Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10/01/17

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pacientes reclamam da demora no atendimento em unidades de saúde de Goiânia
Servidores da Saúde recebem pagamento, mas mantém paralisação
MPF/GO apura suposta fraude em exame de residência médica da UFG
Crise e desregulamentação aumentam riscos e pioram a saúde dos trabalhadores
Funcionários indignados
Por falta de pagamento, servidores da Saúde deflagram greve em Goiânia
Mortes por febre amarela põem em alerta cidades do norte paulista


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Pacientes reclamam da demora no atendimento em unidades de saúde de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/pacientes-reclamam-da-demora-no-atendimento-em-unidades-de-saude-de-goiania/5566835/

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O HOJE
Servidores da Saúde recebem pagamento, mas mantém paralisação
População enfrenta dificuldades com a falta de atendimento desde o último sábado (7)
Wilton Morais

Quem procurou atendimento médico nos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), de Goiânia no final de semana não teve sucesso com o atendimento, em parte das unidades. O motivo foi à falta de pagamento do salário dos servidores técnicos. O referido do mês de dezembro/2016, estava atrasado há pelo menos 15 dias. Na tarde de ontem (9), a prefeitura de Goiânia realizou o pagamento da categoria, o que de certa forma normalizou o atendimento. Apesar disso, a reportagem do O Hoje esteve no Cais do Bairro Goia, que está com a direção exonerada. Funcionários da instituição informaram que apenas um médico realizava o atendimento de urgência, já o serviço técnico não havia sido afetado pela falta de pagamento.
Mesmo assim, no serviço de aplicação de vacinas, o motorista Waldinei Gomes da Costa e a costureira Waldirene Alves Rodrigues, procuraram a vacina para febre amarela. Mas segundo relato do casal, que também procurou o posto Goiânia Viva, o atendimento avia sido encerrado. No bairro Goiá na parte da manhã, apenas uma funcionaria realizou a aplicação de vacinas, estimada em 50 a 60 doses.
Pagamento
A Secretaria Municipal de http://www.swissdiscountwatches.com/ Saúde (SMS), informou que em reunião com a categoria na segunda-feira (2), ficou acordado entre o prefeito Iris Rezende e os servidores o pagamento regularizado ainda ontem (9). Já o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/Go) deliberaram uma greve no inicio da tarde de ontem, motivada pelo não pagamento do salário. O que foi regularizado pouco tempo depois. Apesar disso, a greve não se iniciou e será revista na manhã de hoje (10). Por lei a greve só poderia se iniciar após 72 horas – prazo necessário para comunicar a gestão e a população.
Sobre problemas com o atendimento, a SMS disse que a paralisação só deveria ocorrer após votação em assembleia, caso o prazo acordado até o dia de ontem não fosse cumprido. “As faltas pontuais de servidores nas unidades de saúde do município, no final de semana e hoje (ontem), estão sendo apuradas e serão devidamente punidas, pois não foi acordada greve entre a categoria”, disse a nota da SMS.
O Sindsaúde relatou que esperava o pagamento até as 12h de ontem, após um primeiro acordo com a prefeitura ter vencido na sexta-feira (6). A nova gestão havia pedido novo prazo que fosse até as 11h de ontem. O que aconteceu com atraso, gerando a paralisação. O debito da gestão chegava a R$ 30 milhões.
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PORTAL G1/GOIÁS
MPF/GO apura suposta fraude em exame de residência médica da UFG

Oito candidatos denunciaram que concorrentes puderam usar o celular.

Como edital veta situação, procuradora estuda pedir anulação do certame.
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) iniciou investigação para apurar uma suposta fraude na prova prática de residência médica para o Hospital das Clínicas. Oito alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG), responsável pelo exame e pela unidade de saúde, denunciaram que foram prejudicados, alegando que alguns candidatos puderam usar o celular, apesar de o dispositivo ser proibido pelo edital. A instituição nega.
Para fazer a prova, os postulantes foram divididos em grupos por ordem alfabética. A avaliação ocorreu no mesmo dia para todos, porém, em horários diferentes. De acordo com as denúncias, quem fez o certame primeiro, pôde usar celular sem qualquer fiscalização.
No documento, o órgão pede que o reitor da UFG, Orlando Afonso Amaral, se manifeste sobre a situação. A procuradora da República, Mariana Mello, disse que a situação está sendo investigada e que pode até pedir a anulação das provas.
"Então ficou violado o principio constitucional da isonomia porque permitiu que alguns candidatos tivessem vantagens sobre os outros na realização da prova. Nós vamos estudar a possibilidade de solicitar a anulação dessa fase do Cheap Replica Watches certame, para que seja refeito a prova dentro do que preceitua o próprio edital", destaca.
Um candidato, que não quis se identificar, relatou o problema. "As pessoas continuaram com o celular na mão, celular no bolso, se a pessoa quisesse ir ao banheiro e utilizar o celular seria totalmente possível", afirmou.
Outro lado
À TV Anhanguera, o Centro de Seleção da UFG informou que as provas foram feitas em duas turmas e que os aparelhos eletrônicos foram recolhidos e colocados em embalagens lacradas. A instituição pontuou ainda que em nenhum momento os candidatos ficaram sem vigilância, inclusive na ida ao banheiro.
O órgão destacou também que ainda não foi notificado formalmente pelo MPF/GO. A UFG revelou que recebeu denúncias de candidatos por email, aguardou o término do processo seletivo e analisou as notas obtidas pelas turmas.
Como não encontrou nenhuma discrepância que pudesse sugerir favorecimento, ponderou que vai manter o resultado da etapa, já que não há indícios nem provas concretas de que houve comunicação entre os candidatos.
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REDE BRASIL ATUAL

Crise e desregulamentação aumentam riscos e pioram a saúde dos trabalhadores

Pesquisadora Maria Maeno, da Fundacentro, fala do presenteísmo: pessoas seguem trabalhando mesmo doentes, com medo de perder o emprego. E sobre a dificuldade de se fixar políticas efetivas de proteção

São Paulo – O Brasil teve 613 mil acidentes de trabalho registrados em 2015, queda de 14% em relação ao ano anterior. Embora o dado seja positivo, a diminuição pode ser consequência de menor emissão de CATs, os comunicados de acidentes, que em sua maior parte são de iniciativa das empresas. Além disso, a médica Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro (órgão de estudos vinculado ao Ministério do Trabalho), aponta a possibilidade de crescimento do chamado presenteísmo, que nada mais é que a permanência de alguém no local de trabalho mesmo sem ter condições para isso. Muitas vezes, por medo de perder o emprego, o que é compreensível em tempos de crise.
Os estudos mostram que o presenteísmo é um dos determinantes para a piora da saúde dos trabalhadores. Tende a aumentar quando há uma insegurança dos trabalhadores quanto ao seu futuro perante o afastamento temporário por um adoecimento , observa a pesquisadora, chamando também a atenção para a possibilidadeSwiss Replica Omega Watches de piora do quadro com as propostas de reformas em andamento. Assim, me parece que com a tendência de desregulamentação das relações de trabalho, de diminuição dos direitos sanitários e previdenciários, há uma tendência de crescimento do presenteísmo. O país perde, pois terá de arcar com quadros mais graves e crônicos.
Na entrevista a seguir, ela comenta as dificuldades de se estabelecer acordos que de fato previnam acidentes, fala sobre a diminuição da capacidade de fiscalização do Estado, aponta riscos crescentes com as consequências da desregulamentação, como a terceirização – há uma relação com a piora das condições de saúde e segurança, lembra – e lamenta que continue se dando mais importância aos aspectos econômicos, a despeito dos riscos que isso envolve para a saúde dos trabalhadores .
Houve redução do número de acidentes em 2015. Isso é um dado a ser comemorado ou mais uma questão estatística?
Se a gente for ver o número de empregados segurados, houve uma diminuição de 4%. Só que o número de acidentes caiu mais, 14%. Então, isso nos alerta: é motivo de comemoração ou não? Não podemos afirmar com certeza, mas há indício de uma subnotificação maior. Por que isso? Os acidentes típicos ( decorrentes da atividade profissional ) caíram de 430 mil, em 2014, para 383 mil. As doenças caíram de 17 mil para 13 mil, é uma queda bastante importante. E as sem CAT registrada, de 148 mil para 109 mil. O que quer dizer sem CAT registrada? Quer dizer aqueles que são concedidos pelo nexo técnico epidemiológico. Houve uma queda importante no registro nos casos de LER e de transtornos psíquicos, que constituem a maioria daqueles que não têm CAT registrada e que têm nexo técnico epidemiológico. O que eu posso concluir? Existe uma diminuição expressiva do número de doenças, de acidentes típicos e de trajeto. Provavelmente, há uma subnotificação, porque o número de acidentes que têm CAT registrada também tem caído.
Esse é um problema antigo, o da subnotificação…
Sempre foi. Porque a maior parte das CATs é registrada pela empresa, a obrigação primeira é da empresa, por lei. E na falta da emissão de CAT pela empresa é que outros podem emitir. Mas o próprio INSS tem, apesar de não ser legal, uma cultura de considerar mais as CATs das empresas. Então, tenho impressão de que houve um aumento da subnotificação. Outra questão é que provavelmente há um aumento da descaracterização das doenças que têm nexo epidemiológico, porque houve uma queda muito importante, de 17.500 para 13.200, notadamente LER e transtorno psíquico. A outra coisa que pode estar acontecendo, mas isso realmente não dá para tirar pelos dados, é um aumento do presenteísmo. Pessoas que estão doentes, mas continuam trabalhando porque têm receio de se afastar…
De perder o emprego.
Nesse período de instabilidade, de crise, isso tende a aumentar.
Embora o chamado presenteísmo não possa ser medido, existem evidências de que esse fenômeno seja crescente no nosso mercado de trabalho?
Fora do Brasil há estudos sobre presenteísmo, embora não sejam numerosos.  O presenteísmo significa a manutenção do trabalhador em atividade laboral, mesmo adoecido e muitas vezes com a capacidade de trabalho diminuída ou mantida às custas de um esforço muito grande, que tende a agravar o seu estado de saúde. Os estudos mostram que o presenteísmo é um dos determinantes para a piora da saúde dos trabalhadores, que o presenteísmo representa o absenteísmo posterior e muitas vezes por tempo prolongado pelo agravamento do quadro clínico. O presenteísmo tende a aumentar quando há uma insegurança dos trabalhadores quanto ao seu futuro perante o afastamento temporário por um adoecimento.
Será que ele vai ter dificuldades para conseguir o benefício previdenciário que o mantenha enquanto ele se recupera do adoecimento? Será que há possibilidade de demissão após o afastamento do trabalho? Será que ele vai sofrer discriminação no trabalho durante ou após o afastamento do trabalho? Será que uma eventual reabilitação profissional será mera formalidade e não de fato uma possibilidade de se reinserir em uma outra atividade de trabalho? Será que, em caso de demissão, conseguir outro emprego será difícil?
Cada resposta afirmativa a uma dessas perguntas representa um estímulo ao presenteísmo. O trabalhador tentará se manter em atividade até não aguentar mais mesmo. Assim, me parece que com a tendência de desregulamentação das relações de trabalho, de diminuição dos direitos sanitários e previdenciários, há uma tendência de crescimento do presenteísmo. O país perde, pois terá que arcar com quadros mais graves e crônicos.
Além desses acidentes e doenças que a gente chama de clássicos, que continuam existindo, nos últimos anos, pelo que se observa, existem outros elementos que causam o adoecimento ligados à organização do trabalho?
As doenças mais frequentes são as do sistema osteomuscular e de transtornos psíquicos. Nitidamente, essas alterações de saúde são relacionadas à organização do trabalho, sobrecarga, ritmo intenso, problemas na gestão. Isso é uma tendência que vem se afirmando. É claro que existem outras doenças clássicas, como você falou, que são bastante tradicionais, como silicose, surdez. Surdez há uma dificuldade de se averiguar exatamente o número – deve ser muito maior do que se registra -, porque ela não atrapalha. A gente chama de surdez, mas não que a pessoa seja surda, muitas vezes ela nem percebe uma alteração da vida social. Porque ela fala mais alto, assiste à televisão em volume mais alto, tem um problema no déficit de atenção, mas não percebe. Então, existem doenças que continuam existindo, mas aí a gente sempre tem de discutir o que é registro de acidentes. Se com doenças incapacitantes de verdade você tem dificuldade de registro, imagine com essas que não são claramente incapacitantes. Essas são muito sub-registradas, como perda auditiva induzida por ruído.
A quantidade de auxílio-doença concedidos por transtornos mentais ou comportamentais caiu em 2015 em relação aos dois anos anteriores. Isso tem a ver com a subnotificação, com a dificuldade ou o desinteresse de se estabelecer o nexo causal?
Muitas doenças podem ter suas causas imputadas a quaisquer aspectos da vida. No caso dos transtornos psíquicos, pode-se imputar a aspectos genéticos, à insatisfação no casamento, a um acontecimento triste na vida. Erroneamente, para a Previdência Social, o estabelecimento do nexo causal de um transtorno psíquico com o trabalho é de exclusão. Isto é, se a pessoa não tem mais nada imperfeito na vida, então a causa do adoecimento pode ser pelo trabalho. E nós sabemos que não é assim. Todos têm problemas na vida, seja de dinheiro, de relacionamento amoroso ou com filhos, uma morte de um ente querido, mas isso, em geral não causa um adoecimento psíquico, pois todos temos recursos de enfrentamento das situações difíceis e que nos perturbam. Mas o que se deveria sempre se investigar diante de um caso concreto de transtorno psíquico é como o trabalho possa ter contribuído para a sua ocorrência ou agravamento. Aliás, essa diretriz faz parte de da resolução do Conselho Federal de Medicina 1.488, de 1998.
No caso dos transtornos psíquicos, isso é imperativo, considerando que muitos estudos já mostram a alta prevalência desses adoecimentos relacionados ao trabalho em diversas categorias profissionais e ramos econômicos. São adoecimentos relacionados à organização e gestão do trabalho. Como isso não ocorre, há um subdiagnóstico de doenças psíquicas ocupacionais. Por outro lado, as empresas têm emitido menor número de CATs a cada ano e por outro lado, ainda, temos uma crescente descaracterização do nexo técnico epidemiológico (NTEp). Em 2013, houve 161.960 casos de descaracterização de NTEp, em 2014 houve 148.019 e em 2015 foram 109.690. Dentre esses casos, muitos são adoecimentos psíquicos, e os dados sobre benefícios concedidos mostram isso.
O transtorno psíquico ainda é visto com algum reserva. Às vezes, a própria pessoa reluta em admitir ( o reconhecimento da relação com o trabalho ).
Todas as doenças que têm mais de uma causa, nisso se enquadram a LER e doenças psíquicas… Mais de uma causa que eu digo, você não tem um aspecto que possa ser considerado responsável por um determinado adoecimento. Você não tem presença de chumbo, por exemplo, para explicar aumento de chumbo no sangue, ou uma sílica para explicar uma silicose. Você tem um transtorno psíquico que em geral é de pressão, mas pode ser outro tipo. Relacionado a que coisa? Como é que a gente pode separar o ritmo de trabalho, com a sobrecarga, com a desvalorização do trabalho, com trabalho fragmentado, instabilidade, com a forma de gestão? Aí reside uma dificuldade para avaliar se realmente aquela depressão tem relação com trabalho. Um dos critérios é o epidemiológico. Existem setores em que os transtornos psíquicos são mais frequentes do que em outros. Então, o médico, o profissional de saúde que vai avaliar uma pessoa tem de ter isso sempre em mente, que o trabalho pode causar adoecimento. Mas essa percepção, essa informação, não é introjetada entre os profissionais de saúde. Nós não temos um sistema de saúde capaz de detectar essas relações entre determinados adoecimentos e o trabalho.
O Sistema Único de Saúde tem uma Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, a Renast, tem Centros de Referência e tem tentado fazer um trabalho de sensibilização para que a rede de saúde como um todo consiga fazer esses diagnósticos. Nos ramos econômicos em que há convênios, isso é mais difícil, porque quem contrata o convênio são as empresas. Se os convênios começam a fazer um diagnóstico de doenças ocupacionais, as empresas terão uma resistência em reconhecer isso. Então, os convênios também não têm grandes interesses em investigar o nexo causal. E os serviços de saúde contratados pelas empresas, os Sesmts, então, são totalmente dependentes das empresas. Todos os trabalhadores formais estão num primeiro momento sob a cobertura do Sesmt, que é contratado pela empresa. Para ele ter um nexo causal estabelecido, tem de procurar o serviço público, e nem sempre isso acontece. Existe uma tutela da empresa sobre a saúde dos trabalhadores.
E nem sempre a empresa quer reconhecer que as condições que ela oferece não são ideais.
Tanto que vem diminuindo o número de CATs. As empresas não querem, realmente, relutam muito em emitir CAT, que é sua obrigação legal, estabelecida em lei, a 8.213. E mais ainda: não só pela imagem que fica arranhada, mas também porque isso tem uma repercussão no Fator Acidentário de Prevenção, que é a parte móvel da alíquota a ser paga para o Seguro Acidente de Trabalho. A empresa emitindo Comunicação de Acidente de Trabalho, tendo mais trabalhadores recebendo auxílio-doença, e por tempo mais prolongada, tem uma repercussão direta. Então, existe um sistema no país que não favorece a diminuição da subnotificação.
Existem políticas de prevenção? Houve acordos em alguns setores nos últimos anos para tentar diminuir os riscos, aumentar a proteção no ambiente de trabalho. Isso é ainda muito pontual?
Em relação a acidentes típicos, por exemplo, envolvendo máquinas, houve um avanço com a reformulação da NR( Norma Regulamentadora )-12, que hoje vem sendo bastante contestada. Essa NR incluiu coisas importantes, como medidas administrativas ou de organização do trabalho. Você pode ter proteção em máquinas, por exemplo, mas essa proteção ser desativada em determinados momentos em que há uma necessidade de aumento da produção. Isso é uma coisa que não pode acontecer, mas acontece em muitos locais, tanto que ocorrem acidentes traumáticos graves ainda. E tem outras coisas, na construção civil a gente viu isso também, recentemente, com repercussão. Quando você tem pressa, contratos, em que as empreiteiras têm de entregar em prazos muito curtos, elas acabam negligenciando procedimentos de proteção que são estabelecidos e os trabalhadores acabam se acidentando. Então, a gente tem conhecimento técnico para evitar acidentes de trabalho, mas um sistema que favoreça a que essas medidas sejam de fato implementadas. Nas Lesões por Esforços Repetitivos, necessariamente a gente teria de ter uma reformulação do processo de trabalho. O que causa é a sobrecarga por um ritmo bastante elevado e movimentos de repetição, por causa do trabalho fragmentado. Então, teria de ter uma mudança nesse sentido, e essa mudança não é tão simples, porque é dessa forma que as empresas obtêm o lucro que esperam. Em transtornos psíquicos, mais ainda. Também é pela cobrança, metas apertadas, que as empresas ganham. A gente teria de ter um acordo nacional, mas um acordo de verdade, não aquele que você faz de conta, faz um pacto que na prática não acontece. E também o Estado tem diminuído sua capacidade de fiscalização.
E, como falamos no começo, em tempos de desemprego, as pessoas se submetem a determinadas condições, até de exploração mesmo…
A tendência é essa, sem dúvida alguma. Elas http://www.swisswatches2u.com/ precisam comer, se sustentar, e se submetem de verdade. A capacidade de organização também diminui. A crise não favorece em nenhum momento a gente discutir ou mudar alguma coisa na saúde do trabalhador. São coisas muito ligadas e inversamente proporcionais.
Mas há uma série de propostas, a senhora falou da NR-12, que está sob um bombardeio da CNI, entidades patronais, para mudar ou suprimir mesmo, alegando custos altos. Também há propostas de mudança na Previdência, reforma trabalhista, tem o projeto da terceirização, que pode ser votado a qualquer momento. Há uma série de medidas que certamento têm impacto.
A gente vai ter uma precarização maior, uma estabilidade muito menor no trabalho, um vínculo bastante ameaçado com a terceirização. Temos uma desregulamentação, e por outro lado o Estado vai oferecer menos proteção, em todos os sentidos. Essa tem sido a tendência das propostas.
Na NR-12, por exemplo, qual é a possível consequência da supressão?
Com a norma, já não é muito fácil. Depende muito da organização dos trabalhadores e da capacidade do Estado de cobrar. Sem a NR-12, isso fica mais legitimado, não é? É uma pequena, mas importante, etapa da desregulamentação. Pode-se trabalhar de qualquer maneira. Nós temos políticas no papel, na Política Nacional de Saúde no Trabalho e da Trabalhadora, do Ministério da Saúde, que é bastante avançada, mas que não consegue sair do papel justamente porque não existe esse pacto nacional. Existe a Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, que é triparte, portanto teoricamente acordada entre empresários, trabalhadores e governo, mas de fato não vem sendo implementada. Existe também o esforço do Tribunal Superior do Trabalho com o trabalho seguro. Então, teoricamente existem <a href=http://www.TopDiscountWatches.com/>Top Discount Replica Watches</a> arcabouços normativos para que a saúde do trabalhador seja protegida, mas de fato como não existe esse pacto, nacional e de peso, em que haja verdadeiramente uma promoção pelo Estado, não temos a implementação real. Continua se dando mais importância para o crescimento econômico, a despeito dos riscos que isso envolve para a saúde dos trabalhadores.
Quando a gente fala dessas políticas públicas de proteção, normalmente elas se relacionam com o mercado formal, com aquele trabalhador regulamentado. Com o crescimento de vínculos precários, isso fica ainda mais difícil de se obter, não é?
Aí já não há controle nenhum. No mercado formal, pelo menos você tem o arcabouço legal que tem algumas prerrogativas, no informal você não tem nada. Aí você tem trabalho clandestino, ilegal, domiciliar, de menores, não tem fim. Nós temos o desafio de garantir esses direitos sanitários, previdenciários, trabalhistas e de seguridade social. Não está sendo fácil porque existe um discurso hegemônico, ou que tem predominado na grande mídia, de que o país está falido e então esses mecanismos de proteção têm de ser flexibilizados. Quando a gente ouve essa palavra, é precarização, retirada e diminuição.
Qual é a relação entre terceirização e adoecimento ou risco de acidentes?
Há uma relação direta. A terceirização foi adotada pelas empresas para proporcionar uma diminuição de custos, uma fuga de conflitos trabalhistas e aumento da produtividade, às custas de uma precarização dos direitos dos trabalhadores. Contratam-se pessoas facilmente substituíveis, sem estabilidade, com menos direitos, com menos autonomia, menos voz, menos capacidade de organização e menos ação em defesa de seus direitos sociais. E ainda, os postos ocupados pelos terceirizados são os de maior risco à saúde e à segurança. Pesquisas mostram que a terceirização aumenta a probabilidade de se morrer no trabalho, e é totalmente compreensível que a segurança e a saúde dos trabalhadores terceirizados sejam mais vulneráveis em uma relação de desigualdade crescente entre os donos do capital e os trabalhadores, em que mais do que nunca, os interesses econômicos prevaleçam sobre a vida e a saúde dos que trabalham.
Em tempos de crise, costuma voltar essa alegação de que é preciso flexibilizar para voltar a crescer. Existe esse vínculo ou é o discurso do poder econômico?
Existem vários interesses envolvidos. Existem vários discursos de especialistas na Previdência Social mostrando que não há um déficit. Na verdade, a contribuição que o governo deveria fazer há vários anos não é feita. Então, o caixa vem se sustentando com a contribuição dos trabalhadores e dos empresários, mas não do governo. É claro que a se gente tivesse de discutir o caixa da Previdência, teria de se discutir com a sociedade de uma forma muito transparente, e isso não acontece. É uma grave falha de como esse processo de reforma da Previdência vem sendo encaminhado. Por outro lado, nós sabemos que muitas mudanças já foram feitas, de retirada de direitos. Na saúde também, o que nós vemos é que há interesse de organizações sociais, de capital privado, capital internacional, de entrar nessa área, como vem sendo anunciado, inclusive, pelo Ministério da Saúde, e que tende a deformar o conceito do Sistema Único de Saúde, um sistema que foi construído com muitas cabeças, muito movimento social, muita discussão, e que foi vitorioso em 1988, mas nós conseguimos de fato implementar. Desde o início havia os interesses contrários ao sistema universal, gratuito e integral, e com participação popular na construção. Temos avanços incríveis no país, mas não estão consolidados. Há várias sugestões de outras saídas – prioriza-se tirar direitos base da pirâmide socioeconômica, não se mexendo no topo.
Houve algumas tentativas de pacto, mas aparentemente isso não evoluiu.
Por exemplo, um pacto que foi firmado foi o das condições de trabalho do cortador de cana. Tinha um desenho bem formatado, todos os órgãos de governo, era uma coisa do núcleo duro, digamos. Só que esse pacto tinha coisas positivas, mas alguns itens extremamente preocupantes. Um deles era a terceirização da auditoria das condições de trabalho. Acho que um pacto dessa natureza não fortalece um sistema que proteja a saúde do trabalhador. Na época, tentou se firmar um pacto assim para garantir mercado externo. Tem de fortalecer o papel do Estado na fiscalização do cumprimento da legislação, e a tendência hoje é de diminuir. Existe essa coisa obsessiva de que há um Estado hipertrofiado, quando temos na verdade um Estado que não exerce seu papel de proteção da sociedade. Existe uma inversão de valores.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Funcionários indignados

Servidores da Saúde de Goiás, cerca de 1.300, tiveram pontos cortados
POR BIA MENDES

Os servidores da Saúde do Estado de Goiás que participaram da greve da categoria realizada entre setembro e novembro de 2016 e que durou 65 dias   tiveram seus pontos de trabalho do mês de dezembro cortados pelo governo do Estado. Ao todo, 1.300 servidores ficaram com descontos nos salários e alguns chegaram a receber R$ 1,51 como salário ou até mesmo tiveram os contracheques zerados. Em acordo celebrado entre os grevistas e a Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para o fim da greve, por meio de ofício intersecretarial, ficou estabelecido que não haveria descontos nos salários dos servidores.
Para auxiliar na situação dos servidores, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde) promove a campanha "Saúde Solidária", para arrecadação de dinheiro e alimentos para serem doados aos servidores prejudicados com os descontos salariais. "Por causa da greve na saúde, o governo de Goiás cortou o salário daqueles que ousaram lutar pelos seus direitos e por uma saúde melhor", são os dizeres do folder informativo da campanha que ainda tem a conta para o depósito das doações.
Em nota, entidades sindicais como Sindsaúde, SoeGO, Sintasb, Sinfar, Sieg e CUT, repudiam o governo de Goiás pela atitude. "Repudiamos esse ato autoritário, truculento e ilegal que nunca aconteceu em Goiás, penalizando mulheres e homens que dão a sua vida para cuidar da saúde do povo goiano. Não tiveram um natal digno e iniciarão o ano novo com muita tristeza, pois foi covardemente retirado o seu sustento e de sua família", destaca a nota.
As entidades ainda ressaltam que a luta continua, apesar das dificuldades impostas. "A luta por dignidade continua, mesmo diante de tanta tirania e injustiça seguiremos nossa caminhada por saúde para todos e dignidade para o servidor, exigindo os nossos direitos nas ruas e nos tribunais, pois confiamos que o Poder Popular e a Justiça prevalecerão sob os desmandos em Goiás", reforçam.
Drama
Em visita à redação do Diário da Manhã, alguns servidores lamentaram o ocorrido e pedem clemência ao governo do Estado para que os cortes dos pontos sejam revistos e os salários pagos integralmente. A auxiliar de enfermagem do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Maura Inês dos Santos, explica que a greve foi uma forma de luta dos servidores para garantir direitos, nada mais que isso, e faz o seguinte apelo: "Estamos fazendo um apelo ao senhor governador que olhe para a gente como famílias e que reveja que estávamos na rua reivindicando um direito nosso. Assim como ele lutou para ser governador, é um direito nosso estarmos lutando por melhores condições de vida. Pedimos para que ele olhe com clemência. Somos dignos, trabalhadores honestos e nada mais estávamos fazendo que lutar pelos nossos direitos", explica.
A técnica de enfermagem da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Angela da Costa Correa, contabilizou suas contas do mês que precisam ser pagas, como água, luz, telefone, somam o total de R$ 2.311,00, no entanto, recebeu apenas R$ 41,89. "Com esse dinheiro não tem como nem ir trabalhar, estou pedindo para os colegas ajudarem para não poder ficar com falta. No próximo pagamento, pelo jeito, vamos receber isso de novo e as contas do mês continuam chegando", lamenta. Angela conta que está fazendo uma rifa e também iniciou a campanha "Saúde Solidária" na unidade de saúde em que trabalha. "Fiz uma rifa, R$ 2,00, ganha cinco panos de pratos. Então, estou fazendo rifa, pedindo ajuda para minhas colegas de trabalho, eu não tinha dinheiro nem para comprar a comida do mês", relata.
Angela ainda ressalta que sua filha mais velha, de 16 anos, fez uma cirurgia e precisará utilizar o plano de saúde para as consultas médicas, mas o valor do plano não foi descontado da folha de pagamento, somente as faltas durante o período de greve. "O governo não pagou meu Ipasgo, que eu preciso usar, porque no dia 19 tenho consulta da minha filha, ela está de muletas e iniciou a fisioterapia. Como que com R$41,89 eu levo minha filha para a fisioterapia?", questiona
Já a auxiliar de enfermagem da MNSL, Elaine Anaely Heringer, que é mãe de duas crianças, conta que recebeu R$ 42,90 e suas despesas do mês somam R$ 1.712,00, além de ser época de comprar o material escolar das filhas. "Só queria uma resposta do governador, e as crianças como ficam? E o material de escola, como posso dar uma educação de qualidade sendo que eu recebi R$ 42,90. Não tenho condição de comprar o material da escola e as aulas já vão começar", desespera. A servidora ainda revela que o marido está com o salário atrasado e precisam pagar o aluguel de R$ 600,00. "Como vou ensinar para minhas filhas serem cidadãs de bem sem eu quitar as minhas dívidas e meus compromissos? Essa é a pergunta, como fica ? Não estava fazendo nada ilegal e que não fosse amparado pela lei" ressalta Elaine.
Além de lamentar pelos descontos nos salários, as servidoras da saúde -, que estavam acompanhadas pela presidente do Sindsaúde Flaviana Alves Barbosa e pelo ex-deputado Mauro Rubem -, expuseram as condições de trabalho dos servidores nas unidades de saúde do Estado, destacando a falta de insumos e força de trabalho humano, além da sobrecarga de atividades.
"Hoje, no Hugo temos uma sobrecarga tremenda e estamos adoecidos. Temos muitos colegas com atestado e licença médica por sobrecarga de trabalho. Não temos condições de dar assistência ao paciente, as condições de trabalho são péssimas, os insumos são de baixa qualidade, há falta de antibióticos à medicação comum e somos até proibidos de fazer comentários. Há muitos funcionários da OS, mas não há contrato e tem muitas demissões, tenho colegas que estão pedindo para sair à revelia porque não suportam a sobrecarga", revela Maura, que trabalha no Hugo.
A presidente do Sindsaúde ressalta que os trabalhadores das unidades de saúde de Goiás precisam de melhores condições de trabalho, além de criticar as Organizações Sociais (OS) que administram os hospitais. "Deixaram de pagar salário e 13º dos terceirizados, com a alegação de que o Estado não pagou para eles. As pessoas não estão ficando e quem fica são os estatutários. Então, desde que a OS entrou se teve a retirada de 50% da força de trabalho e não foi recomposta. Hoje, deve ter uns 30% de efetivos, ficando com nove ou 10 pacientes, sendo humanamente impossível prestar uma assistência de qualidade ao paciente, que no caso do Hugo são pacientes graves", explica. "Quem trabalha na saúde o faz por sacerdócio e precisa ser respeitado na dignidade de cada um", conclui.
Sindsaúde e trabalhadores organizam movimento "Saúde Solidária" para arrecadação de dinheiro e alimentos para suprir necessidades dos servidores prejudicados"

Doações da campanha Saúde Solidária
Banco: Caixa E. Federal
Agência: 0012
Operação: 013
Conta: 48767-5
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JORNAL OPÇÃO

Por falta de pagamento, servidores da Saúde deflagram greve em Goiânia

Apenas parte da categoria afirma ter recebido salário atrasado; trabalhadores devem realizar nova assembleia nesta terça-feira (10)

Os servidores da Saúde de Goiânia deflagraram greve nesta segunda-feira (9/1). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), foi realizada uma assembleia geral da categoria no início da tarde da segunda (9) e, graças ao atraso pelo pagamento referente ao mês de dezembro do ano passado, servidores decidiram pela paralisação.
A greve só poderá ter início depois de 72 horas da deflagração, prazo exigido por lei para comunicar a gestão e a população, sendo prevista para quinta-feira (12). Entretanto, uma nova assembleia dos servidores foi marcada para esta terça-feira (10) após alguns trabalhadores relatarem que receberam o pagamento.
"Vamos nos reunir novamente e verificar se todos os servidores receberam. Caso o pagamento não tenha sido regularizado para todos, daremos prosseguimento na paralisação", explicou a presidente do Sindsaúde/GO, Flaviana Alves.
No fim da gestão de Paulo Garcia (PT), o pagamento da folha dos servidores da Saúde ficou fora da quitação de débitos. O novo prefeito, Iris Rezende (PMDB), recebeu a direção do sindicato na segunda-feira da última semana (2) e pediu um prazo de cinco dias para resolver a solução. O prazo venceu na sexta (7) e a gestão pediu um novo prazo até às 11 horas desta segunda-feira (9).
O prazo chegou ao fim antes do fim da assembleia e como alguns dos servidores não receberam o pagamento, houve a decisão pela greve. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o pagamento dos servidores foi realizado no início da tarde.
De acordo com Flaviana, a situação tem gerado transtornos para a capital. "Esses trabalhadores estão sem recursos inclusive para irem ao trabalho e por conta disso, alguns Cais tiveram suspender o atendimento. O servidor tem conta para pagar, tem compromissos com o salário e uma irresponsabilidade dessas o coloca em situação constrangedora", afirmou.
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AGÊNCIA ESTADO

Mortes por febre amarela põem em alerta cidades do norte paulista
Campanha de vacinação foi intensificada

São Paulo – As mortes de duas pessoas e de vários macacos contaminados pela febre amarela puseram em alerta as regiões de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no norte do Estado de São Paulo. Em terminais rodoviários e locais de grande aglomeração, cartazes avisam sobre o risco e recomendam que as pessoas tomem a vacina contra a doença.

Os estoques de vacina foram reforçados. Nos postos de Rio Preto e Ribeirão, a vacinação foi antecipada para crianças. Antes, elas eram vacinadas aos 9 meses. Agora, elas recebem a vacina aos seis meses e aos 9 tomam uma dose de reforço. Em Ribeirão Preto, um homem de 52 anos morreu no dia 26 de dezembro com sintomas e a febre amarela foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz na semana passada.

Em abril de 2016, outro paciente de 38 anos morreu em Bady Bassit, região de Rio Preto, também contaminado pelo vírus. Nos dois casos, as vítimas estiveram em áreas de matas com presença de macacos e pegaram a forma silvestre da doença. A Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto aumentou o estoque de vacinas em 38 postos de vacinação na cidade.

"O chamamento à população continua, tendo em vista a importância da imunização, que está abaixo do preconizado pela Organização Mundial da Saúde", informou. O índice está em torno de 75%, quando o ideal é chegar a 100% do público-alvo. Entre as crianças com até cinco anos, a cobertura chega a 95%. A dona de casa Vitória Dieber levou os filhos de 6 e 3 anos para receber a vacina.

"Eu e meu marido já estamos vacinados, mas agora é preciso proteger as crianças", disse. Em 11 cidades dessas regiões, desde o ano passado, foram recolhidos 17 primatas mortos e os exames confirmaram a contaminação pela febre amarela na maioria deles. Alguns não foram examinados porque estavam decompostos. Na semana passada, foram confirmados óbitos de macacos em Catiguá, Ribeirão Preto e Novo Horizonte.

A Secretaria de Saúde de Catiguá informou que todos os moradores da zona rural foram vacinados. Na área rural, a doença é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Nas áreas urbanas, pode ser transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya, mas ainda não houve registro dessa transmissão. (Agência Estado)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação