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DESTAQUE
Municípios têm R$ 250 milhões a mais para zerar filas de cirurgias eletivas
Unimed Goiânia gera 20 mil empregos diretos e indiretos em um ano
Vapt Vupt continuará emitindo versão impressa da Carteira de Trabalho
Dengue teve segundo pior ano em 2019
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Municípios têm R$ 250 milhões a mais para zerar filas de cirurgias eletivas
Incentivo do Ministério da Saúde começa a ser repassado neste mês para zerar a fila de 53 cirurgias de média complexidade. Dentre elas, as cirurgias de varizes, catarata, hérnia e laqueadura
O Ministério da Saúde reservou R$ 250 milhões a mais para a ampliação do acesso de pacientes às cirurgias eletivas realizadas no SUS. O incentivo aos municípios é para zerar a fila de espera de cirurgias eletivas de média complexidade e diminuir o tempo de espera daqueles que aguardam por procedimentos agendados. São 53 tipos de procedimentos cirúrgicos que estão na lista, como catarata, varizes, hérnia, vasectomia e laqueadura, além da cirurgia de astroplastia (quadril e joelho) entre outras com grande demanda reprimida identificada.
Em 2018, foram realizadas pelo SUS cerca de 2,4 milhões de cirurgias eletivas em todo o país. Esses procedimentos cirúrgicos são os que não precisam ser realizados em caráter de urgência, podendo assim serem agendados. Em 2019, até outubro, foram registrados no sistema de informação do SUS 2 milhões de cirurgias em todos os estados brasileiros.
Os procedimentos de cirurgias eletivas fazem parte da rotina dos atendimentos oferecidos à população nos hospitais de todo o país, de forma integral e gratuita, por meio do SUS. As três cirurgias mais demandadas são oftalmológicas (para tratamento de catarata e de suas consequências e para tratamento de doenças da retina). Além dessas, também estão na lista cirurgias tais como aquelas para correção de hérnias e retirada da vesícula biliar.
Com o valor extra de R$ 250 milhões mais cirurgias eletivas poderão ser realizadas em 2020. Os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela organização e a definição dos critérios regulatórios que garantam o acesso do paciente aos procedimentos cirúrgicos eletivos, podem contar e se programar para utilização dos recursos de acordo com a população per capita de cada estado.
O valor total será disponibilizado no orçamento por meio do componente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). O incentivo somente será liberado para os gestores após a apresentação de produção executada no sistema de informação do SUS e para aqueles que ultrapassarem o teto MAC (Média e Alta Complexidade) do município.
Do período de janeiro de 2017 a outubro de 2019, foram disponibilizados por meio de recursos do FAEC, o valor aproximado de R$ 1,1 bilhão para cirurgias eletivas. Além disso, as unidades federativas contam também com o valor do teto MAC (Média e Alta Complexidade) para realização das cirurgias nos municípios.
REPASSE POR ESTADO PARA CIRURGIAS ELETIVAS
UF VALOR
Acre R$ 1.050.000,00
Alagoas R$ 3.975.000,00
Amapá R$ 1.000.000,00
Amazonas R$ 4.925.000,00
Bahia R$ 17.700.000,00
Ceará R$ 10.875.000,00
Distrito Federal R$ 3.575.000,00
Espírito Santo R$ 4.775.000,00
Goiás R$ 8.350.000,00
Maranhão R$ 8.425.000,00
Mato Grosso R$ 4.150.000,00
Mato Grosso do Sul R$ 3.300.000,00
Minas Gerais R$ 25.175.000,00
Pará R$ 10.225.000,00
Paraíba R$ 4.775.000,00
Paraná R$ 13.600.000,00
Pernambuco R$ 11.375.000,00
Piauí R$ 3.900.000,00
Rio de Janeiro R$ 20.550.000,00
Rio Grande do Norte R$ 4.175.000,00
Rio Grande do Sul R$ 13.525.000,00
Rondônia R$ 2.125.000,00
Roraima R$ 725.000,00
Santa Catarina R$ 8.525.000,00
São Paulo R$ 54.625.000,00
Sergipe R$ 2.725.000,00
Tocantins R$ 1.875.000,00
Brasil R$ 250.000.000,00
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A REDAÇÃO
Unimed Goiânia gera 20 mil empregos diretos e indiretos em um ano
Saúde atingiu 21% das oportunidades no Brasil
Goiânia – A Unimed Goiânia gerou, entre empregos diretos e indiretos, cerca de 20 mil vagas de trabalho nos últimos 12 meses. É o que afirma o presidente da Cooperativa, Breno de Faria. “A Unimed Goiânia é uma força produtiva no mercado da saúde suplementar cuja estabilidade e solidez econômicas contribui para a geração de trabalho e renda", destacou.
Um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) demonstrou que o setor está contratando em ritmo superior à média nacional. A saúde responde por 21,9% dos empregos gerados no Brasil, nos últimos 12 meses. De acordo com o Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, 491,9 mil vagas de trabalho formal foram criadas entre outubro de 2019 e o mesmo mês de 2018. Dessas, 107,6 mil concentram-se no setor de saúde.
“As atividades econômicas ligadas à saúde agiram como um grande motor da economia ao longo do ano, principalmente no setor privado”, destaca José Cechin, superintendente Executivo do IESS. No período analisado, o setor público registrou saldo negativo de 3 mil postos de trabalho (estatutários, CLT e comissionados). Já o setor privado abriu 110,7 mil novas vagas formais.
O Sudeste foi a região com o maior saldo de contratações no setor privado e, ao mesmo tempo, maior total de demitidos na esfera pública. Nos 12 meses encerrados em outubro deste ano, a região criou 52,8 mil novos empregos no setor privado e fechou 5,5 mil no público. Saldo de 47,3 mil.
Outro destaque do levantamento foi a região Centro-Oeste, a única a registrar incremento no total de vagas públicas na cadeia produtiva da saúde: 7,5 mil. Já no setor privado foram contabilizados mais 19,4 mil postos de trabalho.
No total, a cadeia produtiva da saúde emprega 5,1 milhões de pessoas no Brasil, sendo 1,5 milhão no setor público e 3,6 milhões no privado. O montante é 2,1% superior ao registrado em outubro de 2018 e representa 11,7% da força de trabalho no País.
Cechin ressalta que o porcentual vem crescendo, com o setor respondendo por uma fatia cada vez maior dos empregos. “Na mesma época do ano passado, o setor respondia por 11,6% da força de trabalho. O crescimento de 0,1 ponto porcentual em 12 meses pode não parecer muito, mas é bastante expressivo e representa a criação de mais de 100 mil novos empregos”, avalia. “O resultado é especialmente positivo, uma vez que a tendência é de crescimento continuado ao longo de 2020 e, também, dos próximos anos”, conclui.
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Vapt Vupt continuará emitindo versão impressa da Carteira de Trabalho
Prazo de entrega passou de 15 para 45 dias
Goiânia – O Vapt Vupt continuará realizando atendimentos para emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em suas unidades. A preocupação surgiu após determinação da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb) de suspender a emissão da CTPS nos postos de atendimento da Superintendência vinculados ao Governo Federal. Ainda assim, o prazo de entrega que antes era de 15 dias, passará a ser de 45 nos pedidos feitos no programa.
As ações são uma maneira de promover a CTPS digital, documento disponível on-line que substitui a impressa. As unidades do Vapt Vupt continuarão realizando o atendimento por meio de agendamento prévio, como já ocorre desde setembro de 2019. A mudança no prazo é consequência da redução em 65% de montagem e confecção da Carteira impressa.
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O GLOBO
Dengue teve segundo pior ano em 2019
Mudança do subtipo de vírus predominante impulsionou doença
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RAFAEL GARCIA
O ano de 2019 teve o segundo maior número de casos de dengue desde que a notificação obrigatória sobre a doença começou, em 1990. O Ministério da Saúde ainda não terminou de compilar casos registrados no fim do ano, mas, de 1º de janeiro a 7 de dezembro, o país tinha 1,53 milhão de notificações da enfermidade, a maioria delas em Minas Gerais e São Paulo.
O número perde apenas para 2015, quando 1,69 milhão de casos foram registrados. Em relação a 2018, foi um aumento de quase 600%. Segundo a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde), parte da razão para a explosão da epidemia foi a mudança no subtipo de vírus predominante no país.
– De 2010 a 2016, as nossas epidemias eram ocasionadas principalmente pela circulação dos sorotipos 1 e 4 do vírus da dengue. A partir do final de 2018, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país, houve uma alteração, e o sorotipo 2 tornou-se predominante – explica Rodrigo Said, coordenador-geral do Programa de Vigilância e Controle das Arboviroses (vírus transmitidos por insetos e outros artrópodes). – Encontrando uma população com imunidade mais baixa a esse subtipo do patógeno, a dengue teve terreno fértil para se espalhar.
Segundo especialistas, a circulação de diferentes subtipos de vírus da dengue está tornando mais difícil prever a dinâmica das epidemias, principalmente depois da introdução dos vírus da zika e da chicungunha, transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o subtipo 2 ainda não entrou com força, mas o estado foi o campeão de casos de chicungunha no ano, com 85.758 casos da doença notificados até dezembro.
Segundo Said, os anos de 2017 e 2018 foram um período "atípico" para as doenças transmitidas pelo Aedes, não só no Brasil, mas também em outros países tropicais. No Brasil, o subtipo 2 ainda não havia suplantado o 1 e o 4, e os fatores climáticos contribuíram para uma taxa de transmissão mais modesta.
– No final de 2018 e início de 2019, nós vivenciamos altas temperaturas, batendo recordes de 30 anos em alguns lugares – afirma Said. – Essa elevação da temperatura, associada a fatores socioeconômicos e ambientais que modulam a ocorrência das epidemias, aumenta o número de criadouros nessa época do ano.
NORDESTE EM ALERTA
Segundo o engenheiro sanitário, boa parte das atenções da SVS em 2020 estão voltadas para o Nordeste, que teve poucos casos em 2019.
– O litoral do Nordeste é uma área com alta densidade populacional, e lá o soro tipo predominante ainda é o 1. Temos observado a região esperando o momento da alteração para o 2, mas isso por enquanto não aconteceu- afirma Said.
Para especialistas, a presença de múltiplos arbovírus no país torna difícil não apenas prever o futuro, mas também entender o histórico passado da incidência da dengue.
– Desde 2016, os dados de notificação confundem muito, e é difícil interpretá-los porque não há uma correção – diz André Siqueira, pesquisador do Instituto Evandro Chagas e coordenador da Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chicungunha da Fiocruz. Por exemplo: em 2015 houve epidemia de zika no Rio, mas até o meio do ano não se sabia que a zika estava circulando, então a maioria dos casos foi notificada como dengue. Como dengue é a arbovirose mais comum e mais antiga, sempre se notificou como dengue, mas alguns casos de dengue podem ser chicungunha.
Na opinião do infectologista, o Brasil precisa se esforçar mais para entender a dinâmica das arboviroses:
– A gente não tem se preparado de forma eficiente, usando formas mais sofisticadas de vigilância, mas é possível. Em São José do Rio Preto (SP), que mantém rede "sentinela" que faz diagnóstico preciso do sorotipo, conseguiram identificar a mudança do sorotipo 2 mais cedo, e foi possível montar um plano de contingência.
Segundo o pesquisador, controlar a disseminação do mosquito em grandes concentrações urbanas ainda é um desafio em cidades.
– Temos muito pouca capacidade de interferir na redução dos números de casos. Há problemas de urbanização, as cidades têm muitos criadores, há mosquitos com resistência a inseticidas, e o cenário climático de aumento de chuvas e temperatura impulsiona a proliferação do Aedes – diz o infectologista. – Em alguns municípios, como o Rio de Janeiro, a rede de saúde está precária numa época crítica do ano.
COMBATE AO MOSQUITO
Desde o meio do ano passado, o governo federal vem anunciando algumas medidas para tentar frear a volta da dengue, mas o trabalho surtiu pouco efeito no curto prazo. Uma das iniciativas foi a antecipação, de dezembro para setembro, da campanha de conscientização para eliminar os focos de água parada que servem como criadouros do mosquito.
Neste ano, o ministério diz buscar melhorar a articulação do poder federal com estados e municípios, que trabalham na linha de frente das epidemias. Said afirma que a SVS já realizou reuniões em todos os estados do Nordeste, a região prioritária de vigilância em 2020, para atualizar os planos de prevenção.
A ferramenta de saúde pública mais aguardada para o setor, porém, não deve estar disponível antes de 2021. A vacina de dengue desenvolvida pelo Butantan e pelos NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) deve encerrar neste ano a terceira e última etapa de seu teste clínico. Mas, mesmo que o trabalho tenha êxito, o tempo de espera para licenciar o produto e incorporá-lo ao sistema de saúde torna difícil que o calendário de 2020 acomode uma campanha de imunização da dengue.
Além das campanhas de conscientização, o Ministério da Saúde estuda expandir projetos como o uso da bactéria Wolbachia e de mosquitos irradiados para controle do Aedes, diz Said.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação