Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 26/02/16


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Três mortes por dengue hemorrágica são registradas em Luziânia
• Criança luta há mais de um mês contra artrite juvenil, em Goiânia
• Vídeo mostra gestante passando mal na recepção de hospital, em Goiânia
• Editorial – Microcefalia e zika
• Crer reabilita
• Especialistas pedem implantação no Brasil de profilaxia para prevenção da Aids


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Três mortes por dengue hemorrágica são registradas em Luziânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/tres-mortes-por-dengue-hemorragica-sao-registradas-em-luziania/4841273/

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Criança luta há mais de um mês contra artrite juvenil, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/crianca-luta-ha-mais-de-um-mes-contra-artrite-juvenil-em-goiania/4839915/

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PORTAL G1/GOIÁS
Vídeo mostra gestante passando mal na recepção de hospital, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/02/video-mostra-gestante-passando-mal-na-recepcao-de-hospital-em-goiania.html

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O POPULAR
Editorial – Microcefalia e zika

A presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, revelou sua dúvida sobre a relação da microcefalia com o zika vírus ao afirmar: “Até que possamos provar o contrário, temos afirmado que o vírus é o culpado”.
Por isso, ela considera prioridade o investimento em estudos para investigar a associação da infecção com a anomalia neurológica. O Ministério da Saúde, no entanto, não tem dúvida desde que pesquisadores da Fiocruz encontraram o agente infeccioso no líquido amniótico de duas gestantes, cujos bebês foram diagnosticados com a doença.
O último boletim do Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado dia 23, informou 5.640 casos notificados: 583 deles confirmados de microcefalia e/ou malformações e 950 descartados. Os 4.107 restantes ainda serão investigados. Dos 583 confirmados, seis foram em Goiás; dois estão descartados. O Estado notificou 88 casos.
O passo mais difícil é comprovar a causa da microcefalia nesses 583 casos, pois ela pode ser provocada por diversos agentes infecciosos além do zika. Até agora apenas 67 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus zika. Daí a dúvida da OMS, que decidiu dar prioridade ao investimento em estudos. Essa investigação é um dos grandes desafios do Brasil, associado ao pedido do organismo internacional para o país liderar a erradicação do Aedes aegypti na América Latina.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Crer reabilita
Pesquisadores desenvolverão pesquisa sobre a doença a partir de maio

Considerado um dos maiores nomes da medicina goiana, o médico e pesquisador Heitor Rosa apresentou a uma equipe de profissionais, em reunião realizada na sede do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), na última quarta-feira, um projeto de pesquisa sobre microcefalia a ser desenvolvido a partir de maio.
Heitor Rosa irá coordenar o estudo focado na busca de métodos para a reabilitação de bebês com este tipo de má formação. De acordo com o especialista a pesquisa pretende responder questionamentos como: quais são as diferenças anatômicas, estruturais e antropométricas entre as microcefalias associadas ao zika vírus e as não relacionadas; bem como, as diferenças nas respostas terapêuticas entre as microcefalias, dentre outras interrogações que o estudo visa encontrar respostas.
Para a formação da equipe Heitor Rosa tem a intenção de poder reunir um grupo de pesquisadores composto por profissionais da Pediatria Clínica, Neuropediatria, Neurofisiologia, Fisiatria, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Psicologia, Infectologia, Radiologia, Laboratório e Nutrição do Crer. “Pesquisa só funciona em equipe, precisamos buscar métodos para reabilitação em microcefalia, independentemente de ser por zika ou não”, declara.
Durante o encontro ficou definido que o grupo de pesquisadores irão se reunir mensalmente com o objetivo de que todos estejam sempre informados sobre o que os outros estão desenvolvendo. O superintendente da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR) Sérgio Daher, reforçou a importância do trabalho. “Independentemente do resultado, vamos trabalhar. É importante que o Crer comece a ter uma área de pesquisa mais forte. Essa era uma ideia desde a criação dessa unidade. Isso é muito gratificante para nós”, conclui.
O último boletim epidemológico de microcefalia divulgado pelo Ministério da Saúde, demonstra que existem 4.107 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Em Goiás, já são oitenta casos em investigação, seis confirmados e dois descartados, totalizando oitenta e oito casos notificados entre 2015 a 2016.
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Entrevista
Em entrevista à reportagem do Diário da Manhã o diretor técnico de reabilitação do CRER e um dos Coordenadores da Pesquisa, Fabríccio Queiroz Corrêa fala sobre a importância do estudo que a busca de métodos para a reabilitação de bebês com Microcefalia.

Fabríccio Queiroz – A pesquisa sobre microcefalia no CRER baseia-se principalmente em aspectos ligados a reabilitação de pacientes com microcefalia. O processo de reabilitação possui características bastante específicas e com uma curva de evolução de longo prazo. Acreditamos que nos primeiros 6 a 12 meses seremos capazes de mensurar alguns resultados preliminares.
DM – O que a ciência entende sobre a reabilitação em microcefalia?
Fabríccio Queiroz – O processo de reabilitação é, de forma geral, consagrado há longa data. Para este perfil de paciente varia de acordo com o comprometimento apresentado por cada um, no entanto, o que será realizado é a chamada Estimulação Precoce Multiprofissional.
DM – Quais serão os possíveis benefícios alcançados com o estudo?
Fabríccio Queiroz – Por meio da pesquisa, queremos avaliar se os pacientes com microcefalia causada pelo vírus zika respondem as terapias da mesma forma que os pacientes microencefálicos causadas por outras doenças infecciosas ou genéticas. Assim, será possível estabelecermos protocolos mais adequados para cada perfil de paciente, objetivando inclusive planos terapêuticos singulares – individuais.
DM – Qual a realidade sobre microcefalia em Goiás e no Brasil?
Fabríccio Queiroz – Acredito que as autoridades de Saúde Estadual se mobilizaram de forma ágil e adequada nas tomadas de decisões para o diagnóstico e tratamento das crianças com microcefalias. No entanto, ainda temos muito a melhorar nos quesitos de prevenção às doenças infecciosas que levam a microcefalia, no que tange o combate aos vetores e mudanças de políticas de diagnóstico de doenças no pré-natal, como a sífilis e toxoplasmose.
Podemos dizer que hoje os registros de bebês nascidos com microcefalia passam, a partir de agora, ter maior fidedignidade, o que facilita o acesso destes pacientes à reabilitação e com melhor prognóstico para as atividades de vida diária no futuro. Ressalto ainda, que os gestores estaduais e nacionais assumiram o importante papel de incentivar pesquisas científicas sobre o tema, o que traz benefícios a todos nós.

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Especialistas pedem implantação no Brasil de profilaxia para prevenção da Aids

O medicamento antirretroviral bloqueia a multiplicação desse vírus

Recomendada no ano passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para todas as pessoas em situação de “maior exposição” a contrair o vírus HIV, mas ainda adotada por poucos países, a profilaxia pré-exposição (PrEP) ainda não foi implantada no Brasil. Apenas Estados Unidos, França, África do Sul e Israel anunciaram que farão uso do método para prevenção do HIV. No entanto, especialistas apontam que esta é uma importante estratégia de prevenção ao vírus e que o Brasil deveria utilizá-la como política pública.
O tema foi discutido na tarde de hoje (25) na Conferência Direitos Humanos e Combate à Discriminação na Perspectiva da Vida com HIV/AIDS: Avanços e Retrocessos, organizada pela Defensoria Pública de São Paulo.
“Vemos hoje um esgotamento das políticas atuais para prevenção ao HIV. Em um estudo feito pelo Ministério da Saúde, 45% da população brasileira admitiu que não usa camisinha, mesmo tendo a informação de que ela é eficaz na prevenção de HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis. Então, vemos que não é suficiente ter só a camisinha. Essa opção é importante e deve continuar sendo mantida, mas ela não é suficiente como política pública”, disse Marcela Vieira, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), em entrevista à Agência Brasil.
A coordenadora defende que o Ministério da Saúde proporcione outras formas de prevenção, além da camisinha. “As pessoas devem ter um serviço adequado de informações que coloque as vantagens e desvantagens de cada uma das diferentes medidas, para que elas possam optar por aquela forma que se adeque mais à sua realidade. Tentar mudar o comportamento com um mantra único [use camisinha] já se mostrou uma política esgotada. Precisamos avançar nas diferentes opções disponíveis”, disse.
A profilaxia recomendada pela OMS envolve a utilização de um medicamento por via oral ou em forma de gel para pessoas que não estão infectadas pelo HIV, mas que estão expostas ao vírus. O medicamento antirretroviral bloqueia a multiplicação desse vírus, impedindo a infecção do organismo. Ele seria uma alternativa ao uso de camisinha, mas exige que a pessoa tome um comprimido por dia, conhecido como Truvada e fabricado pela empresa Gilead. A forma em gel ainda está em fase de estudos.
No Brasil, há diversos grupos estudando a doença, como o PrEP Brasil (http://prepbrasil.com.br/), conduzido pela Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids de São Paulo.
A psicóloga Clara Cavalcante, que trabalha no centro de referência de São Paulo e na prefeitura de Jandira, vê como essencial a nova profilaxia. “Ela vem nos desdobramentos e nos avanços dos movimentos sociais, da política de saúde e na melhoria das estratégias de prevenção. E ela pode vir a fazer a diferença na prevenção ao HIV”, disse. Mas Clara defende que, antes, seja implantada no país como política pública.
Para o médico sanitarista e ativista LGBT Henrique Contreiras, mais do que uma política voltada para o combate das doenças sexualmente transmissíveis, a PrEP precisa ser encarada também como uma política voltada para a população LGBT. “A PrEP é uma política que tem potencial de ajudar a reverter essas iniquidades [ele cita a homofobia existente nos serviços de saúde como exemplo]. Não é só uma questão de distribuir comprimidos para a população em risco. Todas as nossas necessidades de saúde como um todo precisam ser previstas”, disse. “Tem vários agravos em saúde na população LGBT que são socialmente mediados e uma das mediações é a homofobia que existe nos serviços de saúde, na medicina e na ciência médica. O objetivo dessa política é transformar essa realidade”, ressaltou.
Monopólio
Outro problema com a PrEP estaria relacionado ao custo do medicamento. A Gilead, fabricante do produto, já solicitou a patente do Truvada para controlar a comercialização do medicamento em todo o mundo. O pedido está em análise em muitos países, inclusive no Brasil.
Para a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, o monopólio do medicamento pela Gilead pode elevar o preço do produto. “Do jeito como está sendo feito hoje, a PrEP é oferecida por um medicamento chamado Truvada que é comercializado com exclusividade por uma empresa chamada Gilead. Existem formas de se quebrar esse monopólio, que é garantido hoje por meio das patentes. Existem medidas para quebrar esse monopólio. Inclusive já existem versões genéricas, aprovadas pela OMS, tanto da combinação em um único comprimido quanto dos dois medicamentos, em forma isolada”.
Segundo ela, o Brasil tem várias opções para evitar o monopólio da Gilead sobre esse medicamento. “O Brasil já não tem monopólio nem para o tenofovir e nem para a emtricitabina, que são dois medicamentos separados que compõem o Truvada. E já existe a versão genérica no país”, disse. Só com o uso dos genéricos em vez do Truvada, por exemplo, ela estima que o custo para o Ministério da Saúde cairia bastante. “Por lei, os genéricos precisam ser pelo menos 35% mais baratos que o medicamento de marca. Mas nos medicamentos de alto custo, essa diferença pode chegar a muito mais, até 20 vezes mais barato que a média que temos em outros medicamentos antirretrovirais.”
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que a PrEP está em fase de estudos no país e que está analisando sua implantação no Sistema Único de Saúde. “O Ministério da Saúde financia dois estudos de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) no Brasil, que estão sendo realizados pela Fiocruz e pela Faculdade de Medicina da USP, e que utilizam como medicamento a combinação tenofovir + emtricitabitina. Os estudo para a adoção da PrEP estão em andamento e os primeiros resultados devem ser apresentados até o segundo semestre deste ano. Dois novos estudos financiados pela UNITAID [organização que financia o tratamento e diagnóstico da Aids] devem começar no Brasil ainda em 2016. A partir do resultado desses estudos, o Ministério da Saúde irá analisar a inclusão da profilaxia no Sistema Único de Saúde. ”, informou o órgão, por meio de nota.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação