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DESTAQUES
Projeto prevê prazo para espera de consultas e cirurgias pelo SUS
Governo destina R$ 148 milhões em convênio com os municípios
Cotidiano especial
Artigo – Sinais do câncer de mama
"Luiz Rassi foi modelo de caráter e dedicação à medicina", diz Marconi
Hospital das Clínicas recebe R$ 2 milhões do SUS para reforço de caixa
Liquidação do SUS
Medicina privada – Efeito penal
PORTAL G1/ GOIÁS
Projeto prevê prazo para espera de consultas e cirurgias pelo SUS
Objetivo é garantir melhor atendimento e uso de verba pública em Goiânia.
Em alguns casos, pacientes precisam refazer exames devido à longa espera.
Vitor SantanaDo G1 GO
Um projeto de lei apresentado na Câmara Municipal de Goiânia prevê prazos máximos de espera para que pacientes que precisam de exames, consultas e cirurgias eletivas sejam atendidos na rede pública de saúde de Goiânia. O objetivo é garantir melhorias no atendimento, o direito de acesso à saúde e também um melhor uso dos recursos públicos.
O projeto, de autoria do vereador Elias Vaz (PSB), foi aprovado na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) e agora segue para votação na Câmara dos Vereadores. De acordo com o projeto, o tempo de espera para exames não deve ultrapassar 15 dias; para consultas, 30 dias; e para cirurgias eletivas, 60 dias.
Esse tempo seria reduzido pela metade para crianças até 12 anos e pacientes com doenças graves. Já no caso de deficientes e grávidas, o tempo de espera por consultas seria de 3 dias úteis em casos que não precisem de internação imediata. As exceções para esses prazos são aqueles que estão internados em UTI e casos de urgência e emergência, que continuam recebendo atendimento imediato.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde para que ela comentasse o projeto do vereador, mas não obteve resposta até a publicação dessa reportagem.
“Não basta a Constituição falar que todos têm direito à saúde, se a pessoa vai até uma unidade de saúde e não sabe quando conseguirá ter o problema resolvido. Para tudo é preciso ter uma meta e uma referência de tempo”, disse Elias Vaz.
Segundo o vereador, o atual sistema, sem prazos definidos para atendimento, além de "desumano", pode agravar a situação das doenças e problemas do paciente. “Em muitos casos, os pacientes fazem os exames pré-operatório, mas como a cirurgia demora, os resultados já não servem mais, tem que marcar novos exames, eles demoram e o paciente perde a data da cirurgia”, destacou o parlamentar.
Com esses problemas, existe um gasto maior de dinheiro público segundo o autor do projeto. Tratando os casos no início, é mais fácil ter a cura de maneira mais rápida e simples. Se o problema se agrava com a longa demora, o município precisa gastar mais para tratar o paciente. Além disso, quando exames perdem o prazo e é necessário fazer outros, é mais gasto para o poder público.
“Acompanhei o caso de uma criança que precisava de uma cirurgia no coração dentro de um prazo específico para corrigir um problema. Ela não conseguiu dentro do prazo e agora vai conviver com o problema, tomando medicamentos de alto custo para o resto da vida. É sofrimento para ela e também um alto gasto para o município”, concluiu.
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O HOJE
Governo destina R$ 148 milhões em convênio com os municípios
Recursos liberados pelo Tesouro serão empregados na realização de procedimentos básicos para a população
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, começa a repassar R$ 148 milhões aos municípios, em convênios. Os recursos foram liberados pelo Tesouro Estadual, garantindo a quitação dos valores necessários para o desenvolvimento de assistência plena e para a realização de procedimentos básicos e imprescindíveis de saúde para o cidadão pelas prefeituras.
Em outubro, o governador Marconi Perillo (PSDB) havia anunciado a quitação dos contratos, agora em fase de cumprimento. "É parte de nosso compromisso na promoção da saúde dos goianos, complementando os grandes investimentos que fizemos na modernização da gestão dos hospitais estaduais, com a gestão compartilhada de Organizações Sociais (OSs) e com a construção de complexos como o Hugol (Hospital de Urgências da Região Noroeste Governador Otávio Lage) e do Credeq (Centro de Excelência e Referência em Dependência Química) de Aparecida de Goiânia , disse.
De acordo com o governo, parte desses recursos são oriundos da regularização de ativos no exterior por meio da chamada Lei da Repatriação. O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, frisa que o direcionamento e a priorização do aporte mostra a sensibilidade do governador em proporcionar condições para o atendimento qualificado a um grande contingente de pessoas.
O valor relativo à contrapartida estadual deve ser utilizado pelos municípios para o pleno funcionamento dos programas Estratégia de Saúde da Família, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Assistência Farmacêutica, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Complexo Regulador.
O fato é histórico porque, há várias gestões, em função do contingenciamento de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), a contrapartida era repassada com bastante atraso aos municípios, afirmou o secretário da Saúde. Os recursos vão beneficiar a população que mora no interior goiano e que necessita cada vez mais de uma assistência à saúde universal e integral", enfatiza Leonardo Vilela.
O secretário Leonardo Vilela ressalta que essa visão municipalista do governo estadual, com apoio importante da secretária da Fazenda Ana Carla Abraão, chega em boa hora para os municípios goianos – com as ações de combate ao Aedes e a transição de gestão das prefeituras.
"Desde que a definição tripartite do financiamento do SUS existe (com 50% de participação da União, 25% estados e 25% municípios), esse repasse sempre foi recebido com atraso, disse Leonardo Vilela. Fui secretário municipal de saúde de Mineiros em 1997 e sei como é importante o fechamento das contas ao final de uma gestão", afirmou o secretário.
Celg
Depois de vários adiamentos, o leilão da Celg está conformado para o dia 30 deste mês. na sexta-feira passada, o governador Marconi Perillo recebeu os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone, Reive Barros e José Jurhosa, e o vice-presidente da Celg Distribuição, Elie Chidiac, para discutir o assunto.
O governador disse que o contrato deve estabelecer regras claras e rígidas para os investimentos na ampliação da distribuição de energia, com foco na rápida melhoria do serviço prestado à população de Goiás. Os diretores da Aneel e da Celg Par acataram as determinações de Marconi, que lembrou que a melhoria da qualidade da distribuição de energia também é a maior preocupação da Eletrobras.
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O POPULAR
Cotidiano especial
Jeferson Marlon é pai do Enzo, que nasceu com microcefalia. Após cesariana, a mãe da criança, Eliane Maria, teve infarto enquanto amamentava. Pai enfrenta árdua rotina
Depois de três anos de relacionamento, a cuidadora de idosos Eliane Maria da Silva, de 35 anos, e o comerciário graduado em Logística Jeferson Marlon Alves Leal. de 31, decidiram se casar e ter um filho. A gravidez foi planejada e comemorada quando aconteceu, mas Eliane pegou dengue, zika e toxoplasmose nos primeiros meses de gestação. "Ela se sentia doente o tempo todo. Os exames, todos feitos em clínicas particulares, não apontavam nada, mas a gente sabia que algo eslava errado, que n ão era normal ", conta a irmã Maria José Gonçalves da Silva, auxiliar de departamento pessoal. Ela tinha razão. Quando Eliane entrou no oitavo mês, uma cesariana de emergência teve de ser feita por causa de um a crise de hipertensão.
Todos levaram um choque quando souberam que o pequeno Enzo havia nascido com microcefalia e malformação nas pernas, pês e mãos. Nenhum exame feito ao longo da gravidez havia diagnosticado as alterações. "Soubemos logo depois do parlo. Quando entrei no quarto a minha esposa estava chorando muito", diz Jeferson.
Quando Enzo linha 55 dias, durante a realização de exames no Hospital Materno Infantil (H-MT), Jeferson ficou viúvo. Enzo tomava soro no colo da mãe em uma sala do hospital quando Eliane sofreu um infarto fulminante. "Meu filho foi escorregando lentamente do colo dela até o chão. Todo mundo correu para socorrer minha esposa, mas ela não resistiu".
Maria José acredita que a irmã, que nunca havia lido problemas cardíacos, foi afetada de alguma forma pelo diagnóstico tardio de dengue, zika e toxoplasmose. Souberam disso somente após o nascimento de Enzo, quando a família foi levada ao Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e ela passou por uma bateria de exames.
A morte precoce da esposa parece não ter sido absorvida por Jeferson. Em uma casa simples e acolhedora do Jardim Seala, em Trindade, ele passa dia e noite com o filho no colo. Por causa da microcefalia e da atrofia nas pernas, pés e mãos, o menino é nervoso e chora muito. Jeferson dorme pouco e teve de abandonar o trabalho em uma rede de supermercados. Vive com a pensão deixava pela esposa. "Não tive tempo de sofrer a morte dela. Tenho de cuidar do meu filho. Somos só nós dois."
Ele conta com a ajuda da cunhada Maria José. Desde a morte da irmã, busca o sobrinho para passar os finais de semana com ela. A auxiliar de departamento pessoal diz que o cunhado precisa de ajuda e de descanso. Se diz emocionada com a dedicação dele ao filho especial.
Para Jeferson, o "Negão", como chama a Enzo carinhosamente, é um presente de Deus. "Ele precisa de mim e eu dele. No Crer, a psicóloga me explicou que o que ele tem é para o resto da vida e que eu tenho de entender a doença. Não posso reclamar. Tenho é de comemorar o que tenho". Diz que comemora cada progresso que Enzo tem.
Além da ajuda da cunhada, Jeferson conseguiu contratar a técnica em enfermagem Arlinda Campeio de Miranda para ajudar a cuidar do filho que tem necessidades especiais. Ela é vizinha dele e largou o emprego em um posto de saúde do bairro para olhar a criança durante o dia. "Só consigo dormir quando ela chega de manhã", afirma.
Numa visita de rotina aos vizinhos. Em julho, Arlinda notou que Eliane estava desconfortável. Ao aferir a pressão da amiga. Recomendou que Jeferson a levasse para o Hospital 24 Horas, em Trindade. A pressão estava muito alta. De lá, lembra o marido, os médicos a mandaram de ambulância para o HMI, onde horas depois foi feita a cesariana.
Três perguntas para Jeferson Marlon Alves Leal
Jeferson ficou viúvo e cria sozinho o filho com microcefalia
1- Como você soube que seu filho tinha microcefalia e atrofia das pernas, pés e mãos?
Soubemos somente depois do parto de emergência nem os médicos tinham diagnosticado. Na hora foi um choque. Entrei no quarto e vi minha esposa chorando muito. Foi uma gravidez planejada sonhada. Estava tudo certo. A gente esperava que ele viesse com saúde, mas chegou especial.
2- Você estava com a sua esposa quando ela morreu?
A gente tinha levado o Enzo para fazer uns exames. Ele estava desidratado e então fomos direto no Materno Infantil. Saí da sala onde tomava soro para comprar alguma coisa lá fora e só vi uma correria de gente entrando e saindo da sala. Corri lá e achei o Enzo em um bercinho sozinho. Eles tinham levado a Eliane lá para dentro. Estavam tentando socorrer ela, depois do ocorrido. Não vi quando ela passou mal, mas eles me disseram que o infarto foi fulminante, que não tinha o que fazer. O meu filho, o Enzo, estava no colo dela no momento. Disseram que ele foi escorregando lentamente do colo dela até o chão.
3- Como está lidando com isso?
Ainda não tive como chorar pela morte da minha esposa. Ficamos meu filho e eu e tenho de cuidar dele. A prioridade é ele. Não tenho nem como definir o amor que tenho por ele. Ele sabe disso, acredito. Sei que ele sente e para ficar o maior tempo cuidando das necessidades dele eu larguei tudo. Larguei meu emprego por enquanto. As coisas ficaram mais apertadas, mas sei que vai valer a pena. Eu preciso cuidar dele. Volto a trabalhar quando ele não depender tanto assim de mim.
Diagnóstico é ampliado
O Ministério da Saúde ampliou o diagnóstico e cuidado das gestantes e bebês para identificar alterações neurológicas durante a gestão. Isso, um ano depois da declaração de emergência de saúde por causa da microcefalia. Desde então, é recomendado às grávidas duas ultrassonografias no pré-natal, além do acompanhamento das crianças até completarem os três anos de idade. A partir da medida, a microcefalia deixa de ser o único critério para diagnóstico das alterações decorrentes do Zika. Os bebês de mães infectadas pelo vírus Zika durante a gestação são observados até os três anos. São feitas medições da cabeça, critério para notificação de microcefalia, e outras malformações decorrentes do vírus são investigadas. Em outra frente, o cuidado com as gestantes será ampliado. O Ministério também recomenda uma segunda ultrassonografia no pré-natal, com o objetivo de identificar alterações neurológicas. Desse modo, o exame deve ser realizado no primeiro trimestre, como previsto, e repetido por volta do sétimo mês. Para o atendimento, os repasses do governo federal serão de R$ 52,6 milhões, anualmente. Além da microcefalia, foram identificadas outras malformações, informa por meio de assessoria o Ministério.
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Artigo – Sinais do câncer de mama
Paula Azevedo Costa
Médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
"O câncer de mama também possui sinais dermatológicos visíveis"
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, onde responde por 25% dos novos casos a cada ano, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Só no Brasil, com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), serão 57.960 novos casos de câncer de mama em 2016. A boa notícia é que a maioria das mulheres já sabe que o autoexame é a maior arma para o diagnóstico precoce e, em 66,2% dos casos, é ela mesma quem detecta os primeiros sinais da doença.
Porém, o que muitas não sabem é que o câncer de mama também possui sinais dermatológicos visíveis e uma visita corriqueira ao dermatologista, com uma avaliação segura e eficaz, pode despertar a paciente para realizar uma mamografia. O sintoma mais importante dentro desse quadro é um eczema crônico no mamilo, quando apele fica descamativa, com coceira e avermelhada e às vezes a pessoa encara como alergia. Porém, esse é um sintoma que, infelizmente não é um sinal precoce, e pode refletir um carcinoma.
Outros sinais visíveis na pele são a mudança na pele ao redor do mamilo, feridas nos seios que não cicatrizam, endurecimento da pele se assemelhando a uma casca de laranja, coceira frequente na mama ou no mamilo e a formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo. As mulheres, que são as principais vítimas da doença, precisam estar atentas também aos sintomas convencionais como o afundamento do mamilo, aparição de caroços ou nódulos, dor na mama, alteração de tamanho ou forma do seio e, principalmente, secreções ou sensibilidade.
No geral, segundo alertado Inca, os fatores de risco para o aparecimento deste câncer nas mulheres podem ser ambientais (obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição a raios X), histórico reprodutivo e hormonal (menarca antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, uso de contraceptivos) e fatores genéticos e hereditários (câncer de ovário ou mama na família, câncer de mama em homens e alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2).
A mulher que possui um ou mais fatores nessa última categoria é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama. Portanto, conhecer seu corpo e buscar sempre especialistas para a prevenção e detecção precoce é o melhor caminho.
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JORNAL OPÇÃO
"Luiz Rassi foi modelo de caráter e dedicação à medicina", diz Marconi
Governador de Goiás participou da missa de sétimo dia do médico que fez história no Estado
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), expressou neste domingo o respeito e a gratidão do Governo e da população de Goiás ao médico Luiz Rassi durante a Missa de Sétimo dia do falecimento do filho de família libanesa que escolheu o Estado para viver e exercer a Medicina.
Na celebração, realizada na Igreja Católica Apostólica Ortodoxa de Antioquia de Goiás, presidida pelo padre Rafael Javier Magul, Marconi afirmou que Luiz Rassi "deixa para sempre registrado seu modelo de caráter, honradez e dedicação à Medicina em Goiás e no Brasil".
Acompanhado da primeira-dama Valéria Perillo, ele prestou a homenagem durante a celebração, da qual participaram familiares, amigos, pacientes e admiradores do médico, que fundou a Associação Médica de Goiás, participou da criação do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremego) e dedicou mais de 70 dos seus 96 anos de vida à profissão. Filho de imigrantes libaneses, Luiz Rassi nasceu em Cuba e se mudou com a família para o Brasil ainda criança, a princípio em Vianópolis e depois residindo definitivamente em Goiânia.
Em seu pronunciamento, Marconi lembrou que Rassi inspirou todas as gerações de médicos que o sucederam, "tanto por sua dedicação integral ao dom de cuidar da saúde e da vida quanto por sua preocupação com a promoção da saúde entre os cidadãos goianos mais humildes". O governador destacou a participação de Luiz Rassi nas políticas públicas de saúde em Goiás, tendo como principal contribuição o planejamento e a criação do Hospital Geral de Goiânia (HGG) Alberto Rassi.
Marconi relembrou os principais momentos da extensa trajetória profissional de Luiz Rassi, reconhecido e premiado no Brasil e no exterior por seu profundo talento e dedicação à Medicina. Luiz Rassi dirigiu a sessão que deu origem ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), em 1957, e foi também o primeiro presidente e fundador da Associação Médica de Goiás (AMG), entre os anos de 1957 e 1959.
O médico participou ainda da turma inaugural de professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal, em 1959. Também presidiu a Sociedade Goiana de Gastroenterologia (1965-1966). Luiz Rassi nasceu em 5 de abril de 1920, em Union de Reyes, Cuba. Veio para o Brasil e se naturalizou. Ingressou na Faculdade Nacional de Medicina, na antiga Universidade do Brasil (RJ), onde se formou em 1947. Integrou a primeira turma de professores do Curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás.
Casado com Lygia de Moura Rassi, Luiz Rassi teve cinco filhos: os médicos Luiz Rassi Junior e Pedro Moura Rassi, a advogada Mônica Moura Rassi e a filósofa e musicista Magda Moura Rassi e a arquiteta Ligia Moura Rassi.
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PAUTA GOIÁS
Hospital das Clínicas recebe R$ 2 milhões do SUS para reforço de caixa
O Hospital das Clínicas da UFG de Goiânia recebeu, na última semana, um reforço para a qualificação dos atendimentos oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), através do repasse R$ 2 milhões feito pelo Ministério da Saúde. Outros 48 Hospitais Universitários Federais, distribuídos em 22 estados brasileiros, também foram contemplados.
Essas instituições representam papel fundamental para estruturação da rede pública de saúde, sendo, em alguns casos, a principal referência de atendimento à população. A verba foi liberada por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), executado desde 2010 em parceria com o Ministério da Educação e com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
Durante o período, apenas por parte do Ministério da Saúde, já foram injetados quase R$ 4 bilhões nos hospitais universitários, sendo R$ 380 milhões em 2016. "Esse dinheiro pode ser utilizado para qualificar a assistência e aumentar o acesso da população aos serviços oferecidos por essas instituições. Os Hospitais Universitários são locais de ensino e também realizam procedimentos hospitalares e ambulatoriais, isso quer dizer que os recursos beneficiam diretamente estudantes de saúde e a população", destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Aprovados em lei orçamentária, os valores são pagos pelo Ministério da Saúde, em parcela única, para as instituições universitárias que comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas ao porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração à rede do SUS.
Os pagamentos são efetuados pelo Fundo Nacional de Saúde conforme comprovação dos gastos. Além de ser aplicado em pesquisas e na melhoria da qualidade da gestão e do atendimento, o REHUF também pode ser utilizado para reformas e aquisição de materiais médico-hospitalares, entre outras ações, conforme a necessidade e o planejamento da instituição
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O GLOBO
Liquidação do SUS
Sandra Franco
Está nas mãos do Senado a decisão dos limites dos gastos públicos nos próximos 20 anos. Após a aprovação na Câmara, caberá aos senadores avaliar e aprovar (ou não) a PEC 55. Segundo o texto, nas próximas duas décadas os gastos federais apenas podem ser corrigidos pela inflação anual medida pelo IPCA.
Na prática, essas medidas poderiam ser efetivas em países que apresentem uma gestão de recursos públicos bem estruturada e responsável. Os entes públicos apresentam dificuldade de cumprir o pacto feito entre os gestores da União, dos estados e municípios para que os gastos sejam racionais. A judicialização crescente tem sobrecarregado especialmente os municípios, sendo consumidos recursos que poderiam ser aplicados de forma coletiva.
O fato é o de que a cultura brasileira de gestão de recursos públicos, principalmente na Saúde, é de gastar mal e gastar demais.
Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que o SUS perderá até R$ 743 bilhões, caso a PEC seja aprovada. O Ipea também revela que o gasto com saúde no Brasil é de quatro a sete vezes menor do que o de países que têm sistema universal de saúde, como Reino Unido e França, e inferior ao de países da América do Sul nos quais o direito à saúde não é universal (Argentina e Chile). Enquanto no Brasil o gasto com saúde em 2013 foi de US$ 591 per capita, no Reino Unido foi de US$ 2.766 e na França, US$ 3.360. Na América do Sul, a Argentina gastou US$ 1.167 e o Chile, US$ 795. A proposta da PEC é reduzir ainda mais o que já é insuficiente.
Não há dúvida que congelar o gasto por 20 anos parte do pressuposto equivocado de que os recursos públicos para a Saúde já estão em níveis adequados para a garantia do acesso a bens e serviços do setor, e que a melhoria dos serviços se daria a partir de ganhos de eficiência na aplicação dos recursos existentes.
A PEC acarretará um sucateamento ainda maior da combalida e devastada saúde pública brasileira. Isso porque a correção dos recursos pela inflação levará à impossibilidade de novos investimentos.
Segundo o CFM, a escassez no sistema de saúde público é três vezes maior do que no privado. Se considerarmos haver 150 milhões de pessoas dependentes do SUS e apenas 50 milhões no sistema privado, será fácil concluir que inexistem profissionais para atender os pacientes, os quais, com a crise econômica, só tendem a aumentar com o abandono dos planos de saúde privados.
Para onde quer que se olhe, o cenário da Saúde brasileira está longe de mostrar ser possível manter um sistema único, universal e integral para todos os cidadãos. Qual será o posicionamento dos senadores? Concordar com a diminuição dos recursos para a Saúde? Concordar com a derrocada do SUS? Agora é aguardar.
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ISTO É ONLINE
Medicina privada Efeito penal
A grave crise financeira nos estados aumentará a judicialização da saúde, segundo o presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados, Francisco Balestrin. E a conta já está alta. O governo federal prevê gastar R$ 1,6 bilhão com ações de segurados do SUS este ano. Muitos processos são fruto da redução na oferta de leitos – 3% de 2014 para o ano passado. O tema foi muito debatido no Congresso Nacional de Hospitais Privados, encerrado na sexta-feira 18, em São Paulo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação