Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 16 A 18/02/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Bebê fica internado em cadeira de hospital por falta de leito, em Goiânia
Justiça condena clinica a indenizar mulher que ficou com sequelas após cirugia em Jataí
Repasses
JATAÍ | Mulher será indenizada em R$ 600 mil por clínica após ficar com sequelas permanentes
Frente Parlamentar da Medicina discute com ministro da Saúde criação da carreira médica de Estado
Unimed Goiânia: é preciso responsabilidade na implantação da telemedicina
CFM irá rever norma sobre consulta online
Reposição hormonal na menopausa garante massa óssea
Laboratórios atraem investimentos

TV ANHANGUERA/GOIÂNIA

Bebê fica internado em cadeira de hospital por falta de leito, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/bebe-fica-internado-em-cadeira-de-hospital-por-falta-de-leito-em-goiania/7390043/
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Justiça condena clinica a indenizar mulher que ficou com sequelas após cirugia em Jataí
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/justica-condena-clinica-a-indenizar-mulher-que-ficou-com-sequelas-apos-cirugia-em-jatai/7389748/
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O POPULAR

Repasses
O presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, se reunirá amanhã com o presidente do Ipasgo, Sílvio Fernandes. Na pauta, a reivindicação do pagamento das faturas de novembro de 2018 devidas aos médicos.
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MAIS GOIÁS

JATAÍ | Mulher será indenizada em R$ 600 mil por clínica após ficar com sequelas permanentes

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) publicou nesta última sexta-feira (15/02), que uma paciente será indenizada em R$ 600 mil após submeter-se a cirurgia plástica reparadora de mama e abdômen e ficar com sequelas motoras e psicológicas permanentes.
O caso aconteceu em junho de 2003 na Clínica Santa Clara, em Jataí (GO), cidade a 320 quilômetros de Goiânia.
Devido as complicações após a anestesia, hoje a mulher precisa de ajuda para tarefas simples, como alimentação e higiene pessoal.
O juiz Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro, da 2ª Vara Cível e Fazendas Públicas, sentenciou a indenização por danos morais de R$ 600 mil, sendo 20% para ser arcado pelo médico anestesista e o restante pela clínica.
A indenização será dividida em R$ 400 mil para a paciente e R$ 200 mil para seu marido, que a representou na ação.
"A repercussão do caso no meio social foi intensa, e além de vinculado na imprensa, a vítima teve seu direito da personalidade violado pelos réus, a partir do momento que foi privada de viver normalmente", destacou o juiz.
Cirurgia
Consta nos autos que a cirurgia plástica de C.M.R.N transcorreu normalmente.
Ela foi levada para o quarto cerca de 30 minutos após o término do procedimento, ainda sedada.
Os familiares perceberam que ela estava pálida, com aspecto cadavérico e a pele gelada.
A técnica em enfermagem acionou um médico para fazer massagem cardíaca na paciente, a qual foi transferida para Goiânia de avião, sendo internada no Hospital Neurológico.
Negligência
Para constatar a negligência por parte do anestesista, o juiz constatou através de depoimentos, que não foi obedecido a resolução do Conselho Federal de Medicina em vigor na época, a qual determina ser indispensável consulta com o paciente antes de qualquer anestesia – o que não ocorreu.
"O anestesista agiu com dupla negligência: não conheceu das condições clínicas da paciente com a devida antecedência e concedeu a alta precoce do centro cirúrgico", afirma o magistrado.
Sentença
Na sentença, verificou-se que a Clínica Santa Clara não dispunha de médico plantonista e enfermeira responsável trabalhando no horário da internação da paciente, dentre outras irregularidades, como ausência de sala de recuperação pós-anestésica e central de materiais esterilizados.
Meses depois do caso, o setor de internação foi interditado por não cumprir exigências do Ministério da Saúde.
Ainda conforme a sentença, a paciente deverá receber pensão mensal vitalícia de um salário mínimo, uma vez que ela ficou incapacitada de exercer qualquer trabalho.
A reportagem entrou em contato com a Clínica Santa Clara, mas, não teve retorno até o fechamento desta matéria.
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AGÊNCIA CÂMARA

Frente Parlamentar da Medicina discute com ministro da Saúde criação da carreira médica de Estado
A carreira médica de Estado é a principal bandeira de luta da Frente Parlamentar da Medicina. Para isso, será necessária a revisão da forma como é organizado o atual Programa Mais Médicos.
A frente defende um modelo com mais transparência e eficiência na aplicação dos recursos, com prioridade para médicos brasileiros e a exigência de revalidação para os formados no exterior.
O presidente da frente, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), ressalta a carência de médicos em localidades no interior do País como o grande desafio a ser vencido.
Para ele, a criação da carreira médica de Estado é o caminho. Nós achamos que é a maneira mais adequada de ocuparmos espaços nesses vazios assistenciais do País.
Óbvio, e o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, sabe disso, que nós não podemos de supetão acabar com o programa Mais Médicos.
Nós temos de encontrar uma maneira, uma transição entre esse modelo do Mais Médicos e aperfeiçoá-lo através de uma carreira médica de Estado.
Na quarta-feira (12) houve de deputados da frente com os médicos que compõem o Instituto Brasil de Medicina e o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
Durante o evento, o ministro informou estar preparando a construção dessa carreira, o que deverá ser feito em parceria com o Congresso.
Ele sugere, por exemplo, o rodízio de médicos em localidades remotas. Porque é muito difícil você ter um plano de carreiras dentro de áreas remotas , ponderou.
Bandeiras
As outras bandeiras de luta da Frente Parlamentar da Medicina são: a suspensão da abertura de Escolas de Medicina até que sejam aprovadas regras claras para isso; a rediscussão do modelo de saúde brasileiro do SUS aos planos de saúde suplementar; e a aprovação de leis que protejam os médicos da violência no local de trabalho e punam os agressores.
A frente parlamentar já conta com o engajamento de 198 deputados e 12 senadores.
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A REDAÇÃO

Unimed Goiânia: é preciso responsabilidade na implantação da telemedicina
Medida entra em vigor 3 meses após publicação

Goiânia – Médicos brasileiros poderão realizar consultas on-line, assim como telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento a distância. É o que estabelece a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 2.227/18, que será publicada nesta semana.

Elaborada após inúmeros debates com especialistas e baseada em rígidos parâmetros éticos, técnicos e legais, a norma abre portas à integralidade do Sistema Único e Saúde (SUS) para milhões de pessoas, atualmente vítimas da negligência assistencial.

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, trata-se de um novo marco para o exercício da medicina. “As possibilidades que se abrem no Brasil com essa mudança normativa são substanciais e precisam ser utilizadas pelos médicos, pacientes e gestores com obediência plena às recomendações do CFM. Acreditamos, por exemplo, que na esfera da saúde pública essa inovação será revolucionária ao permitir a construção de linhas de cuidado remoto, por meio de plataformas digitais”, destacou Vital.

Segundo ele, além de levar saúde de qualidade a cidades do interior do Brasil, que nem sempre conseguem atrair médicos, a telemedicina também beneficia grandes centros, pois reduz o estrangulamento no sistema convencional causado pela grande demanda, ocasionada pela migração de pacientes em busca de tratamento.

O ponto de partida para a elaboração da recém-aprovada Resolução, segundo o conselheiro federal Aldemir Soares, relator da medida, foi colocar a assistência médica no País em sintonia com os avanços das tecnologias digitais e eletrônicas, hoje tão dinâmicas e presentes no cotidiano das pessoas. “Com esta norma, o CFM acompanha a evolução tecnológica, buscando garantir a segurança na assistência a pacientes”, explica.

Para assegurar o respeito ao sigilo médico, por exemplo, um princípio ético fundamental na relação com pacientes, todos os atendimentos devem ser gravados e guardados, com envio de um relatório a cada paciente. “Sempre deverá ser mantida a confidencialidade, pois precisamos ter certeza de que não haverá vazamento das informações trocadas entre médico e paciente, seja por meio da atuação de hackers, ou por indiscrição dos profissionais”, destacou Soares.

Outro ponto importante será a concordância e autorização expressa de cada paciente ou seu representante legal − por meio de consentimento informado, livre e esclarecido, por escrito e assinado – sobre a transmissão ou gravação de suas imagens e dados.

A Resolução CFM nº 2.227/18, que entra em vigor três meses após a data de sua publicação, ainda define e detalha os requisitos necessários para a realização de cada um dos procedimentos ligados ao tema, como telemedicina, teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, telecirurgia, teleconferência, teletriagem médica, telemonitoramenteo, teleoientação e teleconsultoria.

Durante esse período de três meses, a resolução estará em momento de consulta e eventualmente poderá ser modificada. Para o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria, é preciso haver extrema responsabilidade na implantação da telemedicina. “O processo deve ser seguido de um rígido acompanhamento para evitar que a mediação tecnológica substitua a relação médico-paciente, que é aspecto fundamental da humanização do atendimento”, afirma ele.

Teleconsulta
A resolução estabelece que a telemedicina é o "o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde", podendo ser realizada em tempo real (síncrona), ou off-line (assíncrona). Já a teleconsulta é a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos.

A primeira consulta deve ser presencial, mas no caso de comunidades geograficamente remotas, como florestas e plataformas de petróleo, pode ser virtual, desde que cada paciente seja acompanhado por profissionais de saúde. Nos atendimentos por longo tempo ou de doenças crônicas, é recomendada a realização de consulta presencial em intervalos não superiores a 120 dias.

Soares explica que, com a tecnologia atual, já é possível a realização de exames de ouvido ou de garganta à distância, sendo necessária apenas a presença de um profissional de saúde do outro lado para ajudar a pessoa enferma. Nesses casos, são necessários computador, câmera e o equipamento da especialidade.

A resolução também estabelece regras para as teleconsultas, como a concordância de cada paciente com este tipo de atendimento, o armazenamento das informações nos Sistemas de Registro Eletrônico/Digital das respectivas instituições e o encaminhamento a cada cliente da cópia do relatório de atendimento, assinado digitalmente pelo médico ou pela médica responsável pelo teleatendimento.

Estabelece, ainda, que, no caso de prescrição médica à distância, ela deverá conter identificação de profissional da classe médica, incluindo nome, número do registro no CRM e endereço, identificação e dados de cada paciente, além de data, hora e assinatura digital do médico ou da médica.

Telediagnóstico
A emissão de laudo ou parecer de exames, por meio de gráficos, imagens e dados enviados pela internet, é definida como telediagnóstico, que deve ser realizado por profissional com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área relacionada ao procedimento. Já a teleinterconsulta ocorre quando há troca de informações e opiniões entre profissionais, com ou sem a presença de pacientes, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico. É muito comum, por exemplo, quando um médico ou uma médica de Família e Comunidade precisa ouvir a opinião de outro especialista sobre determinado problema.

Na telecirurgia, o procedimento é feito por um robô, manipulado por um médico ou uma médica que está em outro local. A Resolução do CFM estabelece, no entanto, que cada profissional, com a mesma habilitação do cirurgião remoto, participe do procedimento no local, ao lado do paciente. “Com isso, garantimos que a cirurgia terá continuidade caso haja alguma intercorrência, como uma queda de energia”, explica.

A teleconferência de ato cirúrgico, por videotransmissão síncrona, também é permitida, desde que o grupo receptor das imagens, dados e áudios seja formado por profissionais da classe médica. A teletriagem médica ocorre quando é feita uma avaliação, à distância, dos sintomas para a definição e direcionamento de cada paciente ao tipo adequado de assistência necessária.

Já a teleorientação vai permitir a declaração de saúde para a contratação ou adesão a planos de saúde. Na teleconsultoria, médicos e médicas, gestores, gestoras e profissionais de saúde poderão trocar informações sobre procedimentos e ações de saúde. Por fim, o telemonitoramento, muito comum em casas de repouso para pessoas idosas, vai permitir que profissionais avaliem as condições de saúde de residentes.

“Com esse serviço, evitaremos idas desnecessárias a prontos-socorros. O médico remoto poderá averiguar se uma febre de um paciente que já é acompanhado por ele merece uma ida ao hospital”, assinala Soares.

Segurança
Para garantir a segurança das informações, os dados e as imagens de pacientes devem trafegar na internet com infraestrutura que assegure a guarda, o manuseio, a integridade, a veracidade, a confidencialidade, a privacidade e a garantia do sigilo profissional das informações.

“Não há dúvida de que esta inovação tecnológica traz uma grande contribuição para o atendimento de pacientes, mas, como em qualquer ato de saúde, o paciente precisa ter certeza de que existe uma estrutura de governança confiável no local. A qualidade e a segurança do atendimento devem ser uma prioridade nesses pontos de atendimento”, aponta Soares.

Para o relator, uma das diferenças entre a regulamentação brasileira e a dos Estados Unidos ou da União Europeia, onde já existem normas para este tipo de atendimento, é a rigidez para com a segurança das informações. Segundo a norma do CFM, cabe a cada profissional preservar todos os dados trocados por imagem, texto ou áudio entre médicos, médicas, pacientes e profissionais de saúde.

Toda empresa voltada a atividades na área de telemedicina, seja de assistência, seja de educação continuada a distância, também deverá cumprir os termos da resolução. Será obrigatório o registro da empresa que explore o serviço no Cadastro de Pessoa Jurídica do CRM da jurisdição, com a respectiva responsabilidade técnica de cada profissional regularmente inscrito.

Quando se tratar de prestador de serviços Pessoa Física, o mesmo deverá ser médico ou médica devidamente habilitado junto ao Conselho e a ele caberá estabelecer vigilância constante e avaliação das técnicas de telemedicina no que se refere à qualidade da atenção, relação médico-paciente e preservação do sigilo profissional.
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METRO
CFM irá rever norma sobre consulta online

Debate. Comunidade médica cobra mais debate sobre texto da resolução e consegue prazo de 60 dias para enviar sugestões a CFM
Após uma "má digestão" por parte da comunidade médica, a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que regulamenta o exercício das consultas virtuais entre médicos e pacientes será revista.
Os conselhos regionais deverão convocar médicos para debater as novas regras e apresentar sugestões ao CFM no prazo de 60 dias.
O texto foi publicado em 6 de fevereiro no Diário Oficial da União, mas só entra em vigor em maio deste ano.
Faltou informação Segundo o clínico geral Cristiano Estivalet, o clima entre os grupos médicos a respeito das novas regras é de "preocupação e desinformação".
"A proposta foi enviada à imprensa antes de ser divulgada para nós; a discussão sobre o assunto foi feita 'escondida' dentro do CFM. Além disso, vários pontos não ficaram claros: em caso de morte, por exemplo, quem será responsabilizado?", questiona Estivalet.
Em nota, o CFM defende que as decisões foram tomadas após dois anos de discussões, nas quais "especialistas e representantes da comunidade médica, das sociedades de especialidade e dos conselhos regionais de medicina foram convidados a participar".
No entanto, por nota conjunta, os conselhos regionais pediram a revogação da norma "para melhor discussão com a classe médica".
A maior crítica recaiu sobre a possibilidade de a 1ª consulta ser feita à distância com pacientes que vivem em regiões remotas. O texto, porém, não deixa claro que áreas são essas.
O que já existia A resolução do CFM de 2002 apenas previa a telemedicina para fins de "assistência, educação e pesquisa" e não abrangia qualquer outro tipo de serviço voltado especificamente ao paciente.
As novas regras surgem, conforme aponta Estivalet, para organizar o que já vinha sendo feito, informalmente, por alguns profissionais.
A analista de sistemas Lívia Carvalho, 36, disse que tem o costume de buscar orientações com sua ginecologista em casos emergenciais, por meio da internet. "Quando preciso, descrevo os sintomas por mensagem e ela prescreve alguma medicação, se precisar", explica.
Outras áreas Desde julho de 2018, é possível, por exemplo, psicólogos realizarem sessões por vídeo e darem consultas via WhatsApp.

Relator da nova resolução é alvo de desconfiança
Dentre os questionamentos levantados sobre a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que autoriza ao médico consultar um paciente a distância está um suposto conflito de interesses na atuação do relator da nova norma, o conselheiro Aldemir Humberto Soares, ao coordenar os debates sobre o tema.
De acordo com reportagem do "Estado de S. Paulo", profissionais ouvidos pelo veículo alegaram que o filho do relator, Aldemir Humberto Raposo Soares, trabalharia para uma empresa de telemedicina.
Ao Metro Jornal, o CFM desmentiu a acusação e disse que o filho do conselheiro "não tem participação como sócio nem é funcionário de qualquer empresa do ramo da telemedicina".
A assessoria também destacou que "todos os temas discutidos pelo CFM são amplamente debatidos em plenário, com participação de 28 conselheiros, o que garante pluralidade, transparência e isenção na tomada de decisões".

Serviço 'informal' já é oferecido
Na onda da nova resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que regulariza o atendimento on-line entre médicos e pacientes – e que só passará a valer a partir de maio -, empresas de saúde já oferecem serviços com o nome "telemedicina" em peças de publicidade.
É o caso da SulAmérica, que traz como novidade em seu aplicativo o "serviço de telemedicina" e "teleorientação", com triagens pediátricas por vídeo.
Conforme texto de lançamento do produto, "os segurados responsáveis por crianças de até 12 anos poderão solicitar uma videochamada com médico pediatra para receber orientações e tirar dúvidas".
A nova resolução, no entanto, prevê outro conceito para teleorientação – ato no qual o médico apenas envia declaração ao paciente para adesão a plano de saúde.
O outro lado Em nota, a assessoria da empresa afirmou que não se trata de uma teleconsulta, uma vez que não há "possibilidade de diagnóstico e prescrição médica" e que o objetivo do serviço é ofertar "um canal complementar de acesso ao médico pediatra para orientações não emergenciais e de baixa complexidade", "sem substituir a consulta médica tradicional e sem custo adicional"
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DIÁRIO DA MANHÃ

Reposição hormonal na menopausa garante massa óssea

Especialista afirma que decisão de realizar ou não tratamento depende de avaliação de risco
Reposição hormonal na menopausa: fazer ou não fazer? Muitas mulheres ainda têm dúvida, apesar do incômodo dos sintomas nessa fase da vida. Como todo tratamento, pode ter efeitos colaterais, apesar das muitas opções de reposição: injetável, comprimidos, adesivo, gel ou até fitoterápicos – plantas que possuem os flavonoides. O Jornal da USP no Ar conversou sobre mitos e verdades e outros pontos dessa fase da vida feminina com a doutora Rosana Maria Reis, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, do setor de Reprodução Humana.
Ela explica que, quando a paciente está com os sintomas da menopausa, é mais provável que procure ajuda médica. "Se ela apresenta as famosas ondas de calor, irritabilidade, insônia, nervosismo, diminuição da libido, ela se sente mais motivada a tratar esses sintomas. Mas esses sintomas da falta de estrogênio acontecem em cerca de metade das pacientes que entram na menopausa, e por isso existe esse dilema. Tem pacientes que não apresentam os sintomas e questionam se precisam utilizar essa medicação."
Doutora Rosana afirma que a grande vantagem de fazer a reposição hormonal é a manutenção da qualidade de massa óssea. "Quando a gente para de produzir estrogênio pelo ovário, a gente tem uma perda maior de massa óssea. Se você faz a reposição por um período – talvez uma década, que é o mais usual – você acaba retardando aqueles problemas que vai ter para a qualidade da massa óssea." Contudo, ao tomar a decisão de realizar a reposição, é preciso conhecer os riscos e as contraindicações. "Mulheres que já apresentaram algum tipo de câncer que tem uma sucessão com os hormônios, principalmente o estrogênio, por exemplo, o câncer de mama, ou então se a mulher teve algum fenômeno tromboembólico – infarto, acidente vascular cerebral, trombose nos membros inferiores. Essas são as contraindicações absolutas, mas existem outras", diz a doutora.
Para as mulheres que estão nessa fase – principalmente aquelas que não fazem reposição hormonal – existem outras formas de ter os cuidados com a massa óssea. "Nós devemos ter uma dieta rica em cálcio, de leite e derivados – tem pacientes que são intolerantes a lactose ou não gostam desses alimentos, então podem fazer a reposição de cálcio. Outra vitamina fundamental é a D. Então, nesse período, deveríamos fazer reposição com vitamina D. E ainda atividades físicas, principalmente aquelas que têm impacto. A musculação é a campeã para mobilizar a massa óssea, além de caminhada e corrida", comenta Rosana. Entre algumas novidades a respeito das recomendações, segundo a especialista, há o tempo de início da reposição hormonal. "Deveria ser antes dos 60 anos, para iniciar, ou então, até dez anos após o início da parada dos ciclos menstruais. Agora, o tempo de suspensão da medicação tem que ser muito individualizado."
A médica ressalta que há a recomendação para se realizar a reposição hormonal, mas considerando cada caso de forma diferente, pois há contraindicações. Sobre as questões que envolvem a vida sexual das pacientes, a doutora Rosana lembra: "Às vezes, mesmo a mulher fazendo reposição, ela pode apresentar, cerca de 20% delas, uma alteração, uma diminuição da lubrificação vaginal que dificulta a atividade sexual. Nesses casos, a gente precisa associar o lubrificante vaginal. E, muitas vezes, as pacientes não têm ideia dessa informação e ficam constrangidas de abordar seus médicos que elas estão tendo esse sintoma".
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VALOR ECONÔMICO

Laboratórios atraem investimentos

Julio Babecki, da L Catterton, vê perspectiva de expansão da classe média

O mercado de medicina diagnóstica, que movimenta R$ 35 bilhões e ainda é bastante pulverizado, está aquecido. Nos últimos seis meses, as gestoras de fundos de private equity Vinci e L Catterton entraram nesse setor e importantes laboratórios como Fleury, Dasa, Sabin e Ghelfond vêm promovendo aquisições.
Esse interesse é motivado por uma combinação de fatores: expectativa de retomada do mercado de planos de saúde, com a melhora na taxa de emprego; envelhecimento da população, que acaba demandando mais exames; e desenvolvimento de testes genéticos e de alta complexidade.
Além das aquisições, os fundos e as redes de medicina diagnóstica capitalizados planejam investimentos em expansão orgânica para atender a demanda futura. Daqui cerca de dez anos, o número de pessoas com mais de 65 anos no Brasil será superior à população com idade entre zero e 14 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta primeira faixa etária, o gasto médio anual com exames é de R$ 115, enquanto para os pacientes acima de 59 anos esse valor salta para R$ 654.
"Além desses fatores, decidimos investir em medicina diagnóstica no Brasil porque enxergamos um aumento da classe média, maior urbanização e um serviço público de saúde precário", disse Julio Babecki, sócio da L Catterton na América Latina, gestora americana que administra US$ 15 bilhões em ativos dos setores de consumo e serviços. A L Catterton iniciou o ano com a compra de 60,5% do laboratório Femme, em São Paulo. Com o novo acionista, a rede especializada em exames para mulheres vai investir R$ 300 milhões em cinco anos e já em 2019 planeja dobrar de tamanho, com abertura de seis unidades em São Paulo.
A rede de medicina diagnóstica Cura, que teve 70% do capital vendido à Vinci Partners em setembro, também está recebendo aportes de R$ 300 milhões para abertura de novos laboratórios e compra de concorrentes.
O Sabin, quinta maior empresa do setor, fechou seis aquisições de laboratórios nos últimos seis meses e planeja investir R$ 170 milhões em expansão neste ano. Essa quantia é 30% superior à aplicada em 2018 e será destinada para crescimento orgânico, aquisição e inovação.
O Fleury desembolsou R$ 170 milhões, em dezembro, na compra da rede carioca de laboratórios de análises clínicas Lafe. Com isso, o Fleury aumentou sua presença no Rio de 51 para 83 laboratórios.
A rede de medicina diagnóstica Ghelfond, que quase foi vendida em 2012, acaba de comprar 100% do laboratório Ecoimagem, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Com 11 unidades em São Paulo e um faturamento previsto de R$ 200 milhões neste ano, a Ghelfond conseguiu crescer mesmo num cenário de crise – nos últimos quatro anos cerca de 3 milhões de pessoas perderam o plano de saúde e outros milhares migraram para convênios médicos mais baratos.
Esse crescimento foi possível porque a Ghelfond atende clientes de planos de saúde populares e também pacientes do SUS. "As empresas foram obrigadas a redimensionar o seguro saúde, houve uma redução de categoria e fomos beneficiados. Ao mesmo tempo, aqueles que eram da base da pirâmide e perderam o benefício foram para o SUS, que também atendemos", disse o fundador e médico radiologista, Charles Ghenfold.
Questionado se haveria interesse em vender a sua rede, diante de um setor aquecido, Ghenfold diz: "Não estamos à venda, mas nada impede de ouvir propostas." E admite que constantemente interessados batem a sua porta.
A Ghelfond e concorrentes como a Alliar também enxergam possibilidade de crescer com a prestação de serviços a operadoras de planos de saúde que possuem rede própria de hospitais e clínicas, como NotreDame Intermédica e Hapvida. Essas operadoras vêm registrando um desempenho superior ao da média do setor porque conseguem controlar melhor seus custos.
"Há uma boa oportunidade na área de exames de imagem, que demanda muito investimento em equipamentos e profissionais especializados. Para a operadora verticalizada vale mais a pena ter parceria com um laboratório em vez de montar uma estrutura própria", disse Saulo Sturaro, sócio da JK Capital, que assessorou a venda do laboratório Ecoimagem para a Ghelfond neste mês.
Segundo fontes do setor, uma transação relevante que está no radar do mercado é a possibilidade de venda da fatia que a gestora de private equity Pátria detém na Alliar. O grupo montou, no ano passado, um braço de negócios para atender operadoras verticalizadas, clínicas e hospitais.
Neste cenário, as empresas de medicina diagnóstica estão apostando fortemente em tecnologia e desenvolvimento de novos exames. A Dasa, líder do setor com 250 milhões de exames processsados por ano, está investindo R$ 30 milhões em inteligência artificial, digitalização e exames de genética. Em 2018, firmou parceria com laboratórios internacionais, como o americano Quest.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação