ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
• Médicos dizem que não recebem há 3 meses e entram em greve, em Goiatuba, em Goiás
• Pílula do câncer começa a ser testada em humanos
• Vacina contra dengue só na rede particular
• Eliminação do sarampo no Brasil tem reconhecimento internacional
• Vacina contra a dengue deve chegar em 15 dias
• Davi volta mais forte para luta
• Hospitais recusam atender pacientes com plano de saúde do Imas
• Em um mês de atividades, Credeq já atende com capacidade máxima
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Médicos dizem que não recebem há 3 meses e entram em greve, em Goiatuba, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/medicos-dizem-que-nao-recebem-ha-3-meses-e-entram-em-greve-em-goiatuba-em-goias/5191740/
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TV SERRA DOURADA
Pílula do câncer começa a ser testada em humanos
https://www.youtube.com/watch?v=ju60n1kG0RA
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O HOJE
Vacina contra dengue só na rede particular
Anvisa definiu o preço a ser pago ao laboratório produtor da vacina: R$ 132,76 por dose
DEIVID SOUZA MARDEM COSTA JR
O Ministério da Saúde (MS) não pretende, pelo menos por enquanto, incluir no Calendário Nacional de Vacinação a proteção contra a dengue, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A pasta afirma que ainda estuda o custo-efetividade para decidir sobre a inclusão. A agência divulgou na segundafeira (25), o preço autorizado para a comercialização da fórmula por parte do produtor, o laboratório Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
O valor vai ficar entre R$ 132,76 e R$ 138,53 no País, a variação está relacionada à diferença de impostos estaduais.
Em Goiás, o valor será o mais baixo. Este preço e a proteção – na casa dos 66% – pesam na decisão do MS. Para fazer um comparativo, a proteção contra a H1N1 custa aproximadamente R$ 14.
O valor para o consumidor será maior. O preço divulgado é o que o laboratório vai receber das distribuidoras e clínicas que comprarão a proteção.
O tratamento com a vacina inclui três doses, com seis meses de intervalo entre elas. Representantes de clínicas de vacinação de Goiânia, ouvidos por O HOJE acreditam que após 15 dias a vacina, cujo nome comercial é Dengvaxia®, estará disponível por aqui.
O diretor de Recursos e Serviços Próprios da Unimed Goiânia, José Garcia, afirmou que a empresa tem interesse na vacina. O diretor da Clínica Especializada em Doenças Infecciosas e Imunizações, João Guimarães, também deve oferecer o produto aos clientes.
"Vamos adquirir a primeira dose. Nós vamos comprar do laboratório e também das distribuidoras", disse.
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás esclareceu que a imunização é uma política coordenada pelo MS, portanto, não deve adquirir a fórmula.
A Secretaria de Saúde do Paraná já adquiriu, doses do Sanofi e fará uma campanha contra a dengue.
O fabricante afirma que o produto protege pessoas com idade entre 9 e 45 anos de idade. Ainda de acordo com a empresa francesa, nas Filipinas foi iniciada no início de abril uma campanha de imunização para atender um milhão de crianças. Além das Filipinas, Brasil, México e El Salvador já têm registro da vacina.
A fabricante afirma que em estudos realizados com participantes a partir de 9 anos de idade ou mais, o impacto previsto da vacina sobre a carga da doença evita oito entre dez hospitalizações e até 93% dos casos de dengue grave, inclusive de dengue hemorrágica.
Combate ao mosquito é a melhor proteção, diz especialista
Apesar do nível de proteção de 66%, abaixo de outras iniciativas do gênero, o médico infectologista Boaventura Braz acredita que a vacina chegou em boa hora. Ele salienta a eficiência da iniciativa, cujos testes feitos com pessoas de 9 a 45 anos, apontaram redução de 81% nas internações e 95% no índice de morte dos pacientes internados, "Ela, sem dúvida, será mais uma das ferramentas na soma de esforços contra a dengue, mas a proteção ainda é a melhor forma de combate", diz.
Mesmo reconhecendo sua importância, Braz considera que o custo da dose é proibitivo "Enquanto a vacina não disponibilizada pelo governo, boa parte da população continuará desprotegida, dependendo das ações de prevenção feitas pela população e Poder Público".
O MS cogitou em abril deste ano, fazer um teste com 500 mil doses da vacina do Sanofi em Goiânia. O objetivo seria justamente aproveitar as condições epidemiológicas da capital para descobrir a efetividade da Dengvaxia® na população.
No entanto, não há definição da pasta a respeito.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que está avaliando o custo-benefício do uso da vacina.
A pasta avalia erradicação de focos do Aedes aegypti é o método mais eficaz para prevenção da dengue, e também de outras doenças transmitidas pelo mosquito, como zika e chikungunya.
Butantan O Brasil tem uma vacina em fase de testes produzida pelo instituto Butantan. Ela poderá proteger as pessoas com apenas uma dose e a previsão é que a eficácia seja superior às demais.
Este ano a dengue afetou 138.677 casos até a Semana Epidemiológica 28, encerrada em 16 de julho. No período, cinco mortes foram confirmadas tendo como causa a doença. Outros 97 óbitos ainda são investigados em Goiás.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Eliminação do sarampo no Brasil tem reconhecimento internacional
Até o final de 2016 o Brasil receberá, da OMS, o certificado de eliminação do sarampo – e com isso ficará reconhecido o fim da transmissão da doença em todo o continente americano
O sarampo está eliminado no Brasil. O anúncio foi feito durante visita ao Brasil da presidente da Comissão Nacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), Merceline Dahl-Regis: o último caso relatado no país foi no Ceará, em julho de 2015. A expectativa agora é que, até o final de 2016, o Brasil receba o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – e com isso ficará reconhecida a eliminação da transmissão da doença em todo o continente americano, que será a primeira região do mundo onde isso acontece. O mesmo ocorreu, em 2015, com a rubéola e a síndrome da rubéola congênita.
Dahl-Regis elogiou o trabalho integrado e exitoso do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Ceará, parabenizando todo o processo de vigilância epidemiológica realizado durante a situação. “O Ministério da Saúde, junto com a Secretaria Estadual e municipais de Saúde no Ceará, buscaram sempre agir de forma oportuna para enfrentar e garantir a interrupção da cadeia de transmissão do sarampo. Isso demonstra a eficiência do trabalho integrado feito pelo monitoramento e a vigilância dentro do Sistema Único de Saúde do Brasil”, explicou o secretário Executivo, Antonio Nardi, durante evento na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília, onde foram discutidos também os progressos realizados no sentido de garantir a sustentabilidade da interrupção da transmissão do vírus no sarampo.
Histórico – No Brasil, o Sarampo é uma doença de notificação compulsória desde 1968. Desde 1999, a vigilância do sarampo é integrada à vigilância da rubéola, tornando oportuna a detecção de casos e surtos e a efetivação das medidas de controle adequadas.
Desde a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo, em 2000, a doença apresentou baixa morbimortalidade. No ano 2000 foram confirmados os últimos surtos autóctones nos estados do AC e MS. A partir de 2001 ocorreram casos importados, mas sem grande magnitude e controlados pelas ações de prevenção e controle.
Também foi realizada Campanha de Seguimento contra o Sarampo em todos os municípios brasileiros no período de 08 a 28 de Novembro de 2014. Com as medidas adotadas foi constatada a interrupção da circulação do vírus do sarampo no Brasil. A partir desse cenário, particularmente nos estados de PE e CE – onde ocorreram surtos em 2013, 2014 e 2015 – foi elaborado, em 2014 o Plano de Contingência Para Resposta às Emergências em Saúde Pública para o Sarampo. Em 2015, considerando o cenário da disseminação do Zika vírus país, foi elaborado o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia – Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional. Atualizado de acordo com as necessidades e o cenário epidemiológico.
Apesar dos grandes avanços obtidos no mundo, os surtos continuam ocorrendo mesmo em países que apresentam alta cobertura vacinal, o que requer que sejam mantidas as estratégias estabelecidas no Plano de Sustentabilidade da Eliminação do Sarampo, Rubéola e SRC e manutenção da Comissão Nacional de Especialistas do Sarampo.
Mesmo após a interrupção dessa transmissão, é importante a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da doença, com o objetivo de detectar oportunamente todo caso de sarampo importado, bem como adotar todas as medidas de controle ao caso.
O Programa Nacional de Imunizações estabelece a meta de 95% da cobertura vacinal de forma homogênea em todas as localidades no município. Para avaliar e monitorar essa cobertura local, o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC) deve ser realizado de forma sistemática, com articulação entre as equipes de vigilância epidemiológica, laboratorial e imunizações, Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e da Estratégia de Saúde da Família (ESF).
Os últimos casos autóctones de sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, todos os casos confirmados no País eram importados ou relacionados à importação.
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O POPULAR
Vacina contra a dengue deve chegar em 15 dias
Clínicas particulares consultadas pelo POPULAR confirmam negociação, mas apenas uma informa prazo para chegada das primeiras doses. Rede pública não tem previsão
Laboratório que produziu vacina contra dengue: 20 anos de pesquisas
Géssica Veloso
Primeira vacina contra a dengue disponível no Brasil, a Dengvaxia deverá chegar às clínicas particulares de Goiás nas próximas semanas. Ainda não há se a rede pública oferecerá o produto. Apesar de a vacina não garantir 100% de imunidade, especialistas avaliam a produção da Dengvaxia como positivo.
A vacina foi aprovada em dezembro de 2015 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e possui 66% de eficácia no combate à dengue, de acordo com o laboratório Sanofi Pasteur. Ainda segundo a companhia, 40 mil pessoas em 15 países se envolveram na pesquisa, que demorou 20 anos e resultou em 25 estudos.
No Brasil, cerca de 3.500 pessoas de 5 cidades participaram dos testes. Em Goiás, revela a pesquisadora Maria Selma Neves, 600 pessoas com idade entre 9 a 16 anos foram testadas.
O Sanofi Pasteur informa que cerca de um milhão de doses serão distribuídas em todo o País a partir da próxima semana. O POPULAR entrou em contato com seis clínicas particulares da capital ontem. Os estabelecimentos informaram que estão em processo de aquisição do produto. Diretor de recursos e serviços próprios da Unimed Goiânia, José Garcia diz que vai fornecer a vacina, mas não sabe quando ela estará disponível e nem o custo.
Já a Clínica Ymune informou que em 15 dias as vacinas estarão disponíveis na unidade. O valor não foi informado.
Na rede pública de saúde, não há previsão de quando as vacinas serão adquiridas. O Ministério da Saúde ressalta que ainda não existe data marcada para distribuição da vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) porque o produto está em fase de avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Segundo o MS, Estados têm autonomia para decidir sobre a questão.
Em Goiás, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou por meio de nota enviada à reportagem que está avaliando o custo-benefício e as comprovações de segurança do uso da Dengvaxia.
Valor e faixa etária podem restringir acesso ao benefício
Para o infectologista Boaventura Braz de Queiroz, apesar de a vacina não ter um padrão de proteção ótimo, acima de 90%, ela vai ajudar no combate à dengue. “É um grande benefício. Vai vir para somar”, avalia. Segundo ele, porém, o valor da dose e a faixa etária indicada para a vacinação podem limitar o público que poderá ser imunizado. “Infelizmente não vai permitir que qualquer pessoa tenha acesso. As pessoas com idade acima dos 45 anos têm um risco aumentado de desenvolver a doença”, diz ele. Para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), “o método mais eficaz para prevenção da dengue é a erradicação de focos do Aedes aegypti”, já que o inseto também transmite zika e chikungunya. A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde informou que aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde. O governo do Paraná já anunciou que fará uma campanha de vacinação contra a dengue.
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Davi volta mais forte para luta
Criança com síndrome rara e grave crise de desnutrição consegue aumentar peso de 5,3 para 7 quilos em 3 meses internado em São Paulo. Agora, precisa chegar aos 15 quilos
Sarah Teófilo
Após quase três meses de tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Davi Lima de Souza, de 2 anos e 11 meses, voltou para casa, em Goiânia. Portador da Síndrome de Imunodeficiência Combinada Grave (SCID), uma rara doença que diminui drasticamente a quantidade de linfócitos – células de defesa do corpo, Davi precisava tratar com urgência de uma grave desnutrição que o atingiu após a cirurgia de medula do final do ano passado. Deixou a capital goiana pesando 5,3 quilos. Atualmente está com 7 e a meta é chegar aos 15.
Agora em Goiânia, Davi fará acompanhamento com o médico César Bariani, que fez o transplante. A criança já tem uma consulta marcada para 3 de agosto. No Albert Einstein, além da síndrome, a criança tratou principalmente do problema estomacal desenvolvido em razão da síndrome, que o fazia evacuar até 12 vezes por dia.
Para conseguir o tratamento no hospital – referência neste tipo de terapia no Brasil, a família de Davi recorreu às redes sociais, mobilizando milhares de internautas. A vaga no Albert Einstein foi conseguida após intermediação do governador Marconi Perillo (PSDB), em maio.
Davi está hospedado na casa da avó, pois a de seus pais está imprópria para uma criança com saúde fragilizada. Ele ainda recebe alimentação por sonda no estômago. São 7 tipos de leite e 12 medicamentos diários.
Os vômitos e febres cessaram, relata a mãe, Aline Siqueira. Ela explicou que ainda não procurou um gastroenterologista para fazer o acompanhamento.
De acordo com Bariani, normalmente os medicamentos são tomados por 180 dias após o transplante, mas se há alguma evidência de rejeição a previsão de retirada é suspensa. O médico esperava receber um relatório sobre a saúde de Davi, como ficou combinado com a instituição de São Paulo. Aline, no entanto, diz que não recebeu documento algum, mas que o hospital informou que enviaria um e-mail para César Bariani com as informações necessárias à sequência do tratamento.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Albert Einstein, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Sem emprego, busca por renda
Com a vida voltada para cuidar de Davi, a mãe, Aline Siqueira, está sem renda. O pai da criança, João Tomas Neto, está desempregado desde maio. A família sobrevive de doações de alimentos e roupas.
As contas, no entanto, estão todas atrasadas. A mãe, o marido e os três filhos vivem na casa da mãe de Aline. Isso porque a casa da família, no Setor Água Branca, está cheia de mofo e imprópria para Davi. Além disso, a propriedade deve ser desocupada até o fim do ano, por ser área de preservação permanente.
3 perguntas para Aline Siqueira
Mãe de Davi, Aline Siqueira está feliz por estar de volta em casa e continua empenhada no tratamento do filho.
Quando a senhora foi informada que Davi teria alta?
Havia uma previsão, mas saúde oscila muito, né? Foi de última hora mesmo. Agora o Davi está bem, está em casa, no ambiente familiar. Mas o tratamento feito por mim é 24 horas por dia. Ele continua com sonda gástrica, precisa de medicamento e leite. É difícil, mas eu consigo cuidar dele. Ainda preciso correr atrás de um gastroenterologista para fazer acompanhamento.
Como a família está fazendo em relação à renda?
Meu marido estava comigo no hospital em São Paulo, ajudando a cuidar do Davi. Agora, eu e ele estamos desempregados. Tenho de continuar com meu filho.
Davi não conhecia o irmão mais novo, de 7 meses. Como foi o encontro?
Lindo. Acho que ele pensou que o Isac era um boneco. Ficou olhando para o nariz, a boca, observando tudo. Eu também estava sem ver o Isac e o João Gabriel [outro filho, de 10 anos] desde quando saí. Agora, graças a Deus, estamos juntos.
Saiba mais sobre a vacina contra dengue
A vacina é feita de quê?
É produzida com vírus vivo atenuado. Possui em sua estrutura o vírus vacinal da febre amarela.
Qual será o custo?
A vacina vai custar de R$ 132,76 a R$ 138,53, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As clínicas particulares devem acrescentar a este valor o custo pela aplicação.
Qual é a eficácia?
Pesquisas indicam uma eficácia global de aproximadamente 66%, ou seja, a cada três casos da doença, dois serão prevenidos.
O que a vacina combate?
Pode ajudar a proteger contra os 4 sorotipos existentes da dengue (tipos 1, 2, 3 e 4).
Quem pode ser vacinado?
Pacientes com idade entre 9 e 45 anos. A imunização completa é feita em 3 doses, com intervalo de seis meses entre elas.
É necessário tomar as 3 doses?
A partir da primeira dose, a pessoa já está protegida, mas é fundamental receber todas as 3 para garantir que a imunização seja duradoura e equilibrada.
Após ser vacinado, é possível desenvolver sintomas?
Não. A vacina contém os 4 sorotipos da dengue enfraquecidos. Os vírus presentes no produto são suficientes para que o corpo produza a proteção – anticorpos – mas não para causar a doença.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Hospitais recusam atender pacientes com plano de saúde do Imas
https://impresso.dm.com.br/edicao/20160727/pagina/4
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Em um mês de atividades, Credeq já atende com capacidade máxima
Nessa primeira etapa, são atendidos, homens, com idade entre 26 e 51 anos
O Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq) Jamil Issy, em Aparecida de Goiânia, inaugurado há um mês, já preencheu toda capacidade permitida de pacientes, nessa primeira etapa de abertura. A unidade está com 25 pacientes homens, entre 26 e 51 anos, em internação nas unidades terapêuticas residenciais, acompanhados pela equipe multiprofissional. Estão previstas novas internações nessa semana.
O Credeq conta com uma equipe de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, profissional de educação física e musicoterapeuta. O tratamento na unidade vai além dos cuidados médicos e de enfermagem. Toda equipe multiprofissional faz um trabalho terapêutico, visando atender as necessidades particulares de cada pessoa. Além de abordar as necessidades individuais, são desenvolvidas atividades de “treinamento de habilidades”, “prevenção de recaída”, atividades para a reabilitação, estimulação cognitiva e autoconhecimento, atividades de reinserção social, atendimentos familiares e atividades esportivas (caminhadas, corridas, futebol, jogos de tabuleiro, natação, entre outras).
O paciente S.S., de 30 anos, que não quer ser identificado, é da região Leste Universitário de Goiânia e chegou ao Credeq há quase duas semanas, debilitado pelo vício em álcool e outras drogas. “Eu cheguei aqui por meio do Caps. Estava magro, havia passado noites sem dormir, bebendo e consumindo droga. Quando tomei a decisão de vir para internação, queria ser ajudado. Felizmente, estou sendo tratado muito bem, por excelentes profissionais e me sinto melhor a cada dia”, relata.
Este é o primeiro tratamento de dependência química de S.S. O paciente abriu mão de seus pertences e de sua residência alugada, em busca de recuperação. O convívio com os outros colegas de internação tem ajudado nessa evolução do tratamento, já que o ambiente propicia a união e o companheirismo. “Quando a pessoa está no mundo das drogas, esquece até de si mesma, que tem outras pessoas que querem o bem dela e se sente em um mundo obscuro. Aqui, estou reaprendendo a viver, como se estivesse nascendo de novo. Esse ambiente faz com que eu não tenha vontade de usar mais drogas”, diz.
Quando finalizar o tratamento, S.S. já sabe o que quer fazer. “Pretendo recomeçar, arrumar um emprego e realizar todos os objetivos que tinha antes das drogas”, afirma.
Para o psicólogo e supervisor multiprofissional do Credeq, Marcus Klein, embora os pacientes tenham demonstrado satisfação com a unidade, o momento é de manter a excelência. “Antes da inauguração do Credeq, planejamos a atuação de nossos serviços e neste primeiro mês isso aconteceu de maneira positiva. Agora é o momento de avaliações e o que precisamos melhorar no plano terapêutico aos pacientes, aumentar a qualidade das atividades e organizar mais as ações internas”, pontua o supervisor.
Próxima etapa
Em outubro deste ano, deverá ser liberada mais uma Unidade Terapêutica Residencial do Credeq, com 12 vagas, e um ambulatório adulto. Esse ambulatório atenderá pacientes que não necessitam de internação, e sim de acompanhamento e consulta com psicólogos, psiquiatras, clínico geral, assistente social e terapeuta ocupacional. Esta nova ala do Credeq terá capacidade para realizar 1.050 consultas por mês.
Pioneiro no País, o Credeq visa o atendimento gratuito às vítimas do consumo de álcool, do crack e de outras drogas. Ao todo, a unidade oferecerá 96 vagas para pacientes graves e de maior complexidade, com possibilidade de internação, de até 90 dias, e retorno para mais tempo conforme avaliação médica. O público-alvo será de crianças, com até 12 anos incompletos, adolescentes e adultos. Todos serão admitidos na unidade, voluntariamente.
Os critérios de inclusão para internação na unidade são o encaminhamento por equipes da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de todo o Estado (e por Unidades Básicas de Saúde, onde não existem Caps), comprometimento biopsicossocial do paciente e avaliação feita por uma equipe multiprofissional do Credeq.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação