Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09/12/16


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Para frear custos, planos e hospitais testam novo modelo de pagamento
Brasil tem quase 9 mil novos casos de chikungunya em quatro semanas
Hospital travado há um ano
SUS compra supercomputadores para unificar dados de prontuários eletrônicos

FOLHA DE S.PAULO

Para frear custos, planos e hospitais testam novo modelo de pagamento
Cláudia Collucci
Diante da grave crise e do aumento recorde de custos, planos de saúde e hospitais estão testando um novo modelo de remuneração que levará em conta a qualidade da assistência prestada, e não mais a quantidade de procedimentos realizados.
Hoje, vigora o "fee for service" (pagamento por serviços). Quanto mais insumos um hospital utiliza, mais o plano paga. Isso estimula o desperdício e o aumento de custos para os planos e, no final, para os usuários.
A Abrange (Associação Brasileira de Planos de Saúde) diz estar preparada para iniciar a implantação do novo modelo até o fim de 2017. A entidade, junto à Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), realiza projeto piloto que deve estar pronto em março.
O modelo proposto pelos planos é o DRG (Grupos de Diagnósticos Relacionados, numa tradução livre), um sistema que vigora em 20 países, entre eles Estados Unidos, Austrália e África do Sul.
Ele reúne grupos de pacientes com as mesmas doenças e características e estabelece um valor fixo a ser pago pelo tratamento. Por exemplo: tratar um homem de 40 anos com pneumonia, sem outros problemas de saúde, seria mais barato do que tratar um idoso de 80 anos, cardiopata e que toma dez remédios/dia.
Também existem compensações financeiras para hospitais com melhores indicadores de qualidade, como menores taxas de infecção hospitalar, de mortalidade e de eventos adversos.
Segundo Bruno Maciel, diretor da consultoria PwC, responsável pelo projeto piloto, situações em que o desfecho clínico não é tão previsível –como um bebê prematuro internado na UTI neonatal–, continuarão remuneradas com base no "fee for service".
Ele diz que nos países que usam o DRG, de 20% a 30% das contas são pagas por serviços. "São modelos híbridos, mas o DRG prevalece."
– ENTENDA MUDANÇA NA SAÚDE
COMO É HOJE:
Prevalece o sistema de pagamento por serviço, em que o hospital recebe pelos procedimentos e itens usados
PROBLEMAS: A qualidade não é considerada, e há desperdício e aumento de custo para o plano, que repassa a conta ao usuário
VANTAGENS: Para situações clínicas mais imprevisíveis, o pagamento por serviço segue sendo a melhor alternativa
O NOVO MODELO: Classifica grupos de pacientes com as mesmas doenças e características e estabelece um valor fixo a cada tratamento
PROBLEMAS: Pode incentivar que hospitais usem produtos piores para obter lucro e gerar recusa de pacientes mais complexos
VANTAGENS: Contém os custos médicos, melhora a eficiência, diminui os tratamentos excessivos e aumenta a transparência
– INSUSTENTÁVEL
Pedro Ramos, diretor da Abrange, diz que o atual "fee for service" é insustentável. "A galinha dos ovos de ouro está morrendo. Nós pagamos 97% das contas hospitalares e não vamos abrir mão dessa mudança. Mas tem de haver honestidade de todos [planos, hospitais e fornecedores]."
Com a crise, os planos de saúde perderam quase 2 milhões de usuários e enfrentam aumento recorde de custos, puxados pelo avanço das despesas médico-hospitalares.
Para Luiz Carneiro, superintendente do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), além da redução de custos, o DRG dará mais transparência à qualidade da assistência de um hospital. "Hoje não sabemos, por exemplo, qual a taxa de infecção hospitalar e de reinternação."
O Hospital Israelita Albert Einstein testa o DRG há um ano como ferramenta de avaliação do consumo de recursos de acordo com a complexidade dos casos clínicos.
Segundo Sidney Klajner, recém-eleito presidente do Einstein, o modelo tem permitido comparar a prática médica assistencial e a eficiência de um tratamento.
"Com ele, os hospitais terão que assumir a responsabilidade por complicações evitáveis que o paciente possa ter por falta de um processo de segurança interno."
Francisco Balestrin, presidente da Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados), diz ser preciso mudar a forma de remuneração, que o atual modelo gera desperdícios, mas tem ressalvas sobre o DRG. "Ele implica mudar todo o sistema de informação de um hospital. Isso não é barato e leva tempo."
PEÇA-CHAVE
A mudança no modelo de remuneração é considerada a peça-chave para uma nova forma de assistência que está em curso em vários países do mundo, chamada de cuidados de saúde baseados em valor (VBHC, em inglês).
Na semana passada, a consultoria The Economist Intelligence Unit divulgou em Miami um estudo patrocinado pela Medtronic em que avaliou a situação dos sistemas de saúde de 25 países –na América Latina, Brasil, Chile, Colômbia e México.
Segundo David Humphreys, diretor da consultoria, os países latino-americanos têm baixo alinhamento com esses novos princípios –apenas a Colômbia teve classificação moderada. "Existem boas iniciativas, como a implantação dos registros eletrônicos no Brasil, mas ainda há muito o que avançar."
O estudo analisou 17 indicadores, como cuidados integrados e concentrados no paciente e medição de resultados e despesas.
Para a médica Ana Maria Malik, coordenadora da FGV saúde, o Brasil precisa avançar na melhoria e transparência das informações. "Mas a questão é que sistemas de informação mostram coisas que não gostamos de ver. Por isso, há tanta resistência."
A avaliação geral é que as atuais abordagens não são eficientes nem sustentáveis. Os sistemas ainda recompensam o volume de atendimentos, não o valor do cuidado.
Em geral, são fragmentados, desconectados e caros. Pacientes crônicos, por exemplo, podem ter o mesmo exame pedido várias vezes pelos diversos especialistas que estão consultando, o que gera enorme desperdício.
Para enfrentar esses desafios, países como os EUA criaram novas métricas e já recompensam a qualidade, não o volume dos serviços.
Hugo Villegas, presidente da Medtronic na América Latina, diz que a empresa tem feito várias parcerias com sistemas de saúde que permitam ampliar o acesso a produtos e serviços de alta qualidade com uma boa relação de custo e benefício.
Na Holanda, por exemplo, participa de uma iniciativa que busca melhorar os cuidados à saúde de 1.800 pacientes com diabetes tipo 1. "Conseguimos baixar a hipoglicemia em 82%, o reingresso nos hospitais em 51% e os custo desses pacientes em 9%."
Segundo Villegas, a empresa só é remunerada se consegue demonstrar os bons resultados clínicos.
No Brasil, a Medtronic participa de um projeto piloto com médicos, seguradoras e hospitais privados em que vai avaliar o tratamento de um grupo de pacientes cardíacos e definir o desfecho clínico esperado após 18 meses.
"Eles serão tratados e continuarão sendo acompanhados após a alta. Se não tiverem complicações e o tratamento se mostrar efetivo, aí a equipe será remunerada."
Mas é factível para empresa esperar 18 meses para ser remunerada? "É uma grande mudança, difícil, mas é factível. Estamos convencidos de que temos que mudar o modelo de negócios. A sustentabilidade do setor também será a nossa como empresa."
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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem quase 9 mil novos casos de chikungunya em quatro semanas

Número é 10 vezes maior que no ano passado

São Paulo – O Brasil registrou um aumento de 8.877 casos de chikungunya em quatro semanas, de acordo com dados apresentados nesta quinta-feira, 8, pelo Ministério da Saúde. Até agora, foram contabilizados 259.928 casos da infecção, com 138 mortes suspeitas. O número é cerca de 10 vezes maior do que o que havia sido contabilizado no ano passado.

Os indicadores de dengue também subiram no último mês, mas de forma menos expressiva. Em cinco semanas, o salto foi de 17.585 casos, passado de 1458.355 para 1.475.940 infecções prováveis, com 601 mortes confirmadas. Os números apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que o comportamento da chikungunya é bem diferente do que foi registrado com a zika, doença que provocou neste ano 210.897 casos suspeitos.

No caso da zika, houve uma explosão da epidemia nos primeiros meses do ano, com pico de casos registrados em março. A queda do número de casos, porém, veio quase tão rapidamente quanto a expansão. A partir de abril, os números começaram a cair de forma expressiva atingindo patamares pouco expressivos a partir de julho.

No caso da chikungunya, no entanto, a doença se mostrou muito mais persistente. Neste ano, os casos atingiram o ápice em fevereiro e até maio, embora uma queda tivesse sido registrada, o número de novos casos ainda era bastante significativo. Até agora, foram identificados 16.763 casos prováveis de zika entre gestantes no Brasil. Desse total, 10.608 foram confirmados.

A maior parte das gestantes reside nos Estados de São Paulo, Rio, Minas, Bahia e Mato Grosso. A confirmação de zika durante a gravidez, no entanto, não significa que os bebês nascerão com síndrome congênita provocada pela infecção. Não há ainda dados que indiquem qual o risco real de o bebê se contaminar pelo vírus durante a gestação e nascer com a síndrome.

O número de casos de microcefalia identificados até o momento indicam estabilidade. "Não registramos um aumento de nascimentos com bebês com a síndrome. Pelo contrário. Em comparação com números apresentados ano passado, houve uma redução significativa", afirmou Eduardo Hage, do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Até 26 de novembro, foram notificados 10.342 casos suspeitos, acumulados durante 2015 e 2016, em todo o País. De setembro a novembro, por exemplo, o número de casos suspeitos da má-formação subiram de 743 para 830 no Rio e de 696 para 820 em São Paulo. Um crescimento pequeno, sobretudo quando se leva em consideração a população em cada um desses dois Estados.

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O POPULAR

Hospital travado há um ano

Nova unidade de saúde, construída dentro do Condomínio Solidariedade, em Goiânia, ainda depende de contratação de pessoal. Previsão é para janeiro

Concluído há um ano com 30 leitos para internação de pessoas com doenças infecciosas e dermatológicas, o Núcleo Hospitalar do Condomínio Solidariedade ainda não iniciou os atendimentos à população. Promessa para diminuir a longa via-crúcis de pacientes que necessitam de tratamento em Goiás, a nova unidade, localizada na região Sudoeste de Goiânia, ainda não contratou os 61 profissionais selecionados em julho por falta de liberação de verba da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O hospital foi construído entre fevereiro e dezembro de 2015, durante a reestruturação do condomínio, onde também há 28 vagas em uma casa de apoio e um ambulatório. No total, as obras custaram RS 4,4 milhões, de acordo com a secretaria. Até os equipamentos para o funcionamento hospitalar já foram comprados, mas estão em desuso por causa da falta de atendimento. A pasta não informou o valor deles.
O núcleo é visto como uma aposta para desafogar, principalmente, o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), que presta atendimento eletivo e de emergência de média e alta complexidade a pacientes com doenças infecciosas e dermatológicas, em Goiânia. Em média, o HDT registra entrada de até 200 pacientes por mês, cerca de 70 deles são portadores de Aids, segundo estimativas da SES.
Médicos reclamam da falta de vagas para os pacientes. "Ontem mesmo eu estava discutindo com outros médicos no ambulatório e tinha uma colega indignada porque uma grávida com HIV positivo precisava de iniciar o tratamento, mas não conseguia", diz o infectologista Boaventura Braz de Queiroz, que trabalha no HDT. "É uma situação inadmissível. A grávida portadora de HIV deve iniciar o tratamento de imediato, até para evitar que a transmissão chegue a criança", emenda ele.
Previsão
Diretora técnica do Condomínio Solidariedade, a médica infectologista Analzira Nobre da Costa diz que o hospital deve começar a funcionar em janeiro. "Até o dia 16 de janeiro é o meu prazo máximo", diz ela, ressaltando que há um esforço para que o atendimento na unidade comece no dia 5 de janeiro. A secretaria informa que a liberação da verba para a contratação dos profissionais será feita "nas próximas semanas".
As despesas mensais do hospital devem girarem torno de RS 970 mil, para custeio de profissionais, medicamentos, manutenção de equipamentos e compra de insumos, de acordo com a SES. A pasta informa que ainda não repassou nenhum valor ao Instituto Sócrates Guanaes (ISG), organização social responsável pela gestão do condomínio e do HDT.
Estimativa do portal Aids no Brasil, do Ministério da Saúde, aponta que o País tem 650 mil portadores do vírus HIV, com registro de 32 mil novos casos e 11 mil mortes por ano. Cerca de 12,8 mil casos da doença já foram registrados em Goiás.
Falta de vagas é um dos problemas
"A gente sabe que tem havido um represamento de pacientes com diagnóstico por falta de vagas", afirma o médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz, que trabalha no ambulatório do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), em Goiânia.
De acordo com o médico, a falta de tratamento dificulta ainda mais o quadro clínico do paciente. "Se descobriu o diagnóstico, deve ser iniciado o tratamento de imediato, independentemente da situação imunológica do paciente", assevera ele, pontuando que, até 2013, o início da terapia dependia da imunidade do paciente.
A situação piora ainda mais devido à grande demanda de pacientes do interior, que não encontram assistência em seus próprios municípios. "Temos visto que alguns pacientes, principalmente do interior, ficam aguardando a regulação autorizar para que venham para o nosso serviço", observa ele.
O paciente, normalmente, consegue atendimento no HDT depois de ser encaminhado pela rede pública de saúde. Caso ele não tenha encaminhamento, também não é atendido. No entanto, nos casos em que a pessoa já está com quadro de saúde agravado, por causa de alguma "doença oportunista", como pneumonia, toxoplasmose cerebral e tuberculose, é garantido o atendimento mesmo sem o procedimento formal.
O Ministério da Saúde orienta as pessoas a fazerem os exames de diagnóstico de HIV/Aids rotineiramente, para que, se forem contaminadas, iniciem o tratamento o mais rápido possível. A pasta promete reforçar campanhas de prevenção da doença em todo o País.
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AGÊNCIA BRASIL

SUS compra supercomputadores para unificar dados de prontuários eletrônicos

O investimento da pasta com os processadores foi de R$ 67 milhões

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (8) a compra de três supercomputadores que vão ampliar em até dez vezes a capacidade de armazenamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento da pasta com os processadores foi de R$ 67 milhões. A expectativa é que a expansão permita a unificação de todos os sistemas de informática da saúde, possibilitando a integração do uso de recursos e do histórico de atendimento de pacientes em todo o país.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defende que os novos equipamentos representam redução de gastos públicos por meio da manutenção dos sistemas e da melhoria da gestão. A pasta também aposta que os supercomputadores devem colaborar para um atendimento mais rápido do cidadão por meio do prontuário eletrônico, do Cartão Nacional de Saúde e do Registro Eletrônico em Saúde, entre outros serviços informatizados nacionalmente.
"Recebemos agora os equipamentos, fruto de uma licitação que foi feita em janeiro. E esperamos que, com a licitação do software, consigamos implantar todo o sistema o mais breve possível", afirmou. "Precisamos que eles estados, municípios e entidades filantrópicas nos enviem corretamente as informações."
O ministério informou que, antes da compra dos supercomputadores, a capacidade de uso de processamento dos servidores estava em torno de 92%. Com a aquisição das máquinas, o número foi reduzido para uma média de 15% a 20% em horários de pico, permitindo o aumento da velocidade no processamento das informações.
A estimativa da pasta é que a implantação da nova plataforma gere uma economia de 10% a 20% dos gastos com atenção básica – algo em torno de R$ 7 bilhões a R$ 14 bilhões.
Prontuário eletrônico
Termina no próximo sábado (10), o prazo dado pelo governo para a adoção do prontuário eletrônico nas unidades básicas de saúde. Por meio da plataforma digital, a previsão é que todos os serviços de saúde do município possam acompanhar histórico, dados e resultados de exames dos pacientes, além de verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos e registrar visitas de agentes de saúde.
A transmissão de dados da rede municipal para a base nacional permite ainda que o ministério verifique online como estão sendo investidos os repasses feitos pela pasta ao município.
"Recebendo essa informação, saberemos quantos brasileiros já estarão integrados ao nosso sistema nacional e saberemos o que cada município precisa de apoio, sejam computadores, conectividade ou qualificação de profissional, para que eles possam se integrar ao sistema nacional", concluiu o ministro.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação