Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14 A 16/03/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Goiás tem sete casos de coronavírus confirmados e 83 suspeitos
Ministério deve liberar primeiros 540 leitos de UTI aos Estados para covid-19
Goiás dá adeus a homem que desenvolveu Goiânia, pecuária e a Medicina
Caiado determina que manifestação seja encerrada

 

PORTAL G1/GOIÁS

Goiás tem sete casos de coronavírus confirmados e 83 suspeitos

São cinco pacientes com o vírus em Goiânia, um em Anápolis e outro em Rio Verde. Governo determinou série de medidas para interromper o avanço do Covid-19.
Por Paula Resende, G1 GO

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou na noite desta segunda-feira (16) que subiu para sete o número de casos confirmados de coronavírus no estado. Outros 83 são suspeitos e estão em investigação.
Segundo o governo, todas as pessoas que estão infectadas estiveram em viagem para o exterior:
Anápolis, a 55 km da capital, tem o primeiro paciente com diagnóstico para Covid-19.
Em Goiânia, o número de casos subiu de três para cinco.
Em Rio Verde, no sudoeste do estado, uma moradora de 61 anos também tem coronavírus. Segundo o governo, todas as pessoas que estão infectadas estiveram em viagem para o exterior.
De acordo com a SES, 54 casos foram descartados, com resultados dos testes negativos para o vírus. Não há confirmação de mortes em Goiás por causa do Covid-19.
Medidas de prevenção
O governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia decretaram situação de emergência em saúde pública, na última sexta-feira (13). Desde então, várias medidas foram tomadas para evitar a disseminação do coronavírus:
Aulas suspensas em todas as escolas de Goiás pelos próximos 15 dias. O prazo máximo para começar esse período sem atividades escolares é quarta-feira (18);
Parque Mutirama e Zoológioco estão fechados. Já shows, atrações culturais e eventos religiosos foram adiados ou cancelados;
Empresas públicas e privadas receberam recomendação para diminuir o efetivo, promover o trabalho em casa e trabalhar em revezamentos;
Defensoria Pública e o Ministério Público de Goiás passaram a atender apenas casos urgentes.
Serviços do Detran-GO vão ser feitos exclusivamente pela internet;
Delegacias de Polícia Civil em Goiás suspendem atendimento presencial, exceto para casos urgentes;
Presos em Goiás ficarão 15 dias sem receber visitas.
Exame do Covid-19
O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, explicou que, para ter a suspeita de coronavírus, a pessoa precisa se enquadrar nos seguintes critérios: ter febre, tosse, coriza e dificuldade para respirar, além de histórico de viagem para fora do país ou de outro estado que tenha casos de doença registrados ou contato com alguém nessas condições. Ele indica indica o uso do aplicativo – Corona SUS – para auxiliar no processo.
Caso tenha a suspeita de coronavírus, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após avaliação, o médico, se julgar pertinente, deve acionar uma equipe do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs). Em seguida, o material é encaminhado ao Laboratório de Saúde Publica Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen/GO) para que o teste do coronavírus seja realizado.
Quem tiver acesso ao plano de saúde, também pode procurar uma unidade de saúde privada. O secretário informou que alguns laboratórios particulares já realizam o exame ao custo que varia entre R$ 150 e R$ 500. O prazo estimado para resultado do exame é de até 72 horas.
Se o caso for confirmado, independente se na rede pública ou privada, a situação do paciente é avaliada para verificar a necessidade ou não de uma internação. A pessoa precisa ficar em isolamento domiciliar por 14 dias.
……………….

ESTADÃO

Ministério deve liberar primeiros 540 leitos de UTI aos Estados para covid-19
A primeira leva servirá como uma reserva técnica, para ser montada quando a capacidade normal do SUS se esgotar nos Estados

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde prometeu aos Estados a liberação dos primeiros 540 kits de montagens de leitos de UTI para combate ao novo coronavírus . A expectativa da pasta é montar até dois mil leitospara atendimento destes pacientes.
Os pacotes têm cama, monitor multiparamétrico (para medir sinais vitais), bomba de infusão, oxímetro de pulso e respirador. Estes equipamentos serão enviados aos Estados, que montarão leitos hospitalares em locais definidos em cada plano de contingência para a covid-19.
A primeira leva servirá como uma reserva técnica, para ser montada quando a capacidade normal do SUS se esgotar nos Estados. A ideia é que em até uma semana as estruturas sejam entregues.
Os Estados defendem distribuir os primeiros 540 leitos para novo coronavírus por critério populacional. A ideia, no entanto, é que nenhuma unidade da Federação receba menos de 10 leitos, pois trata-se do número em que cada equipe intensivista de saúde atua.
A forma de distribuição dos leitos específicos para novo coronavírus era motivo de disputa entre governo federal e Estados. O Ministério da Saúde defendia só liberar os equipamentos quando se esgotasse a estrutura normal do SUS. Já secretários estaduais pediam antecipação de parte das unidades para criar uma reserva.
É uma reserva importante. Dá segurança para para o sistema começar a atender pacientes do novo coronavírus e observar como a doença avança , explica Alberto Beltrame, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Segundo Beltrame, é difícil apontar se os 2 mil leitos previstos para atender os pacientes serão suficientes. Mas tranquiliza (o envio da primeira leva). Se preciso, vamos ter de reavaliar este número , disse. O secretário afirma que o valor é similar ao usado pelo governo durante a pandemia de H1N1 (Influenza A), em 2009.
Cada Estado definiu no plano de contingência como instalar o seu leito. Há, por exemplo, pequenas enfermarias que serão esvaziadas apenas para receber os pacientes de novo coronavírus. O governo federal tem estimulado que gestores de Estados e municípios repensem a agenda de cirurgias eletivas, mais simples, para poder deixar leitos livres aos infectados pela covid-19.
…………..
O POPULAR

Caiado determina que manifestação seja encerrada

Alegando risco de disseminação do Covid 19, governador interrompe protesto na Praça Cívica; manifestantes foram para outro local

Mesmo com recomendações do Ministério da Saúde para cancelar eventos com aglomerações e de decretos dos governos do Estado de Goiás e da Prefeitura de Goiânia com orientações semelhantes na tentativa de frear a disseminação do coronavíras, manifestantes a favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido) saíram às ruas ontem. Em Goiânia, apoiadores do presidente se reuniram na Praça Cívica, no Centro, onde por volta das 16 horas, o governador Ronaldo Caiado (DEM), em discurso no meio da multidão, pediu o encerramento do ato. Parte dos presentes o vaiaram e, na sequência, deixaram o local e foram até à Praça Tamandaré, no Setor Oeste. O ato foi encerrado por volta das 17h30.
"Sou médico e vocês precisam entender, a menos que vocês não estejam olhando para o mundo, o que está ocorrendo. Vocês precisam mais do que nunca ter responsabilidade de não fazer com que aglomerações provoquem a disseminação do vírus do coronavírus", afirmou o governador em meio a vaias dos manifestantes. Ao todo, segundo a assessoria de comunicação social da Polícia Militar, entre 1.200 a 1.500 pessoas se concetraram na Praça Cívica.
Ao chegar ao local, o governador foi cercado pelo público. Alguns chegaram a pedir que ligassem o som de veículo equipado com o aparelho para que ele pudesse falar ali mesmo, do chão, rodeado de populares. A primeira frase foi de apoio a Bolsonaro, bem recebida pelos presentes. Mas, na sequência, Caiado frisou que Goiás já tem quatro casos confirmados da doença e inclusive a disseminação do vírus de forma comunitária.
"Quando eu baixei o decreto, não vai ter torcida em campo de futebol, não vai ter eventos no Estado de Goiás e não vai ter carro de som nas ruas (…) Se vocês quiserem, peguem seus carros e vão andar, mas não sejam irresponsáveis de, amanhã, transformar Goiânia num ambiente de disseminação do vírus", discursou em meio a vaias. Ainda ao som delas, prosseguiu: "Não se mostra apoio ao governo colocando em risco a sua população. Estão entendendo bem? Essa é a minha ordem. E minha ordem será cumprida". Em meio aos protestos dos presentes, o governador chegou a dizer: "Não preciso do seu voto". Reforçou que era médico e tratava de vidas. Após cerca de dois minutos e meio de íàla, encerrou afirmando: "Tá encerrada a manifestação".
Em seguida Caiado voltou ao Palácio das Esmeraldas cercado por seguranças e manifestantes, que, conforme vídeo do momento mostra, chegaram a chamá-lo de traidor e de ditador. Próximo a ele manifestantes seguravam faixas pedindo "Intervenção Militar Já" e com os dizeres "Militarismo Já-Artigo 142".
Após o discurso do governador, o grupo começou a se dispersar em direção a Praça Tamandaré. Alguns gritavam: "o vírus que mata é a corrupção". Segundo o coordenador de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), Cristiano Homem, os manifestantes desceram a Rua Dona Gercina Borges, depois a Avenida Assis Chateaubriand, até chegarem à Tamandaré, onde o evento foi encerrado "com tranquilidade". Na Tamandaré, segundo a comunicação da PM, chegaram em tomo de mil pessoas e o ato foi finalizado sem ocorrências.
Na última quinta-feira (12), Bolsonaro chegou a recomendar o adiamento da mobilização. Neste domingo, porém, ele compartilhou vídeos sobre as manifestações em sua conta no TWitter e marcou presença no protesto em Brasília. Orientado a ficar em isolamento até refazer testes para o coronavírus, ele atropelou a cartilha sanitária que o governo prega ao cumprimentar apoiadores e tocar em diversos celulares para fazer selíies. Em alguns momentos, Bolsonaro chegou a colar o rosto ao de apoiadores para fazer fotos. A orientação do Ministério da Saúde é evitar ao máximo este tipo de contato e manter as mãos sempre limpas. Até o fechamento desta edição, o ministério e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não haviam comentado a presença do presidente na manifestação, (Com Agência Estado)]

Fechamento do Congresso na pauta de protestos em diversas cidades

A manifestação pró-governo, anti-Congresso e anti-Supremo Tribunal Federal (STF) foi realizada em diversas cidades do País, entre elas, Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Maceió e Juiz de Fora. Na capital goiana, estavam pessoas de diferentes idades, inclusive idosos, população considerada como de maior risco em relação ao coronavírus. A maioria vestia roupas com as cores verde e amarela.
No sábado (14), nota à imprensa e à população com a marca de sete movimentos a favor do governo chegou a informar que "considerando os apelos feitos pelas autoridades públicas de saúde" iriam adiar a manifestação em Goiânia. No entanto, parte da população ainda assim saiu às ruas para protestar. "O que me trouxe e está trazendo esse povo todinho é derrubar essa cambada todinha do Congresso", afirmou o aposentado Edmilson Moroni, de 80 anos. Ele estava acompanhando da mulher, a dona de casa Beliza Moroni, de 74 anos, na Praça Cívica. Ambos usavam máscaras e Beliza mostrou ter levado inclusive álcool em gel. Segundo ele, pela idade, o médico havia lhe recomendado o uso do acessório de proteção.
Também no protesto em Goiânia, com máscara pintada com as cores verde e amarelo, estava a professora Carla Vieira, de 52 anos, que disse que estava lá em protesto a um "parlamentarismo branco". Com camiseta com os dizeres "Bolsonaro sim. Congresso não", o empresário Frederico Eugênio, de 36 anos, disse que era a favor de se fechar o Congresso. "Estamos com medo da corrupção", afirmou a professora aposentada Maria Eugênia dos Santos, de 73 anos, que não usava máscara ao falar com a reportagem. (Com Agência Estado)
………………

Goiás dá adeus a homem que desenvolveu Goiânia, pecuária e a Medicina
Ex-prefeito da capital na década de 1970, Manoel dos Reis e Silva, que morreu na última sexta-feira (13), realizou importantes trabalhos no Estado

Visionário, honesto, rígido e muito ativo. Estes são alguns adjetivos que amigos, parentes e parceiros políticos usam para definir Manoel dos Reis e Silva, o ex-prefeito de Goiânia de 1970 a 1974 que foi sepultado no Jardim das Palmeiras, na capital, neste sábado (14). O homem que marcou o nome na história de Goiás, sobretudo da capital, também teve importante papel no desenvolvimento da Medicina e da agropecuária do Estado.
Integrante da Aliança Renovadora Nacional (Arena), Manoel dos Reis assumiu a Prefeitura de Goiânia ao ser nomeado pelo então governador Otávio Lage de Siqueira. A gestão dele à frente da capital é descrita como marcada por obras, otimização dos gastos públicos e incentivo à vinculação da pecuária à imagem da cidade.
Naquele tempo, conta o ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Irapuan Costa Júnior, Goiânia "era uma cidade pequena" em comparação com o que é hoje. Tinha entre 500 mil e 600 mil habitantes, diz ele. O ex-secretário, aliado político de Manoel Reis, era presidente da Centrais Elétricas de Goiás (Celg) e conta que a Praça Universitária foi construída naquela gestão. São atribuídas a ele a construção de praças, muitas obras de asfalto e estradas. "Ele se relacionava bem politicamente", diz Costa Júnior.
Na gestão de Manoel Reis foi criado um programa que levava a Prefeitura até os bairros quase todos os domingos. Nestas ocasiões, os serviços públicos da gestão municipal eram executados nas localidades.
Familiares e políticos contemporâneos de Manoel Reis o descrevem como um homem habilidoso no trato com aliados e adversários. Os relatos são de que os vereadores eram frequentemente recebidos pelo então prefeito. Apesar disso, o site da Câmara de Goiânia registra a resistência do chefe do executivo municipal em relação a um projeto de lei que implantava um forno crematório na cidade. O texto era de autoria do vereador José Galvão. O líder de Manoel Reis na Câmara a partir de 1971, de acordo com os registros da Casa, era o vereador Zeuxis Gomes de Morais, descrito como um grande articulador político.
Antes de chegar à Prefeitura, Manoel dos Reis foi presidente do Banco do Estado de Goiás (BEG), instituição que foi privatizada na década de 2000.
Após deixar a Prefeitura, Manoel dos Reis concorreu a uma vaga para o Senado, mas não conquistou a posição em um momento em que a legenda dele, a Arena, teve resultados negativos Brasil afora, conforme Costa Júnior. O eleito foi o advogado Lázaro Barbosa.
Pecuária
A veia política também falou alto quando Manoel dos Reis foi, em mais de uma oportunidade, presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA). O atual diretor administrativo da instituição, Raul Seabra, conta que não foi contemporâneo do antigo presidente, mas que os registros de Manoel dos Reis na SGPA são de um gestor que tinha boa interlocução com administradores públicos municipais, estaduais e federais. "Ele nos deu muitas honras porque levou o nome da entidade à frente. Foi um grande administrador e politicamente bem relacionado."
No livro 'História da SGPA, Domando o Boi pela Genética', o jornalista Wandell Seixas conta que Manoel dos Reis teve importante trabalho para o desenvolvimento da suinocultura no Estado, tendo ele se empenhado para fundar a Sociedade Goiana de Suinocultores, no período de 1975 a 1985, inicialmente.
Uma das bandeiras de Manoel dos Reis à frente da SGPA foi a Exposição Agropecuária de Goiás, que este ano completa 75 edições. O objetivo dele era fazer do evento algo grandioso, o que conseguiu, e reforçar o alinhamento da capital à festa.
Manoel dos Reis também foi fundador do Country Clube de Goiás.
Medicina
Apesar dos feitos na política e na pecuária, os primeiros passos profissionais de Manoel dos Reis foram dados na Medicina. Ele graduou-se em 1949 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atuou como professor-assistente da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, onde permaneceu até 1957. Em Seguida, ele se especializou em otorrinolaringologia.
Assim que retornou à Goiânia, trabalhou na Santa Casa de Misericórdia, no Instituto Médico Cirúrgico e nos hospitais: Santa Luíza, Santa Helena, Rassi, das Clínicas, Santa Lúcia e São Lucas.
Manoel dos Reis também foi professor titular de Otorrinolaringologia na Faculdade de Medicina, organização da qual foi um dos fundadores antes de esta ser incorporada à Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele também foi médico do antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e se tornou membro emérito da Academia Goiana de Medicina. O filho Ricardo seguiu o ofício do pai e reside no Rio de Janeiro.
As contribuições de Manoel dos Reis a este campo do conhecimento no Estado levaram o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) a homenageá-lo em 2008 com a medalha e o diploma de 'Honra ao Mérito Profissional'. Ele e os outros cinco colegas receberam a honraria por atuarem para o desenvolvimento e a valorização da Medicina em Goiás. (Colaborou Ivânia Cavalcanti)
Muito ativo, Manoel dos Reis cuidou de fazenda até os últimos anos
A vida pessoal do ex-prefeito de Goiânia, Manoel dos Reis e Silva, é descrita por familiares e amigos como harmoniosa e ativa. O genro Luiz Alberto de Oliveira, que entrou para a família em 1973, afirma que tratava-se de um homem de princípios. Oliveira conta que os filhos tiveram uma educação "correta, exemplar e severa", mas que tinha no convívio diário muita amizade e carinho também.
O genro acrescenta que o sogro era um homem muito ativo e que até os últimos anos de vida, enquanto teve saúde, ia à fazenda toda semana para andar a cavalo, cuidar do gado e acompanhar a plantação de cana.
Amigo da família, o pecuarista Augusto Gontijo teve uma convivência muito próxima aos filhos do ex-prefeito, de quem era vizinho na Rua 20, no centro da capital. "Ele foi amigo do meu pai e iniciante do meu pai na Maçonaria. Era uma amizade de família. Naquele tempo os vizinhos se visitavam", lembra.
O relacionamento com a esposa, Maria Antonieta Costa Silva, é descrito pelos mais próximos como de cumplicidade, respeito e amizade: um exemplo para os filhos, netos e bisnetos.
Origem
Manoel dos Reis nasceu no dia 5 de janeiro de 1927 em Trindade, região metropolitana de Goiânia. Filho de João Pereira da Silva, conhecido como Coronel João Braz, e Ernestina Lina Marra e Silva. Manoel dos Reis estudou em Bonfim, atual Silvânia, e foi coroinha em Trindade de Padre Pelágio. Esta parte da vida do ex-prefeito está no livro 'História da SGPA, Domando o Boi pela Genética', do jornalista Wandell Seixas.
O ex-prefeito de Goiânia Manoel dos Reis e Silva, de 94 anos, morreu na tarde desta sexta-feira após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ele estava internado havia três dias na UTI do Hospital Neurológico de Goiânia, devido a problemas respiratórios.
O velório ocorreu no Cemitério Jardim das Palmeiras, na capital, neste sábado (14). O sepultamento ocorreu à tarde no mesmo local. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), informou, via assessoria de imprensa, que não pode ir ao velório, mas lamentou o fato e prestou solidariedade à família. O prefeito também enviou uma coroa de flores.
Há menos de um ano, o ex-prefeito havia perdido a esposa. Ele deixa os filhos Ricardo Costa Silva, Manoel dos Reis Silva Filho, Maria Cristina Silva de Oliveira, Maria Rita Costa e Silva Rincon, além de netos e bisnetos.
Um dos genros do ex-prefeito, Luiz Eugenio Rincon, contou que Manoel morreu exatamente 10 meses após a morte de sua esposa, Maria Antonieta Costa Silva, ocorrida em 13 de maio de 2019.

Frases
"Ele era um médico muito conceituado. Era um cirurgião otorrino e fez aqui milhares de operações de garganta. Ele era um especialista" – Irapuan Costa Júnior, ex-secretário de Segurança Pública do Estado e aliado político de Manoel dos Reis

"Manoel foi gestor em uma época em que todas as circunstâncias do agronegócio eram diferentes. Hoje está tudo muito tecnológico, mas ele deixou o nome nos anais da SGPA como gestor competente, honesto e que integrou muito a SGPA com a questão política" – Raul Seabra, diretor administrativo da SGPA

"Uma pessoa de visão fantástica. Ele operou vários membros da nossa família. É destacado não só pela visão empreendedora como pecuarista, mas também como médico e professor da Faculdade de Medicina" –  Augusto Gontijo, amigo da família e pecuarista

"A gestão dele foi uma das melhores que Goiânia já teve em termos de trabalho, honestidade e seriedade" – Luiz Alberto de Oliveira, genro
………………….

Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação