ela entrará na sequência em um janela hábil para a reconstrução”, explica.
A situação de Luzia foi retratado pelo POPULAR em maio, quando o jornal mostrou que, assim como ela, apenas10% das mulheres conseguem fazer a retirada de mama e a cirurgia plástica no seio em conjunto – ato que, em 2013, passou a ser obrigatório na mesma cirurgia, caso a mulher apresente as condições clínicas necessárias.
Freitas explica que, no caso de Luzia, foi colocada uma prótese provisória no lugar da mama e um aparelho para expandir a pele. Esta, segundo ele, é a primeira parte da reconstrução. “Como exigido pela Lei, ela teve o benefício e agora aguarda o segundo tempo da cirurgia para ter a prótese definitiva.”
Abalo emocional
Luzia conta que ficou abalada após o procedimento cirúrgico. “Essa sensação de ser mutilada é muito triste. Não conseguia me olhar no espelho, ficava com vergonha. Faço tratamento psicológico, fiquei depressiva e desenvolvi síndrome do pânico por causa da doença”, diz. “Mesmo assim, com o volume, a mama não tem o mesmo aspecto de antes”, descreve.
Desde a remoção do seio, ela revela que não conseguiu se relacionar com ninguém. “Com a retirada da mama completa você sente que deixou de ser mulher. Você perde a vaidade. O homem também não vai te olhar da mesma maneira. É difícil e desde então não tive mais ninguém na minha vida.”
Em maio de 2013, Luzia de Fátima achou um caroço no seio direito, foi ao posto de saúde e fez um ultrassom; não apareceu nada de anormal. Por conta própria, ela decidiu fazer a mamografia, já que havia um histórico de câncer de mama na família. No exame foi constatado que o nódulo estava em estágio avançado e na semana seguinte ela fez a biópsia. Pelo tamanho do inchaço, os médicos não fizeram a retirada e decidiram tratar a doença à base de quimioterapia. “Poderia espalhar”, explica Luzia.
Com o tratamento, o nódulo diminuiu e, em setembro de 2014, ela fez a retirada do seio, colocou a prótese e na sequência teve de fazer radioterapia. A pele, segundo informações dos médicos que a trataram, não suportaria a segunda cirurgia de reconstrução.
Prótese apresenta problema
Ao acordar na última sexta-feira, Luzia de Fátima de Vasconcelos percebeu que a prótese provisória no seio direito, colocada logo após a cirurgia de retirada da mama em setembro do ano passado, estava menor.
A descoberta veio junto com a dor e o desconforto. “Fiquei preocupada. O seio estava bem menor que o outro, estava murcho. Senti uma dor até suportável, mas foi assustador”, descreve.
Ela suspeita que o líquido contido dentro da prótese e do expansor de pele esteja vazando. “Disseram que não era para pegar peso, mas nos últimos dias infelizmente eu precisei, não tinha como. Talvez possa ter sido isso.”
Na última segunda-feira, ela procurou o Hospital das Clínicas, onde tem sido atendida desde o início dos procedimentos. O médico pediu um exame de ultrassonografia, que deve ser feito hoje. Ela não sabe, porém, quando será o retorno para análise.
O médico Ruffo de Freitas Júnior afirma que o vazamento não é considerado perigoso à saúde. “Eventualmente acontece, e são raros os pacientes que apresentam problemas”, ressalta. “Temos que entender a razão e corrigir. Se continuar nos próximos dias, deverá ser realizado a troca da prótese temporária. Se parar o vazamento, ela aguardará pela troca para a prótese definitiva”, complementa.
Serviço
Luzia de Fátima de Vasconcelos é agente de saúde, mas por conta da doença não pode assumir a posição no trabalho. Ela informa que tem recebido auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Estou encostada e com muita vontade de trabalhar. Não vejo a hora de voltar às minhas atividades.”
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Saúde pública com garantia de recursos
Implantação de redes regionais planificadas de atendimento é indicada por especialistas, que alertam para desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS)
O Brasil tem como oferecer a saúde de qualidade que a população almeja, fazendo mais com menos dinheiro. Para isso, é preciso unir esforços da União, Estados e municípios para garantir recursos e investir mais em promoção da saúde e atenção primária (prevenção), criando redes regionais de atendimento. Tais propostas foram apresentadas ontem no sétimo fórum do projeto Agenda Goiás – Participação e Competitividade, em Porangatu, no Norte goiano, em palestras feitas por dois especialistas em saúde pública, ambos ex-secretários de Estado da Saúde do Ceará: Antônio Carlile Holanda Lavor e Jurandi Frutuoso Silva. Também foi feito alerta sobre ameaça de desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Agenda Goiás é uma realização do POPULAR, com apoio do Governo de Goiás, da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-GO). A exemplo da primeira edição, realizada em 2005, estão sendo discutidos temas relevantes para a elaboração de uma agenda de políticas públicas para Goiás nos próximos dez anos. As ideias e sugestões são publicadas em caderno especial, na sequência de cada um dos fóruns, que se estenderão até novembro.
Ex-professor da Universidade de Brasília (UnB), Carlile lembrou que o Brasil demorou muito a implantar um modelo de atenção primária, iniciado nos anos 1970, quando nos países mais desenvolvidos isso já vinha sendo feito desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ele comentou que dois meses após a Conferência de Yalta morreu o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), vítima de acidente vascular cerebral (AVC). "Hipertensão é fácil de diagnosticar e tratar." Os Estados Unidos perceberam que tinham grandes hospitais, mas precisavam mudar o foco para a prevenção. Entre os fatores de risco de doenças cardíacas e circulatórias, estão doenças crônicas (hipertensão, diabete e obesidade), justamente as que lideram os casos de morte hoje no Brasil e em Goiás.
No País, em segundo lugar vêm neoplasias (câncer) e em terceiro as causas externas (acidentes, homicídios, afogamentos e suicídios), que em Goiás são a segunda causa de mortalidade. E é elevado o número de mortes por causas externas entre adolescentes e jovens. "As crianças que nós salvamos, grande parte está morrendo e matando", lamentou Carlile, após reconhecer avanços significativos alcançados peloSUS na redução da mortalidade infantil nos últimos 25 anos.
Avanços
Um balanço dos avanços promovidos pelo SUS – o Brasil conta hoje com mais de 60 mil ambulatórios, mais de 40 mil agentes de saúde da família, 6 mil leitos hospitalares e 20 mil transplantes anuais -, foi feito pelo secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde(Conass), o mestre em saúde coletiva Jurandi Frutuoso Silva, que fez a segunda palestra no sétimo fórum do projeto Agenda Goiás. Ele alertou que o SUS corre grande perigo e as iniciativas para seu desmonte têm cunho constitucional, ou seja, são emendas à Constituição em discussão e já aprovadas pelo Congresso Nacional. Trata-se de uma estratégia de enfraquecimento desse que é o maior sistema de saúde do mundo, responsável pelo atendimento a mais de 200 milhões de pessoas.
"Todas as alterações realizadas até agora foram por meio de emendas constitucionais. Para alterar isso, é preciso que haja duas votações em cada uma das duas casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) com maioria absoluta de dois terços, que o atual governo não tem e o próximo também poderá não ter. Entenderam a maldade?", provocou Frutuoso.
Uma das alterações mais danosas, pontuou, foi a da forma de financiamento da saúde, que saiu do empenhado no ano anterior para porcentual de receita líquida. "Já teremos R$ 16,8 bilhões a menos no orçamento da saúde para o ano que vem, enviado ao Congresso Nacional", observou, alertando ainda que estudos mostram que a inflação da saúde é 7% maior do que a inflação normal de qualquer país.
Outro retrocesso nessa seara é em relação às emendas impositivas, introduzidas a partir da Emenda Constitucional 86. Pontuando que as emendas impositivas consomem 1,2% das receitas correntes líquidas no País, Frutuoso calcula que as mudanças promovidas deverão representar, em dez anos, cerca de R$ 50 bilhões investidos sem consulta aos gestores, a maioria em forma de obras. "Teremos hospitais que não pedimos e que, quando abrirem as portas, representarão uma nova crise, a do custeio", projetou. Para ele, as soluções têm de ser discutidas com o envolvimento de todos os entes federados.
]Mais recursos federais são cobrados
O financiamento da saúde pública no Brasil, com necessidade de aumentar os repasses da União para Estados e municípios, foi a tônica dos discursos durante a abertura do sétimo fórum do Agenda Goiás, ontem, em Porangatu. O governador Marconi Perillo lembrou que o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, em recente entrevista, afirmou que faltam cerca de R$ 9,8 bilhões para fechar o orçamento da saúde no ano de 2015; para 2016, projeta-se a queda de recursos para essa área em mais de R$ 16 bilhões. "Essa situação vai sobrecarregar ainda mais governadores e prefeitos, que têm de complementar os recursos para a saúde", afirmou o governador. Na abertura do evento, o prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares, disse que "os prefeitos estão sofrendo demais" para dar conta de gastos como o pagamento de profissionais.
O secretário de Saúde do Estado, Leonardo Vilela, conclamou Marconi a liderar um movimento dos governadores de todo o País para mobilizar o Congresso para reverter essa queda no repasse federal para a saúde. "É uma situação extremamente grave, porque coloca em risco vidas de pessoas", alertou. Marconi respondeu que se dispõe a mediar o debate com os parlamentares no Congresso, a presidente Dilma e demais governadores.
O novo sistema de gestão dos hospitais públicos de Goiás, por meio de contratos com organizações sociais (OSs), foi lembrado como modelo de eficiência e desburocratização. Marconi afirmou que o Hospital da Região Norte, que está sendo construído em Uruaçu, seguirá esse padrão. Ele anunciou que a unidade será inaugurada e entregue no próximo ano e, a exemplo do que foi feito com o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), em Goiânia, representantes da comunidade e de instituições serão chamados para conhecer a estrutura e os equipamentos antes do início do funcionamento. Segundo o tucano, serão cerca de 200 médicos atendendo 24 horas.
O vice-presidente da Rede Anhanguera de TV, Ronaldo Ferrante, falou em nome do Grupo Jaime Câmara (GJC) e lembrou que o momento era de discutir um dos temas mais caros para a população. "O objetivo principal dessa iniciativa conjunta entre o Grupo Jaime Câmara, Estado e Sebrae é promover um amplo estudo para o crescimento sustentável e melhoria das condições de vida do povo goiano", definiu.
O secretário Leonardo Vilela pontuou que Goiás melhorou muito o atendimento complexo, mas que é preciso investir mais na atenção primária, para melhorar indicadores básicos. Já o secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, defendeu o uso de ferramentas para a boa gestão pública para melhorar os indicadores de saúde.
Planificação e formação de profissionais
Entre ações bem-sucedidas a serem replicadas, foi citado o exemplo do município de Tauá (CE). Antônio Carlile Holanda afirmou ser viável promover a planificação da saúde, envolvendo todos os profissionais das unidades básicas de atenção. "O doente marca a consulta por telefone, é atendido com dignidade e, mais importante, consegue resolver seu problema, porque senão não adianta", observa, explicando que sem essa eficiência na atenção primária não há como evitar a concentração nos grandes hospitais, o que obriga a deslocamentos para as capitais.
Outra estratégia para aliviar a sobrecarga nas capitais, apontada por Carlile, é investir em hospitais regionais, "como vem sendo feito em Goiás", elogiou. Na prevenção, o especialista defendeu uma maior formação de profissionais. "Medicina preventiva é uma especialidade. Temos de mudar uma cultura."
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação