Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23 A 26/12/16

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pacientes denunciam a falta de médicos na rede pública de Saúde, em Niquelândia
Advogado de médicos diz que morte de mulher após cirurgia foi 'fatalidade'
Cremego faz alerta sobre terapia
'Custo da saúde só é real se subtrair a ineficácia', diz presidente do Einstein
As 10 especialidades médicas mais bem pagas
Centro-Oeste tem maior índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes
Artigo – O direito à vida

TV ANHANGUERA/GOIÁS
Pacientes denunciam a falta de médicos na rede pública de Saúde, em Niquelândia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/pacientes-denunciam-a-falta-de-medicos-na-rede-publica-de-saude-em-niquelandia/5535943/
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Advogado de médicos diz que morte de mulher após cirurgia foi 'fatalidade'
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/advogado-de-medicos-diz-que-morte-de-mulher-apos-cirurgia-foi-fatalidade/5531084/
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DIÁRIO DA MANHÃ
Cremego faz alerta sobre terapia

O Conselho Regional de Medicina de Goiás, depois de debater e analisar resoluções de órgãos reguladores e também, da literatura médica, "elaborou uma nota técnica alertando aos médicos e à sociedade sobre a proibição da prática da terapia antiagmg e de outros procedimentos sem evidências cientificas, muito usados com fins estéticos, como o emagrecimento, ganho de massa muscular ou rejuvenescimento". Em sua nota, o Cremego relaciona terapias e exames sem comprovação cientifica e "alerta que eles nào devem ser prescritos pelos médicos e que os pacientes devem ser orientados sobre seus riscos".
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FOLHA DE S.PAULO
'Custo da saúde só é real se subtrair a ineficácia', diz presidente do Einstein

Claudia Collucci

Unir os médicos em torno de uma prática organizada em grupos multidisciplinares e baseada em evidência científica, e não mais na opinião individual do especialista.

Esse é um dos principais desafios do novo presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, o cirurgião Sidney Klajner, 48, que substitui Claudio Lottenberg, agora na presidência da operadora de saúde Amil, a maior do país.

"É uma necessidade poder homogeneizar e monitorar as práticas. Às vezes, a autonomia do médico é contrária ao que o hospital considera a melhor prática", diz Klajner.

Para ele, o custo da saúde só é real quando eliminadas as más práticas. "O que é caro? Caro é o desperdício, cara é a ineficiência, a complicação, a readmissão [quando o paciente retorna ao hospital por complicação]. Tudo isso torna a saúde cara."

Membro da comunidade judaica, Klajner é médico contratado do Einstein desde 1998, tendo atuado, principalmente, em programas de qualidade e segurança.

Folha – Quais são os principais desafios agora à frente da presidência do Einstein?
Sidney Klajner – Nosso objetivo é continuar no rumo de tornar o hospital o mais eficiente possível, com qualidade e menor número de complicações. E para chegar a isso, buscamos a homogeneização do corpo clínico, tornar a prática médica mais organizada e padronizada, baseada em evidência científica.

Isso ainda é um entrave?
Sim. O Einstein é um hospital de corpo clínico aberto, com 8.000 médicos cadastrados. É uma necessidade poder homogeneizar e monitorar as práticas, oferecendo o que há de melhor do ponto de vista científico. Às vezes, a autonomia do médico é contrária ao que o hospital considera a melhor prática. O grande alvo é unir os médicos não em torno de uma especialidade, mas de uma prática organizada.
No grupo de síndrome metabólica, por exemplo, há cardiologista, nefrologista, endocrinologista, pessoal da cirurgia bariátrica, nutricionista, enfermeiros. Dada a complexidade da área, é muito difícil hoje práticas isoladas, então o desafio é cada vez mais poder ter um time homogêneo, com as mesmas condutas, que a gente possa medir resultados. Os beneficiados são o paciente e o sistema. Você tem menos complicações e um melhor desfecho, além de evitar o desperdício.

Isso ficou claro no grupo de coluna, que demonstrou que a maioria das cirurgias era desnecessária, certo?
Sim, nesses casos, grande parte do custo era desperdício. O custo da saúde é um custo real quando você subtrai incentivo inadequado, desperdício e quando consegue se responsabilizar pela complicação, pela readmissão, pela prática inadequada.
É grande a importância do planejamento em segurança e qualidade. No passado, os gestores encaravam esse investimento como um custo a mais. Hoje, quando se prova eficiência com qualidade e segurança, o sistema se torna mais sustentável.
Temos outro grupo assistencial, de uronefrologia que, depois de padronizar a prática, obteve um corte de 25% a 30% nos custos. Não era custo, era desperdício. A liderança da prática é do médico, mas há uma padronização de condutas e de uso de material. Hoje temos 29 grupos assistenciais. São 900 médicos e 500 profissionais de equipes multidisciplinares.

Esse é o caminho para coibir más praticas como as vistas na "máfia das próteses"?
É uma das peças. A primeira é a transparência. A gente vai implantar em janeiro um novo sistema de gerenciamento hospitalar, que vai conferir uma capacidade ainda maior de monitorar a prática assistencial. Há dois anos, criamos uma diretoria de 'compliance', com políticas claras para coibir conflitos de interesse. De certa forma, são atitudes inibitórias de práticas com incentivo e estímulo da indústria. O Einstein sempre tem por base a transparência para fora e uma postura mais ostensiva do que é valor para nós. O médico que entra aqui assina um termo de conflito de interesse, que é constantemente refeito.

Mesmo assim, neste ano, dois cardiologistas foram demitidos do Einstein por ligação espúria com um fornecedor…
Ainda assim há situações que escapam ao controle, mas não por falta de uma vigilância do hospital. Algumas práticas foram realizadas fora daqui, mas usam o hospital. Nossa obrigação, e é o que temos feito, é criar mecânicas para que isso seja inibido.

Hoje há uma prática instituída de médico ganhando comissões em cima de quimioterápicos, órteses e próteses. Como mudar isso?
Prática instituída é forte demais. Há determinadas especialidades que podem estar mais sujeitas a pressões da indústria e outras não. O modelo de transparência e implantação do compliance visa transformar isso. Quando se cria mecanismos de decisão sobre a prática clínica, a escolha do tipo de dispositivo passa a ser do grupo e, de certa forma, isso coíbe a prática inadequada. Quando você remunera o médico, com valor agregado correto, também é uma medida de coibir ganhos inadequados. Trazer organização à prática assistencial, para que ela seja homogênea, também é outra forma.

Como melhorar a falta de transparência dos hospitais em relação às contas e aos indicadores de qualidade?
A gente tem total interesse na transparência. Isso é feito à medida que sentamos com as fontes pagadoras e mostramos o que fazemos através de desfechos. No país, isso tem que mudar, mas nós já mudamos. A nossa relação com o paciente é muito transparente em relação a custos, desfechos e eventuais complicações.

O Einstein é um hospital caro, tanto que há uma piada de que o Brasil tem três setores da saúde: o público, o privado e o Einstein. Existe algum projeto de torná-lo mais acessível?
O que é caro? Caro é o desperdício, caro é a ineficiência, caro é a má prática, a complicação, a readmissão. Tudo isso torna a saúde cara. À medida que a gente busca diminuir o desperdício e aumentar a eficiência, isso não é caro. Em alta complexidade, é possível medir isso muito bem. Indicações desnecessárias, complicações e readmissões evitáveis, tudo isso torna a medicina cara.
Quando você tira o desperdício, a ineficácia, a má indicação, aí você tem o custo da saúde. Temos que trazer a assistência para o custo real.

Mas voltando à pergunta. Há algum projeto de tornar o Einstein mais acessível?
O Einstein optou desde o início a atender o público A e atua com a população às custas da filantropia. Hoje atendemos 1,2 milhão através de dois hospitais públicos, 16 unidades básicas, programas de saúde da família. Essa é uma forma de atuação do hospital que retorna à sociedade.

Planos de saúde querem mudança no modelo de remuneração. O que pensa sobre isso?
Um dos grandes fatores que contribuem para inflação e para a insustentabilidade do setor é o modelo de remuneração, que privilegia quem mais faz procedimentos. O modelo 'fee for service' [pagamento por serviço] tem que acabar, tem que ser substituído. Na minha opinião, não por um modelo único, mas por uma forma híbrida, que se adeque mais a uma situação ou outra. O modelo 'captation', onde um grupo de saúde recebe remuneração para cuidar de uma comunidade, talvez funcione bem para a atenção primária. Há o modelo que remunera por valor, penaliza o provedor de saúde quando há má gestão ou prática médica inadequada. Aquele que agrega valor, é melhor remunerado.

As entidades médicas resistem a essas discussões, são contra a remuneração por desempenho, por exemplo. Como sair desse impasse?
Nosso ensino médico dá uma formação técnica, mas nunca a capacidade de uma avaliação mais sistêmica da saúde como um todo. Aprendemos a fazer muito bem o que temos que fazer no dia a dia e a ser autônomos.
Nosso ensino médico tem cem anos, e a grande maioria das faculdades ainda ensina medicina como ensinavam há cem anos. O médico oferece resistência porque tem uma formação na linha 'o esteto [estetoscópio] é meu, a caneta é minha, eu faço o que eu quiser'. Se a gente não der ao médico uma formação diferente, está fadando o sistema todo a falir com o médico junto.
Na nossa faculdade [de medicina], o ensino pedagógico é feito por eixos, um deles é de gestão e qualidade. Desde o primeiro ano, os alunos frequentam o centro cirúrgico não para ver uma cirurgia de fato, mas para ver padrões de segurança, ver o que acontece na medicina como um todo, não só na prática isolada.

Ocorre que a necessidade de mudança é urgente, caso contrário o sistema afundará. Como fazer isso a curto prazo e em âmbito nacional?
Um do desejos que eu tenho é liderar mudanças na saúde do país. À medida que a gente consegue ter programas como o parto adequado [que incentiva o parto normal], que, juntamente com a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] e o Ministério da Saúde, conseguiu reunir, primeiro, 40 hospitais e agora 120, lideramos mudanças e contribuímos para uma sociedade melhor.
À medida que a gente faz parcerias com as operadoras, como a que aconteceu no grupo de coluna, lideramos mudanças. Então, fazer o que tem sido feito aqui dentro, é um bom mote para que, depois, essas iniciativas sejam expandidas lá fora.

O dr. Claudio Lottenberg assumiu a Amil mas, ao mesmo tempo, permanece no conselho do Einstein. Não há um conflito de interesse?
Não vai mudar nada com ele à frente da operadora. A gente sempre está lidando com as operadoras de saúde, somos transparentes com todas. Potenciais conflitos de interesse se resolvem com a abstenção. A gente vai continuar atuando da mesma forma, com transparência, mostrando nossos resultados.
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PORTAL TERRA
As 10 especialidades médicas mais bem pagas
Descubra as áreas da Medicina que oferecem os maiores salários!
Que médicos costumam ganhar bem, todo mundo sabe. A profissão ocupa o topo do ranking das mais bem pagas no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Em praticamente toda carreira, há uma variação de salário natural entre diferentes profissionais. Experiência, formação, capacidade, dedicação e região do País influenciam bastante na remuneração.
Na Medicina não é diferente. Com um detalhe: médicos com a mesma formação, experiência, capacidade, dedicação e região podem ganhar salários bem diferentes, dependendo da especialidade.
Existem mais de 50 especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) brasileiro, que vão desde Acupuntura até Urologia.
Conheça agora as 10 especialidades médicas mais bem pagas do Brasil!
1. Cirurgião plástico
Corrige deformidades e lesões que comprometem funções dos órgãos através de cirurgias reparadoras. Atua também em procedimentos de caráter estético.
Média salarial: R$ 18.564
2. Cirurgião
Pode ser Cirurgião Geral ou especializado em determinadas estruturas (mão, tórax, vascular) ou tipo de paciente (pediátrica).
Média salarial: R$ 15.975
3. Ortopedista
Estuda e trata enfermidades do sistema locomotor e fraturas.
Média salarial: R$ 14.353
4. Médico Auditor Sênior
Avalia a adequação e o custo de serviços médicos prestados por entidades públicas ou privadas.
Média salarial: R$ 9.909
5. Médico Anestesista
Estuda a dor, como aliviar o sofrimento de pacientes e é responsável por aplicar anestesia em procedimentos diversos.
Média salarial: R$ 9.849
6. Dermatologista
Estuda a pele e suas doenças.
Média salarial: R$ 9.058
7. Hematologista
Estuda os elementos do sangue e a produção deles pelo corpo humano.
Média salarial: R$ 9.025
8. Mastologista
Estuda doenças das mamas.
Média salarial: R$ 8.999
9. Oncologista (Cancerologista)
Estuda e trata tumores malignos ou câncer.
Média salarial: R$ 8.912
10. Colonoscopista
Avalia a situação do intestino do paciente por meio de exames de diagnóstico por imagem.
Média salarial: R$ 8.820
Fonte: Catho/Exame
Importante ressaltar que muitos médicos têm mais de uma fonte de renda. Sendo assim, a remuneração real pode ser superior ao valor apresentado no ranking.
Como é a carreira em Medicina?
Para ingressar na carreira de Medicina é preciso esforço e dedicação. A primeira grande barreira a ultrapassar é o processo seletivo para entrar na faculdade. Seja no Vestibular, no Programa Universidade para Todos (ProUni) ou no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o curso está sempre entre os mais disputados.
Em seguida, o estudante precisa encarar seis anos de graduação em período integral. A rotina é pesada e nos últimos anos do curso o estudante entra em regime de internato, quando passa a maior parte do tempo praticando em hospitais o que aprendeu nas disciplinas do curso.
Ao se formar em Medicina, o profissional ganha o título de Clínico Geral . Para exercer a profissão, além de ter um diploma reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), o médico precisa obter o registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) de seu estado.
O título de especialista só vem depois de pelo menos dois anos de residência médica ou pós-graduação reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Ou seja, para exercer uma especialidade médica, são pelo menos oito anos de estudo.
O esforço, no entanto, vale a pena. Além de ter a maior média salarial do País, Medicina também é o curso com maior índice de empregabilidade .
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O POPULAR
Centro-Oeste tem maior índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes

Acidentes com motos passaram a ser a principal causa de morte no trânsito e o número de feridos entre motociclistas quase quadruplicou

A terceira edição do relatório "Retrato da Segurança Viária", desenvolvida pela Ambev em parceria com a consultoria Falconi, mostra que o Centro-Oeste teve 31 mortes no trânsito a cada 100 mil habitantes em 2014. Essa é a maior taxa do país – a média nacional é de 21,9. Em comparação com 2013, a região teve um aumento de 2,7% no número de mortes, com um total de 4.725 vítimas.
Com o objetivo de auxiliar a elaboração de políticas efetivas de combate aos acidentes de trânsito, o material oferece um cruzamento inédito de dados de entidades como Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), além da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com um dos trânsitos mais violentos do mundo segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil vivencia um aumento de 3,2% no número total de mortes em decorrência de acidentes em um ano, segundo os dados mais recentes, referentes a 2014. O crescimento volta a ser constatado, depois de uma queda de 5,7% entre 2012 e 2013, que reverteu a tendência de aumento que já durava quatro anos. Em 2014, 44.471 brasileiros perderam suas vidas em acidentes viários e o número absoluto de feridos cresceu 5,9% em relação a 2013, chegando a mais de 203 mil. No mesmo período, os feridos por 100 mil habitantes aumentaram 5%. De 2003 a 2014, mais de 477 mil brasileiros morreram nas ruas, avenidas e estradas e mais de 1,7 milhão ficaram feridos.
O estudo mostra ainda que, nos 12 anos analisados, os acidentes com motos passaram a ser a principal causa de morte no trânsito, subindo de 19% para 37% do total de vítimas fatais. Enquanto isso, o número de feridos entre motociclistas quase quadruplicou: de 31.073 para 119.846. Em 2003, os acidentes fatais com pedestres eram a maioria, representando 43% do total. Os carros de passeio apareciam na sequência, 29%. De acordo com os dados mais recentes, 24% dos acidentes que levam a óbito são com pessoas a pé e 32% com carros.
Óbitos por região
A região Sudeste concentrou o maior número de mortes em 2014, com 15.603 vítimas, um crescimento de 4,5% em relação a 2013. O Nordeste vem em seguida, com 13.430 mortes, 3,1% a mais que no ano anterior. No Centro Oeste, o total de vítimas foi de 4.725 (aumento de 2,7%) e no Norte, 3.768 (crescimento de 3,9%). No Sul, foram 6.945 mortes em 2014, um aumento mínimo de 0,8% na comparação com 2013.
Ao analisar o número de óbitos por 100 mil habitantes, o Sudeste é a região mais segura, com taxa de 18,3. Em seguida vem a região Norte, com 21,9. Com taxas semelhantes estão as regiões Nordeste e Sul, ambas com 23,9. Por último, fica a região Centro-Oeste, com uma taxa elevada: 31 mortes a cada 100 mil habitantes.
A análise por região também revela que no Nordeste e Norte, os usuários de moto representam o grupo predominante entre as vítimas. No Nordeste, foram 6.849 vítimas fatais de acidentes com moto (51% do total), mais que o dobro das 3.223 vítimas de acidentes com carro (24%). Em 2003, as motos representavam 25% das mortes no trânsito na região Nordeste. Desde então, a frota de motos nos estados nordestinos saltou de 1,2 milhão para 6,2 milhões, um aumento de 414%. O usuário de automóvel lidera o ranking de óbitos nas regiões Sudeste (34% do total de acidentes), Sul (39%) e Centro-Oeste (37%).
Perfil de maior risco
Apesar de as motos constituírem apenas 27% da frota nacional de veículos automotores, os motociclistas integram o maior grupo de vítimas de trânsito no Brasil, representando 37% das mortes e 59% dos feridos em acidentes. Em 2014, 54,4% de todas as internações por acidentes de transporte em hospitais estavam relacionadas a esse tipo de veículo.
"O número de motocicletas se expande em velocidade superior ao de outros tipos de veículos. Enquanto a frota de carros entre 2003 e 2014 dobrou, a de motos mais que triplicou. Dessa forma, o número de óbitos e de feridos com motociclistas pode crescer ainda mais", explica Daniel Oliveira, consultor da Falconi e gerente responsável pelo Retrato da Segurança Viária 2016.
Já usuários de automóveis representam 32% das pessoas que morreram nas ruas e estradas brasileiras em 2014, seguidos pelos pedestres (24%), bicicletas (4%) e caminhões e ônibus (3%)
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Artigo – O direito à vida

Fábio Sousa é deputado federal, formado em história, gestão pública e teologia

"A intenção, confirmada pela decisão do STF, é de legalização para toda gravidez indesejada "

Recentemente a Ia turma do STF decidiu, em um caso específico, que não havia necessidade de criminalizar o aborto até o primeiro trimestre de gestação. A decisão abre um precedente perigoso, indo contra nossa Constituição, que o STF tem a obrigação de ser o maior guardião. Lá diz que todos têm garantia da inviolabilidade do direito à vida. Segundo o jurista Ives Gandra e lambem parecer do ex-ministro da Suprema Corte. Eros Graus, o artigo 5º, caput. da Lei Suprema, é cláusula pétrea, por força de seu artigo 60, parágrafo 4º, inciso IV.
Além da Constituição, a decisão, segundo o eminente jurista Ives Gandra, vai contra o artigo 3° da Declaração Universal de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário, que diz: "todo ser humano tem direito à vida". A Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU afirma que "a criança necessita de proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento" e o Pacto de São José, do qual o Brasil é signatário, cujo artigo Io estabelece que "pessoa é lodo ser humano"; no artigo 4° define que tal direito deve ser protegi do pela lei "desde o momento de sua concepção".
Não há vácuo legislativo. Leis brasileiras específicas proíbem a prática do aborto desde a concepção, como o artigo 2° do Código Civil e os artigos 124 a 128 do Código Penal.
Diz-se que o aborto no Brasil deveria ser legalizado por ser um problema de saúde pública. Mulheres morrem ou sofrem problemas sérios em clínicas clandestinas. Concordo. Por isso essas clínicas devem ser descobertas, fechadas e seus responsáveis levados à Justiça. Também devemos ampliar a divulgação dos meios contraceptivos que são de livre acesso à população através do SUS; orientar adolescentes; expandir programas de saúde e apoiamento a mulheres de baixa renda grávidas e ampliar os programas de adoção para gravidez indesejada.
Há uma falácia em dizer que "meu corpo, meu direito" se encaixa neste tema. Há uma vida em formação dentro do corpo da mulher. Ninguém, nem o Estado, nem os genitores, pode atentar contra a vida de outrem.
Querer legalizar o aborto não é para casos de abuso sexual ou do feto com deformidade, situações já previstas em leis. A intenção, confirmada pela decisão do STF, é de legalização para toda gravidez indesejada. E contra essa legalização devemos, a favor da vida, nos posicionar firmemente contra.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação