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DESTAQUES
• Bebê que nasceu com hidrocefalia consegue vaga para cirurgia, em GO
• Técnica inovadora salva vida de idoso
• Ministro comete mais uma gafe
• Cientistas testam tratamento para doenças da visão
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Bebê que nasceu com hidrocefalia consegue vaga para cirurgia, em GO
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/bebe-que-nasceu-com-hidrocefalia-consegue-vaga-para-cirurgia-em-go/4880021/
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O HOJE
Técnica inovadora salva vida de idoso
É a primeira vez que Goiás realiza cirurgia pelo SUS. O procedimento foi acompanhado pelo Sírio Libanês, de São Paulo
RHUDY CRYSTHIAN
Passa bem o idoso de 71 anos que sofreu um procedimento neurocirúrgico, em Goiânia, ontem (11). A operação foi realizada por meio de equipamento neuronavegador com a função de acompanhar na ressonância a movimentação do médico. É a primeira vez no Estado que a cirurgia foi realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento foi acompanhado por uma equipe do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo.
A tecnologia de última geração, usada em centros de referência da rede privada em São Paulo, permite à equipe de cirurgiões localizar e atuar em áreas profundas do cérebro próximas a áreas nobres, como o tálamo e o tronco cerebral, com menor risco de lesões. O que causa menos invasão ao paciente e uma recuperação mais rápida.
A neta do paciente, Tatiane Pires da Costa, afirma que após a cirurgia, que durou cinco horas, o avô estava consciente, bastante ativo e conversava com destreza. Tatiane lembra que ele começou a apresentar nas últimas duas semanas perda de peso significativa, falta de apetite, fala desconexa e problemas com locomoção, quando a família o encaminhou para exames com suspeita de Alzheimer e foi constatado um tumor agressivo.
O neurocirurgião que chefiou a equipe, Rômulo Alberto Silva Marques, afirma que o paciente operado não possuía nenhum histórico de problema de saúde, porém, teve um quadro de redução da força do lado direito e dificuldade para falar e então foi diagnosticado com um tumor cerebral de alto grau. De acordo com o médico, o tumor do paciente era de característica incerta, pois ainda está em análise e a biopsia ficará pronta nos próximos dias.
No Brasil, 4% das mortes por câncer estão relacionadas a tumores no cérebro. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O médicoacrescenta que o procedimento é um valioso instrumento de acesso cirúrgico mais preciso e menos traumático. "A neuronavegação possibilita operar o cérebro do paciente de maneira mais segura que as cirurgias convencionais", explica o neurocirurgião.
Se o quadro permanecer estável o paciente já terá alta amanhã. O tratamento dos tumores envolve obrigatoriamente uma estratégia multidisciplinar. Esse tipo de cirurgia custaria em média R$ 70 mil em um hospital particular, segundo o profissional. (12/03/16)
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O POPULAR
Ministro comete mais uma gafe
Aula de ministro causou estranhamento em alunos
“Bom dia, garotada. Tudo legal? Deixa eu fazer uma pergunta: vocês acham que têm o crânio normal?"
Foi assim que o ministro da Saúde, Marcelo Castro, iniciou ontem uma “aula" em uma escola pública do Distrito Federal sobre o aumento de casos de microcefalia no País e o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya.
Vestido com uma camiseta com o slogan "#zikazero", Castro não poupou elogios aos alunos do 6º ano do Centro Educacional 1, da Vila Estrutural. A tentativa de adotar um tom didático somado aos elogios, no entanto, acabou em novas gafes.
“Como é que chama a criança da cabeça pequena?", perguntou, ao que alguns citaram "microcefalia" como resposta.
“Vocês que são alunos inteligentes. Pois as crianças com microcefalia provavelmente não vão ter o mesmo desenvolvimento da inteligência que vocês que têm o crânio normal tiveram."
As afirmações geraram um misto de burburinho e incompreensão entre os alunos. Alguns não disfarçavam o estranhamento: “Que palestra é essa, meu Deus? Criança com cabeça pequenininha?", perguntava aos colegas uma aluna do 6º ano, perto de onde estava a reportagem.
Tentando aumentar o volume da voz para chamar a atenção das crianças, Castro continuou com as comparações e disse que crianças com microcefalia “provavelmente" não serão uma "criança normal". “A criança com microcefalia provavelmente não vai desenvolver o seu cérebro para ser uma criança normal, que possa ir para a escola, aprender, ser educada e ter autonomia e independência."
“Temos de passar a informação verdadeira”
Questionado ao fim do encontro com as crianças se não achava as comparações "inadequadas", o ministro da Saúde, Marcelo Castro, defendeu as afirmações. Segundo Castro, exames em bebês com microcefalia relacionada ao vírus da zika apontam para um grau de comprometimento maior do cérebro em comparação aos causados por outros agentes infecciosos já conhecidos, como citomegalovírus e toxoplasmose.
“Temos de passar a informação verdadeira. Estamos com um problema muito grave. Não podemos usar meias palavras", rebateu.
Ainda segundo Castro, que afirma ter experiência como professor desde os 16 anos, “100% da população brasileira está consciente" dos riscos atrelados ao vírus. “Por isso, as palavras não podem deixar de serem ditas como devem", afirmou.
GAFES
Desde que assumiu o ministério, em outubro do ano passado, Marcelo Castro coleciona gafes e falas polêmicas em relação ao vírus da zika e à microcefalia.
Em uma delas, o ministro da Saúde afirmou que iria “torcer para que as mulheres peguem zika" antes da idade fértil, “aí ficariam imunizadas pelo próprio mosquito" e não precisariam de vacina.
Em outra ocasião, disse que as mulheres se protegem menos que os homens, porque "ficam com as pernas de fora". “E quando usam calça, usam sandália". (13/03/16)
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Cientistas testam tratamento para doenças da visão
Oftalmologista goiano integra equipe que começa a usar células-tronco em cirurgias em humanos
Nas últimas duas semanas quatro pessoas passaram por procedimentos de transplante de células epitélio pigmentar da retina – as chamadas células EPR. A iniciativa, inédita no Brasil, utiliza células-tronco e pode ajudar a tratar a degeneração macular, principal causa de cegueira em idosos, além de doenças hereditárias que, até então, não tinham tratamento.
O estudo vinha sendo realizado em laboratório desde 2013 por cerca de 15 pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um deles o oftalmologista goiano Bruno Diniz, que, após anos de análises, agora começa a comemorar os primeiros procedimentos cirúrgicos. “É um privilégio grande, pois é um trabalho que já vem sendo realizado há algum tempo e parece que finalmente as coisas estão começando a andar”, diz ele.
Um dos procedimentos foi realizado na última quinta-feira e, de acordo com Diniz, para atestar os resultados, mais 15 pacientes devem se submeter à intervenção e receber acompanhamento durante um ano. “O acompanhamento vai servir para entendermos o que aconteceu com cada paciente, se houve melhora e quanto tempo depois ocorreu a melhora.”
Nos testes laboratoriais realizados em ratos, a degeneração da retina desacelerou em animais que receberam a “reposição” de células EPR. “Primeiro fizemos análise no laboratório com ratos e porcos e tivemos resultados positivos para as doenças”, conta Diniz.
Expectativa
O pesquisador informa ainda que o estudo está sendo realizado principalmente em pacientes quase cegos. “Vamos avaliar primeiro se houve algum dano para o olho durante a abordagem e depois se houve melhora na visão. Em animais deu certo, não houve problemas, em seres humanos temos a expectativa de uma pequena melhora”, ressalta.
Fora do Brasil, pacientes voltaram a ver
O oftalmologista e pesquisador Bruno Diniz explica que a cirurgia para o transplante das células EPR é parecida com uma cirurgia de retina convencional, associada à implantação de célula. Dura em torno de uma hora.
Estudos também estão sendo realizados nos Estados Unidos e na Inglaterra há cerca de cinco anos. De acordo com Diniz, houve resultados positivos. “Algumas pessoas voltaram à visão, porém no Brasil ainda é cedo para divulgar qualquer tipo de grande beneficio nos pacientes; mesmo dando certo, até que seja disponibilizado em massa demoraria cerca de cinco anos.” (12/03/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação