Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16 A 18/01/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Anvisa prioriza análise de kit
• Artigo – Saúde precisa da CPMF
• Teste único
• "Um gesto de carinho muito grande"


AGÊNCIA BRASIL

Anvisa prioriza análise de kit

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na última sexta-feira (15) que deve concluir nos próximos dez dias a análise do primeiro kit comercial de diagnóstico do vírus Zika. Em nota, a agência reguladora informou que a análise é prioridade.
Atualmente só laboratórios públicos fazem este exame e a capacidade deles é baixa. Em média, essas unidades fazem cerca de 80 exames mensalmente em todo o país.
Para o monitoramento do Zika, o Ministério da Saúde usa a vigilância sentinela.
Isso significa que a circulação do vírus em uma região é confirmada em algumas amostras, por meio de teste laboratorial e depois os outros casos tem diagnóstico com exame clínico, baseado nos sintomas.
A Anvisa também está priorizando a análise de outros cinco kits de diagnóstico: dois para arboviroses em geral, onde estão incluídos Zika, dengue e chikungunya, dois para dengue e um para Chikungunya.
A previsão é que todas as análises sejam concluídas em até dez dias. (16/01/16)
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O POPULAR

Artigo – Saúde precisa da CPMF

A saúde pública é sem dúvida o principal problema do País, para o qual o governo não encontrou solução de curto, médio ou longo prazo – fator determinante de dramas que continuarão a manchar de modo irremediável a dignidade da Nação e a desmerecê-la no cenário internacional. A questão fundamental deste contexto desastroso e profundamente desumano é, como se sabe, a falta de recursos para financiar desde o atendimento ambulatorial da massa de assistidos, até internações e cirurgias que, embora urgentes, ficam à espera nas filas do SUS por meses e anos.
O drama está universalizado no território brasileiro. Ataca impiedosamente todos os Estados. Mas há casos em que a situação, de tão caótica, chama a atenção. O Rio de Janeiro, falido como outras unidades da Federação que gastaram além das possibilidades da arrecadação é o exemplo mais notório de como a saúde está no abismo e sem rumo.
Foi preciso que a Prefeitura do Rio, com os cofres recheados por causa das verbas federais das Olimpíadas encampasse hospitais da rede estadual que estavam com as portas fechadas, impondo a milhares de pacientes o desconforto do desatendimento. Mas é uma solução obviamente temporária e o objetivo da encampação pela Prefeitura não esconde a razão principal: mostrar ao mundo que o Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016, cuida de seus doentes e acidentados com precisão e carinho. E depois?
Os outros Estados com as mesmas dificuldades não têm de onde tirar dinheiro. As administrações municipais estão se incapacitando cada dia mais e, nesse passo contínuo, os serviços chegam a um ponto degradante. Com menos recursos, cidades de todos os portes passam por situações de permanente desespero e já não conseguem fazer com que o sistema de saúde pública, que é um direito do cidadão por previsão constitucional, cumpra sua missão.
O governo federal se debate com a queda da arrecadação em razão da crise econômico gerada na esteira de sua má gestão. É dos cofres federais que sai parte do bolo. Entretanto, o orçamento deste ano é deficitário em R$ 100 bilhões. O governo não pode mais fazer como antes: alocar verbas de urgência, do MINISTÉRIO DA SAÚDE ou daquelas que foram desvinculadas do Orçamento Geral da União para aplicações diversas. Simplesmente, o dinheiro acabou a dívida aumentou e a saúde piorou.
O socorro da União aos hospitais do Rio foi insignificante. As dívidas eram superiores a R$ 1 bilhão e o governo federal só repassou R$ 140 milhões. Uma ajuda pífia que denota o quanto as finanças federais já não podem mais suportar as demandas. Com a arrecadação caindo o País afunda mais na crise em que está mergulhado.
Tal conjuntura expõe a questão política mais fermentada do momento: a recriação da CPMF, o imposto do cheque. Diante da angustiante crise na saúde pública, os caminhos visando uma solução rápida através do caixa da União, inexistem. Devido à falta de fontes financiadoras que atendam às necessidades crescentes, a busca por recursos financeiros específicos se impõe acima das vaidades, dos partidos políticos e dos interesses eleitorais.
A saúde pública não tem salvação sem fonte de financiamento. Com menor receita tributária, os recursos constitucionais para a saúde ficam ainda mais reduzidos. Impõe-se, neste momento dramático medir as consequências do abandono da população mais pobre que padecerá e morrerá nas portas dos hospitais públicos, ou pesar o custo-benefício de um tributo que atinge os que mais têm, cujas movimentações bancárias são substanciais.
A compreensão do drama da saúde conta a seu favor com a primeira CPMF, criada no governo FHC e inspirada em propósitos humanitários. Não fosse a desvirtuação de sua finalidade, poderia de fato ter contribuído para maior consolidação do SUS que, 18 anos após lançado como o maior programa de assistência médica e hospitalar do mundo, é ainda um sistema assistencial em busca de qualidade. O que mais aumenta a rejeição no Congresso à nova contribuição é o temor de que o governo o mesmo que o antecessor: meta a mão no dinheiro da saúde para alocá-lo em programas eleitorais como o da Bolsa Família.
Henrique Duarte é jornalista. (18/01/16)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Teste único
O Ministério da Saúde começará a distribuir no fim de fevereiro as primeiras 50 mil unidades do Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya, que permitirão o diagnóstico simultâneo das três doenças com maior agilidade. Outra qualidade é a redução do custo de aplicação do teste.

"O teste que vamos distribuir vai dizer de maneira objetiva dentro de duas horas qual é a enfermidade que a pessoa está acometida. É importantíssima a informação para as gestantes", destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante a apresentação do kit hoje (16), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Prototipagem do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz-Paraná), Marco Aurélio Krieger informou que o teste no formato que foi produzido é único no mundo. "Não existe nenhum teste disponível, que faça esta avaliação discriminatória neste formato", contou.
Os kits serão encaminhados a 18 dos 27 laboratórios centrais (Lacen) do Ministério da Saúde, localizados em cada estado do país, que conforme o ministro, estão equipados para receber os 50 mil testes, produzidos pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Outros três laboratórios estão sendo preparados para receber os testes. A previsão é que até o fim do ano sejam distribuídos 500 mil kits. "A produção dos testes vai ser distribuída continuamente para fazer o diagnóstico. A prioridade para a diferenciação diagnóstica vai ser para as gestantes", revelou.
De acordo com Marcelo Castro, atualmente, o problema número 1 do Brasil é a microcefalia. "O Brasil tinha, em média, de 2.000 para cá, segundo estatísticas, 150 casos de microcefalia por ano. De outubro para dezembro do ano passado tivemos 3.500 casos aproximadamente. Então é um caso gravíssimo de saúde pública, poucas vezes vivido na história de nosso país", indicou.
Diante da situação, o ministro defendeu que não podem faltar recursos para combater a doença. Ele informou que este ano estão garantidos R$ 500 milhões para ações específicas relacionadas à microcefalia. "Nós temos a palavra e o compromisso da presidenta Dilma, de maneira explícita, de que não faltarão recursos para o combate à microcefalia no Brasil", disse.
O ministro Marcelo Castro informou que estão confirmadas três mortes por chikungunya, duas na Bahia e uma em Sergipe, todas em pessoas idosas. Castro disse que as três doenças que serão diagnosticadas com os testes são graves e estão matando.
"Qualquer das três doenças tem que ser tratada com a devida gravidade, os casos mais graves tem que ser internados, têm que ser tratados os sintomas, porque a gente não tem o remédio para tratar dengue, não temos o remédio para tratar a chikungunya, não temos o remédio para tratar a zika", disse, acrescentando que, por isso, ele acredita que é preciso tomar todas as providências clínicas para combater os sintomas", apontou.
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, informou que se os testes fossem produzidos por laboratórios privados e com aplicações para cada tipo das três doenças custariam entre R$ 900 e mais de R$ 2 mil.
"Na escala que estamos fazendo esse teste vai sair com um custo entre US$18 a US$20. Então, só é possível colocar isso em escala desaúde pública, vai ser feito nos Lacens e nas áreas de referências e para estudos, ele se torna factível como instrumento de saúde pública", analisou. (18/01/16)
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O HOJE

"Um gesto de carinho muito grande"

Há cerca de seis anos, a então cozinheira Valquíria Marta de Souza foi diagnosticada com problemas nos rins.
Com o passar do tempo, sua situação piorou e aproximadamente um ano e dois meses ela deu início à rotina de peregrinação ao Hospital Geral de Goiânia (HGG), para a realização de hemodiálises.
Não foi nada fácil para Valquíria. Residente em Itaberaí, ela precisava se deslocar para Goiânia até quatro vezes por semana. Três delas eram para as sessões de filtragem do sangue, que duram quatro horas cada uma. "O processo é muito dolorido e tive de parar de trabalhar para me dedicar à saúde", conta ela. A quarta vinda a Goiânia era dedicada à realização de exames e acompanhamento médico.
Uma luz de esperança veio quando os médicos anunciaram que a mãe de Valquíria, Maria Lúcia de Souza, tinha compatibilidade para doar um dos rins à filha. Rigorosos exames e acompanhamento psicológico no decorrer de um ano garantiram que elas estivessem prontas tanto em corpo quanto em espírito para uma operação desse tipo.
A cirurgia foi realizada na terça-feira (12) e é considerada um sucesso.
Depois de cerca de oito horas de trabalhos, os 20 profissionais envolvidos- sendo 11 deles médicos- efetuaram com sucesso o transplante, o segundo entre vivos realizado em dois meses na unidade.
As duas pacientes foram encaminhadas ao Centro de Terapia Intensiva (CTI), logo após a cirurgia.
A mãe apresentou estado de saúde estável durante toda a internação e já na sexta-feira (15) estava em Itaberaí. A filha teve pressão alta, o que é considerado normal para uma cirurgia do tipo, e foi deslocada para a enfermaria também na sexta-feira, com o novo rim já funcionando.
Valquíria contou ao O HOJE sobre o dia em que saiu o resultado do exame apontando a compatibilidade com sua mãe. "Ela se ofereceu na mesma hora", afirmou.
"Foi um gesto de carinho muito grande." A filha de Valquíria, Bruny Kelly Caetano, pontua que Maria Lúcia sempre teve um perfil mais ousado. "A minha avó estava mais confiante.
Já a minha mãe estava com medo, mas também com muita fé." Agora, com a perspectiva de uma nova vida, Valquíria espera retomar sua rotina de antes das complicações. "Quando melhorar, quero muito voltar a trabalhar", declarou. (18/01/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação