ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Documentos mostram que três leitos de UTI foram fechados por falta de médico no Hugo
Pais reclamam de dificuldade de atendimento pediátrico para os filhos no Cais de Campinas
Idosas aguardam há dias por vaga de internação e cirurgia em hospitais de Goiás
Pacientes relatam falta de médico e confusão em Cais de Goiânia
Interdição do HUGO
Cremego ameaça interditar Hugo
Denúncias de sujeiras no Hospital Materno Infantil
Hugo deve reduzir serviços
Famílias vão à Justiça para terapia por planos
Álcool matou mais de 3 milhões de pessoas no mundo em 2016, aponta OMS
Futuro presidente terá de enfrentar financiamento do SUS
Chip da beleza: conheça o implante usado como anticoncepcional, contra TPM e endometriose
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Documentos mostram que três leitos de UTI foram fechados por falta de médico no Hugo
…………………..
Pais reclamam de dificuldade de atendimento pediátrico para os filhos no Cais de Campinas
……………………
Idosas aguardam há dias por vaga de internação e cirurgia em hospitais de Goiás
………………..
Pacientes relatam falta de médico e confusão em Cais de Goiânia
……………………….
TV GOIÂNIA
………………….
TV SERRA DOURADA
Cremego ameaça interditar Hugo
……………..
TV RECORD
Denúncias de sujeiras no Hospital Materno Infantil
………………………….
O POPULAR
Hugo deve reduzir serviços
Falta de insumos básicos prejudica a atuação profissional e gera riscos à saúde dos pacientes do principal hospital do Estado, que aguarda repasse de R$ 29,5 milhões
O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) será notificado na próxima segunda-feira (24) para elaborar um plano de emergências, com o objetivo de reduzir os atendimentos em todos os setores da unidade até que a recomposição e o abastecimento de insumos sejam normalizados. Após auditoria da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE-GO), motivada pela denúncia de que servidores estavam sem condições de trabalho no local, a conclusão foi de que o principal hospital do Estado vive situação crítica de desabastecimento, gerando risco para profissionais e pacientes.
A notificação dará um prazo até quarta-feira, dia 26, para que o plano seja apresentado pelos técnicos do hospital e o cumprimento deve ser imediato. A única forma de evitar a redução dos atendimentos e o fechamento gradativo de alguns setores, dada a gravidade da situação, segundo a coordenadora das auditorias da Saúde da SRTE-GO, Jacqueline Carrijo, seria se o governo do Estado fizesse o repasse para a organização social (Instituto Gerir), responsável pela gestão do hospital, de valores que não foram pagos em meses anteriores. "Estão faltando produtos em todos os setores. Sem dinheiro, não tem como pagar fornecedores", diz ela.
Conforme dados do Portal da Transparência, existe um total acumulado desde o mês de junho deste ano de R$ 29,5 milhões que ainda falta ser repassado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para a organização social. A maior parte deste montante (R$ 21,1 milhões) consta como valor a ser pago referente ao mês de junho. O restante (R$ 8,4 milhões) é o que faltou ser pago no mês passado. Em resposta ao POPULAR, a SES-GO alega que tem efetuado os pagamentos de acordo com o cronograma de repasses da Secretaria da Fazenda de Goiás (Sefaz) e que eles estão sendo feitos periodicamente.
Inviável
Sem o dinheiro, reconhece a direção do Hugo, que respondeu a reportagem via assessoria de comunicação, é impossível realizar medidas mais efetivas para amenizar as consequências da falta de insumos. Jacqueline esteve por dois dias visitando os setores do hospital para fazer o diagnóstico da situação e diz ter presenciado a falta de produtos básicos, com ausência de medicamentos necessários em todas as farmácias do Hugo. "Está faltando tudo. Algodão, antibiótico, luvas… Hoje eu vejo que eles têm trabalhado num sistema de substituição, mas não existe medicina substitutiva", diz ela, referindo-se ao fato de que não tendo o medicamento ideal para o paciente, os profissionais indicam o que está disponível na farmácia do hospital.
Essa prática, no entanto, frisa Jacqueline, além de limitar o poder de atuação profissional, gera riscos para os dois lados, incluindo o paciente, é claro. O contexto de insegurança no trabalho está configurado, conforme a auditora, e já gera consequências aos profissionais que atuam com estresse elevado e ansiedade que já tem tirado o sono de alguns. "Conversei com a equipe técnica toda do Hugo e eles concordaram em adotar o plano de emergência, diante da situação crítica", conta. Plano este, destaca Jacqueline, que possui caráter de interdição paulatina, pois significa o fechamento gradativo dos setores, caso a crise se prolongue.
O hospital informa que todos os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados normalmente e que os esforços estão sendo somados para regularizar o abastecimento. Jacqueline diz, no entanto, que o presenciado por ela foi um "esforço hercúleo" que já não consegue mais camuflar a realidade. Nesta sexta-feira (21), ela retornou à unidade para conversar novamente com os responsáveis pelas farmácias de cada um dos andares do Hugo e diz ter colhido provas que configuram a situação crítica e que serão encaminhadas ao Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO).
O "espelho" do estoque, colhido nesta sexta-feira por ela e que relaciona os medicamentos disponíveis, é a prova oficial que documenta a falta de insumos essenciais. A SES-GO não informou se existe uma previsão de quando o repasse do dinheiro será feito. Enquanto isso não ocorre, as interrupções de serviços se darão de maneira gradativa, pois, explica Jacqueline, não pode parar abruptamente as atividades de um hospital como o Hugo.
Parentes relatam falta de insumos
Mãe de um paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a dona de casa Etelvina Nunes Barbosa, de 45 anos, conta que o filho, Nelcimar Nunes Nascimento, 33, teve a cirurgia remarcada por falta de insumos. "Meu filho está internado desde domingo (16). Ele foi pular em um poço em Piracanjuba (cidade da família) e bateu com a cabeça", explica. Segundo ela, ele teve a cirurgia marcada para a última quarta-feira, chegou a ser anestesiado e levado ao centro cirúrgico durante à tarde, mas retornou às 21 horas com a notícia de remarcação do procedimento para a tarde desta sexta-feira.
"O médico disse que não pôde fazer o procedimento porque faltava uma 'escovinha'", diz ela, que saiu da visita desta sexta-feira com notícia de remarcação. Desta vez, segundo a dona de casa, que deixou o local com a tia do filho, Deuzilene Jacinto do Nascimento, de 27 anos, o motivo dado pelo médico foram complicações hospitalares apresentadas por Nelcimar, mas disse não acreditar nisso. A tia do paciente relatou ao POPULAR que os próprios médicos disseram a ela que a equipe era muito boa, mas que não tinha medicamentos para executar determinados procedimentos. "Eu acho que se tivessem as coisas, eles fariam a cirurgia em meu sobrinho de qualquer jeito", afirma Deuzilene.
A mãe do paciente está desde domingo na capital. Ela só pôde voltar à Piracanjuba nesta sexta-feira, que fica a 85 quilômetros de Goiânia, graças à ajuda da prefeitura do município, que auxilia nos dias de semana com a oferta do transporte. Nos finais de semana, ela precisa gastar com a passagem de R$ 28,00.
A acompanhante da aposentada, Francisca Gomes de Sousa, de 89 anos, conta que ouviu comentários dentro do hospital sobre a falta de medicamentos. Desempregada, Paula Fernanda Alves de Lima, de 28 anos, relata que a tia está de alta na UTI do hospital. No entanto, ela não foi transferida para a enfermaria por falta de vagas. Em uma de suas visitas ao leito da tia, ela diz ter escutado conversa entre uma médica e as enfermeiras da UTI. Paula ouviu que não havia soro fisiológico de 250 ml no hospital. Questionado nesta sexta-feira pelo POPULAR, o Hugo não especificou exatamente quais são os insumos estão em falta. (Dayrel Godinho é estagiário do Convênio GJC e PUC-GO)
Médicos fizeram denúncia ao sindicato da categoria sobre desabastecimento no Hugo
O secretário de comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), o médico Rafael Cardoso Martinez, esteve nesta sexta-feira (21) à tarde no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e explicou que os médicos denunciaram ao sindicato a falta de medicamentos e insumos necessários para a atividade hospitalar. "Sempre está faltando algum tipo de insumo necessário, como luvas, fios etc… Tem dias que falta alguma coisa e chega outra, mas sempre tem faltado algum tipo de material", diz ele, que também aponta a questão financeira como o principal motivo para a situação.
"Se não houver capacidade financeira, o hospital enfrentará dias mais difíceis, podendo haver paralisações", anuncia. Ainda segundo Martinez, o Simego aguardará o andamento das vistorias para tomar as medidas cabíveis. A mesma denúncia levada ao Sindicato foi apresentada ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), que vem acompanhando a realidade do Hugo, com vistorias semanais há quase um mês. Há 20 dias, conforme o presidente do Conselho, o médico Leonardo Reis, a diretoria decidiu dar um prazo até o dia 10 de outubro para a administração do Hugo corrigir as incongruências verificadas durante as visitas da fiscalização do Cremego.
Para Leonardo, a situação crítica do hospital é o reflexo de um desmonte da estrutura que é recente e tem apresentado consequências imediatas. "É aquela coisa, você começa bem e depois acaba sucateando o hospital aos poucos por falta de recursos", diz ele, referindo-se ao fato de que a gestão do Hugo vinha apresentando bons resultados inicialmente. "De repente, o Estado deixa de cumprir com as obrigações contratuais e atrapalha o andamento da gestão hospitalar", afirma. Novas vistorias serão feitas nas próximas semanas pelo Cremego.
Dificuldades refletem na contratação de funcionários
A falta de insumos básicos não tem sido a única variável que complica a gestão da principal unidade de saúde do Estado, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que vive agora a ameaça de paralisação gradativa das atividades. Presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, relata também a falta de funcionários e a dificuldade de repor os quadros, diante da crise financeira vivenciada pela gestão da unidade, que é de responsabilidade da organização social Instituto Gerir.
"Não tem como contratar mais funcionários, porque não tem dinheiro. Eles sabem que está faltando profissional, mas estão impossibilitados por causa da falta de repasses", diz ela, referindo-se ao não pagamento de R$ 29,5 milhões por parte do governo do Estado desde o mês de junho deste ano. Em alguns departamentos, como é o caso da enfermagem, relata Flaviana, a seleção de novos servidores chegou a ser feita e os currículos estão separados, mas não tem como chamar as pessoas para trabalhar. "A coordenação de enfermagem já selecionou mais cinco profissionais para começar a atender e ajudar a sair do arrocho e da sobrecarga, mesmo que ainda não seja o suficiente, porque eles precisam de mais do que isso, mas está aguardando a autorização para contratar", conta.
A situação tem refletido também, segundo ela, no pagamento dos salários dos profissionais que vem sendo feito por volta do dia 18 e 20 de cada mês. Ela afirma que o Hugo enfrenta dificuldades desde quando os repasses do governo começaram a atrasar, e isso não seria algo recente. "É coisa de um ano, um ano e meio atrás. E está virando uma bola de neve", diz. Em relação aos salários dos médicos, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Leonardo Reis, diz não saber como anda a situação, pois os contratos são feitos no modelo chamado "quarteirização", ou seja, de pessoa jurídica para pessoa jurídica. Isso dificulta o acompanhamento, pois as peculiaridades são diferentes em cada relação contratual. (22/09/18)
……………………………………..
Famílias vão à Justiça para terapia por planos
Heitor tinha pouco mais de dois anos de vida quando foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA). No momento em que sua mãe, a paulista Josiane de Paula Mariano, recebeu a notícia, ela ainda não sabia, mas ali começava uma luta que envolvia não só as dificuldades para se dedicar mais ao filho como li dar com um sistema de saúde despreparado.
A não existência de protocolos, um rol de procedimentos limitados, falta de profissionais especializados e pouca informação marcam o cenário do atendimento à pessoa com o transtorno no Brasil. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças são autistas no mundo e, segundo pesquisa do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de abril deste ano, nos Estados Unidos, 1 em cada 59 crianças de oito anos têm autis mo. Não existem dados específicos do Brasil.
Duas cartilhas do Ministério da Saúde dão as diretrizes para o tratamento de pessoas com TEA, que focam equipes mui ti disciplinares e atendimento individualizado, tanto na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar. Uma delas é a Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com TEA e a outra é a Linha de cuidado para atenção às pessoas com TEA e suas famílias na rede de atenção psicossocial.
Entretanto, não há protocolos que digam quais métodos e passos devem ser aplicados no tratamento desses pacientes. E, para quem não depende da rede pública e custeia um convênio particular, a situação não fica mais fácil – ter acesso a iodos os tratamentos exige trâmites burocráticos e vagarosas batalhas judiciais.
Essa foi a situação encontrada por Josiane e seu filho Heitor. Duran te dois anos, o meni -no passou pelo tratamento que o plano disponibilizava, até que, em conversa com pais e pesquisas, ela descobriu a tal terapia ABA. Contatou o seu plano de saúde pedindo o cus teio, que se negou justificando que as terapias de análise do comportamento não estão no rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde (ANS).
MÉTODO
O ABA que Josiane ouviu falar é, na verdade, a sigla em inglês da análise do comportamento aplicada, um método de intervenção que pode ser usado em muitas esferas da sociedade, inclusive em terapias para autistas. O profissional responsável é um analista do comportamento, geralmente psicólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos e fonoaudiólogos.
"Não existe uma estratégia única, porque ABA é uma ciência aplicada de maneira diferente para cada paciente", detalha Luiza Guimarães, psicóloga que trabalha com crianças com TEA usando a abordagem da ABA. "O trabalho é totalmente individualizado e inclui uma série de estratégias para o ensino da criança. " Josiane entrou com uma ação judicial e, após um mês, conseguiu uma liminar favorável para começar a terapia ABA. "Foi o único tratamento no qual eu vi evolução de fato no meu filho. Ele voltou a falar, conseguiu desenvolver várias habilidades que não tinha. Hoje, o Heitor vai fazer oito anos e frequenta uma escola regular e tudo isso é fruto de Ler começado um tratamento adequado desde cedo." Heitor tem uma rotina intensa: faz terapias ABA todos os dias, tem terapia ocupacional, fonoaudiologia e hidro terapia. (AE)
Advogada critica decisão de planos de saúde
A advogada especializada em direito à saúde Esteia Tolezani, explica que os planos negam o reembolso de terapias específicas ou limitam o número de sessões por causa do rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), mas isso está errado: "Os planos tratam o rol como se fosse taxativo, o direito do cliente considera que ele é exemplificativo e, felizmente, esse é o entendimento do judi ciário", comentou.
A especialista conta que, por isso, quase a totalidade dos casos que pedem o custeio pelo plano das terapias específicas para autistas tem resultados favoráveis aos clientes. "A pessoa precisa do profissional especializado, porque quem não é especializado para atender pacientes com TEA não vai suprir a necessidade", afirmou Esteia.
O médico Cadri Aiassuda, representante da Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), explica que as operadoras ainda estão aprendendo, pois em meio ao que ele chama de "excesso de liminares", há falta de informação sobre os profissionais envolvidos, o tempo necessário de terapias e a exigência ou não de especialização. (24/09/18)
……………………..
DIÁRIO DA MANHÃ
Álcool matou mais de 3 milhões de pessoas no mundo em 2016, aponta OMS
O consumo de álcool foi o responsável pela morte de mais de 3 milhões de pessoas no mundo em 2016, representando uma em cada 20 mortes. O alerta foi divulgado hoje (21) pela Organização Mundial da SAÚDE (OMS). O relatório global sobre o consumo global de álcool e suas consequências adversas para a SAÚDE aponta que os homens representam mais de três quartos das mortes. No geral, o uso nocivo do álcool causa mais de 5% das doenças no mundo.
Segundo a OMS, 28% das mortes relacionadas ao álcool são resultado de lesões, como as causadas por acidentes de trânsito, autolesão e violência interpessoal; 21% se devem a distúrbios digestivos; 19% a doenças cardiovasculares e o restante por doenças infecciosas, câncer, transtornos mentais e outras condições de SAÚDE.
Mundialmente, o álcool foi responsável por 7,2% das mortes prematuras (de pessoas com menos de 69 anos) em 2016. Além disso, 13,5% mortes entre pessoas entre 20 e 29 anos de idade são atribuídas ao álcool.
A estimativa da organização é que 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofram com transtornos relacionados ao consumo de álcool, com maior prevalência entre homens e mulheres na região Europeia (14,8% e 3,5%, respectivamente) e na região das Américas (11,5% e 5,1%, respectivamente). O relatório indica que os transtornos por uso de álcool são mais comuns em países de alta renda.
"O álcool frequentemente fortalece as desigualdades entre e dentro dos países, dificultando a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que exige que as desigualdades sejam reduzidas. Danos provocados por uma determinada quantidade de bebida é maior para os consumidores mais pobres e suas famílias do que para consumidores mais ricos. Este padrão de maior "dano por litro" é encontrado para muitos prejuízos causados pelo álcool", aponta o relatório.
Consumo
A estimativa da OMS é que 2,3 bilhões de pessoas consumam álcool atualmente. O consumo representa mais da metade da população das Américas, Europa e Pacífico Ocidental.
O consumo médio diário de pessoas que bebem álcool é de 33 gramas de álcool por dia, o equivalente a dois copos (cada um de 150 ml) de vinho, uma garrafa grande de cerveja (750 ml) ou duas doses (cada uma de 40 ml) de bebidas destiladas. A Europa registra o maior consumo per capita do mundo, embora esse tenha diminuído em mais de 10% desde 2010.
O estudo aponta que, nas regiões da África, Américas, Mediterrâneo Oriental e Europa, a porcentagem de consumidores diminuiu desde 2000. No entanto, aumentou na região do Pacífico Ocidental de 51,5% em 2000 para 53,8% hoje e permaneceu estável no sudeste da Ásia.
Perfil
Em todo o mundo, 27% dos jovens com idade entre 15 e 19 anos consomem álcool atualmente. As taxas de consumo são mais altas entre os jovens de 15 a 19 anos na Europa (44%), seguidas das Américas (38%) e do Pacífico Ocidental (38%). Globalmente, 45% do total de álcool é consumido na forma de bebidas alcoólicas. A cerveja é a segunda bebida em termos de consumo puro de álcool (34%), seguida do vinho (12%).
Por outro lado, o estudo indica que mais da metade (57% ou 3,1 bilhões de pessoas) da população global com 15 anos ou mais se absteve de consumir álcool nos últimos 12 meses.
A perspectiva da OMS é que até 2025, o consumo total de álcool per capita em pessoas com 15 anos ou mais de idade aumente nas Américas, no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental.
"É improvável que isso seja compensado por quedas substanciais no consumo nas outras regiões. Como resultado, o consumo total de álcool per capita no mundo pode chegar a 6,6 litros em 2020 e 7,0 litros em 2025, a menos que as tendências crescentes de consumo de álcool na Região das Américas e no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental sejam interrompidas e revertidas", afirma o relatório.
O consumo de álcool entre as mulheres diminuiu na maioria das regiões do mundo, exceto nas regiões do sudeste asiático e do Pacífico Ocidental, mas o número absoluto de mulheres que bebem atualmente aumentou no mundo.
Ao todo, 95% dos países têm impostos sobre o consumo de álcool, mas menos da metade deles usa outras estratégias, como a proibição de vendas abaixo do CUSTO ou descontos por volume. A maioria deles tem algum tipo de restrição à publicidade de cerveja, com proibições totais mais comuns para televisão e rádio, mas menos comuns para a internet e mídias sociais. (22/09/18)
………………..
Futuro presidente terá de enfrentar financiamento do SUS
Por Luiza Damé – Repórter da Agência Brasil Brasília
A revitalização do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo atendimento exclusivo de cerca de 75% da população brasileira, hoje estimada em 208,5 milhões de pessoas, está entre os principais desafios do próximo presidente da República, juntamente com a segurança pública e a geração de empregos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS é um dos maiores sistemas de saúde do mundo: em 2017 foram realizados 3,9 bilhões de atendimentos na rede credenciada.
Entre os procedimentos mais frequentes, ao longo do ano passado, estão, por exemplo, consulta médica em atenção básica e especializada, visita domiciliar, administração de medicamentos em atenção básica e especializada, aferição de pressão arterial e atendimento médico em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A estrutura do SUS em todo o Brasil envolve 42.606 unidades básicas de saúde e o mesmo número de equipes do programa Saúde da Família, 596 UPAs, 2.552 centros de atenção psicossocial (Caps), 1.355 hospitais psiquiátricos, 436.887 leitos, 3.307 ambulâncias, 219 bancos de leite humano e 4.705 hospitais conveniados (públicos, filantrópicos e privados).
Para financiar essa rede de atendimento, a pasta da Saúde tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. Em 2018, a previsão no Orçamento Geral da União é de R$ 130,2 bilhões, sendo R$ 119,3 bilhões para ações e serviços públicos. Quem está na ponta do sistema, no entanto, reclama de subfinanciamento da saúde pública.
Diagnóstico
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela, as verbas federais são "absolutamente insuficientes" para custear o sistema público, o que vem obrigando os estados e os municípios a ampliarem sua participação. Isso, conforme Vilela, resulta em hospitais privados conveniados quebrando, filantrópicos endividados e atendimento precário nos hospitais públicos. "Se o próximo presidente não resolver a questão do financiamento, o sistema vai entrar em colapso", afirmou.
O diagnóstico do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, segue a mesma linha. "Os repasses federais vêm caindo nos últimos tempos. Não levam em conta aumento da população, nem o aumento do desemprego que joga mais pessoas no SUS, nem o envelhecimento da população, com consequente aumento das doenças crônicas. Também não considera os avanços tecnológicos, que custam caro", argumentou.
Cálculos feitos pelos dois conselhos, com base em dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, mostram uma linha decrescente no fluxo de recursos federais para financiamento da saúde pública. Em 1993, a participação da União era de 72%, dos municípios, 16%; e dos estados, 12%. Em 2002, a União entrou com 52,4% das verbas, os municípios, com 25,5%; e os estados, com 22,1%.
No ano passado, a União aplicou R$ 115,3 bilhões em saúde, o que representa 43,4% do total de recursos públicos investidos no SUS. Os municípios entraram com R$ 81,8 bilhões (30,8%), e os estados com R$ 68,3 bilhões (25,8%).
Os dois secretários reconhecem a necessidade de melhorar a gestão do sistema público, por meio do treinamento e capacitação de gestores dos hospitais e unidades de saúde, mas argumentam que, ainda assim, a verba é insuficiente para atender a demanda da população. Segundo Vilela, a crise econômica, além de reduzir a arrecadação de impostos, colocou no sistema os trabalhadores desempregados que perderam planos de saúde, sobrecarregando ainda mais a rede pública. "Até para melhorar a gestão precisamos de mais recursos, pois um dos caminhos, a informatização, custa dinheiro", disse.
Para o Conasems, um dos caminhos para ampliar o financiamento da saúde pública é a revisão da política de isenções fiscais concedidas a setores produtivos. "As desonerações representam mais do que o dobro do orçamento do Ministério da Saúde", afirmou. Além disso, os conselhos defendem revisão das competências dos três entes da Federação e da repartição da arrecadação, bem como de leis que engessam a administração pública, refletindo diretamente na gestão do sistema de saúde.
Referência
Apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde vê no SUS áreas de referência mundial. São bons exemplos a terapia antirretroviral, o sistema público de transplantes, o programa de imunizações, o banco de leite materno e a assistência farmacêutica. O SUS fornece 22 antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas, para o tratamento de portadores do HIV em todo o país. A organização do banco de leite humano brasileiro é referência para 40 países, sendo que 23 têm cooperação internacional com o Brasil para utilização do modelo.
Segundo o Ministério da Saúde, o SUS mantém o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, servindo de referência para outros países. No Brasil, 87% dos transplantes de órgãos sólidos são feitos no SUS, cujo paciente tem acesso à assistência integral – exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplantes.
A rede brasileira tem centrais de transplantes nas 27 unidades da Federação e conta com 13 câmaras técnicas nacionais, além de 494 estabelecimentos que realizam transplantes e 1.244 equipes habilitadas. Há também 70 organizações de busca de órgãos e 62 bancos de tecidos. (22/09/18)
…………………………………..
JORNAL OPÇÃO
Chip da beleza: conheça o implante usado como anticoncepcional, contra TPM e endometriose
Por Marcelo Gouveia
Especialista comenta benefícios de procedimento que promete auxiliar também na reposição hormonal na menopausa e que traz efeitos secundários estéticos desejados pelas mulheres
Os incômodos da menstruação, como cólicas, inchaço e TPM, são pautas comuns entre mulheres; e não é para menos. Segundo um estudo do Instituo Women’s Health, cerca de 85% delas sofrem com estas condições. O que poucas sabem, no entanto, é que já existem procedimentos que podem eliminar essas inconveniências e ainda deixar suas roupas folgadas, diminuir a retenção de líquidos e celulite, aumentar a libido, disposição, e a força muscular para treinar. São os famosos chips da beleza.
Quem conta mais sobre o Implante Hormonal ELMECO, como é chamado oficialmente, é a médica carioca que já se considera goiana de coração, ginecologista e obstetra especialista em Fisiologia Hormonal, Dra Trícia Barreto. De início ela explica o que é e como funciona esse implante tecnológico desenvolvido pelo médico pesquisador, Professor Dr Elsimar Coutinho.
“O famoso chip da beleza como foi apelidado pela mídia, é um tubinho da espessura de um palito de fósforo que mede aproximadamente cinco centímetros. Este material é pré-invasado com hormônio e inserido no subcutâneo da região dorsal da paciente, e liberado gradativamente no decorrer de um ano, deixando a mulher sob os efeitos da terapia durante este período” explica a médica.
Trícia lembra, porém, que não é qualquer pessoas que pode implantar o chip. “É realizada uma triagem com a paciente durante a consulta médica, incluindo anamnese, exame físico e exames de imagem e laboratório para, então, sabermos se a mulher está apta”, assinalou.
Se a mulher puder implantar o chip após a triagem, Trícia reforçou que o implante terá que ser feito todo ano para que os resultados continuem funcionando. Uma de suas pacientes, a bancária Ana Flávia Montserrat, de 26 anos, aceitou falar com a reportagem e contou como tem sido a experiência.
“Eu resolvi seguir um estilo de vida saudável em abril desse ano por que minha auto-estima estava muito baixa. Tinha muita oscilação no meu humor, sentia cansaço, era muito ansiosa e sabia que meus hormônios não estavam controlados por causa do uso de anticoncepcional”, contou Ana Flávia, que decidiu aí procurar uma ginecologista para saber o que fazer.
“Quando encontrei a Dra Trícia, fiz os exames de rotina, ela analisou o que seria melhor pra mim e descobrimos que podíamos potencializar os resultados de um tratamento com o implante. Com 25 dias já vi uma alteração significativa no meu humor, não tive TPM, meu desempenho na academia melhorou, durmo melhor e acordo mais disposta”, afirmou a bancária, garantindo que foi a melhor decisão que teve até hoje.
Ana Flávia disse, também, que pretende continuar com o tratamento, porém, seguindo estilo de vida saudável. “Às vezes as pessoas não têm consciência do que se trata e acham que haverá um milagre somente com o implante e se frustram. Mas uma vez que você escolheu ter um estilo de vida saudável, tem disciplina, foco e auxílio do chip, seu sonho vira realidade, como o meu virou”, concluiu.
Trícia, que acompanhou toda a evolução de Ana Flávia antes e após o implante, alerta que ele é produzido especificamente para cada mulher e, por isso, a avaliação realizada pelo
médico capacitado e treinado para trabalhar com o produto é tão importante. “A indicação médica, o peso da paciente, os hábitos de vida dela, expectativas, enfim, tudo isso irá determinar quais serão os hormônios usados e qual sua quantidade”, assinala.
Críticas
Críticas
Como qualquer procedimento que ganha fama na mídia, aponta prós e contras, mas, apesar das críticas ao dispositivo, Trícia defendeu que o problema não está no produto, mas em seu mau uso. “Isso faz toda a diferença, pois o Implante é mais uma alternativa para o tratamento da paciente, obedecendo uma indicação médica criteriosa, não devendo ser prescrito para fins estéticos, pois ele é infinitamente mais que isso”, arrematou.
………………………………….
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação