Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/02/20


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Jovem acusa hospital de negligência após morte das filhas gêmeas durante a gestação, em Goiânia
Hugo incentiva pesquisadores no ambiente hospitalar
HEJA abre nova era com centro cirúrgico
Neurocirurgião alerta para risco iminente do 'desafio da rasteira': "Dilaceração, fratura na coluna e até a morte"
China expande critério para registrar coronavírus


PORTAL G1

Jovem acusa hospital de negligência após morte das filhas gêmeas durante a gestação, em Goiânia
Manicure diz que foi à unidade de saúde três vezes sentido fortes dores, mas em todas foi atendida e liberada. Quando voltou para fazer o parto, na 36ª semana de gestação, descobriu que as filhas estavam mortas: 'Muita dor'.
Por Sílvio Túlio, G1 GO

Uma manicure de 23 anos acusa de negligência o Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, após as mortes de suas filhas gêmeas, ainda no ventre. Vanessa Freitas Lima diz que procurou a unidade de saúde por três vezes – já no final da gravidez – sempre sentindo fortes dores. Porém, alega que sempre era liberada depois dos atendimentos, mesmo diante das reclamações.
O HMI informou, por e-mail, que durante o acompanhamento no hospital, a paciente passou por todos os exames necessários e que os resultados foram normais, "portanto, não justificava interrupção precoce da gestação". A unidade completou que, "até o momento, não foi detectada uma causa aparente para o óbito fetal e que os fetos foram encaminhados ao IML para investigação" (veja a nota na íntegra ao fim do texto).
A jovem, ainda bastante abalada, disse que quer saber o que aconteceu com suas filhas e acredita que, se tivesse recebido atendimento de outra forma, suas filhas poderiam ter sobrevivido.
"Acredito que teve negligência deles, porque eu procurei eles com dores . Eles sempre falavam para esperar mais. Já não estava aguentando, nem dormia mais de tantas dores, mas eles falavam que era normal", afirma.
Ela também afirma que registrou uma ocorrência na Polícia e Civil e já constituiu um advogado. A jovem aguarda a emissão do laudo cadavérico.
Dores e morte das filhas
Vanessa disse que teve deslocamento de placenta e foi encaminhada para fazer o pré-natal no HMI, mas afirmou que a gestação foi tranquila.
Segundo ela, no dia 18 de janeiro, com muitas dores, ela foi até o HMI e precisou ficar internada por quatro dias até receber alta. Em casa, ela voltou a se sentir mal e retornou ao hospital no dia 29. Na ocasião, segundo ela, foi levantada a suspeita de Transfusão Feto-Fetal. Isso ocorre quando os gêmeos compartilham os vasos sanguíneos na placenta. Isso pode prejudicar e até provocar a morte dos bebês.
"Nesses casos, tem que tirar [os bebês], mas falaram que estava normal e me liberaram", afirma.
Vanessa voltou para casa, mas tornou sentir dores fortes e foi outra vez ao hospital, no dia 31. Ela conta que, naquela data, na 36ª semana, um exame constatou que as bebês ainda tinham batimentos.
A jovem afirma que ficou marcado para que ela retornasse no dia 3 de fevereiro para retirar os bebês. No entanto, quando chegou, em uma nova checagem, pela manhã, ela descobriu que as filhas não tinham mais batimentos e já estavam mortas.
No mesmo dia, à tarde, foi feita uma cesariana para retirar os fetos, que foram sepultados dois dias depois, quando ela recebeu alta.
“Muito dor. Choramos demais eu e meu esposo. Não tinha reação nenhuma”, lamenta.

Nota do HMI
A direção do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) informa que a paciente V.F.L., com gestação gemelar, de 36 semanas, foi admitida no Hospital Materno Infantil no dia 03/02/2020 (segunda-feira), por volta das 8h30, com queixa de ausência dos MVF (movimentos fetais) há um dia. A paciente foi prontamente atendida, passou por avaliação médica ultrassonografia que evidenciou óbito fetal.
Com o diagnóstico, a paciente foi internada e submetida a uma cesariana, após período de jejum, sem intercorrência.
O HMI informa ainda que a paciente fez o seu acompanhamento de pré-natal na rede básica de saúde, realizando apenas duas consultas no pré-natal de alto risco da unidade, nos dias 24 e 31 de janeiro de 2020, onde a paciente foi orientada a retornar ao HMI no dia 3 de fevereiro para realizar a cesariana.
Vale esclarecer que durante o acompanhamento no HMI, a paciente passou por todos os exames preconizados para gestação gemelar: ultrassom e de avaliação do bem-estar fetal. Todos os resultados foram normais até a última consulta do dia 31 de janeiro, portanto não justificava interrupção precoce da gestação.
O HMI informa também que, até o momento, não foi detectado uma causa aparente para o óbito fetal e que os fetos foram encaminhados ao IML para investigação.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Hugo incentiva pesquisadores no ambiente hospitalar

A área médica e todo o atendimento hospitalar a pacientes, acompanhantes e visitantes, além das relações dentro do hospital, são o foco de pesquisas que estão em andamento no Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Para organizar todos os estudos, a Diretoria de Ensino e Pesquisa estimula sempre que os profissionais de todas as áreas desenvolvam métodos e descobertas.
Para o diretor do departamento, Dr. André Braga, a ação faz parte do cotidiano já que a unidade tem o perfil de 'hospital escola', sendo parte da formação de profissionais da área médica. "Neste momento, por exemplo, estamos incentivando que nossos profissionais, não só da área assistencial (médicos, enfermeiros e técnicos), mas também administrativa, desenvolvam pesquisas que possam ser relacionadas com o ambiente do Hugo. Um exemplo é o curso Intermediário de Pesquisa Clínica, que está com processo seletivo aberto".
A terceira edição do curso é desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). Os interessados podem se inscrever desde 20 de janeiro a 21 de fevereiro. As inscrições são para o processo seletivo de candidatos interessados e a carga horária é de 70 horas. O curso é gratuito, online e com tutoria. Serão disponibilizadas 600 vagas.
O curso faz parte de uma das iniciativas do Projeto de Capacitação e Formação em Pesquisa Clínica. As aulas irão abordar conceitos e legislações fundamentais para o desenvolvimento de pesquisas com seres humanos no período de 15 de abril a 30 de setembro.
O curso é destinado prioritariamente a profissionais graduados da área da saúde atuantes em pesquisa clínica e que estejam vinculados a instituições públicas. O curso também abrange profissionais que desejam ingressar na área de pesquisa clínica. Profissionais graduados em outras áreas, desde que atuem diretamente com pesquisa clínica, poderão ser incluídos se atingirem a pontuação necessária conforme os critérios do processo seletivo dispostos no edital.
Confira o edital em:
https://proadi.eadhaoc.org.br/course/view.php?id=281§ion=9#start
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HEJA abre nova era com centro cirúrgico

Hospital já pode realizar cirurgias de emergência e eletivas e partos voltam a ser feitos na unidade. Direção ressalta apoio do governo para mudar perfil

Por Hélmiton Prateado
O Hospital Estadual de Jaraguá Dr Sandino de Amorim (HEJA) implantou uma série de modernizações no centro cirúrgico e assumiu a dianteira na realização de procedimentos na Região do Vale do São Patrício. As instalações receberam equipamentos e melhorias e está superando a cada mês as metas de procedimentos. Além de diversificar as modalidades de cirurgias.
O diretor-técnico do HEJA, cirurgião André Franco Ribeiro, explica que as melhorias fazem parte de uma estratégia do IBGH (Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar), Organização Social que faz a gestão do hospital, em ampliar o leque de atendimentos. “Temos por meta entregar um serviço de saúde de qualidade e humanização para Jaraguá e outras cidades que atendemos”, frisou.
Um moderno sistema de gás para o centro cirúrgico e equipamentos sempre revisados por um regime de manutenção que garante eficiência e precisão nas cirurgias é um fator positivo que o diretor ressalta. “Além disso usamos o que há de mais moderno em tecnologia para garantir segurança e bom tratamento para nossos pacientes aqui no Hospital Estadual de Jaraguá”. Ele lembra que a Secretaria Estadual de Saúde tem prestado todo apoio necessário para mudar essa realidade no HEJA.
O hospital retomou a rotina de atendimentos de obstetrícia e somente nesse mês de fevereiro já foram realizados nove procedimentos. Exames de ultrassonografia, exames complementares e até parto normal e cesáreo estão sendo feitos no HEJA. E muitos pacientes vêm de cidades distantes como Aragoiânia, Itaberaí, Padre Bernardo e Cocalzinho de Goiás.
“Vamos integrando novas ações aos que já prestamos para dar à população de Jaraguá o serviço de saúde de excelência qu essa comunidade merece”, finaliza.
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OLHAR DIRETO

Neurocirurgião alerta para risco iminente do 'desafio da rasteira': "Dilaceração, fratura na coluna e até a morte"

Vídeos de uma brincadeira aparentemente inocente 'viralizaram' nas redes sociais nos últimos dias. Neles, duas pessoas pulam e depois uma, no meio, pula também. Neste momento, as que estão do lado lhe dão uma rasteira, e a do meio cai no chão. O que parece somente um desafio 'bobo', no entanto, pode causar sérios riscos e até a morte, e levantou um alerta de escolas e até mesmo da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Chamada de 'desafio da rasteira', a brincadeira tem um perigo 'inerente'. É o que diz o neurocirurgião de Cuiabá, Dr. Adailton A. dos Santos Jr. "É uma brincadeira que realmente gera o risco de um trauma mais intenso, porque a queda que produz é uma queda que a gente chama de 'sem defesa', porque primeiro a pessoa não espera essa queda, e segundo, ela não se defende da queda com os braços", explica.
Adailton é formado pela Universidade Federal de Campina Grande, tem residência médica em Neurocirurgia pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e título de Especialista em Neurocirurgia pela Associação Médica Brasileira (AMB). Atualmente ele é professor da faculdade de medicina da Univag.
Segundo ele, os riscos são diversos. "Vimos em alguns casos que essas pancadas podem ter riscos de dilaceração, ou fraturas em coluna. Associado a isso, também tem um risco de trauma crânio-encefálico, que a gente chama TCE na neurocirurgia, e que pode realmente trazer maiores prejuízos. (.) É uma pancada forte, que pode trazer desde pequenas alterações como somente um desmaio, uma dor de cabeça, até alterações significativas, passando por fraturas de crânio, por hemorragias, hematomas, machucado no cérebro e podendo evoluir até a sequelas graves e podendo até chegar ao óbito quando alguma estrutura mais importante é afetada. Essa brincadeira traz um risco implícito e inerente a ela, de grande possibilidade de lesões traumáticas da cabeça".
O neurocirurgião explica que, neste caso, não há nenhuma forma segura de fazer este desafio. Nem mesmo um capacete é indicado. "A gente repudia essas brincadeiras ou coisas que tragam riscos à realização dessa tarefa, e sempre enfatiza a prevenção. E a prevenção dessa brincadeira é não realizá-la", declara.
Brincadeira fatal
Uma garota morreu, em novembro de 2019, em decorrência da 'brincadeira da rasteira', em Mossoró, Rio Grande do Norte. Ela teve traumatismo craniano, e o caso veio à tona na mídia nesta semana, junto com a popularização dos vídeos do desafio. Emanuela Medeiros tinha 16 anos.
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FOLHA DE S.PAULO

China expande critério para registrar coronavírus
Na província de Hubei, foco da epidemia, exame clínico substitui teste laboratorial; país registra recorde de casos em um dia

O número de mortos e de pessoas infectadas com o coronavírus covid-19 aumentou drasticamente nas últimas 24 horas na China depois que as autoridades chinesas expandiram os critérios de contaminação na província de Hubei, epicentro da epidemia.
O governo anunciou 14.840 novos casos de contágio, o que elevou o total para mais de 60 mil pessoas. Esse é o maior avanço diário em número de casos até agora.
Autoridades também registraram 242 novas vítimas em Hubei, elevando para ao menos 1.370 o número de mortos.
A partir de agora, o balanço em Hubei incluirá os pacientes cujos exames de imagem do pulmão apresentem sinais de pneumonia, sem a necessidade do exame laboratorial. O teste era até então indispensável para o diagnóstico.
Esse atalho ajudará a propiciar o tratamento necessário a muitos pacientes, disseram as autoridades da província. Adicionar as pessoas diagnosticadas dessa maneira à contagem pode facilitara tarefa das autoridades ao decidir como alocar recursos e avaliar opções de tratamento.
Os hospitais da cidade chinesa de Wuhan, a maior cidade da província de Hubei, vêm enfrentando problemas para diagnosticar infecções por meio de exames escassos. Outros países enfrentaram dificuldades semelhantes.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) comentou a alta de casos na China em reunião nesta quinta (13) e disse que a maioria das novas infecções se refere ao período inicial da epidemia.
"Apenas na província de Hubei, um profissional da saúde treinado agora poderá classificar um caso suspeito de covid-19 como clinicamente confirmado baseado apenas em exames de imagem do pulmão", disse Mike Ryan, diretor executivo da OMS.
No resto da China e do mundo, a confirmação laboratorial ainda é necessária, disse Ryan.
"Nós vimos um aumento significativo no número de casos registrados da infecção na China, mas não vimos uma mudança significativa na trajetória da epidemia do coronavírus", afirmou também.
Desde a semana passada, a lista de novos países com registros da doença não cresce. Nesta quinta, porém, o Japão anunciou a primeira morte em seu território e 44 novos casos de contágio entre os passageiros de um cruzeiro. Agora, são três mortes fora da China continental.
O Brasil não tem casos confirmados do coronavírus. Na quinta, caiu de n para seis o número de casos de suspeita de covid-19 em investigação. Outros 40 casos já foram descartados. A maioria tem dado positivo para vírus da gripe.
O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, não vê como surpresa a mudança do critério utilizado pela China para contabilizar os casos na província de Hubei.
"Sabíamos, baseados em artigos e publicações, que muitos casos não se enquadravam, porque os testes são limitados", afirma Oliveira, que lembra que novos testes soro lógicos estão sendo produzidos e podem mudar o cenário.
Mas há especialistas que ficaram atônitos com a mudança e dizem que exames de imagem pulmonares são uma forma imperfeita de diagnóstico. Mesmo pacientes de gripe sazonal comum podem desenvolver pneumonia identificável em exames desse tipo.
Uma mudança de diagnóstico pode dificultar ainda mais a identificação do vírus, disse o médico Peter Rabinowitz, codiretor do Metacentro de Preparação para Epidemias e Segurança Mundial de Saúde na Universidade de Washington.
"Isso faz com que as coisas pareçam muito confusas agora, se eles estiverem mudando radicalmente a maneira pela qual testam e detectam a doença", disse Rabinowitz.
Em Wuhan, trabalhadores dos serviços de saúde fizeram visitas de casa em casa para testar pessoas em busca de sintomas. A perspectiva de isolamento forçado pode estar dissuadindo algumas pessoas que sofrem de doenças respiratórias de se apresentarem aos centros de saúde em busca de atendimento, o que toma as dimensões da epidemia ainda menos claras.
A campanha por priorizar os exames de pulmão parece ter começado nas mídias sociais, por iniciativa de uma médica de Wuhan que na semana passada recorreu a exames de imagem pulmonares para simplificar a triagem de pacientes e acelerar sua hospitalização e tratamento.
Ela disse que os exames pulmonares produzem resultados imediatos, e que Wuhan estava ficando sem estoques de kits para exames.
Não é incomum que cientistas refinem critérios de diagnóstico à medida que a compreensão sobre uma nova doença muda. Mas, quando os critérios mudam, disseram especialistas, faz pouco sentido continuar oferecendo comparações em base semanal.
"Estamos em território desconhecido", disse William Schaffner, médico especializado em doenças infecciosas na Universidade Vanderbilt, em Nashville.
O que mudou no cálculo de pacientes
Como era
Na província de Hubei, só eram contabilizados os casos confirmados por testes de RNA laboratoriais, que levam dias para sair o resultado
Como fica
Agora, profissionais da província podem confirmar casos com base apenas em avaliação clínica e exames de imagem do pulmão. A mudança não vale para o resto da China e do mundo, só para a província de Hubei, onde fica a cidade de Whuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação