Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24 A 26/08/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Ministro anuncia ideias para baratear os pianos de saúde
Amil indica prótese mais barata para plano de saúde econômico. Para ANS, prática é irregular
Empresa cria laboratório portátil e desafia mercado de análises clínicas
Doria sanciona lei que libera cesárea no SUS sem indicação
Por trás da nova CPMF
Tecnologia que ajuda o paciente não precisa ser cara
Melhorar a qualidade reduz custos da saúde
Foco no paciente e remuneração por resultado são desafios da saúde

O SUL

Ministro anuncia ideias para baratear os pianos de saúde

Pela primeira vez, o Conselho de Saúde Suplementar, órgão colegiado deliberativo, será convocado para se reunir para tratar da desburocratização infralegal – ou seja, se aterá a atos que não dependem do Congresso Nacional. O encontro tem como objetivo discutir medidas que revisem as normatizações e pode repercutir diretamente na redução de valores praticados por planos de saúde. O anúncio da reunião foi feito pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante o discurso na abertura do 249 Congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) e 15g Congresso do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo, na quinta-feira (22), em São Paulo (SP). As informações são do Ministério da Saúde e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
O ministro também ressaltou que a saúde suplementar precisa rever o sistema de reajuste dos planos. "Atualmente, a lógica não permite que o indivíduo como pessoa física possa adquirir um plano de saúde, basicamente, por uma questão de metodologia. Não é possível que essa metodologia aritmética, econômica e social não apresente uma fórmula que dê conforto para que o indivíduo possa contratar, bem como para o contratante", assinalou Mandetta.
No evento, destacou, ainda, o desafio do setor privado se unir à lógica do SUS, de investir na prevenção às doenças para melhoria da qualidade de vida da população e redução de custos dos tratamentos. "Quando falamos de prevenção, o setor de saúde suplementar terá que fazer uma discussão muito séria: ser um plano com o qual o indivíduo tenha o seu contrato e caso fique doente exija seus direitos. Ou outro sistema que vai lutar de maneira muito intensa pela prevenção".
Ao abordar a questão, Luiz Henrique Mandetta ressaltou que o SUS caminha de forma muito sólida para ampliar a promoção à saúde e o acesso à prevenção na Atenção Primária. Nesse sentido, o ministro citou o exemplo do Programa Médicos pelo Brasil, que contratará médicos especialistas (em regime CLT) em medicina de família e comunidade para as áreas mais carentes. Outra ação em andamento é o Programa Saúde na Hora, que já conta com a habilitação de mais de 900 Unidades de Saúde da Família, que passam a ampliar o horário de atendimento, funcionando no horário do almoço até o período noturno, além dos fins de semana. A ideia é reforçar a assistência na porta de entrada do SUS, capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde da população.
Reajuste de planos
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou no fina! de julho o percentual máximo de reajuste que poderá ser aplicado nas mensalidades dos planos de saúde individuais ou familiares com aniversário no período de maio de 2019 a abril de 2020. O índice foi estabelecido em 7,35%.
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O GLOBO

Amil indica prótese mais barata para plano de saúde econômico. Para ANS, prática é irregular
Tabela da operadora faz discriminação por tipo de contrato do usuário, o que é vedado pela regulação

SÃO PAULO – Há três semanas, médicos conveniados ao plano de saúde Amil , o maior do país em número de beneficiários, receberam uma planilha com orientações sobre os materiais a serem usados em cirurgias de fraturas de perna, joelho, fêmur e quadril. As tabelas indicam que materiais de menor preço devem ser usados nos pacientes com planos mais econômicos , numa discriminação por tipo de contrato do usuário. A prática, vedada pela regulação de planos de saúde , foi condenada por associações médicas.
A planilha divide materiais cirúrgicos como placas, parafusos e lâminas em quatro cores: verde, amarelo, bege e vermelho. A legenda diz o seguinte: "Verde tem o melhor preço e é o nosso alvo. Planos até 400 têm de estar sempre no verde. Planos de 500 para cima devem, preferencialmente, estar no verde."
Estratégia: Operadoras de planos de saúde querem voltar a vender planos individuais, mas com serviço reduzido
A Amil tem como prática comercial usar números para designar diferentes planos oferecidos aos beneficiários. Via de regra, quanto maior o número, melhor é a cobertura e mais cara a mensalidade.
Ao lado da legenda, na tabela, uma escala sinaliza que produtos na categoria "amarelo" são até 10% mais caros que os verdes; os "bege", até 20%; os "vermelhos", acima de 20%.
Para a Agência Nacional de Saúde Suplementar(ANS), órgão federal regulador do setor, a prática infringe a legislação. Em nota, a agência ressalta que a decisão sobre o material "deve respeitar a indicação clínica feita pelo médico responsável pelo paciente".
Em 2017, a ANS editou a Resolução 424 com normas para a tomada de decisão nesses casos. "Cabe ao profissional a prerrogativa de determinar as características (tipo, matéria-prima e dimensões) das órteses, das próteses e dos materiais especiais", destaca a agência.
No momento de planejar uma cirurgia, o protocolo da ANS prevê que o médico deve oferecer ao menos três opções de materiais ao plano de saúde. A operadora pode escolher um deles ou instaurar uma junta médica se discordar das escolhas dos médicos. Segundo cirurgiões ouvidos sob sigilo, a planilha da Amil é uma inversão dessa lógica e, por isso, burla a regulação.
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A multa pelo descumprimento do protocolo pode chegar a R$ 250 mil, por caso, "quando a conduta for tipificada como negativa de cobertura ao paciente", diz a agência reguladora.
A planilha cita fabricantes com qualidade reconhecida pelos médicos. O receio é que a prática abra um precedente para a inclusão de produtos de qualidade duvidosa ou que não atendam às técnicas adotadas por cirurgiões brasileiros no futuro.
Além disso, causa estranheza aos médicos a discriminação de materiais pela capacidade financeira do paciente, tema de um debate ético entre os profissionais de saúde e especialistas em defesa do consumidor.
– Essa prática contraria a legislação brasileira de planos de saúde – diz a advogada Maria Stella Gregori, diretora do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon), e que foi da diretoria do Procon-SP nos anos 90.
Carlos Alfredo Lobo Jasmin, diretor da Associação Médica Brasileira (AMB), vai além e adianta que encaminhará denuncia sobre a prática à ANS:
– Isto é ilegal e imoral. Os planos não podem diferenciar a qualidade dos materiais segundo o plano do paciente.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem desde 2010 uma norma sobre o assunto. Em resumo, o protocolo diz que "cabe ao médico determinar as características (tipo, matéria-prima, dimensões) das órteses, próteses e materiais especiais implantáveis" numa cirurgia.
O CFM lembra que os médicos não podem exigir "fornecedor ou marca comercial exclusivos". A medida visa coibir a "máfia das próteses", tema de uma reportagem do programa Fantástico (TV Globo) de janeiro de 2015.
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Na época, a reportagem mostrou que cirurgiões estavam recebendo propinas de fabricantes de materiais médicos em troca da indicação desses materiais aos pacientes. A prática criminosa previa até a realização de cirurgias sem necessidade.
O caso motivou a criação de um padrão para cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). E, na saúde suplementar, aumentou a desconfiança entre gestores dos planos e médicos na tomada de decisão sobre os materiais.
Além disso, endureceu o controle por parte das operadoras sobre as decisões tomadas pelos médicos. Para fontes que receberam a planilha, esse contexto pode estar por trás da decisão da Amil de enviar o documento aos profissionais. A empresa, no entanto, não comentou os motivos para o envio da planilha.
Procurado para comentar o caso na última quinta-feira, o UnitedHealth Group Brasil, empresa de gestão de saúde suplementar controladora da Amil desde 2012, enviou no dia seguinte uma nota em que disse trabalhar "em estreita colaboração com prestadores de serviços médicos e especialistas para sugerir protocolos de tratamento com base em evidências médicas internacionais".
A planilha, diz a empresa, é uma sugestão aos médicos "como opções para o tratamento de seus pacientes, abrangendo todos os níveis de plano de saúde". Segundo a United Health, os profissionais credenciados, portanto, "são encorajados a usar produtos que forneçam a melhor qualidade com os menores preços em um esforço para que os custos de saúde sejam viáveis".
Por ora, a ANS disse não ter recebido reclamações pela prática. Procurada, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) diz não ter conhecimento do envio de "guias de utilização de órteses, próteses e materiais especiais" pelas operadoras. Procurada, a segunda operadora do país, de acordo com ranking da ANS, a Bradesco Saúde disse não adotar a prática. A Hapvida, terceira maior do setor, não quis comentar o caso.
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GAZETA DO POVO

Empresa cria laboratório portátil e desafia mercado de análises clínicas

A tecnologia que permite testes rápidos de diversos exames fora dos laboratórios cresce e faz órgãos de regulamentação ficarem atentos
Há dois anos, Marcus Figueiredo, CEO da startup High Technology, desafiou o mercado de análises clinicas .
Em um painel para 700 especialistas, ele garantiu que a tecnologia para exames médicos fora dos laboratórios estava pronta para operar no Brasil.
Disponibilizado em diversas redes de farmácias e consultórios médicos, o negócio logo registrou um crescimento mensal de até 40% e presença em quase 100 cidades.
O alcance chamou a atenção dos laboratórios convencionais, que acionaram a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que verificasse se o mecanismo era, de fato, seguro e eficaz.
A agência reguladora liberou inicialmente todas as funcionalidades da ferramenta, mas restringiu algumas operações após nova fiscalização, em abril deste ano.
De acordo com o CEO da High Technology, alguns aparelhos chegaram a ser retirados das farmácias.
Porém, em maio, a Anvisa atendeu a uma decisão judicial que retornava o equipamento aos estabelecimentos, pondo fim à suspensão.
De acordo com a Anvisa, a suspensão se deu por dois motivos específicos: porque o produto é de uso profissional e porque a resolução RDC 44/2009 autoriza, para farmácias e drogarias somente a realização da medição de glicemia como parâmetro físico-químico.
A revisão desta norma está em discussão. No começo de agosto, o auditório da Anvisa, em Brasília, recebeu um diálogo setorial que tratou do desenvolvimento de uma proposta regulatória que normatizará a utilização, em serviços de saúde, de testes laboratoriais portáteis (TLPs) – do inglês point-of-care testing (POCT).
Participaram do debate representantes de empresas do setor regulado, servidores, universidades, gestores públicos e entidades e associações de classe de profissionais de saúde. As contribuições recebidas durante o debate vão orientar as próximas etapas da atualização do marco regulatório.
O CEO da High Technology não enxerga a Anvisa como inimiga e entende que o órgão atende a uma reação do setor para um dispositivo que acaba com a reserva de mercado.
Segundo ele, a empresa quer tornar o acesso a exames mais democrático, uma vez que quem tem plano de saúde está muito melhor assistido do que quem depende do SUS para diagnósticos.
De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 69,7% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular.
"A média de um paciente que realiza exames em laboratórios é de 15 ao ano, número três vezes maior do que aqueles que não têm possibilidade de arcar com exames particulares ou convênios", explica.
Hoje, o Hilab está liberado para diagnóstico in vitro, de classe de risco II (produtos de médio risco ao indivíduo e/ou baixo risco à saúde pública). Na prática, entram um total de 17 exames como hemoglobina, dengue, toxoplasmose, gravidez e influenza.
O equipamento já é utilizado em Curitiba para atendimento em domicílio. No Hilab GO, o paciente solicita a presença de um profissional de saúde para a realização do exame em casa.
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) acompanha o caso e reforça que os exames realizados em farmácias e drogarias devem ser gerenciados por laboratórios.
A entidade destaca que a maior parte dos erros nesse tipo de exame ocorre na fase analítica, daí a necessidade de serem realizados por pessoal treinado, com comprovação de validação metodológica e do uso de controles de qualidade.
A SBPC/ML reconhece que os testes laboratoriais remotos são uma forma de ampliar o atendimento à população e que traz benefícios quando aplicados de forma adequada.
No entanto, reforça que se faz necessária a fiscalização para que a segurança do paciente não seja colocada em risco pela emissão de resultados equivocados que possam impactar no diagnóstico, monitoramento de doenças e indicação de tratamentos adequados ao paciente.
Professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Doutor em Ciências da Saúde (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dennis Armando Bertolini, defende que testes nessa configuração servem apenas como rastreabilidade, sendo que um resultado positivo (reagente) ou duvidoso sempre necessitará de uma confirmação laboratorial.
Entretanto, ele entende que, dada as dimensões do Brasil, é importante que a acessibilidade ao diagnóstico de doenças seja ampliada.
Esse serviço é considerado seguro e preciso quanto ao diagnóstico?
Nós não temos ainda informações suficientes de que esse tipo de serviço seja seguro e preciso devido à falta de divulgação dos estudos de qualidade que devem ser feitos para a validação do teste conforme exigência da Anvisa. Eles precisam ter as mesmas características que um Laboratório de Análises Clínicas tem com relação à garantia da qualidade dos serviços prestados, para que não haja prejuízos aos pacientes. Como alguns testes já foram registrados na Anvisa, espera-se que sim. No entanto, precisaremos de mais tempo para avaliarmos a reprodutibilidade dessa metodologia.
A Anvisa tem estado alerta sobre esse serviço, inclusive, proibiu e depois liberou o uso. Como você enxerga a atuação do órgão?
Acredito que a medida de proibir foi correta, considerando que, de acordo com as normas vigentes da Anvisa (Resoluções RDC ns. 44/2009 e 302/2005) a utilização em farmácias estaria impossibilitada. A empresa responsável pelo equipamento obteve na Justiça uma liminar que retornou o equipamento nesses estabelecimentos.
Ampliar o acesso aos diagnósticos fora dos laboratórios é uma forma de democratizar o acesso à saúde ou pode ser um risco?
Há experiências fora do país sobre funções similares? Como é a relação dos pacientes com esse serviço?
Os países desenvolvidos já utilizam essas novas tecnologias. É um processo irreversível, mas em todos os casos existem normas para que possam ser disponibilizadas com segurança e, principalmente, com a mesma qualidade que ocorre atualmente em Laboratórios de Análises Clínicas. Nos EUA, por exemplo, a Associação Americana de Química Clínica, que cuida dos laboratórios de Análises Clínicas, oferece uma certificação para profissionais da área da saúde que pretenderem trabalhar com essa metodologia, o que, provavelmente, será obrigatório.
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FOLHA DE S.PAULO

Doria sanciona lei que libera cesárea no SUS sem indicação

Para especialistas, cirurgia na hora do parto aumenta riscos de infecção e hemorragias
Cláudia Collucci
O governador João Doria (PSDB) sancionou nesta sexta-feira (23) projeto de lei que garante à mulher a opção pela cesárea no SUS, mesmo sem indicação clínica, a partir da 39 a semana de gestação. A decisão ocorreu a despeito de parecer técnico contrário da Defensoria Pública do Estado.
A redação final do projeto, de autoria da deputada Janaína Paschoal (PSL), passou a tratar apenas da parturiente (mulher em trabalho de parto), o que, na opinião de especialistas, aumenta o risco de complicações.
"As evidências científicas são claras em apontar que a cesárea realizada em mulheres durante o trabalho de parto leva a maiores riscos de infecções", diz Rossana Francisco, presidente da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).
Segundo ela, é muito importante que os órgãos públicos se responsabilizem pela estruturação dos serviços de saúde para atender a nova lei. "Será necessária a contratação de mais obstetras, anestesistas e aumento do número de leitos de obstetrícia", disse ela.
A gestão Doria não comentou se haverá aporte de verbas no orçamento para absorver um eventual aumento de cesáreas no SUS. A nova lei também prevê oferta de analgesia farmacológica e não farmacológica na hora do parto.
Para o governador, a ideia não é que se façam cesáreas indiscriminadamente, mas que ela seja uma opção da gestante. "O ideal é que, tanto quanto possível, o parto seja natural, comprovadamente melhor para mãe e o bebê."
O aumento de cesarianas está associado a complicações obstétricas que levam a hemorragias, que são hoje uma das principais causas de mortalidade materna no país.
Segundo Francisco, a Sogesp estará atenta para que as consequências à saúde da mulher, em caso de complicações em cesárea, não sejam imputadas aos obstetras. "Tomamos todas as medidas possíveis para que as evidências científicas fossem respeitadas. Infelizmente, estamos indo contra toda a movimentação mundial."
O Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública estadual (Nudem), que reuniu pareceres técnicos de vários profissionais, também se posicionou contra o projeto.
Durante os debates na Assembléia, a defensora pública Paula SantAnna Machado de Souza citou estatísticas de que 70% das mulheres iniciam o pré-natal com desejo de ter um parto normal. Mas ao final, mais da metade dos partos ocorre por cesariana.
"Será que elas realmente estão tendo opção? O que tem havido nesse tempo, que leva a escolha de um procedimento que contraria as indicações de saúde internacionais?" questionou.
O projeto de Janaína Paschoal dividiu as entidades médicas. Enquanto a Sogesp sempre defendeu que o projeto não tem base em evidências científicas e que pode estimular taxas indiscriminadas de cesáreas, que trazem riscos à mulher e ao bebê, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) partiu em defesa a iniciativa, alegando que se opõe à "vilanização" dos partos cesarianos.
Segundo o conselho médico paulista, há eventos adversos decorrentes da demora em se realizar cesariana e por complicações da insistência pelos partos vaginais.
O Brasil é o segundo país com maior taxa de cesáreas no mundo, só perdendo para a República Dominicana (56%). Dos partos feitos no SUS, 40% ocorrem por meio de cirurgias. Na rede privada, o índice chega a 84%.
Para Simone Diniz, médica e professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, todo o apoio que a proposta recebeu da população, a despeito da falta de evidência científica, reflete a falta de acesso a um parto mais respeitoso.
"O país só vai superar isso quando chegarmos ao nível dos países desenvolvidos, com as enfermeiras obstetrizes fazendo os partos de baixo risco, deixando para os médicos aqueles com complicações clínicas e obstétricas", afirma.
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Por trás da nova CPMF

Após torcerem o nariz, Bolsonaro e Rodrigo Maia admitem discutir a proposta
Tratada como natimorta dada a contundência das críticas da cúpula do Congresso e do próprio presidente Jair Bolsonaro, a nova CPMF recuperou os sinais vitais.
O prognóstico da equipe de Paulo Guedes (Economia) era, até então, que a proposta fora demonizada por preconceito da opinião pública, depois de o debate ter sido atropelado pela incontinência verbal do secretário Marcos Cintra (Receita). Mas o jogo voltou a ser jogado.
Guedes reavivou a campanha pelo novo tributo , estrategicamente, numa palestra a executivos graúdos, entoando o infalível canto da sereia da redução de custos trabalhistas. Querem 20% de encargos e 13 milhões de pessoas sem emprego? Deixa do jeito que está. Eu preferiria não ter de recorrer a isso, mas acho a oneração de folha de pagamento um crime contra brasileiros.
Esse será o mantra para diferenciar a contribuição da velha conhecida, criada em 1997 para salvar o orçamento da saúde. O argumento atual rechaça aumento de carga tributária, como no passado, para basear-se na substituição progressiva de outro tributo para criar empregos.
No arquétipo do ministro, a nova CPMF surgiria como alternativa à contribuição sobre a folha, mas seria o gérmen de um plano maior e gradualista para um imposto único. Ao fim e ao cabo, eliminaria a sonegação, a evasão, além de contenciosos tributários; reduziria o poder de auditores fiscais e as despesas da máquina arrecadatória; e daria maior previsibilidade às contas públicas ao eliminar sazonalidades.
Depois de torcerem o nariz, tanto Bolsonaro quanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, passaram a admitir discutir a proposta. Em politiquês, negociações abertas.
Agora, caberá a Guedes convencer a todos que a nova CPMF de fato gerará empregos (a desoneração de Dilma Rousseff falhou nessa tarefa), não provocará ônus para o investimento e o crédito, não criará cumulatividade e, principalmente, não ampliará a regressividade do sistema tributário brasileiro.
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Tecnologia que ajuda o paciente não precisa ser cara

Uso da telemedicina amplia acesso a especialistas no país e agiliza atendimento para quem de fato necessita
O senso comum costuma associar tecnologia em saúde a tratamentos de ponta, como a terapia genética ou medicamentos e equipamentos sofisticados e caros. Mas ações relativamente simples e de baixo custo, como a telemedicina, podem revolucionar o setor ajudando a organizar e analisar informações.
Essa foi uma das conclusões do painel "Tecnologia que Aumenta e Que Reduz Custos da Saúde", o segundo do QR Content. No campo da organização de informações, o ideal, segundo os debatedores, seria criar uma base única de dados, com informações sobre os pacientes -como um histórico de cada unidos sistemas público e privado.
Isso traria enormes benefícios à saúde das pessoas e à produtividade do sistema, reduzida custos e possibilitaria atender mais pessoas.
Os debatedores também apresentaram resultados do uso da telemedicina, ou telessaúde.
Ana Esteia Haddad. professora associada da US P e diretora de relações institucionais da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde, por exemplo, comentou dados de um estudo desenvolvido pela UEHJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Segundo esse estudo, o uso de teleconsultorias (quando há profissionais nas duas pontas, ou seja, especialistas conversam com médicos que fazem o atendimento primário) evitou o encaminhamento para a atenção secundária em 64% dos casos, com a redução de filas nos procedimentos de maior complexidade. "Quando você melhora a resultabilidade na atenção primária |com a opinião de especialistas], você reduz as filas na atenção secundária", afirmou
Cesar Biselli, médico com especialização em Terapia Intensiva e Cuidados Paliativos e coordenador de Inovação e Tecnologia do Hospital Sírio-Libanês, reforçou a ideia de que o acesso a especialistas ajuda a reduzir desperdícios com procedimentos desnecessários.
Ele exemplifica comum convênio entre o Ministério da Saúde e o Sírio-Libanês, conduzido cm quatro regiões do país: Porto Alegre, Belo Horizonte, Distrito Federal e Amazônia. Pelo projeto, quando o médico de uma UBS pede o encaminhamento a um especialista, seja de cardiologia. gastro ou ortopedia, uma equipe do Sírio, por meio de protocolos, devolve ao sistema uma lista que associa pertinência à prioridade. Nos casos em que as informações 110 sistema não permitem avaliar a pertinência, é liberado um canal 0800 para contato do médico que fez a solicitação.
Por meio de um recurso tão simples como um telefonema, o projeto vem conseguindo fazer uma mudança positiva. Em seis meses, mais de 170 mil encaminhamentos foram avaliados. Desses, 30% foram priorizados. Nos demais, após avaliação, metade precisava apenas de uma atenção primária.
De acordo com Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia. Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, só com a telemedicina será possível ganhar escala 11a oferta de especialistas. Para vencer o gargalo dos casos de média complexidade em um país com 5.570 municípios, é preciso que o médico de atenção primária receba o suporte de um especialista para orientar suas decisões, explicou.
Enquanto países como Estados Unidos, Israel, Japão e Canadá se beneficiam de teletriagens, teleconsultas e diagnósticos a distância. no Brasil, a telemedicina depende de regulação para ser utilizada – o texto vigente do Conselho Federal de Medicina é de 2002. Em 17 anos, o avanço tecnológico foi enorme e requer uma evolução mais rápida da regulação.
Para Martha Oliveira, médica e diretora de estratégias e novos negócios da Qualirede, a tecnologia vai além do uso de soflwares e hardwares. Envolve a utilização inovadora de práticas, recursos e modelos de gestão. Ela diz que é preciso preparar médicos e profissionais de saúde para lidar com a tecnologia. E, para aqueles que receiam que a telemedicina venha a desumanizar a medicina, ela responde: "Nada é mais desumano do que não conseguir ter a sua dúvida respondida".
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Melhorar a qualidade reduz custos da saúde

Evento discute a importância da atenção primária c do uso da tecnologia para evitar que casos mais simples se tomem de alta complexidade
Qual sistema de saúde queremos ter nos próximos anos? É possível ampliar o uso da tecnologia e a qualidade de atendimento e, ainda assim. reduzir custos? Essas questões foram o ponto de partida do seminário QR Content.que reuniu especialistas do setor no último dia 15. em São Paulo. O evento comemorou os 10 anos da Qualirede, empresa líder em gestão de planos de saúde no Brasil, e teve a curadoria do Estúdio Folha.
O cenário atual da saúde inclui envelhecimento da população, aumento da expectativa de vida e o consequente crescimento dos gastos no setor. O SUS(Sistema Único de Saúde) está sobrecarregado, e a saúde suplementar enfrenta os revezes da crise econômica, se mostrando cada vez menos sustentável no modelo vigente – cerca de 170 operadoras de saúde encerraram suas atividades nos últimos cinco anos, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (AXS).
Diante desse quadro, é consenso entre os especialistas a necessidade de ampliar o foco 110 atendimento primário e cuidar das pessoas antes que elas se tomem pacientes, além de apostar 11a qualidade dos serviços oferecidos para evitar que problemas mais simples evoluam para a alta complexidade.
"Quando atendemos um paciente dentro da atenção primária (e atendemos 47 mil pessoas em quatro grandes clínicas próprias), elevem cheio de problemas e dores. Por meio de uma equipe, a gente resolve 0 problema dele e reduz um monte de custos que deixam de existir. E o mais importante é que o paciente sai feliz", afirma Irene Minikovski Hahn, fundadora e presidente da Qualirede.
Cláudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, concorda e afirma que muitos problemas podem ser resolvidos antes de a pessoa recorrer a um hospital. O médico cita o exemplo da telemedicina. "Vi o resultado do uso da telemedicina em Israel há dez anos.com a diminuição da procura de atendimento hospitalar da ordem de 70%. Dos 30% que chegavam ao hospital, um terço precisava de internação. Ou seja, os casos mais graves e que demandavam atendimento de maior complexidade."
Os especialistas enfatizaram que tecnologia médica não significa apenas equipamentos sofisticados. importados e de custo elevado. "Às vezes, tecnologia é algo barato, diferente, simples e que muda muito o que estamos fazendo e todos os resultados em saúde", diz Martha Oliveira, diretora de estratégias e novos negócios da Qualirede.
A telemedicina também é uma das apostas do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde. Denizar Vianna, para reduzir a demanda dos atendimentos de média complexidade do SUS. "A telemedicina, oferecendo atendimento de especialidades, pode ajudar a reduzir o gargalo da falta de especialistas, agilizando 0 processo e melhorando o atendimento á população."
Paula Bianca Coelho. CEO da Qualirede, defende a necessidade de inverter a lógica atual, saindo do modelo curativo, centrado 11a doença e no tratamento, para entregar resultado e geração de saúde.
"Acredito em um sistema de saúde que estimule as pessoas a se cuidarem. Que, ao recorrer ao atendimento público ou privado, tenham sua linha de cuidado definida de acordo com seu risco de adoecer, sabendo o que devem fazer ao longo da vida para que sejam saudáveis. Isso pode ser possível por meio de um sistema que promova de fato a saúde", afirma.
"O que fazer a gente já sabe. A questão é como fazer acontecer. A gente tem várias experiências em andamento, mas em pequenas iniciativas ainda. Precisamos integrar mais e pensar mais em rede", conclui.
Temos uma grande preocupação com o atendimento primário, que é a porta de entrada do paciente
Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde
Ministério espera aproximar sistemas público e privado
A aproximação da saúde suplementar -que envolve as operadoras e seguradoras de planos privados- com o SUS (Sistema Único de Saúde) deverá trazer ganhos significativos para os dois lados, seja 11a avaliação tecnológica de tratamentos e medicamentos, seja no barateamento dos insumos. A afirmação é do secretário de Ciência,Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde. Denizar Vianna.
Atualmente, a saúde suplementar atende cerca de 45 milhões de brasileiros. Outros 170 milhões contam apenas com o setor público. Somados, representam um enorme mercado 11a hora de discutir preços.
"Hoje o processo é todo fragmentado. Estamos trabalhando na melhor forma de 'casar" os dois sistemas, pois isso trará benefícios para ambos e é uma grande oportunidade", afirmou ao abrir o QR Content.
0 Ministério da Saúde também está aluando na incorporação c aquisição de medicamentos com maior economia.
Desde março, vem adotando o acordo de compartilhamento de risco para incorporação de tecnologias em saúde.
Nesse acordo, 0 governo divide com a indústria farmacêutica os riscos de o remédio não ter sua eficiência médica comprovada. Na prática, significa que o governo se paga pelo medicamento se houver melhora do paciente.
Esse novo modelo de aquisição de medicamentos já é usado em países como Canadá, Itália. França, Espanha, Alemanha e Inglaterra.
Investimento em soluções tecnológicas leva à liderança 110 mercado
Cuidar da saúde das pessoas e contribuir para a sustenlabilidade das operadoras de planos desande. racionalizando os custos em todos os elos da cadeia. Com esse propósito, a Qualirede tem conseguido se destacai- no mercado de saúde. A empresa, criada e presidida por Irene Minikovski Hahn. completa dez anos e é líder em soluções e tecnologia aplicadas á saúde.
"Eu era uma executiva bem–sucedida no mercado de saúde, mas minha veia empreendedora falou mais alto e, aos 40 anos, que é- uma idade marcante para a mulher, resolvi criar uma empresa. E está dando certo", disse Ilahn para a platéia do QR Content
A Qualirede tem hoje 1.100 funcionários e alua em lodo o Brasil, atendendo mais de 1,2 milhão de clientes.
"Quando falamos em levar mais saúde á população, pensamos em como entregá-la com a melhor qualidade possível e com custo menor, por isso estamos sempre buscando inovar. Respiramos inovação", afirmou.
A inovação faz parle do DNA da empresa, que nasceu a partir da eriação de um software- de qualificação de rede, focado na avaliação de todo o ciclo de atendimento. Recentemente, um dos projetos da Qualirede foi reconhecido pelo Ministério de Inovação e Tecnologia, ficando na 14a posição entre mais de 260 projetos inscritos, incluindo os de grandes corporações multinacionais.
Além disso, a empresa alua com inteligência artificial, dala analytics, data Science e análises preditivas, sempre com foco nos pacientes.
"A tecnologia é uma aliada fundamental na nossa jornada, mas, mais do que sistemas. nos preocupamos com a atenção dada às pessoas. 0 componente humano é fundamental", diz Hanh.
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Foco no paciente e remuneração por resultado são desafios da saúde

Substituição do pagamento por procedimento e importante para sistema que prioriza o bem-estar
A discussão sobre o futuro da saúde passa pela análise do presente. com seus erros e acertos. Enquanto a expansão da APS (Atenção Primária à Saúde) no país é vista por especialistas como um divisor de águas em termos de acesso da população ao sistema de saúde, a mecânica de remuneração "fee forservicc". ou pagamento por procedimenlo, eleva os gastos sem priorizar a qualidade dos serviços e o resultado para o paciente.
Com o envelhecimento da população, o aumento da expectativa de vida e o iminente crescimento dos custos de saúde, é necessário definir estratégias e aprimorar os processos para oferecer uma medicina de qualidade e otimizada de uma forma sustentável.
Essa foi a tônica do debate sobre o Futuro da Saúde no QR Content. O médico Cláudio Lottenberg, presidente do llnitedl le-allh Group Brasil e do Conselho da Sociedade Israelita Brasileira Albert Einstein, abriu a discussão do painel "Qual Sistema de Saúde Queremos Ter nos Próximos Anos" levantando a questão da formação médica no Brasil e a necessidade de preparar os médicos para uma nova realidade. "A formação do médico foca a doença, não a saúde do paciente. Os médicos são treinados para fazer pesquisa ou trabalhar dentro de um modelo assistencial em hospital. Como consequência, há uma tendência de transformar o que não é complexo em alta complexidade", afirma.
A importância de colocar o paciente como ponto central do atendimento foi consenso entre os participantes do debate. "É lógico que queremos eficiência, foco em prevenção e em diagnóstico precoce, mas também que os tratamentos priorizem qualidade de vida. Que eles possam ser personalizados – e não digo personalizado como sinônimo de complexidade tecnológica: falo de cuidado personalizado, de ollio no olho, de aperto de mão, de o médico saber o nome do paciente, fazendo com que cie se sinta cuidado", diz Luciana Holtz, fundadora, presidente e diretora executiva do Instituto Oncoguia.
Samantha França, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família c Comunidade. lembra que centrar a atenção no indivíduo é um dos princípios da Atenção Primária à Saúde e da medicina de família. "Esse conceito vem de décadas, mas é muito atual. Pois 0 que estamos discutindo hoje é a relevância de um sistema centrado nas necessidades das pessoas, sem barreiras para acesso e que considere 0 contexto social e familiar dos pacientes", afirma.
A APS é 0 primeiro nível de assistência dentro do sistema de saúde e engloba ações como prevenção. diagnóstico, tratamento e manutenção da saúde. Esse serviço pode atender cerca de 80% das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo de sua vida. Na base desse atendimento estão tecnologias acessíveis que levam os serviços de saúde para mais perto dos lugares de vida e trabalho das pessoas.
França, que é médica de família c comunidade, reforça a importância da coordenação e integração das informações em diferentes níveis. "Não acredito em um sistema ou serviço que não seja pensado em rede, que não seja pensado a partir do território e das necessidades da população que precisa ser atendida. Precisamos considerar os diferentes níveis do sistema e o percurso do paciente, para que ele possa estar 110 lugar certo na hora certa."
Irene Minikovski Halm, fundadora e presidente da Qualirede, considera a mudança do sistema de remuneração dos prestadores de serviços (o fim do "fee for Service") um passo fundamental para a implantação de um sistema focado 11a saúde das pessoas, não na doença. "Estamos passando por um momento muito importante, de transformação, e precisamos puxar essa mudança. Queremos um sistema que de falo entregue saúde para as pessoas, que nos atenda antes de ficarmos doentes, que não trate apenas a doença. Precisamos de um sistema de saúde que trate a saúde de falo", conclui Hanh.
Temos boas notícias sobre o câncer, mas para quem isso está disponível hoje?
Luciana Holtz, fundadora, presidente e diretora executiva do Instituto Oncoguia
Estamos na idade da mídia e querendo debater como se estivéssemos na Idade Média
Cláudio Lottenberg, médico, presidente do United Health Group Brasil
A atenção primária à saúde deve ser a premissa e o fundamento da saúde que a gente espera
Samantha França, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Blog traz informação para ajudar gestores de saúde
Para levar informações relevantes aos gestores da área da saúde, a Qualirede criou o Blog QR Content (qrcontent. qualirede.com.br), também presente no Instagram.
Médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais foram convidados a tratar de temas que desafiam o cotidiano do setor.
Nos primeiros posts, há informações sobre saúde da mulher, oftalmologia, telemedicina e modelos de atenção à saúde. A medicina preventiva é um dos focos.
Embora destinado a gestores, o conteúdo do blog também é útil para o leitor comum que busca informações de saúde confiáveis.
"Temos certeza de que cada vez mais precisamos empoderaras pessoas com informações para que possam fazer questionamentos. A ideia é produzir conhecimento focado e qualificado, tiara subsidiar decisões. Nesses espaços, eles terão conteúdo relevante para a prática da gestão do dia a dia", afirma Vilma Dias, diretora comercial da Qualirede.
Nova empresa vai oferecer soluções digitais  inovadoras
A Qualirede acaba de lançar uma nova empresa com a proposta de eliminar os entraves que comprometem a sustentabilidade do setor da saúde. No cenário atual, prestadores de serviços (médicos, clínicas, hospitais e laboratórios) dependem fortemente das receitas dos planos de saúde. Enquanto isso, três operadoras deixam de existir a cada mês no Brasil -segundo a,YNS, 35% foram à falência nos últimos 10 anos.
A nova empresa -que já nasce com um portfólio de mais de 6.000 profissionais- tem a proposta de pacificar essa relação oferecendo uma estratégia de saúde em rede, melhorando a qualidade dos serviços e viabilizando novos modelos de remuneração.
"Vamos buscar, por meio dessa plataforma de serviços, qualificar o cuidado ã saúde c possibilitar novas formas de organização dos serviços e dos modelos de remuneração, tão debatidos hoje em dia", afirma Martha Oliveira, que vai presidir o novo negócio. A executiva diz que a empresa planeja novas estratégias de atuação, principalmente digitais, para levar inovação ao setor, incluindo serviços que possibilitem maior acesso e comodidade.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação