Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 18 A 20/06/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES


• A cada 28 horas, um homossexual morre de forma violenta no Brasil
• Família luta por cirurgia para bebê com problemas no coração, em Goiânia
• Associação dos Hospitais Privados não concorda com projeto que estabelece prazo máximo de espera
• MP apura repasse de R$ 51 milhões para Hugol
• Goiás perde 6,6 mil doadores de medula óssea
• Conselho repudia ataque homofóbico de médico em Goiânia
• Cirurgia plástica para afinar o rosto está na moda, mas é preciso ter cuidado
• Paulo do Vale não consegue explicar desvios investigados pela Polícia Federal
• Centro de Saúde atende 15 mil em sete meses

TV GLOBO/FANTÁSTICO

A cada 28 horas, um homossexual morre de forma violenta no Brasil
http://g1.globo.com/fantastico/edicoes/2016/06/19.html

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TV ANHANGUERA/GOIÁS


Família luta por cirurgia para bebê com problemas no coração, em Goiânia

http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/familia-luta-por-cirurgia-para-bebe-com-problemas-no-coracao-em-goiania/5104471/

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RÁDIO CBN GOIÂNIA
Associação dos Hospitais Privados não concorda com projeto que estabelece prazo máximo de espera
Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás um projeto de lei que estabelece o prazo máximo de espera para atendimentos de urgências e emergências em hospitais.
Sobre o assunto, Rafael Mesquita conversou com Haikal Helou, presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás. Ouça no primeiro áudio.
Ainda sobre o assunto, Rafael Mesquita entrevistou o autor do projeto, o deputado estadual Francisco Júnior. Escute no segundo áudio
http://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/associa%C3%A7%C3%A3o-dos-hospitais-privados-n%C3%A3o-concorda-com-projeto-que-estabelece-prazo-m%C3%A1ximo-de-espera-1.1104375

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O POPULAR

MP apura repasse de R$ 51 milhões para Hugol

Entidade responsável pela gestão do Hugol recebeu recursos durante 10 meses antes da unidade ser inaugurada. Promotora diz que contrato não prevê fase pré-operacional

O repasse de R$ 51 milhões para despesas pré-operacionais do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) é alvo de investigação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). A Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir), organização social (OS) responsável pela administração do Hugol, recebeu o valor entre agosto de 2014 e junho de 2015, sendo que a unidade hospitalar foi inaugurada em 6 de julho. Responsável pelo caso, a promotora Fabiana Zamalloa diz que o contrato não prevê despesas pré-operacionais.
No começo do mês, o MP-GO abriu inquérito para apurar o repasse de R$ 5,1 milhões da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) para o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) de Aparecida de Goiânia, entre setembro de 2014 e outubro do ano passado. O Credeq ainda não foi inaugurado e a justificativa inicial da secretaria é de que os recursos eram para o período pré-operacionalização.
Assim como o Credeq, o Hugol estava previsto para começar a atender em meados de 2014. Ambos projetos sofreram com diversos adiamentos. Quando ocorreu o chamamento público da Agir, o governo informava que a unidade estava com 90% da obra concluída. Mas a hospital só abriu as portas em julho de 2015.
A investigação iniciou com a questão da transferência da gestão para a OS. "Quando requisitei cópia da documentação, verifiquei que os repasses foram antes do Hugol ser inaugurado, inclusive em valores totais. Na época, informaram que eram despesas pré-operacionais. O contrato não contempla esse tipo de despesas."
Os valores do contrato, de acordo com a promotora, estão vinculados à efetiva prestação de serviço e, antes da inauguração, esses serviços não estavam sendo prestados. A promotora também pediu esclarecimentos sobre o período de pagamento a profissionais de saúde antes da inauguração.
A promotora instaurou um inquérito civil público onde também questiona a legalidade de algumas despesas feitas pela OS, como a aquisição de veículos e equipamentos, na fase pré-operacional. Fabiana diz que, no contrato, o Estado se compromete a entregar o hospital equipado e em plenas condições de funcionamento. "Essas despesas deveriam ter sido feitas pelo Estado para entregar a unidade pronta. A OS, com os recursos do contrato de gestão, que são vinculados à efetiva prestação do serviço, adquiriu equipamentos por meio de um regulamento de compras próprio."

Agir defende ação “habitual e legal”

O superintendente executivo da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir), Sérgio Daher, afirma não existir nada ilegal no dinheiro repassado antes do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) iniciar os atendimentos.
“Na realidade, as despesas pré-operacionais são para colocar a unidade em pleno funcionamento. É uma ação plenamente habitual e legal”, diz.
Sobre os colaboradores e diretores que receberam antes do hospital abrir, Daher afirma que são pessoas que estavam trabalhando no planejamento para a abertura do hospital e no treinamento dos servidores.
Na folha de janeiro de 2015, seis meses antes da inauguração, consta o pagamento para 65 funcionários, com salários que variam de R$ 423 a R$ 29 mil. Dos diretores, os salários variavam entre R$ 19 mil e R$ 29 mil. No total, teriam sido gastos em torno de R$ 362 mil com folha de pagamento naquele mês. Os gastos com servidores entre outubro e dezembro de 2014 não constam no site.

Repasse estava previsto, diz SES

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) afirma que coube à Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir) “dotar a unidade de pessoal, insumos, material e equipamentos para a abertura da unidade, além do recebimento e teste dos equipamentos instalados, cujas despesas foram suportadas pelos repasses do contrato”. Apesar de constar no site da SES-GO que foram pagos R$ 51 milhões neste período, a secretaria contesta e diz que foram “efetivamente” repassados R$ 39,7 milhões e que o valor de R$ 51 milhões se refere a empenhos. Ainda segundo a SES-GO, a Agir fez a prestação de contas de todas as despesas neste período. A secretaria alega que o porte do Hugol exigiu um período de preparação e planejamento para que ele fosse inaugurado “de forma segura e eficiente” e que tudo estava justificado em “diversas cláusulas do contrato de gestão” e foi respeitado o “cronograma de implantação”.
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Goiás perde 6,6 mil doadores de medula óssea

Coleta de amostras foi feita entre 2010 e 2012. Outras 5,9 mil correm risco também de serem perdidas

A falta de estrutura do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia já fez Goiás perder 6,6 mil doadores voluntários de medula óssea. A situação pode piorar ainda mais. Do total de 12,5 mil amostras de sangue coletadas entre 2010 e 2012 na unidade de saúde, 5,9 mil (47%) ainda estão congeladas à espera de exame necessário para identificar os dados genéticos dos doadores que podem influenciar nos transplantes e fazer o cadastro deles no registro do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Há risco de mais amostras se perderem por causa da demora do teste de laboratório.
As 6,6 mil amostras foram descartadas porque parte de seus donos não foi identificada em um novo recadastramento e outra parcela disse que não quer mais ser doadora, de acordo com a assessora técnica do Hospital Santa Casa da Misericórdia de Goiânia, a biomédica Junelle Paganini. Segundo ela, o restante das amostras, coletadas há pelo menos quatro anos, será processado em laboratório, para que depois as pessoas sejam cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
A perda de amostras de sangue, no entanto, deve ser ainda maior. O Inca alerta que elas podem ficar armazenadas por meses, mas, depois de um ano, é provável que percam a viabilidade. Para tentar diminuir o prejuízo, o hospital enviou 70 amostras para fazer um teste inicial no Laboratório de Imunologia de Transplantes de Goiás (HLAGYN), que hoje no Estado realiza o exame, chamado de histocompatibilidade.
A equipe do hospital se esforça para salvar as amostras. “Precisamos saber se está tudo certo ou se vai precisar de recoleta, porque o sangue está guardado desde 2010 e 2012”, acentua a assessora técnica da unidade de saúde. “O sangue está congelado. A gente não pode ficar congelando e descongelando porque pode perder as amostras”, emenda ela.
Impedimento
A hospital realizava os exames porque tinha a intenção de assumir o serviço em Goiás, mas a falta de estrutura impediu a continuidade dos testes. “Esse estudo, como era dentro da Santa Casa, era nosso. Fazia a coleta e a tipificação do sorotipo e do genótipo para doação”, explica o diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, José Alberto Alvarenga, reconhecendo a dificuldade de encontrar doador de medula óssea compatível.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) informa que vai encaminhar o caso para o Ministério Público Federal (MPF) e para a Justiça Federal, para que tomem as devidas providências. No total, 253 pacientes precisaram do transplante desde 2010, 23 deles só este ano, segundo o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). No País, foram 8.504 no período.

Central de transplantes aponta déficits de hospital

O déficit de investimentos financeiros e técnicos do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia contribuíram para que a unidade de saúde parasse de realizar os testes de histocompatibilidade, de acordo com o gerente da Central de Transplantes e Captação de Órgãos de Goiás, Luciano Leão. O problema de falta de estrutura castiga pacientes.
A Santa Casa, conforme explica Leão, começou a montar uma equipe com técnicos de fora do Estado, para fazer a coleta das amostras e o cadastramento junto ao Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). “Como (o exame) exige alto investimento, tanto financeiro quanto técnico, não conseguiram levar adiante. As amostras coletadas ficaram guardadas, conforme a legislação, direitinho, mas não foram cadastradas no Redome”, afirma ele.
O diretor-geral do Hemocentro de Goiás (Hemogo), Mauro Silva, diz que todas as amostras devem ser encaminhadas para o exame para fazer o cadastro no Redome, caso não tenham se perdido por causa da demora. Ele ressalta que o caso da Santa Casa é uma exceção, já que todas as coletas de sangue feitas no Hemogo estão sendo encaminhadas regularmente para o teste de labora tório.
Leão acredita, contudo, que pode haver dificuldade para normalizar a situação. “Vai demandar um tempo”, assevera ele, ressaltando que o Ministério da Saúde fixou limites para os Estados fazer registro de doadores no Redome.
No caso de Goiás, o quantitativo previsto é de 12 mil novos cadastros por ano “A gente não tem como criar quantitativo além, que ultrapasse os 12 mil, porque o ministério não vai custear”, afirma o gerente da central.
Em março de 2015, uma decisão do juiz federal Urbano Leal Berquó Neto, da 8ª Vara Federal de Goiânia, declarou a inconstitucionalidade do teto. Em nota ao POPULAR, o Ministério da Saúde informa que cumpre a decisão judicial que elimina teto de cadastros no Redome para o Estado. Caso os cadastros ultrapassem o limite estabelecido pela portaria 2.132/2013, o excedente será custeado pela pasta do governo federal, diz o texto em email.

Demora do exame em amostras é “gravíssima”, afirma advogada

A demora do exame em amostras de sangue é uma “situação gravíssima”, avalia a presidente da Comissão de Direito Médico, Sanitário e Defesa da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO),
A advogada diz que a instituição deve tomar providências para apurar o caso. “A perda de amostra é uma violação ao direito do doador de dispor do seu próprio corpo gratuitamente em prol do próximo que necessita dessa doação para sobreviver”, afirma ela, ressaltando que a doação de medula óssea tem relação direta com o direito constitucional à vida.
“Percebo violação do principal bem que deve tutelado pelo estado. É uma atitude gravíssima, não somente contra a vítima mas também contra toda a família do enfermo, que o vê perecer numa busca desesperada de doador. A demora do Estado é letal ao paciente vítima de leucemia”, acentua ela.
Chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Hematologia do Hospital Araujo Jorge, o médico César Bariani explica que, na população brasileira, a chance de um paciente encontrar um doador fora da família é torno de 1 milhão de pessoas em média. Ele também lembra que o número de transplante tem aumentado muito no Brasil.
Bariani também pontua que o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) precisa ter apenas uma quantidade de doadores representativa de cada região, por causa da miscigenação, relacionando com número da população de cada área.
“Não adianta ter número expressivo de doadores numa região só. Porque começa a concentrar o HLA nessa região e deixa de abranger alguma modificações que possam existir de acordo com as características genéticas das demais regiões”, comenta Bariani.
O médico ressalta, ainda, que o cadastro nacional é um dos maiores do mundo.
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JORNAL OPÇÃO

Conselho repudia ataque homofóbico de médico em Goiânia

Por Alexandre Parrode

Pneumologista Ricardo Dourado agrediu verbalmente um casal de lésbicas e disse que gays devem ser mortos

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) divulgou nota nesta sexta-feira (17/6) repudiando o ataque homofóbico do pneumologista Ricardo Dourado contra duas lésbicas em Goiânia.
Segundo a instituição, comandada pelo médico Aldair Novato, a medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade: “Seu exercício sem discriminação de nenhuma natureza é um princípio fundamental do Código da Ética Médica.”
Dourado foi flagrado em vídeo, divulgado nas redes sociais das vítimas, chamando homossexuais de “aberrações” e sugerindo que devem ser mortos. “Gay, veado, tem que matar essa desgraça”, esbraveja o médico, que teria sido rejeitado por uma das vítimas e se revoltou.
“O Cremego, que atua na defesa da vida e da saúde da população, rechaça a intolerância e o preconceito que ainda ameaçam a dignidade e a vida humana”, completa o conselho.

Cremego repudia a homofobia e qualquer discriminação

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia qualquer ato homofóbico ou qualquer outra forma de discriminação por etnia, credo, cor, condição socioeconômica ou cultural. O Cremego, que atua na defesa da vida e da saúde da população, rechaça a intolerância e o preconceito que ainda ameaçam a dignidade e a vida humana. A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e seu exercício sem discriminação de nenhuma natureza é um princípio fundamental do Código de Ética Médica.
Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego)

Explicação
Protagonista da polêmica, Ricardo Dourado disse em entrevista ao Jornal Opção que já contratou um advogado que estuda o caso e entrará na justiça contra o casal. “Agressão foi o que ela fez comigo, me expondo nacionalmente com uma coisa ridícula dessas, usando meu nome como médico colocando uma foto da minha família. Eu posso sofrer agressão de homossexuais na rua”.
O caso ganhou repercussão na mídia depois que o Jornal Opção publicou uma matéria com os vídeos publicados por Angélica no Facebook. “Não fui agressivo hora nenhuma, tirando aquela parte que eu falei sem querer”, disse Dourado, se referindo ao momento do vídeo em que diz que “Gay, veado, tem que matar essa desgraça”.
Dourado disse ainda que elas responderão criminalmente por terem mentido. “Elas disseram que eu mexi com elas, que fui agressivo e que estava armado. Não é verdade. O que houve, foi simplesmente uma discussão de ideias, ninguém se exaltou. Só que ela começou a me agredir e falar um monte de besteiras”.
Ricardo Dourado defende que não é nem nunca foi homofóbico, “só não acho certo essa exposição em público”. O médico diz ter se sentido agredido pois “poderia estar com a minha filha menor de idade e isso não é certo. Simplesmente expus o meu posicionamento. Na minha opinião, lugar público não é lugar para ficar se beijando e se pegando”.
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Cirurgia plástica para afinar o rosto está na moda, mas é preciso ter cuidado

A bichectomia entrou no hall dos procedimentos estéticos favoritos dos brasileiros. Mas dermatologista aponta: é uma cirurgia sem volta

Marcos Nunes Carreiro
A moda não está afeita apenas às roupas. Aliás, nunca esteve; seu alvo sempre foi a beleza. Ligar moda àquilo que se veste é algo meio século 19, época em que a beleza de uma mulher era avaliada tendo como parâmetro as roupas que vestia e os calçados e adereços que usava. O motivo: seguindo os ditames da França, os vestidos mal deixavam tornozelos à mostra. Logo, restava ao rosto, cabelo e pescoço fazer o papel de corpo e mostrar — ou não — os indícios de beleza física.
Mas, com o passar dos anos, as coisas mudaram. Como relata a historiadora brasileira Denise Bernuzzi em “História da beleza no Brasil”, em um país favorecido pelo clima, que tem uma população predominantemente jovem e cuja beleza é louvada mundialmente, o culto ao corpo é antigo, pois se atribui ao Brasil a ideia de que, se o país possui uma beleza física natural, o corpo brasileiro também deve ser, por natureza, belo. Todos são? Naturalmente, não.
De acordo com Bernuzzi, o conceito da beleza natural surgiu, efetivamente, nos Estados Unidos da década de 1950, onde se pregava que “o verdadeiro glamour é natural e elegante.” No Brasil, o ideal pregado por Juscelino Kubitschek — o dos “50 anos em 5” — foi o grande responsável por indicar o modo de como eliminar distâncias antes insuperáveis. Isso provocou naquela geração a vontade de alcançar seus objetivos rapidamente e, assim, JK ajudou a estabelecer aquilo que era pregado pelos astros hollywoodianos da época: a liberação corporal, assumindo um “quê” de naturalidade.
O problema foi que, com essa liberação corporal, vieram os padrões. Em meados da década de 1960, as jovens brasileiras começaram a dar adeus ao laquê e, na década seguinte, logo abandonariam os sutiãs de bojo. Nas propagandas de sabonete e xampu, logo começaram a aparecer mulheres de cabelos soltos e molhados, exalando sensualidade e certa nudez. Com a nudez, apareceram as características corporais fora do padrão e, com elas, as críticas.
Isso criou, especialmente no Brasil e nos Estados Unidos, um padrão elevado para a beleza corporal. E como essa beleza não poderia, ao contrário do que se intentava, ser natural, o jeito era arrumar alternativas. O que fazer? A resposta vem dos seguintes dados: desde 2013, o Brasil é primeiro no ranking de cirurgias plásticas no Brasil. Naquele ano, 1,49 milhão de procedimentos foram realizados, número que subiu em 2015, quando a quantidade passou dos 1,5 milhão de cirurgias, embora nem todas sejam feitas em território brasileiro.
Dados da Sociedade In¬ternacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) apontam que o número de procedimento feitos no Brasil vem caindo desde 2014, devido à crise financeira. Em 2014, foram feitas 1,34 milhão de cirurgias — 148 mil a menos do que no ano anterior. O valor leva muitos brasileiros a procurarem procedimentos no exterior, em países como Bolívia. Mas o fato é que, em território nacional ou não, as cirurgias estão sendo feitas e o objetivo é apenas um: a busca pela beleza.
Em outras palavras, a busca pela beleza virou objetivo nacional e as cirurgias plásticas, moda. Como toda moda, há variações de tendências. Lipoaspirações, implante de próteses de silicone, abdominoplastia, rinoplastia (cirurgia no nariz)… Garanto que o leitor já ouviu falar de todas elas — é provável que conheça alguém que tenha feito pelo menos uma. Moda. E a cirurgia da moda atual tem nome engraçado: bichectomia.
O nome vem do objeto da cirurgia, a “bolsa de Bichat”, um tecido gorduroso localizado nas bochechas e que foi batizado em referência ao anatomista e fisiologista francês Marie François Xavier Bichat (1771-1802). A cirurgia consiste em retirar parcial ou totalmente a “bolsa de Bichat” a fim de afinar o rosto, tornando-o mais magro e dando certa protuberância às maçãs faciais.
Vá ao Google Imagens e digite “bichectomia”. O leitor verá dezenas de mulheres famosas que já passaram pelo procedimento e agora desfilam dentro dos padrões estabelecidos de beleza. O caso mais conhecido talvez seja o da atriz Angelina Jolie. Entretanto, como todo procedimento estético, a bichectomia tem lá os seus “contras”.
A dermatologista Juliana Sal¬gado diz que a gordura de Bichat é importante para a proteção de vasos e nervos que passam na região, mas principalmente para a sustentação da pele. “Então”, diz ela, “a remoção dessa gordura dá um aspecto mais encovado na face e faz a porção superior da bochecha fica mais saliente. Tem-se um aspecto de sustentação maior da bochecha pela remoção da parte inferior adjacente.”
Em outras palavras, dá-se a impressão de que a bochecha está mais proeminente. “É um resultado estético interessante em alguns casos, de pessoas que têm um rosto muito arredondado, pois a cirurgia deixa o rosto mais alongado. Agora, vejo com muita cautela a indicação da bichectomia porque, no longo prazo, isso pode determinar um grau maior de flacidez na região adjacente”, relata.
A dermatologista afirma tem pacientes que fizeram o procedimento e que tiveram resultados ruins. “Num primeiro momento, o resultado para pessoas jovens é muito bom, mas no futuro pode não ficar tão bom assim. A bichectomia deixa a pessoa com uma projeção maior da região malar, mas pode apresentar uma piora na flacidez, no sorriso, naquele efeito sanfona da face. Às vezes, conseguimos melhorar com alguns procedimentos e o uso de alguns estimuladores de colágeno, como ácido poli-L-láctico, fios de sustentação, mas é um problema que se arruma para o resto da vida.”
A preocupação de Juliana é, sobretudo, em relação à idade em que as pessoas têm passado pela cirurgia. “Cada vez mais jovens estão aderindo a esta moda. As pessoas que se submetem à cirurgia são muitos jovens e têm uma flacidez de pele muito pequena. Com o passar dos anos, essa flacidez pode piorar, visto que se perde uma estrutura que é de sustentação da face”, afirma.
Contudo, um ponto mais essencial, segundo a dermatologista, é a escolha do profissional que irá realizar o procedimento e do local onde isso ocorrerá. “A pessoa precisa escolher bem o local e o médico que irá fazer a cirurgia”, alerta ela. “Tem que haver um local com assepsia adequada, um local de cirurgia. Existem cirurgiões plásticos que fazem muito bem, dermatologistas com formação em cirurgia dermatológica que também fazem muito bem e existem cirurgiões dentistas que fazem muito bem. Agora, o paciente deve ficar atento. Vemos essa cirurgia sendo feita por pessoas não habilitadas e em locais impróprios.”
O ponto central, para Juliana, é a não banalização da estética, que é importante, mas não pode ser alcançada a qualquer custo. “A estética”, diz, “deve ser vista com muita seriedade, pois complicações graves resultam de procedimentos mal feitos. Desde uma simples toxina botulínica a um preenchimento, que é algo muito comum nos consultórios dermatológicos, as chances de complicações existem e elas devem ser tratadas no tempo hábil e da forma correta. A estética não pode ser feita de qualquer jeito.”
“Se a cirurgia for feita com um médico com experiência e formação na área, os riscos são pequenos”
Eduardo Kanashiro é, com certeza, um dos cirurgiões plásticos mais requisitados atualmente quando o assunto é bichectomia. Ele relata que, quando começou a fazer o procedimento, nunca tinha ouvido falar de alguém que tivesse feito essa cirurgia no Brasil. Agora, opera três ou quatro pacientes por semana.
E, de fato, quase todos os pacientes de Kanashiro vão à procura de sanar sua busca pela beleza, pela estética. Ele diz: “Recebo alguns pacientes que, eventualmente, mordem a bochecha por dentro. Isso acontece com quem tem a ‘bolsa de Bichat’ grande, mas os casos são poucos; a maioria dos pacientes vem por motivos estéticos mesmo”.
O cirurgião, que tem uma clínica em São Paulo e afirma atender muitos pacientes de outros estados, inclusive de Goiás, atendeu à ligação da reportagem e respondeu a todas as questões propostas. “Meu objetivo é esclarecer as dúvidas”, ressaltou.

Existem riscos no procedimento?
Se a cirurgia for feita com um médico que tem experiência, com formação na área, os riscos são pequenos. É claro que existem estruturas próximas, que, se não forem respeitadas ou se o profissional não tiver experiência, podem gerar lesões chatas como a paralisia facial, lesões no ducto da parótida, ou seja, lesões que trazem transtornos para a pessoa.
Uma das grandes críticas à cirurgia é devido ao fato de a região do rosto onde se encontra a “bolsa de Bichat” perder gordura com o passar da idade. Assim, com a retirada da “bolsa”, isso pode se acentuar de maneira precoce. Como o sr. avalia a questão?
Isso é um pouco de mito, porque a “bolsa de Bichat” em si não diminui com a idade ou com a perda de peso. Já tive pacientes, por exemplo, que chegaram a pesar 35 quilos para tentar afinar o rosto, mas que continuaram com o rosto bem redondo. Com o emagrecimento, a situação piorou, porque ficaram magérrimas e o rosto aumentou. Por outro lado, já operei pacientes com mais de 70 anos e que estavam incomodados com a “bolsa” em excesso. O que acontece é que, com a idade, nós vamos perdendo colágeno e a pele vai ficando flácida. Com isso, a “bolsa” também começa a ter uma flacidez e começa a descer. Então, quem tem a “bolsa” aumentada, na juventude se incomoda com o volume da bochecha, e com a idade começa a se incomodar com o volume na região inferior, tipo bochecha de buldogue. Ou seja, o incômodo só muda de lugar.
O que fazer para evitar aborrecimentos com a cirurgia?
O paciente precisa escolher um profissional que conheça a visão estética da face, que saiba indicar e tratar complicações que eventualmente possam ocorrer. É muito comum a indicação de outro procedimento além da bichectomia. Às vezes, o paciente tem um rosto mais redondo, precisa tirar a “bolsa” e tratar a gordurinha que tem abaixo do queixo. Eventualmente, precisa fazer um lifting, caso já tenha alguma flacidez, ou fazer um procedimento para estimular a formação de colágeno. Tudo isso é avaliado e, às vezes, o paciente tem, não só o aumento da “bolsa”, mas também uma hipertrofia do músculo masseter (um dos músculos da mastigação). Às vezes, o paciente tem apenas a hipertrofia. Então, não há uma fórmula e tudo isso é avaliado na consulta, de acordo com cada paciente.
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Paulo do Vale não consegue explicar desvios investigados pela Polícia Federal

Paulo do Vale: investigação do SUS e da Polícia Federal é exclusivamene técnica e nada tem a ver com política | Foto: Divulgação O médicoPaulo do Vale (PMDB), ex-secretário de Saúde de Rio Verde e pré-candidato a prefeito, tenta, sem sucesso, explicar as denúncias que motivaram inquérito da Polícia Federal contra sua clínica.
Em entrevista a rádios locais, Paulo do Vale se mostrou nervoso e irritado. Disse que é vítima de perseguição, mas não conseguiu explicar por que auditoria técnica (e não política) do SUS apontou fraudes em procedimentos cobrados por ele e que não teriam sido executados. Apenas em 2014, segundo a Auditoria Nacional do Ministério da Saúde, os desvios giram em torno de R$ 300 mil. A auditoria motivou inquérito da PF, que corre em segredo de justiça na Delegacia Regional de Jataí.
As novas denúncias se somam a duas condenações sofridas por Paulo do Vale na Justiça de Goiás. Ambas por lesão ao Erário quando ele era secretário de Saúde da Prefeitura de Rio Verde. O Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas dos Municípios também investigam a gestão do peemedebista.
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O HOJE
Centro de Saúde atende 15 mil em sete meses
Unidade da Cidade Jardim foi inaugurada em outubro passado
A cerimônia de inauguração foi em outubro do ano passado e o Centro de Saúde da Família Cidade Jardim Michele Muniz do Carmo já registra 14.976 atendimentos realizados desde sua entrega pelas mãos do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Por mês, são contabilizados mais de 1,8 mil procedimentos feitos.
Localizado no Setor 8 de obras do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama), o CSF Cidade Jardim contém salas para administração, consultórios para atendimento clínico e atendimento odontológico, salas de enfermagem, vacinas, entre outros. Espaço oferece ainda atendimento ambulatorial com clínica médica, pediatria e ginecologia. Tal estrutura foi construída com recurso superior a R$ 1,3 milhão, oriundos do tesouro municipal e por meio do financiamento do Banco Interame-ricano de Desenvolvimento (BID) e mais de R$ 400 mil para a aquisição dos equipamentos e mobiliário, através de recursos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A unidade é de atenção básica, mas conta hoje com um
médico neurologista, um benefício a mais que é oferecido ao cidadão, informa a diretora do Centro de Saúde, Alice Ribeiro Rocha Araújo."Nós aqui ainda temos dois médicos clínico geral, dois ginecologistas e duas pediatras", enumera a diretora, citando ainda que os profissionais são distribuídos em turnos matutino e vespertino, fato que reforça o atendimento em horário integral para todos. "Há um médico, para cada área de atuação, que trabalha pela manhã e outro à tarde. Não existindo, então, horário restrito a um período do dia para quaisquer dos nossos atendimentos. Esse é o nosso diferencial", destaca a gestora.
O agendamento no Centro
de Saúde é realizado por meio da Central de Atendimento ao Cidadão Teleconsulta de Goiânia. Ferramenta funciona todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, das 7h às 19h, pelo telefone 0800-6461560. "O melhor horário para ligar é por volta das 7h, período menos congestionado. O usuário deve solicitar para que a consulta ocorra nesta unidade, formalizando assim o início desse atendimento". A consulta, segundo Alice Ribeiro, é marcada para acontecer em aproximadamente 15 dias.
Moradora do Setor Rodoviário, Aleciane Espíndola Medeiros diz que sempre procura atendimento no Centro de Saúde Cidade Jardim e elogia a
prestação de serviço disponibilizado pela unidade. "Estou aqui, hoje, para vacinar meu filho Miguel (de dez meses). As enfermeiras são muito cuidadosas e amorosas para realizar esse procedimento e isso é muito importante para uma mãe, que quer ver seu filho bem assistido", destaca Aleciane.
Puama
O complexo do obras do Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama), do qual o Centro de Saúde da Família Cidade Jardim faz parte, é uma prova de que a Prefeitura de Goiânia investe na melhoria da infraestrutura dos bairros abrangidos pelo projeto. (Da redação com Secom)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação