Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/01/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Vídeo mostra monte de lixo hospitalar acumulado em aterro sanitário de Goiânia
• Assistência integral como solução para a saúde
• Planos de saúde | Nova cobertura obrigatória pode pesar no bolso
• Rotina mensal de sofrimento
• Registros de médico são suspensos


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Vídeo mostra monte de lixo hospitalar acumulado em aterro sanitário de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/video-mostra-monte-de-lixo-hospitalar-acumulado-em-aterro-sanitario-de-goiania/4716231/

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SAÚDE BUSINESS

Assistência integral como solução para a saúde
O Brasil tem posto em prática um modelo de assistência à saúde centrado prioritariamente no binômio diagnóstico e tratamento de doenças, a chamada medicina curativa. Este modelo tem se mostrado bastante oneroso e incapaz de anteder de forma adequada e eficiente as demandas de saúde da população, exigindo mudanças urgentes.
Precisamos mudar os nossos conceitos sobre assistência à saúde, a exemplo de outras nações desenvolvidas, principalmente as europeias, que já seguem um modelo de atenção integral à saúde focado também e principalmente na prevenção de doenças, no diagnóstico precoce de enfermidades, na promoção do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas.
Precisamos além do tratamento das doenças, voltar os olhos e ações para a promoção da saúde. O modelo atual, centrado nas enfermidades, na incorporação de tecnologias diagnósticas e de intervenções terapêuticas de forma acrítica, hospitalocêntrica e com remuneração dos serviços assistenciais por procedimentos realizados, está com os dias contados e qualquer tentativa de mantê-lo vivo tende a esvaziar ainda mais os cofres do setor público, onerar os gastos do segmento privado e, principalmente, penalizar os pacientes com uma baixa relação custo/benefício.
Não é preciso fazer muitas contas para constatar que para o poder público e para as operadoras de planos de saúde o tratamento de um câncer avançado, por exemplo, é bem mais caro do que sua prevenção.
Imaginem agora, as perdas causadas pelas doenças e que não podem ser traduzidas apenas em números: as dores e sofrimentos dos pacientes e de seus familiares, os sonhos adiados, o trabalho interrompido, enfim, problemas que, muitas vezes, poderiam ter sido evitados ou minimizados com uma rotina de cuidados básicos dentro da proposta do modelo de Atenção Integral à Saúde.
É isso que precisamos fazer: cuidar da saúde, zelar pelo bem-estar de todos. No final de novembro, durante o VI Simpósio da Unimed Cerrado, realizado em Goiânia, seguindo as diretrizes da Unimed do Brasil, lançamos um desafio ao Sistema Unimed, que foi pioneiro na implantação do cooperativismo de trabalho médico no País , para que seja também pioneiro na adoção desta forma de organização das ações e serviços de atenção à saúde em nossa área de atuação.
Já temos importantes exemplos de sucesso em cooperativas, como as Unimeds Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG), que já começaram a adotar essa assistência integral, que resgata a figura do médico de família, aquele profissional que conhece o histórico de vida e de saúde e acompanha seus pacientes de perto. No setor público, temos a proposta dos programas e estratégias de saúde da família sendo implementada pelo SUS, mas, lamentavelmente, nem sempre dispondo dos recursos necessários nem executada de forma plena.
Mas, esses passos ainda tímidos precisam se transformar em passos largos e firmes na longa caminhada rumo à melhoria da assistência integral à saúde de nossa população. E a adoção deste novo modelo assistencial requer também uma profunda e importante mudança cultural para que a saúde seja entendida como um direito e um dever de todos.
As políticas do setor devem contemplar a educação da população, o monitoramento de riscos, a orientação e incentivo para mudanças de hábitos de vida. Desde cedo, o cidadão deve ser conscientizado que também é responsável por cuidados com sua própria saúde e corresponsável pelos cuidados com o outro. O combate aos focos do mosquito Aedes aegypti e da grave ameaça que ele representa é um exemplo claro da importância desta corresponsabilidade.
Conclamamos o Sistema Unimed a mudar e agora convidamos toda a sociedade a fazer parte desta mudança que queremos e precisamos. O tratamento de doenças, a recuperação, a reabilitação e reintegração dos pacientes na sociedade deve ser uma, mas não a única, parte das políticas de saúde.
*José Abel Ximenes é médico, professor da Faculdade de Medicina da UFG, presidente da Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal (Unimed Cerrado) e superintendente Político-Institucional da Unimed do Brasil
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O POPULAR
Planos de saúde | Nova cobertura obrigatória pode pesar no bolso

Depois que a cobertura obrigatória dos planos de saúde incorporou 21 novos procedimentos, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), representante de operadoras, diz que a ampliação pode pressionar o equilíbrio financeiro das empresas e encarecer os custos para os beneficiários.
Segundo a entidade, o impacto financeiro da nova cobertura obrigatória para as empresas só poderá ser avaliado em junho de 2017, quando as empresas poderão repassar os custos para os consumidores. Este impacto pode encarecer o acesso dos beneficiários aos planos de saúdetendo em vista a necessidade de suprir os novos custos gerados por tais incorporações , disse em nota. Ainda assim, a Abrange esclarece ser a favor do desenvolvimento de novas tecnologias médicas,
Tanto a Abrange, quanto a Federação Nacional de Saúde Suplementar, também representante das operadoras de planos de saúde, orientam as associadas a cumprirem integralmente as regras da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS).
Desde o último sábado (2) passaram a valer regras da ANS que incluem 21 procedimentos ao rol de cobertura obrigatória das operadoras de planos de saúde. O teste rápido de dengue e a sorologia para febre chikungunya são dois deles.  A atualização do rol é feita a cada dois anos, num processo conduzido pela ANS com consulta à população.
Segundo a FenaSaúde, suas associadas e seus prestadores de serviços assistenciais estão preparados para a renovação.
Para os beneficiários que tiverem procedimentos da cobertura obrigatória recusados, a Associação de Consumidores – Proteste aconselha que exija da operadora a negação por escrito e busque a Justiça. A negativa deverá estar em linguagem clara, indicando a cláusula contratual ou o dispositivo legal que a justifique. A operadora que não fornecer a negativa por escrito pode ser multada em R$ 30 mil pela ANS.

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Rotina mensal de sofrimento
Pacientes e familiares lutam por atendimento todo 1º dia útil de mês na Santa Casa

Sarah Teófilo e Andréia Bahia

Todo primeiro dia útil do mês muitas pessoas enfrentam fila para agendar consultas e exames na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. A maioria volta para casa sem conseguir marcar o procedimento que precisa. Há quem saia do interior do Estado para marcar lugar em uma fila que começa a se formar ainda de madrugada e dá a volta na quadra do hospital.
Uma fila que não deveria existir, já que a Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) encaminha à Santa Casa pacientes em número igual ao de vagas que a unidade disponibiliza ao SUS mensalmente. Mas o sistema não regula as interconsultas, ou seja, aquelas consultas complementares solicitadas pelo primeiro médico.
Um paciente encaminhado para uma consulta com um angiologista, por exemplo, pode ter que passar por um cardiologista e, nesse caso, esta segunda consulta é agendada pela Santa Casa sem a participação da Central de Regulação, que encaminha mensalmente apenas os 79 pacientes para a primeira consulta em cardiologia.
Em dezembro do ano passado, as interconsultas em cardiologia somaram 69 do total de 478 consultas da especialidade na Santa Casa; 157 foram retornos e 173, procedimentos de risco cirúrgico. Esses atendimentos foram agendados pela própria Santa Casa, sem passar pela Central de Regulação. É à procura destes procedimentos que a maioria das pessoas enfrenta fila no início de cada mês.

Sem sucesso
José Helton voltou para casa sem conseguir marcar seus exames. Na porta do hospital, seus olhos de catarata perdidos percorrem de um lado para o outro buscando alguma coisa do lado de lá da porta de vidro que separa as pessoas que estão na fila dos atendentes que ficam nos guichês do hospital. As mãos grossas e trêmulas seguram um papel molhado pela chuva fina que cai na capital pela manhã. Do bolso da frente da camisa suja ele tira também o cartão de vacinação e a cópia da identidade.
Aos 55 anos, a aparência é de pelo menos 65. Abre os botões de cima da camisa para mostrar o caroço do tamanho de uma acerola enquanto diz, de forma quase ininteligível, que precisa fazer uma cirurgia no estômago. O papel que segura assinala que deve marcar retorno no dia 4 de janeiro de 2016, ontem. Na portaria é informado que acabaram as vagas para exames de cirurgia de risco. José Helton insiste, claramente sem entender. “O médico falou. Tenho que falar com a moça lá dentro”, diz, mostrando os poucos dentes que lhe restam na boca enquanto aponta para o interior do hospital. Mas não há misericórdia. “Senhor, não tem jeito. Acabou. Agora o senhor tem que retornar no primeiro dia útil de fevereiro.”
Na chuva
Muitas pessoas sem guarda-chuva ou qualquer tipo de proteção aguardavam na fila de mais de 200 metros que se formava em volta da quadra do hospital, na Rua Campinas e na T-3, na manhã de ontem. A maioria para marcar retornos. De acordo com a assessoria de imprensa, pelo menos 600 pessoas foram atendidas até as 9h30, mesmo horário em que o departamento garante que acabou a fila.
Entre olhares tristes e risos para disfarçar o incômodo de estarem em pé há horas sob chuva e com frio, muitos conversavam sobre política e a falta de olhar do poder público sobre os que mais necessitam. “Não tem jeito. Pobre fica só mais pobre e rico fica mais rico. Ninguém olha pra gente”, diz Marta de Jesus, que saiu de Inhumas e chegou ao local por volta das 2 horas com o objetivo de marcar retorno para o pai, de 78 anos.
O atendimento começou às 5 horas. Às 6h35 um funcionário percorreu a fila anunciando o fim das vagas para exames de risco cirúrgico. Logo depois, por volta das 7 horas, outro funcionário passa explicando que não é possível fazer mais agendamentos para consulta com cardiologista. Funcionários e pacientes garantem que em todos os primeiros dias úteis dos meses – quando é liberada a agenda de consulta – é o mesmo cenário. Filas extensas, vagas preenchidas rapidamente, discussões, choro.
Sem acesso
José Helton continua ignorado na porta da unidade. Mesmo com as cadeiras brancas em frente ao painel das senhas desocupadas, a portaria não libera a entrada dele nem de ninguém mais. A assessoria de imprensa assegurou que a “estratégia de liberar entrada de 10 em 10 pacientes foi adotada para não haver tumulto”. José Helton desce pela rampa, olha para um lado e para o outro, perdido. Pede novamente para entrar. O homem na portaria explica novamente que ele deve voltar em fevereiro.
“Esse senhor é deficiente”, comenta uma funcionária de colete vermelho enquanto pega o papel das mãos de José. Em seguida, fala o que ele e todos em volta já ouviram: não há mais vagas e o senhor deve retornar em fevereiro. Ela devolve o papel para as mãos do homem sozinho que assegura ter sido levado ao local pelo filho. O aparelho ligado ao ouvido assinala ainda para um problema auditivo. Mais de uma hora depois e ele continua em frente à porta de vidro, insistindo em entrar mesmo com as explicações de que não há vaga, com o papel do retorno molhado ainda nas mãos.
Estranhamento
A assessoria de imprensa da SMS informou que estranha a fila na Santa Casa. De acordo com a pasta, o sistema de chequinho (encaminhamento feito do SUS para os hospitais) garante a liberação do número de procedimentos contratados. De acordo com a assessoria, outros hospitais conveniados não apresentam problemas de fila porque o chequinho só é liberado mediante vaga existente e disponibilidade do prestador.

Gestor não vê solução para problema

Superintendente administrativo da Santa Casa, Aderrone Vieira Mendes admite que o maior problema de sua gestão é a fila de espera por atendimento, mas não vê solução para o problema na medida em que não está conseguindo cumprir com a obrigação básica do hospital, que é pagar o salários dos servidores. Segundo ele, o problema das filantrópicas é que o valor pago pelo SUS pelos procedimentos não é suficiente para cobrir os custos. "A consulta especializada no Brasil em geral é deficitária. Não é só na Santa Casa."
Além disso, por prestar um serviço especializado, a Santa Casa tem uma demanda bem maior do que pode atender, o que gera a grande fila no início do mês. Mendes afirma ainda que as interconsultas não são contabilizadas no sistema que disponibiliza vagas para toda rede de saúde do município.
A assessoria de imprensa do hospital enviou nota alegando que a Santa Casa tem registrado uma demanda de atendimento muito maior devido à queda de beneficiários de planos de saúde. Com isso, as unidades que prestam serviços, como é o caso da Santa Casa, têm ficado lotadas. Sobre o fim de vagas para consultas com cardiologistas e exames de risco cirúrgico, a assessoria destacou que, por serem áreas com maior demanda, realmente as vagas são preenchidas rapidamente. Já em outras áreas, muitas vezes a agenda fica aberta no mês inteiro.

Longas distâncias e horas de espera por atendimento
Na fila para marcar retorno estavam pessoas que chegaram durante a madrugada no local, como Marta de Jesus Alves da Rocha. A mulher saiu de Inhumas no domingo e entrou na fila do hospital por volta das 2 horas da segunda-feira; às 6h30 ainda não havia sido atendida. Era a segunda vez que tentava marcar o retorno do pai de 78 anos. Em dezembro foi ao hospital no mesmo horário, mas não conseguiu ser atendida.
Com o papel do retorno nas mãos, Maria Eunice questionava o atendimento. Depois de fazer todos os exames, tentava mais uma vez marcar a consulta. A última foi em 27 de outubro. O prazo para retorno é de três meses e esta é a segunda vez que está no local tentando marcar. “Tenho medo de não conseguir e ter que voltar pro postinho [DE SAÚDE]pra pegar outro encaminhamento.”
Marilene Fernandes mora no Conjunto Riviera e chegou ao hospital às 4 horas. Pela terceira vez não conseguiu marcar por falta de vaga. “O mais doído é ver gente dormindo aqui; gente de idade que não tem condição de ficar assim.”
Na porta, com as pernas já cansadas, a gestante Denise Jorge tentava entrar para se sentar em frente ao painel de senhas. Ela saiu de Goianira por volta das 5 horas e às 7 horas ainda estava longe de ser atendida. O objetivo era marcar neurologista para o pai cadeirante. “Não querem me deixar entrar, mas não tem condições de ficar em pé na chuva.”
Greve
O hospital de alta complexidade Santa Casa de Misericórdia é uma das principais unidades de atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia, mas no local também é feito atendimento particular e por convênio. No final do mês de dezembro os funcionários ficaram quatro dias paralisados por falta de pagamento. Após o fim da greve, cerca de oito mil atendimentos que não foram feitos começaram a ser remarcados no dia 28 do último mês.
A assessoria de imprensa informou que aguardava repasse da Prefeitura referente ao Sistema Único de Saúde para fazer ontem o pagamento dos 40% dos salários referentes ao mês de novembro dos funcionários, como estava previsto. Na última quinta-feira, 31, foi feito o pagamento de 60% das folhas. O 13º foi pago em dezembro.
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Registros de médico são suspensos
Cristiane Lima

O médico Jacsymon Fonseca Magalhães, suspenso das atividades médicas em Goiás até 31 de maio de 2016, também está proibido de praticar a medicina no Tocantins e no Distrito Federal. Os conselhos de medicina dos dois locais também determinaram a interdição cautelar total do profissional. No estado vizinho, a suspensão segue até dia 10 de junho. Na capital federal, até dia 14 de junho.
O único registro profissional de Jacsymon que permanece ativo é do estado da Bahia. A assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina baiano (Cremeb) informou que as notificações das suspensões já foram informadas à corregedoria, que analisa o caso. Por enquanto, não há nada que o impeça de atuar no Estado, o que é vedado em qualquer outra unidade da federação.
A advogada do médico, Palova Amisses, não foi encontrada ontem a tarde para comentar as interdições.

Corretora morreu após cirurgia plástica

Jacsymon foi responsável pelo procedimento que terminou com a morte da corretora de seguros Érica Regina Silvério Mesquita, de 34 anos, em 12 de novembro de 2015, em Goiânia. O profissional aparece como médico do trabalho na consulta de profissionais do site do Cremego, mas vinha atuando como cirurgião plástico. Na clínica onde ele atende em Goiânia, a secretária informou que não está marcando consultas para o médico porque ele está em viagem.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação