Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 13/03/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Saúde afirma que há hospitais preparados para atender pacientes com coronavírus em Goiás
Goiás tem 3 casos confirmados de coronavírus
Caiado anuncia medidas contra coronavírus: "prioridade é a vida do cidadão"
Planos de saúde terão de cobrir exames para detectar novo coronavírus
Saúde vai contratar 2 mil leitos de UTI e comprar material hospitalar contra o coronavírus
Governo quer contratar seis mil médicos para enfrentar o novo coronavírus
Coronavírus: saiba quando ir a uma unidade hospitalar
Pais pode ter 4 mil infectados em 15 dias
Brasil já tem transmissão sustentada do novo coronavírus, diz David Uip
População tem papel importante para evitar disseminação
Técnico em enfermagem é condenado por estuprar paciente em UTI de Goiânia

TV ANHANGUERA
Saúde afirma que há hospitais preparados para atender pacientes com coronavírus em Goiás
https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2020/03/13/videos-jornal-anhanguera-1-edicao-desta-sexta-feira-13-de-marco-de-2020.ghtml
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A REDAÇÃO
Goiás tem 3 casos confirmados de coronavírus
"Não há motivo para pânico", diz Caiado

Goiânia – Goiás tem três casos confirmados de coronavírus, sendo dois na capital e um na cidade de Rio Verde. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (12/3) pelo governador Ronaldo Caiado a jornalistas e empresários de comunicação. "Mas Goiás está preparado. Não há motivo para pânico", garantiu.

Segundo o governador, a paciente de Rio Verde é uma mulher de 61 anos que esteve na Espanha recentemente. Em Goiânia, estão sendo monitoradas uma mulher de 38 anos que chegou dos Estados Unidos e uma mulher de 31 anos que esteve na Itália. "Todas estão em casa e não apresentam gravidade", informou Caiado. As pacientes, que tiveram o primeiro exame com resultado positivo para coronavírus, aguardam a contraprova. "Deve sair nas próximas horas", acrescentou o governador.

Caiado decretou estado de emergência em saúde pública em Goiás. A medida foi tomada com o objetivo de agilizar a compra de materias e equipamentos para a área da saúde. "O decreto é para facilitar os atendimentos. Não há motivo para pânico", garantiu Caiado.

O decreto permite, conforme foi explicado pelo governador, o uso dos leitos do Hospital do Servidor Público Fernando Cunha Júnior, pertencente ao Ipasgo, para internação de pessoas em tratamento contra a doença. A unidade de saúde conta com 220 leitos.

Assim como foi anunciado pelo Tribunal de Justiça de Goiás, o governo do Estado também informou que todos os servidores que retornem de viagens internacionais devem desempenhar suas atividades funcionais via teletrabalho/home office durante 14 dias, contados a partir da data de retorno ao Brasil.

Ainda de acordo com o governo, a Secretaria Estadual de Saúde está passando uma série de recomendações em escolas, empresas e repartições pública no sentido de evitar a propagação do vírus. A ideia é diminuir o fluxo de pessoas. Uma das recomendações foi escalonamento de horário.

Eventos organizados pelo Estado, como feiras e formaturas, estão suspensas por tempo indeterminado. Conforme foi anunciado, uma capacitação intensiva será oferecida a médicos goianos por meio de profissionais que atuam no Hospital de Doenças Tropicas (HDT).
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Caiado anuncia medidas contra coronavírus: "prioridade é a vida do cidadão"

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), se reuniu nesta quinta-feira (12/3) com lideranças governamentais e da área da saúde para esclarecer a situação do novo coronavírus. São três casos confirmados no Estado, sendo dois em Goiânia e um em Rio Verde.  Para evitar a propagação, Caiado anunciou medidas que devem começar a valer imediatamente, inclusive com escalonamento de horários para evitar aglomerações no transporte público. "Se for preciso cancelar eventos, vamos cancelar", disse. "Nossa prioridade é a vida dos cidadãos", completou o governador em entrevista concedida no Hospital do Servidor Público Fernando Cunha Júnior (Ipasgo).

Segundo o governador, o coronavírus deverá apresentar “crescimento exponencial” nos próximos dias. “Estamos seguindo exatamente à risca todos aqueles protocolos para toda a parte de higienização, cuidados especiais e afins”, ressaltou.

O secretário estadual da Saúde, Ismael Alexandrino, explicou como ficará a situação dos jogos do Campeonato Goiano. “Vão ocorrer, porém sem a presença das torcidas”, disse. O fechamento dos portões será iniciado já nas partidas deste final de semana. “Somente jogadores e os câmeras estarão nos estádios”, declarou.

De acordo com Caiado, a experiência de receber os repatriados que estavam em Wuhan, na China, serviu para que o Estado pudesse se preparar para combater o coronavírus antes que houvesse qualquer caso oficial entre os goianos. “Goiás tem, hoje, uma estrutura que é modelo nacional”, avaliou o governador.

“O nosso desafio [da gestão estadual] é chegar ao final [do combate ao vírus] nos próximos quatro ou seis meses e mostrar que Goiás foi o estado que teve o melhor comportamento em relação ao tratamento dos pacientes e melhores resultados obtidos”, declarou Caiado. “Para isso, todos os trabalhadores da saúde precisam da compreensão da população”, concluiu.

A perspectiva de arrefecimento do vírus, conforme o governador, é de quatro meses. Segundo Caiado, durante este tempo, os eventos deverão sofrer as consequências do isolamento necessário ao combate do coronavírus.

Estado de emergência
O governador Ronaldo Caiado assinou nesta quinta (12) decreto que instaura estado de emergência da saúde em Goiás. Segundo ele, a medida foi tomada para facilitar o acesso a equipamentos, que certamente serão necessários durante o período, sem precisar passar pelo processo de licitação.

Além do chefe do Executivo estadual e o secretário da Saúde em Goiás, estavam presentes os deputados federais Dr. Zacharias Calil e Flávia Morais; o vice-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Dr. Antônio;  a superintendente de vigilância em saúde Flúvia Amorim; e o presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes.
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UOL
Planos de saúde terão de cobrir exames para detectar novo coronavírus

O Diário Oficial da União (DOU) publica nesta sexta-feira(13) a resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regulamenta a cobertura obrigatória e a utilização de testes diagnósticos para infecção pelo coronavírus.
Nessa quinta-feira (12), a diretoria colegiada ANS havia aprovada a medida, publicada hoje. Ela determina a inclusão do exame para a detecção do novo coronavírus (Covid-19) dentro do rol de procedimentos obrigatórios para os beneficiários de planos de saúde.
A ANS incluiu no rol de procedimentos o exame SARS-CoV-2 (CORONAVÍRUS COVID-19) – pesquisa por RT – PCR (com diretriz de utilização). A cobertura é considerada obrigatória quando o paciente for considerado um caso suspeito ou provável de ter o coronavírus.
O teste será coberto para os beneficiários de planos de saúde com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência e será feito nos casos em que houver indicação médica, de acordo com o protocolo e as diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.
A ANS orienta os beneficiários que os beneficiários consultem as operadoras de planos de saúde para se informarem sobre os locais adequados para a realização do exame e esclarecerem dúvidas sobre o diagnóstico ou tratamento da doença.
A Agência também esclarece que a cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com o Covid-19 já é assegurada aos beneficiários de planos de saúde, de acordo com a segmentação de seus planos (ambulatorial, hospitalar).
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GLOBO ONLINE
Saúde vai contratar 2 mil leitos de UTI e comprar material hospitalar contra o coronavírus

O Ministério da Saúde determinou nesta quinta-feira, em edição extra do Diário Oficial da União, a compra de aventais e máscaras, além do aluguel leitos e equipamentos de UTI para equipar hospitais públicos no tratamento contra o novo coronavírus.
A compra dos aventais hospitalares no valor de R$ 1.484.000,00 dispensou licitação. Segundo a descrição do documento, as roupas devem ser de material SMS, tamanho único, com gramatura de cerca de 16g/m². Eles devem ter para fixação, manga longa e punho elástico. Os aventais são descartáveis.
A pasta solicitou também a compra de 10 milhões máscaras cirúrgicas com três camadas e 4 milhões de máscaras do tipo N95. A aquisição será via contratação direta (emergencial). As empresas interessadas em fornecer os materiais devem apresentar suas propostas até o fim do dia 13 de março.
O órgão abriu um pregão para a contratação de até 2 mil leitos de UTI para atendimento a situação de emergência gerada em função da Covid-19.
Além disso, o Ministério da Saúde abriu um aviso de chamamento público para contratar, também via contratação direta (emergencial), o serviço de gestão integrada de equipamentos para leitos de UTIs, compreendendo locação de equipamentos.
Vão ser alugados monitores multiparamétricos, ventiladores pulmonares microprocessado, bombas infusoras para terapias medicamentos parenterais, camas Fowler motorizadas com elevação, desfibriladores/cardioversores com tecnologia bifásica, entre outros aparelhos.
A apresentação de propostas também deve ser realizada até o fim desta sexta-feira.
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PORTAL G1
Governo quer contratar seis mil médicos para enfrentar o novo coronavírus

Brasil tem 85 casos de Covid-19. Governo federal calcula que vai gastar R$ 5 bilhões com as medidas para enfrentar o novo coronavírus.
Em todo o país, o Ministério da Saúde registrou oficialmente 77 casos da Covid-19. Mas, depois dessa divulgação, Minas, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina e o Distrito Federal confirmaram mais oito casos – o que eleva o total para 85. O número de casos suspeitos chegou a 1.422; 1.163 casos já foram descartados.
De forma emergencial, o Ministério da Saúde quer contratar quase seis mil médicos dentro do programa Mais Médicos. A convocação para as inscrições deve sair na segunda-feira (16) e o governo espera que eles comecem a trabalhar em abril em postos de saúde de 1.800 municípios.
O governo quer, ainda, aumentar o número de postos de saúde, dos atuais 1.500 para 6.700, ampliando o horário de atendimento.
Nesta quinta-feira (12), também o governo detalhou as regras para quarentena e isolamento de doentes da Covid-19. O isolamento será aplicado para pessoas com sintomas ou suspeita da doença; será feito preferencialmente em casa; poderá ser determinado pelo médico ou agente de vigilância epidemiológica com prazo de 14 dias.
Já a quarentena só poderá ser determinada pelo ministro da Saúde ou secretários de Saúde dos municípios, estados e Distrito Federal. Ela terá um local certo para abrigar os pacientes, como aconteceu em Anápolis, Goiás, quando os brasileiros retornaram de Wuhan, na China. Haverá regras de circulação e o prazo poderá ser de até 40 dias.
"A quarentena é um ato de restrição. Eu tenho um guarda que vai monitorar a saída, como está na Itália", explicou Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde.
Todas essas medidas dependem de dinheiro. Na quarentena, por exemplo, é o estado que paga a alimentação, a segurança. Além disso, só a contratação de mais médicos vai custar R$ 1,2 bilhão. O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, já pediu R$ 5,1 bilhões para o relator do orçamento, o deputado Domingos Netto, e espera ser atendido.
"Se não o fizer, vamos ter que fazer remanejamentos e pega, puxar despesas que seriam de dezembro, de novembro, de outubro e vamos atender esse momento. O que eu não vou deixar, vocês podem ficar tranquilos, é que eu vou ter o recurso que os meus municípios e o meu sistema de saúde vai precisar. Se vai ser de Domingos Netto, se vai ser de A, de B de C, a sociedade brasileira… Não vai ser por isso que a gente vai deixar de atender", afirmou Mandetta.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo vai liberar o dinheiro. Nesta quinta, mais órgão públicos começaram a adotar medidas para restringir a circulação de pessoas e, assim, tentar evitar a contaminação. No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, por exemplo, as visitas públicas vão ficar restritas.
Na quarta-feira (11) , a Câmara e o Senado já tinham anunciado restrições como a proibição de eventos coletivos, sessões solenes e missões oficiais para o exterior.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que esteve na Europa há menos de duas semanas, decidiu ficarem isolamento.
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FOLHA DE S.PAULO

Pais pode ter 4 mil infectados em 15 dias
Brasil pode ter 4.000 pessoas com coronavírus em 15 dias após o 50º caso, número atingido na quarta-feira

Uma análise do Instituto Pensi, centro de pesquisa clínica em pediatria do Hospital Infantil Sabará, aponta que, a partir do momento em que o Brasil tiver 50 casos confirmados de coronavírus, o país poderá chegar a mais de 4.000 casos em 15 dias e cerca de 30 mil casos em 21 dias.
O país passou dos 50 casos confirmados nesta quarta (11), segundo o Ministério da Saúde, e chegou aos 69.
Além disso, considerando a quantidade de casos graves e críticos na China e os períodos de internação desses casos (7 e 14 dias, respectivamente), o Brasil poderá precisar de cerca de 2.100 leitos hospitalares, dos quais cerca de 525 em UTI (unidades de Terapia Intensiva) apenas nos primeiros 21 dias, após o 50º caso.
A análise mostra que, a partir de 50 casos, Coreia do Sul, Irã e Itália tiveram evoluções surpreendentemente semelhantes.
Além disso, países como França, Alemanha e Espanha parecem mostrar evolução semelhante à tríade Coreia do Sul, Itália e Irã.
"O grande desafio é a velocidade com que o novo coronavirus-19 se espalha e gera pacientes graves", diz a análise. Isso leva os sistemas de saúde a receber uma demanda muito acima de sua capacidade de atendê-la adequadamente.
A partir do número inicial de infectados, o incremento diário do modelo é de cerca de 37% de novos infectados. Crescer o contingente de doentes a essa taxa equivale a quase decuplicar o montante a cada semana.
O documento técnico foi elaborado para contribuir para a análise e a ponderação de medidas e ações apropriadas no enfrentamento das consequências de um possível aumento significativo de casos no Brasil nas próximas semanas.
Em pouco mais de dois meses de evolução, o novo coronavírus infectou mais de 100 mil pessoas em todos os continentes, matou cerca de 4.000 e mostra franca e vigorosa expansão fora da China.
Segundo o documento, o cenário e os riscos atuais exigem respostas rápidas e coordenada dos sistemas público e privado de saúde por meio de processos que suportam cooperação mútua.
Yussif Ali Mere Junior, presidente da Fehoesp (federação dos hospitais, clínica e laboratórios do estado de São Paulo), diz que não é possível dizer que a rede hospitalar está preparada para um aumento rápido de internações. "Se vier na mesma intensidade da China ou da Itália, será muito complicado."
No entanto, ele afirma que na rede privada há uma ociosidade de 30% de leitos que poderá ser usada para suprir as necessidades emergenciais. A sobra é resultado da crise econômica e do desemprego que levaram mais de 3 milhões de pessoas a perder seus planos de saúde.
Mas a grande preocupação, segundo ele, é com a oferta de leitos de isolamento em UTIs. Os hospitais paulistas só dispõem de 40 deles, segundo ele.
Na sua opinião, o caminho será o estado reservar alguns hospitais exclusivamente para o atendimento das vítimas graves do coronavírus, medida que já está sendo estudada.
"É fundamental que os setores público e privado estejam alinhados nesse momento, todo mundo do mesmo lado", afirma.
Para o economista Rudi Rocha, pesquisador do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, iniciativa capitaneada pelo economista Armínio Fraga, o sistema de saúde será 'supertestado', e a linha de base não é nada otimista.
"Mais do que nunca vamos precisar de coordenação entre as regionais, articulação entre os entes da federação e, eventualmente, entre o público e o privado. Tudo o que a gente sempre precisou agora vai ficar muito evidente. Ou a gente corre ou, se a situação se agravar, as consequências podem ser bem severas."
Segundo ele, a restrição de recursos públicos também é outro fator preocupante. "Tem alguma margem, onde a gente consegue liberar recursos extraordinários. Em um primeiro momento, eles podem ser usados para cobrir, por exemplo, aumento de internações ou da demanda por medicamentos."
Em participação de audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que negocia com o Legislativo uma liberação de até R$ 5 bilhões para ações de enfrentamento ao coronavírus.
O recurso viria de emendas da relatoria da casa e será utilizado na atenção primária e hospitalar para reforçar as ações contra o vírus.
Segundo Mario Scheffer, professor de saúde preventiva da USP, por enquanto é difícil calcular a oferta necessária de leitos hospitalares ou médicos, por exemplo, porque ainda não estão claras as demandas e as necessidades.
O próprio mapeamento desses recursos no Brasil é impreciso. Por exemplo: país tem um total de 410.225 leitos públicos e privados, mas não se sabe quantos seria adequados para receber pessoas infectadas por coronavírus.
A oferta de médicos também é incerta. O país tem 452.801 profissionais mas não há informações precisas sobre o local de trabalho de cada um. "É algo dinâmico, os vínculos de trabalho são múltiplos, varia conforme a região, especialidade, setor público e privado", diz Scheffer.
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Brasil já tem transmissão sustentada do novo coronavírus, diz David Uip
Estado de SP contratou mil novos leitos de UTI e pede que maiores de 50 anos evitem aglomerações
Matheus Moreira

O Brasil já tem transmissão sustentada do novo coronavírus, disse nesta quinta-feira (12) o coordenador do comitê de covid-19 no estado de São Paulo, o infectologista David Uip.
A transmissão sustentada significa que o contágio pode ocorrer mesmo entre pessoas que não viajaram e não tiveram contato com pessoas que viajaram. Segundo Uip, um casal de fora do estado foi infectado nessas condições.
A gestão João Doria (PSDB) anunciou que contratou mú novos leitos destinados a possíveis internações relacionadas ao novo coronavírus. As autoridades também pediram para que pessoas com mais de 50 anos evitem aglomerações.
O estado atualmente é o que tem mais casos da doença. Segundo o balanço do Ministério da Saúde, são 42 dos 77 confirmados no país. No entanto, só o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital, tem 98 confirmações.
Segundo Uip, a verificação de casos passa a ser clínica, ou seja, pela presença de sintomas e exames de imagem – o Ministério da Saúde recomendará procedimento semelhante (leia na pág. B2).
Os exames laboratoriais, com kits de teste, serão destinados apenas aos casos de internação graves, pesquisa e na rede sentinela dos municípios do estado. Para tanto, o governo adquiriu 20 mil desses kits.
Questionado sobre a possível sobrecarga do SUS, Uip disse que, se todas as pessoas com febre e tosse dependerem dos pronto-socorros, o sistema de saúde não aguentará.
"Sou um defensor do SUS, mas, se formos aos pronto-socorros hoje, 81% dos pacientes que estão lá deveríam estar em outros lugares [como as UBS]. Se todo mundo entender que tosse e febre é caso de pronto-socorro, não há sistema de saúde que aguente."
Além disso, o governo estadual também passa a adotar a recomendação de que pessoas com mais de 50 anos, que são o grupo de risco para a doença, evitem aglomerações de todo tipo, incluindo ônibus e metro.
Uip aponta que um dos cenários possíveis é de que 80% das infecções em pessoas com mais de 50 anos não serão sintomáticas, recomendando-se repouso e isolamento para evitar transmissão. Os 20% restantes devem ser casos sintomáticos.
"A doença não é mórbida e não necessita de internação abaixo de 55 anos. Acima de 50 anos, calcula-se 80% de pacientes assintomáticos, 20% com sintomas e uma parte destes 20% deverá ser internada, dentre os quais uma parte precisará ser internada em UTI", diz.
O governador João Doria (PSDB) reiterou que não há necessidade de pânico.
Nesta sexta-feira (13), os membros do comitê para o covid-19 do estado de São Paulo se reunirão com o ministro da Saúde, ocasião em que Doria diz que pedirá ao governo federal mais recursos para lidar com a pandemia.
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GRANDE PONTO
Coronavírus: saiba quando ir a uma unidade hospitalar

Com a chegada do Covid-19 no Brasil, vários estados já estão monitorando os pacientes com casos suspeitos e, por outro lado, a população também já está em alerta. Ainda não há remédios ou vacinas para o tratamento da doença e o mais indicado é adotar procedimentos de segurança e prevenção.
O coronavírus pertence a família de vírus chamada de Coronaviridae e tem causado doença respiratória. Esta família de vírus causa e resfriados e até infecções de maior risco à saúde humana e, este novo coronavírus, traz sintomas como coriza, tosse, dor de garganta, possivelmente dor de cabeça e a febre, que pode durar alguns dias.
Com o surto da doença na China, onde se concentram os maiores números de casos, algumas características estão sendo observadas por pesquisadores e especialistas. Luciana Duarte, infectologista do Grupo América, que faz parte do Sistema Hapvida, exemplifica que a maioria dos indivíduos que adoecem, evoluem com doença branda, semelhantes a um resfriado e se recuperam espontaneamente, apenas com medidas básicas de suporte, como hidratação e sintomáticos.
"Todavia, uma parcela dos indivíduos pode evoluir com doença grave, apresentando insuficiência respiratória (falta de ar) e óbito. Os números ainda estão em estudo, mas o que esses têm demonstrado e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que cerca de 20% das pessoas podem evoluir com doença grave e a letalidade ficaria em torno de 2-3%", explica Luciana Duarte.
Atendimento médico
Silvia Fonseca, infectologista do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, afirma que primeiramente é preciso observar a gravidade dos sintomas. "Coriza, tosse, dor de garganta, dor de cabeça e febre baixa são sintomas que podem ser tratados em casa, essas pessoas não devem sair para evitar o contágio. No caso de sintomas mais fortes, como falta de ar, febre alta, tontura, desidratação e vômitos, essas pessoas devem procurar atendimento médico independente se tiveram contato com pessoas contaminadas".
A infectologista ressalta que esse novo vírus traz mais danos às pessoas que já apresentam alguma doença ou em idosos. Nos outros casos, a doença é mais leve, e, para prevenir, são necessários os cuidados básicos, como higienizar bem as mãos, uso do álcool em gel, e reservar as máscaras apenas para pessoas com doenças respiratórias, principalmente em ambientes de aglomeração.
É importante reforçar que ir a uma emergência hospitalar sem estar com caso grave, o paciente pode correr o risco de adquirir outras infecções. Além disso, vale destacar a consciência de não disseminar a doença e de seguir as recomendações médicas e do Ministério da Saúde para evitar novas contaminações. Divulgar informações corretas evita alardes desnecessários para a população e as fakenews.
Prevenção
A infectologista Luciana Duarte diz que "os cuidados de prevenção de doenças infectocontagiosas devem sempre fazer parte do dia a dia de qualquer indivíduo, em qualquer época. Atualmente, com os casos registrados do coronavírus, algumas medidas têm sido reforçadas e se estendem à prevenção de qualquer infecção que tenha como formas de contágio as vias respiratória, fecal-oral e contato". Abaixo, Luciana Duarte dá algumas dicas de prevenção que todos podem adotar:
Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Manter os ambientes bem ventilados;
Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
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O ESTADO DE S.PAULO
População tem papel importante para evitar disseminação
Proteger-se contra a doença não é bom só para o próprio indivíduo, mas também para evitar a progressão do vírus
Giovana Girardi

Diante da falta de remédio específico e de vacina para combater o novo coronavírus â além do risco de se sobrecarregar o sistema de saúde -, o esforço de cada indivíduo, em particular, e da comunidade, como um todo, passa a ser fundamental para conter a dispersão da covid-19. A mensagem que médicos e autoridades de saúde têm reforçado diariamente é que a população tem de fazer sua parte.
E o que isso significa? O princípio básico é não apenas se proteger, mas também evitar que outras pessoas possam se contaminar, principalmente as mais vulneráveis.
Isso porque muitos casos da doença são leves ou até assintomáticos, de modo que é possível acabar transmitindo sem nem perceber. Um jovem com sintoma leve, que ache que só tem um resfriado, pode acabar contaminando um idoso mais fragilizado. O problema é que a covid-19 em pessoas com mais de 80 apresenta uma taxa de letalidade de mais de 20%.
As medidas mais básicas vêm sendo ditas à exaustão, mas não custa repetir: lavar as mãos constantemente, tossir ou espirrar tampando o rosto com a parte interna do cotovelo, evitar beijos e abraços e aglomerações.
Mas, sempre que possível, o ideal é mesmo promover o distanciamento social.
A recomendação é cancelar reuniões, congressos, eventos que não sejam imprescindíveis.
Evitar ambientes fechados e cheios, como cinemas, teatros e até mesmo os locais de trabalho, fazendo home office. E ficar muito atento ao próprio corpo.
Quem tiver sintomas leves e puder, tem de ficar em casa.
Em vários países que já apresentam uma epidemia mais consistente, o início do problema foi rastreado a situações de aglomeração, como um culto religioso na cidade de Daegu, na Coreia do Sul, e uma conferência de uma multinacional na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos.
"De um modo geral, quantas vezes as pessoas correm para o hospital quando ficam com uma gripe? Quase nunca, né? E muitas vezes ainda vão trabalhar.
Agora têm de ficar em casa.
Cada pessoa que tiver manifestação clínica tem responsabilidade de não propagar a doença, de não colocar ninguém em risco", afirma Rivaldo Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
A situação muda, claro, se a pessoa apresentar um quadro mais sério, como dificuldade de respiração, febre muito alta.
Mas do contrário é melhor não ir para os hospitais.
Especialistas em modelagem matemática de epidemias indicam que quando a população adere às medidas de contenção de uma doença, a curva de novos casos pode sofrer um "achatamento".
O princípio é que a dispersão do vírus em uma população que foi pega de surpresa é diferente do que ocorre quando todo mundo age a fim de evitar a doença â seguindo as recomendações das autoridades de saúde, o quadro pode mudar.
A Organização Mundial da Saúde tem citado como exemplo positivo o caso da Coreia do Sul, que, apesar de ter chegado a cerca de 8 mil casos, conseguiu estabilizar a expansão da doença com medidas de contenção. A população aderiu às medidas de cuidados e controle.
Vacina da gripe. Isso vale até ao se precaver contra outras doenças que podem confundir o sistema, como a gripe comum.
Por isso é importante que todo mundo tome a vacina contra a doença quando ela estiver disponível. Com isso, não só será mais fácil distinguir pessoas com coronavírus como vai evitar que pessoas contaminadas com gripe também necessitem de atendimento médico.

Todos juntos
"As principais lições são: evitar grandes eventos, incentivar o trabalho de casa, diminuir a velocidade de propagação." Marcelo Gomes MATEMÁTICO DA FIOCRUZ
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DIA ONLINE
Técnico em enfermagem é condenado por estuprar paciente em UTI de Goiânia
O caso aconteceu em 2019 e chocou moradores da capital. Susy Nogueira, de 21 anos, estava internada e foi estuprada na UTI. Apesar do crime, a causa da morte foi uma embolia pulmonar.

Um técnico em enfermagem foi condenado, nesta quinta-feira (12/3), por estuprar uma paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Goiânia. Esta é a primeira condenação do caso Susy Nogueira, que aconteceu maio de 2019.
Conforme informações do advogado que representa a família da vítima, Darlan Fonseca, o caso corre em segredo de justiça, por isso a sentença não foi divulgada. Entretanto, Darlan deve entrar com um pedido para a retirada o sigilo.
Além disso, dois médicos da UTI do Hospital Goiânia Leste foram indiciados no dia 19 de novembro pela morte da estudante. A um veículo local, o delegado responsável pelo caso, Washington Conceição, declarou que nos autos são apontadas as responsabilidades  desses médicos, que respondem agora por homicídio culposo agregado dos elementos de negligência, imprudência e imperícia.
Na época, pouco antes de morrer, Susy teria contado para uma funcionária que teria sido abusada sexualmente. Após investigações e análises de câmeras de segurança, os abusos foram comprovados. Apesar disso, o laudo cadavérico apontou que a jovem morreu de embolia pulmonar.
Relembre o caso que o técnico em enfermagem é condenado por estuprar paciente em UTI de Goiânia
A estudante universitária goianiense morreu no dia 26 de maio de 2019, após sofrer uma parada cardíaca na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da capital, onde estava internada desde o dia 16 de maio.
O técnico de enfermagem, de 41 anos, foi acusado de estuprar Susy enquanto ela estava internada na UTI do hospital se apresentou no no dia 28 de maio à Delegacia de Polícia Civil, onde ficou preso. Além disso, segundo a nota da direção do hospital, o técnico acusado foi afastado de sua função e, posteriormente, denunciado e demitido por justa causa.
O Instituto Médico Legal (IML) divulgou a causa da morte da estudante de Arquitetura Susy Nogueira, de 21 anos. De acordo com o instituto, Susy morreu devido a um caso de embolia pulmonar, que é um bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões causada por gordura, ar, coágulo de sangue ou células cancerosas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação