ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospitais particulares de Goiás planejam criação de hospital de campanha
ANS adia obrigações dos planos de saúde durante pandemia de covid-19
UFG firma parceria e começa a produzir 200 mil máscaras para profissionais de saúde que atuam no combate à Covid-19
Rede privada de hospitais tem 66 pacientes internados com suspeita de Covid-19
Mais de 156 mil pessoas foram curadas de Covid-19 no mundo
País tem 201 mortes por Covid-19 e 5.717 casos confirmados
Senado aprova uso da telemedicina durante pandemia de covid-19
Senado aprova auxílio de até R$ 2 bilhões a santas casas e hospitais filantrópicos
Ferramenta mostra como estados estão preparados na crise
Abril decisivo contra explosão da Covid-19
Governo usará inteligência artificial para fazer consulta à distância e mapear riscos do coronavírus
Empresas se juntam para garantir 200 leitos no Rio
Decon apreende máscaras descartáveis fabricadas sem autorização em Aparecida
TV ANHANGUERA
Hospitais particulares de Goiás planejam criação de hospital de campanha
https://globoplay.globo.com/v/8447899/programa/
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VALOR ECONÔMICO
ANS adia obrigações dos planos de saúde durante pandemia de covid-19
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, na segunda-feira, duas medidas para aliviar o caixa das operadoras de planos privados durante a pandemia do coronavírus.
A diretoria do órgão autorizou o adiamento da obrigação para que as operadoras constituam reservas para ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS). Isso ocorre quando um cliente com plano de saúde recebe atendimento na rede pública ou em hospitais privados consorciados ao SUS.
Também foi postergada a constituição de reservas para a contraprestação insuficiente, conhecida no setor como Peona. Trata-se de uma estimativa de valor de atendimentos já prestados aos beneficiários dos planos e que ainda serão comunicados à operadora.
O início da constituição desses fundos estava previsto para começar em janeiro deste ano e foi adiado para o início de 2021. O objetivo é liberar recursos para as operadoras atuarem no combate à covid-19. Não há uma projeção exata do volume de recursos que iriam para essas reservas, mas eles podem chegar à R$ 1 bilhão.
A agência reguladora só deve discutir na semana que vem outros pleitos das empresas, como a liberação dos recursos depositados por elas em um fundo garantidor, que pode representar um fôlego extra de até R$ 10 bilhões. Conforme antecipado pelo Valor, a tendência é que a ANS exija contrapartidas para autorizar a operação.
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PORTAL G1
UFG firma parceria e começa a produzir 200 mil máscaras para profissionais de saúde que atuam no combate à Covid-19
Com material doado por outras instituições e trabalho voluntário de 50 estudantes, universidade vai confeccionais ainda 6 mil aventais. EPIs serão distribuídos gratuitamente por unidades de saúde públicas.
Um projeto da Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com outras instituições públicas e privadas visa produzir mais de 200 mil máscaras cirúrgicas e 6 mil aventais, que serão doados aos profissionais de saúde que atuam no combate à Covid-19 no estado. O trabalho começou na segunda-feira (30). Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) serão concebidos a partir de matéria-prima doada pelas entidades.
A produção está sendo feita por mais de 50 estudantes de enfermagem, artes visuais e veterinária – todos voluntários. O laboratório de costura da universidade foi cedido para a confecção dos materiais. Antes do início das atividades, eles passaram por qualificação.
Para que ele permita que a atividade do cuidador ou do paciente, e que esteja em alguma movimentação, realmente esteja protegida. Por isso que essas condições técnicas também de ABNT e de Anvisa são respeitadas em análise de material , explica Carlos Gustavo Hoelzel, professor do curso de Design.
A maior parte do material, cerca de 17,3 mil metros de tecido, foi doado pela Organização dos Voluntários de Goiás (OVG).
O reitor da UFG, Edward Madureira, disse que a adesão ao projeto foi maciça. Tanto que a instituição já preparou outra sala para fabricação dos equipamentos.
É muito interessante a gente perceber o envolvimento das pessoas. As pessoas estão se apresentando extremamente solidárias e dispostas a contribuir em projetos , comemora.
As máscaras e aventais sairão do laboratório embaladas e prontas para serem usadas por profissionais de saúde de hospitais públicos e postos de saúde que atendem pacientes infectados pelo coronavírus.
A princípio, [as máscaras vão] para o Hospital das Clínicas, que é o hospital da universidade, que é referência para o atendimento à Covid. E, depois, com as parcerias que a gente tem, todo o acordo com a OVG, e as instituições que fizerem esse tipo de atendimento , detalha Luana Cássia Ribeiro, vice-diretora da Faculdade de Enfermagem da UFG.
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JORNAL OPÇÃO
Rede privada de hospitais tem 66 pacientes internados com suspeita de Covid-19
Por Marcos Aurélio
Outras sete pessoas tiveram exame positivo para o Coronavírus estão em hospitais particulares
Sete pacientes que testaram positivo para a Covid-19, estão internados na rede privada de hospitais de Goiás. A informação consta no boletim divulgado na tarde desta terça-feira, 31, pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Segundo o boletim, a rede provada há 73 pacientes internados em instituições associadas. São 66 casos suspeitos e 7 confirmados. Não há registro de óbito.
Os primeiros números, publicados na segunda-feira, 30, apontavam 90 casos suspeitos, 4 confirmados e nenhum óbito em hospitais associados da Ahpaceg em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, em Goiás há 65 casos da Covid-19 confirmados por critério laboratorial. Há também 2.546 casos suspeitos em investigação. Outros 760 já foram descartados. Há um óbito confirmado.
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Mais de 156 mil pessoas foram curadas de Covid-19 no mundo
Por Eduardo Pinheiro
O Brasil aparece em 29º no ranking, com 120 pessoas recuperadas da doença, segundo dados do painel online da Universidade Johns Hopkins
Das 741 mil pessoas que contraíram coronavírus (Sars-Cov-2) no mundo, 156.838 mil se recuperaram da doença, até as 11 horas da manhã desta segunda, 30. Os números são do painel online da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que atualiza o tempo todo os casos da Covid-19 no planeta.
O país com mais pessoas recuperadas até agora é a China. São mais de 75 mil livres da doença, de acordo com dados oficiais chineses. A Espanha é o segundo país com maior número de recuperados, com 16,7 mil, depois o Irã 13,9 mil, seguido da Itália, com 13 mil, Alemanha – 9,2 mil, França 7,2 mil, Coréia do Sul, 5,2mil. O Brasil aparece em 29º no ranking, com 120 pessoas recuperadas da doença – até o fechamento desta matéria.
Pico da doença
O pico da doença acontece neste momento nos EUA. O país norte-americano já tem mais casos confirmados do que a Itália, com 143 mil infectados contra 97 mil no país europeu. A Espanha é o terceiro mais infectado com 85,1 mil pacientes, seguido da China com 82,1 mil. O Brasil aparece em 19º lugar no ranking com 4,3 mil casos confirmados da doença.
Mortes
O número de mortes no mundo chega 35.114 pessoas, a maior parte delas na Itália. A Espanha tem 7,3 mil, a China (sobretudo na província de Hubei) tem 3,1 mil (dados oficiais chineses), o Irã tem 2,7 mil. O Brasil aparece em 15º lugar no ranking da Johns Hopkins, com 140 mortos – até o fechamento desta matéria.
Isolamento social
Como o pico de casos da doença ainda não aconteceu no Brasil – a previsão é que isso aconteça no meio do mês de abril – o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta defende o isolamento social, seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas e líderes do mundo inteiro orienta o isolamento social como melhor medida para conter o rápido espalhamento do vídeo e evitar que o sistema de saúde entre em colapso.
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HOJE EM DIA
País tem 201 mortes por Covid-19 e 5.717 casos confirmados
O número de mortes em razão do novo coronavírus chegou a 201, nesta terça-feira (31), conforme nova atualização divulgada hoje pelo Ministério da Saúde. O resultado marca um aumento de 26% em relação a ontem (30), quando foram registrados 159 óbitos.
As mortes ocorreram em São Paulo (136), Rio de Janeiro (23), Ceará (sete), Pernambuco (seis), Piauí (quatro), Rio Grande do Sul (quatro), Paraná (três), Amazonas (três), Distrito Federal (três), Minas Gerais (duas), Bahia (duas), Santa Catarina (duas), Alagoas (uma), Maranhão (uma), Goiás (uma), Rondônia (uma) e Rio Grande do Norte (uma).
O número de novas mortes, 42, foi o maior da série histórica. O maior quantitativo de óbitos em um dia até então tinha sido 23, no dia de ontem (30).
Em relação ao perfil, 41,4% eram mulheres e 68,6%, homens. Em relação à idade, 89% estavam na faixa acima de 60 anos. Em relação às complicações de saúde, a maioria (107) apresentavam cardiopatia, 75 tinham diabetes, 33 pneumopatia e 22 alguma condição neurológica.
Já os casos confirmados saíram de 4.579 para 5.717. O resultado de novas 1.138 pessoas infectadas em um dia foi mais que o dobro do maior registrado até agora, de 502 novos casos no dia 27 de março.
Os estados com mais casos são São Paulo (2.339), Rio de Janeiro (708), Ceará (390), Distrito Federal (332) e Minas Gerais (275). A menor incidência está em estados da Região Norte, como Rondônia (oito), Amapá (10), Tocantins (11) e Roraima (16).
O índice de letalidade, que estava abaixo de 2% no final de semana, ficou em 3,5% no balanço de hoje, o mesmo registrado ontem.
As hospitalizações saíram de 757, ontem, para 1.075, hoje.
Manutenção do isolamento
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, argumentou que a pandemia não entrou na curva ascendente porque houve "conscientização de todo mundo". Mas a situação de hoje reflete a dinâmica de 14 dias atrás. "Não temos nem sete dias que estamos ficando em casa. Por isso que é importante manter", defendeu.
Mandetta reforçou a importância das medidas de isolamento social, mas acrescentou que o governo discute as condições para uma movimentação de abertura, o que chamou de "condicionantes".
Entre elas, o abastecimento dos profissionais de saúde com equipamentos de proteção individual (EPIs), que ainda são insuficientes, de acordo com levantamentos que vêm sendo realizados por entidades como o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira. O ministro informou que foi finalizada compra de 300 milhões de kits desses equipamentos.
"No momento vamos fazer o máximo de distanciamento social, o máximo de permanência nas residências para que, quando chegarmos no momento de estarmos preparados, vamos monitorando pela epidemiologia. Vai ser um trabalho de precisão. Nem tão amarrado que possamos ser arrastados, nem tão acelerado que possamos cair numa cachoeira", declarou.
Sistema de monitoramento
Mandetta anunciou que o governo colocará em funcionamento um sistema de monitoramento dos brasileiros que chegará a 125 milhões de pessoas. A plataforma, baseada em inteligência artificial, entrará em contato com os brasileiros na base de dados do governo e obterá informações sobre a condição de saúde.
"O conjunto dessas informações será usado para que a gente antecipe quem é risco, onde está, o nome e isso deve ser grande ferramenta de gestão de pessoas", informou o titular da pasta.
O governo divulgou os dados sobre o avanço de covid-19 em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Participaram o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Economia, Paulo Guedes; da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Kits de teste rápido
Nesta terça-feira desembarcou no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), o primeiro lote de 500 mil de testes de detecção rápida para a covid-19. O lote faz parte de uma compra de compra de 5 milhões de kits efetuada pela Vale. O teste, produzido pela empresa chinesa Wondfo, tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele detecta anticorpos e permite que se tenha um resultado em apenas 15 minutos.
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AGÊNCIA SENADO
Senado aprova uso da telemedicina durante pandemia de covid-19
O Senado aprovou nesta terça-feira (31) projeto de lei que libera o uso da telemedicina durante a pandemia de coronavírus no Brasil. O objetivo do PL 696/2020 é desafogar hospitais e centros de saúde com o atendimento de pacientes a distância, por meio de recursos tecnológicos, como as videoconferências. O texto segue para a sanção presidencial.
O projeto, da deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP), havia sido aprovado na Câmara dos Deputados na quarta-feira (25). Pelo texto, telemedicina é o exercício da medicina mediado por tecnologias para assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde. Ao sugerir esse recurso, o médico deve esclarecer ao paciente as limitações disso, como a impossibilidade de realizar exames que exijam coleta de material, por exemplo. Também deve informar, se for o caso, as formas de pagamento.
O projeto prevê ainda a ampliação do serviço de telemedicina após o fim da pandemia, com a regulamentação dessa modalidade de atendimento pelo Conselho Federal de Medicina.
Para o senador Paulo Albuquerque (PSD-AP), relator da matéria, sua aprovação matéria pode contribuir principalmente para os casos que exigem acompanhamento contínuo de médicos, por permitir essa continuidade e evitar a ida do paciente a um pronto-socorro ou uma clínica onde haja risco de contaminação pelo novo coronavírus.
– A telemedicina surge como uma estratégia viável, que pode ampliar o acesso e levar a atenção médica a pessoas e lugares carentes e distantes. Também pode oferecer maior acesso à educação e à pesquisa médica, em especial aos estudantes e aos médicos que se encontram em regiões geograficamente isoladas – afirmou o relator durante a sessão remota desta terça-feira.
Para evitar que o texto voltasse à Câmara, o que atrasaria sua aprovação, Paulo Albuquerque decidiu fazer apenas alterações de redação. Uma delas deixa claro que o atendimento a distância não se aplica a todas as áreas de saúde, somente à medicina. Outra alteração reproduz o conteúdo de uma emenda sugerida pelo senador Prisco Bezerra (PDT-CE), para autorizar as receitas médicas apresentadas por meio digital, com a assinatura eletrônica ou digitalizada do médico.
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Senado aprova auxílio de até R$ 2 bilhões a santas casas e hospitais filantrópicos
BRASÍLIA – Os senadores aprovaram nesta terça-feira, 31, projeto que prevê auxílio financeiro de até R$ 2 bilhões da União às santas casas e hospitais filantrópicos para ajudar a conter o avanço do coronavírus no país.
Eles também regulamentaram o uso da telemedicina no país e votaram outros projetos já aprovados na Câmara para enfrentar a pandemia. O projeto de apoio às entidades de saúde foi aprovado por unanimidade com os votos de 77 senadores. Agora, vai à Câmara.
O texto, do senador José Serra (PSDB-SP), estabelece a ajuda emergencial de até R$ 2 bilhões da União a santas casas e hospitais sem fins lucrativos que participem de forma complementar do SUS (Sistema Único de Saúde).
As entidades poderão usar o dinheiro para se preparar para atender a população e conter a doença, em coordenação com o Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais do SUS.
O Ministério da Saúde deverá divulgar os critérios para o rateio do valor, que será creditado em até 15 dias na conta bancária de cada uma das instituições via Fundo Nacional de Saúde.
O recebimento do auxílio financeiro instituído por esta Lei independe da eventual existência de débitos ou da situação de adimplência das instituições filantrópicas e sem fins lucrativos em relação a tributos e contribuições na data do crédito pelo Fundo Nacional de Saúde.
Mesmo entidades endividadas terão direito ao auxílio emergencial. Os recursos poderão ser usados para comprar medicamentos, produtos hospitalares e para fazer pequenas obras e adaptações para ampliar a oferta de leitos de terapia intensiva. Também servirão para enfrentar o aumento de gastos provocado pelo combate ao coronavírus.
As santas casas e hospitais filantrópicos terão que prestar contas ao fundo nacional sobre a aplicação dos recursos.
Na justificativa, o senador lembra que essas instituições respondem por mais da metade de todos os atendimentos do SUS e que "formam uma rede assistencial estratégica por estarem geograficamente distribuídas em todas as unidades federadas da União".
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FOLHA DE S.PAULO
Ferramenta mostra como estados estão preparados na crise
No site da Folha, é possível consultar principais dados do sistema e a estratégia de médicos e hospitais na epidemia
São Paulo
Nova ferramenta de consulta criada pela Folha mostra quais estados do país estão mais bem preparados para enfrentar a pandemia da Covid-19.
O mapeamento, que pode ser consultado no site do jornal, revela a estrutura estadual em duas frentes principais.
1) Atendimento básico e triagem para o encaminhamento de pacientes segundo a gravidade; 2) Estrutura para tratar casos graves nas UTIs e leitos equipados com ventiladores para respiração mecânica.
No atendimento básico, há informações sobre o percentual da população coberta por equipes de atenção básica e o total de médicos e leitos por habitante em cada estado.
Na estrutura para casos graves, são exibidos o total de leitos de UTI nos sistemas público e privado e os ventiladores respiratórios por habitante.
Os dados são do Ministério da Saúde, da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (Amib) e do Conselho Federal de Medicina e foram organizados para facilitar a consulta.
Segundo médicos no comando das operações contra a Covid-19,com 0 avanço da epidemia, a triagem criteriosa de pacientes em todo o país tornou-se fundamental.
Menos de 10% dos 5.570 municípios têm leitos de UTI e a maioria das 4.000 cidades com menos de 50 mil habitantes não tem ambulâncias -o que exigirá coordenação nas transferências de pacientes.
O desafio do atendimento básico, com 47,7 mil equipes de saúde da família, além de médicos e leitos comuns, é aferir quem de fato precisa de UTIs ou ventiladores.
O objetivo é não saturar a estrutura para casos graves com doentes que poderiam ser atendidos sem equipamentos mais sofisticados.
Nos epicentros mundiais da pandemia, té m sido necessários cerca de 2,4 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes, segundo a Amib. No Brasil, há cerca de 2,2 leitos por 10 mil -embora esteja ocorrendo um esforço de ampliação.
A distribuição regional desses leitos de UTI também é muito desigual (pior no Norte, Nordeste e Centro-Oeste), assim como a divisão entre os leitos públicos do Sistema Único de Saúde (média de 1 para cada 10 mil) e privados (4,8 para cada 10 mil segurados).
Em termos gerais, os cerca de 47 mil leitos de UTI no país estão divididos meio a meio entre os sistemas público e privado.
Mas antes mesmo da chegada da Covid-19, eles já tinham elevada taxa de ocupação, de 95% no SUS e 80% no setor privado. Para abrir espaço, o desafio tem sido cancelar cirurgias sem urgência -que normalmente ocupam 25% das UTIs- e adotar outras medidas para reservar leitos para a pandemia.
Em relação aos ventiladores mecânicos, o Brasil tem quase 3 unidades para cada 10 mil habitantes, mais do que mostram estimativas em relação a Estados Unidos (2 para cada 10 mil), Reino Unido (1,4) e Itália (0,8).
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CORREIO BRAZILIENSE
Abril decisivo contra explosão da Covid-19
Vazios assistenciais e impossibilidade de isolamento social em comunidades mais vulneráveis desafiam Gabinete de Crise do Ministério da Saúde. País inicia mês crítico da pandemia com a missão de colocar em prática ações de enfrentamento para conter doença
O país inicia, hoje, o mês que carrega o maior desafio contemporâneo da saúde pública brasileira. É em abril que o Ministério da Saúde estima colocar em prática parte das preparações de enfrentamento ao novo coronavírus. Em um cenário de transmissão sustentada cada vez mais consolidado, os vazios assistenciais e a impossibilidade de isolamentos sociais em comunidades mais vulneráveis têm sido ponto preocupante e motivo de discussão do Gabinete de Crise contra a Covid-19.
Funcionária terceirizada da limpeza em uma Unidade de Pronto-Atendimento de Ceilândia, Sueli Fontenele, de 42 anos, precisa sair de casa, no Entorno do DF, e pegar transporte público todos os dias para ir trabalhar. Com os dois filhos fora da escola, viu-se obrigada a fazer mais uma despesa para pagar alguém para cuidar das crianças, já que ela e o marido, também terceirizado, não podem parar. "Minha casa é financiada, o ganho é pouco e, mesmo me arriscando todos os dias, agradeço por ainda ter meu emprego e comida dentro de casa. Mas o receio é muito grande", desabafou.
Por trabalhar em um ambiente hospitalar, Sueli conhece as regras de higienização e faz de tudo para manter o vírus da porta de casa para fora. Sua preocupação, no entanto, destoa da realidade onde vive. "Aqui, as pessoas não têm acesso à infraestrutura, saneamento básico de qualidade. Muito menos à informação". Ela acredita que, a partir do momento em que o vírus chegar à localidade, será difícil contê-lo. "As pessoas não estão cumprindo as medidas, nem têm assistência médica para toda essa gente. O jeito é ter fé porque aqui não tem isolamento social, tem, sim, esquecimento social".
A explosão de casos da Covid-19, bem como sua consolidação em regiões conectadas aos grandes centros, é o cenário estimado para as próximas semanas. "Parte desse processo já estava dentro das expectativas esperadas. A transmissão está escalonando, crescendo dentro da cidade", confirmou o secretário de vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira.
A preocupação é que, no Brasil, o epicentro da disseminação do coronavírus deve coincidir com o de outras doenças sazonais, como a dengue e a influenza. "As temperaturas começam a cair e as pessoas ficam mais aglomeradas, então, o cuidado adicional é fundamental. Se nós não fizermos todos os esforços, vamos ver situações, principalmente dessas comunidades, de circulação mais intensa", explicou.
SinaisO aumento da procura por leitos já mostra os primeiros sinais da consolidação desse panorama. Segundo levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de pacientes hospitalizados com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), no Brasil, dobrou nos três primeiros meses de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A explosão de casos, concentrada nas últimas três semanas, coincide com a chegada da Covid-19 em território nacional.
"Embora já viéssemos observando um crescimento ao longo do tempo, essa mudança muito grande nas duas últimas semanas é um forte indício de que a alta está, sim, associada ao novo coronavírus", confirmou o pesquisador Marcelo da Costa Gomes, coordenador do InfoGripe, sistema que monitora as notificações da SRAG. Aproximadamente 10,3 mil hospitalizações por problemas respiratórios foram registradas nas últimas semanas em comparação a 3,1 mil, no ano anterior.
Para a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, o contexto mostra que as preocupações com o fator idade devem se somar aos cuidados com os grupos mais vulneráveis socialmente. "Nós temos uma alta densidade populacional em condições habitacionais de muitas vulnerabilidades, como é o caso de muitas das nossas periferias e favelas em todos os centros urbanos do Brasil. Além disso, temos uma mobilidade urbana difícil, transportes lotados, uma série de questões que vão interferir no curso da epidemia", apontou.
Nísia acredita que esses fatores têm que ser observados com mais atenção. "Pesquisas e políticas públicas terão que olhar para essa realidade tão complexa que se resume numa palavra: desigualdade. Precisamos olhar para esse fator para pensar em estratégias de solidariedade social".
Prova de fogoO secretário executivo, João Gabbardo, reconhece o gargalo: "A nossa grande preocupação são essas comunidades, pelo problema de acesso a saneamento, água potável e pela dificuldade de evitar aglomerações. Eles vivem e convivem em um ambiente de aglomeração, com grande chance de contaminação".
Como estratégia para conseguir suprir a demanda das regiões mais vulneráveis, Gabbardo citou alternativas como instalação de hospitais de campanha e utilização de hotéis, estádios e navios como espaço adaptado para atender a essas pessoas, "principalmente, separar, em um ambiente com mais proteção, aquelas que forem de maior risco, até para evitar esses casos mais graves nas pessoas mais vulneráveis. Isso está sendo feito, já, no Rio de Janeiro, com algumas iniciativas", informou.
O SUS terá a capacidade testada nas próximas semanas, prevê Gabbardo. "Vamos começar a ter casos de mais pessoas utilizando o Sistema Único de Saúde (SUS), o que vai forçar a resposta do nosso serviço. Para isso, nós ampliamos o atendimento da rede básica, contratamos mais médicos e ampliamos os horários de atendimento nas unidades saúde. Estamos implementando e antecipando todo o nosso cronograma de vacinas contra a influenza."
Braço direito do SUS
A burocratização, natural das movimentações públicas, é barreira ante as necessidades de ações imediatas que uma emergência em saúde traz. "Hoje, nosso maior desafio no Ministério da Saúde — e, tenho certeza, em todos os outros ministérios — é a burocracia típica estatal. Tem que ter, a gente preza muito, mas entre aprovar uma MP (Medida Provisória) com recursos adicionais e esses recursos se transformarem, literalmente, em empenho para pagar e poder andar, isso demora", ponderou o ministro Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva.
Neste contexto, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) tem desempenhado um papel importante para dar celeridade em determinadas ações, principalmente no que pese a gastos. Financiada com recursos de isenção fiscal concedidos a hospitais filantrópicos de excelência, a iniciativa promove melhorias das condições de saúde da população brasileira. Fazem parte dessa rede os hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, HCor e Moinhos de Vento.
"Em um cenário de crise, as ações precisam ser diárias e rápidas. Apesar de vinculada ao governo, a verba das isenções não passa pelo processo público de liberação, dando aos hospitais filantrópicos muito mais capacidade de ver e agir", explicou a superintendente de Responsabilidade Social no Hospital Sírio-Libanês, Vânia Bezerra.
O Proadi, segundo ela, surge como um braço direito do SUS, desempenhando um papel estratégico que permite expandir a capilaridade do sistema de maneira mais integral, igual e universal. "É uma atuação de bastidor, em que o protagonista é o SUS. Traz investimento financeiro, propondo soluções com base em organização, método e pessoas engajadas para mudar cenários de gestão, alcançar as comunidades mais vulneráveis e conseguir se preparar para enfrentar desafios", detalhou.
Fluxo contínuo Construída para auxiliar as tomadas de decisões da equipe técnica do Ministério da Saúde, a sala onde funciona o Gabinete de Crise contra a Covid-19 é um dos projetos consolidados pelo Sírio-Libanês. É nesse espaço, planejado dentro da sede, que as ações da Saúde são centralizadas.
A estrutura contém aproximadamente 280 indicadores, permitindo a análise de diferentes cenários com filtros e níveis de granularidade até o estabelecimento de saúde. A sala de comando está sendo usada durante a pandemia de coronavírus para acompanhar todas as ocupações de leitos de internação e UTI. Equipada com diversos recursos tecnológicos, possibilita um melhor acompanhamento dos órgãos governamentais no processo de gestão da saúde.
Outra contribuição tem sido a execução da "Lean nas Emergências", uma filosofia de gestão voltada para melhoria de processos baseados em tempo e valor, desenhada para assegurar fluxos contínuos e eliminar desperdícios e atividades de baixo valor agregado.
Em tempo de coronavírus, as ações foram implementadas para preparar uma reação rápida à superlotação. "Estabelecemos a comunicação e ajudamos no preparo das unidades marginalizadas que, muitas vezes, o SUS necessita alcançar. Percebemos uma mudança radical dentro das unidades em pouco tempo, somente com essas organizações de fluxo", afirmou Vânia. Com o programa, o tempo de passagem do paciente com internação reduziu em 45% e o de paciente sem internação caiu 38%. Existem, hoje, 90 hospitais participantes e 50 UPAs 24 horas (BL).
Palavra de especialista Papel da sociedade civil Vânia Bezerra Não é momento para discutir a forma com que a doença chega às comunidades, com o objetivo de achar a causa. Em meio à crise, as energias precisam estar canalizadas nas consequências e no que fazer para garantir o melhor cenário na realidade de cada comunidade. Além dos esforços das autoridades, a sociedade civil tem um importante papel, criando pequenas ações de solidariedade, entendendo como pode ajudar, mesmo de casa, para que o sabonete chegue até a comunidade, para que não falte alimento a uma família. Quando todo mundo tem um propósito, a gente se organiza. É hora de descobrir a humanidade e seria um desserviço trazer discussões que dividam ainda mais a sociedade.
Para depois dessa crise, vale discutir as causas e retomar a necessidade de investimento, principalmente, em educação. Eu vim de comunidade. Sei que o que vai mudar a realidade dessas pessoas é a educação. Quanto à saúde, costumo dizer que, em todo o mundo, é um privilégio. Um país que se propõe a elaborar um Sistema Único de Saúde precisa de muita coragem e sempre será um desafio a ser incrementado.
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AGÊNCIA ESTADO
Governo usará inteligência artificial para fazer consulta à distância e mapear riscos do coronavírus
Serão realizadas 125 milhões de ligações para tentar evitar sobrecarga no sistema de saúde
BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , afirmou nesta terça-feira, 31, que a pasta vai começar esta semana a fazer um disparo em massa de ligações para fazer uma triagem à distância na população e acompanhar riscos de contaminação pelo novo coronavírus . A ideia é evitar uma sobrecarga no sistema de saúde.
A gente fez um algoritmo com disparo de ligações para 125 milhões de brasileiros, ligado em um grande data center , disse Mandetta durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto .
Hoje a gente dispara as ligações. Então não se espantem se receberem as ligações, fazer uma consulta, vai te perguntando, você vai respondendo, e aí ela começa a acompanhar. O sistema com inteligência artificial vai triando, começa a acompanhar e dizer: posso te ligar daqui a oito horas, dez horas, 12 horas? , explicou o ministro
O conjunto dessas informações vai permitir antecipar quem é do grupo e risco, que tem contato com quem, entre outras informações. Na prática, o governo quer reunir informações por meio desse recurso, para tentar rastrear o perfil das pessoas e, assim, identificar possíveis zonas quentes de contaminação pelo País, se antecipando a trajetórias da covid-19.
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Empresas se juntam para garantir 200 leitos no Rio
Um grupo formado por Rede D"Or, Bradesco Seguros, Lojas Americanas, banco Safra e Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível (IBP) está investindo R$ 45 milhões na construção de um hospital de campanha para atender pacientes do SUS acometidos pela covid-19, no Rio.
Do montante total, R$ 25 milhões virão da Rede D"Or e a outra fatia de R$ 20 milhões será dividida em partes iguais entre os outros quatro investidores.
Com 200 leitos, sendo 100 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o hospital contará com tomografia digital, radiologia convencional, aparelhos de ultrassom e de ecocardiograma, além de laboratórios de patologia clínica.
O hospital de campanha abrirá nas próximas semanas com o objetivo de atender o aumento de demanda entre abril e maio, quando está previsto o período de pico dos casos de covid-19. O hospital funcionará por quatro meses e será construído no terreno ao lado do 23º Batalhão da Polícia Militar, na autoestrada Lagoa-Barra.
A Rede D"Or também está participando em parceria com a Dasa e Amil de outra iniciativa. Trata-se de um projeto para reabrir no Hospital São Francisco da Ordem Terceira 140 leitos SUS que, até então, estavam fechados por falta de equipamentos e infraestrutura. No Rio, os hospitais públicos federais têm cerca de 900 leitos fechados.
Ainda no Rio, um grupo de investidores na pessoa física doou recursos para abertura de 60 leitos no hospital universitário Clementino Fraga Filho, mais conhecido como hospital do fundão, da UFRJ. Em cinco dias, foram arrecadados R$ 10 milhões que estão sendo usados para abrir os leitos e comprar materias como máscaras e luvas para o SUS. Cada leito é orçado em cerca de R$ 100 mil. A empreitada foi ideia de Romeu Domingues, presidente do conselho da Dasa, que começou a arrecadar fundos num grupo de WhatsApp. Esse grupo é liderado ainda por Paulo Moll, Walter Sá Cavalcante, Marcela Coelho, Pedro Werneck e Daniela Raimundo.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Decon apreende máscaras descartáveis fabricadas sem autorização em Aparecida
Agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), e fiscais da Vigilância Sanitária apreenderam, na tarde de ontem, dentro de uma fábrica de bandeiras, em Aparecida de Goiânia, 3.375 máscaras de pano descartáveis. Segundo apurou a polícia, a indústria decidiu fabricar as máscaras descartáveis em virtude da grande procura por este produto em decorrência da propagação do coronavírus.
O estabelecimento, porém, não tinha autorização para esse tipo de fabricação, e também falsificou um registro da Anvisa nas caixas onde estavam sendo embaladas as máscaras. O proprietário do estabelecimento foi conduzido para a Decon, ouvido, e liberado, mas, ao final do inquérito, deve ser indiciado em pelo menos dois crimes contra o consumidor.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação