Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 07/05/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Conselhos de Medicina e Enfermagem apuram denúncias de que médico trabalhou com Covid-19 em hospital de Goiânia
Goiás ultrapassa 1 mil casos confirmados e tem 46 mortes por coronavírus, diz Caiado
Delegacia apura crimes cibernéticos praticados com 30 médicos em Goiânia
“Será que vamos ter que tomar medidas restritivas de novo para recuperarmos essa situação?”, diz Caiado
Hugo já afastou 180 profissionais com suspeita de Covid-19, diz sindicato
Especialista estima que Goiás tenha cerca de 8 mil infectados com Covid-19

G1/GOIÁS

Conselhos de Medicina e Enfermagem apuram denúncias de que médico trabalhou com Covid-19 em hospital de Goiânia
Técnica em enfermagem diz que, com essa atitude, outros funcionários também foram contaminados. Entidades farão vistorias na unidade.
Por Vitor Santana, G1 GO

Conselhos de Medicina e Enfermagem investigam se médico com Covid-19 infectou colegas
Os conselhos regionais de Medicina e Enfermagem investigam denúncias de que um médico estava trabalhando mesmo diagnosticado com coronavírus, em um hospital particular de Goiânia. Com isso, ele teria infectado outros funcionários. Na mesma unidade de saúde, uma idosa morreu com Covid-19, e a família denuncia que ela contraiu a doença enquanto estava internada.
Uma técnica de enfermagem da unidade testou positivo para coronavírus e afirma que um médico espalhou o vírus ao trabalhar doente. “Eu achei muita falta de responsabilidade dele vir trabalhar e contaminar todo mundo. A equipe de enfermagem quase toda está infectada. Eu estou sentindo muita dor nas pernas, parece que vai quebrar. Olfato, paladar eu não tenho”, disse a profissional, sem querer ser identificada.
O G1 entrou em contato às 8h, por email e telefone, com o Hospital Jacob Facuri e com a Central Vida, empresa que administra a UTI da unidade, mas ninguém da direção foi localizado até o momento para comentar sobre as denúncias. Em relação à morte da paciente, o hospital informou, na quinta-feira (6), que iniciou o tratamento da idosa assim que identificou os sinas suspeitos de Covid-19, conforme os protocolos do Ministério da Saúde (veja a nota completa ao fim do texto).
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) informou que recebeu denúncia sobre solicitação de desinfecção de UTI do hospital Jacob Facuri e de profissionais de enfermagem testados positivos para Covid-19 ainda em posto de trabalho. O órgão informou que vai até o local averiguar os fatos, mas não informou a data da vistoria para manter o sigilo da fiscalização.
A entidade ainda solicitou uma investigação e adoção das medidas cabíveis para o Conselho Regional de Medicina (Cremego) sobre a denúncia envolvendo o médico na unidade.
Já o Cremego informou que desconhece as denúncias envolvendo os técnicos e pacientes do hospital, mas que também fará uma vistoria na unidade para verificar as condições de funcionamento e de trabalho dos médicos.
Conforme a infectologista Juliana Caetano, muitos profissionais estão contraindo coronavírus por estarem na linha de frente de combate à doença. Muitas vezes, atendem pacientes que chegam aos hospitais com outros problemas de saúde, mas estão com Covid-19 e não sabem, pois não tiveram sintomas. Com isso, acabam espalhando o vírus sem saber.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) explica que é impossível garantir 100% de proteção aos trabalhadores devido às características do vírus. “As pessoas às vezes manifestam a patologia cinco, sete dias depois, e você tem dificuldade de descobrir onde foi que ela pegou. Então, hoje, ele tem o caráter comunitário. É uma doença altamente contagiosa e que meios normais de proteção às vezes não têm funcionado”, disse Haikal Helou, presidente da entidade.
Em Goiânia, até esta quinta-feira (7), 33% dos casos confirmados para Covid-19 são de trabalhadores da saúde. Em Aparecida de Goiânia, o índice, até então, é de quase 60% do total de testes positivos. A infectologista ressalta que os profissionais precisam reforçar os procedimentos de prevenção à doença em todas as etapas.
“Muitos profissionais de saúde têm se contaminado na desparamentação. Às vezes, você dá uma relaxada após ter acabado o atendimento e esquece que desparamentar é tão importante quanto estar com os equipamentos”, orienta Juliana.
Paciente
A neta de uma idosa que morreu na UTI da unidade disse que a paciente contraiu o coronavírus enquanto estava internada. Familiares que acompanhavam a idosa também testaram positivo para a Covid-19.
Maria Rodrigues foi internada com pneumonia e infecção renal. Neta da idosa, Brenda Rodrigues diz que a avó apresentou melhoras e tinha até previsão de alta médica, mas depois foi piorando e apresentando os sintomas de coronavírus. Ela morreu após um mês internada.
"No hospital mesmo, ela foi contaminada. Isso a gente tem certeza. O médico de lá nos afirmou que ela foi contaminada lá”, disse.
Além de iniciar o tratamento contra a Covid-19 conforme os protocolos do Ministério da Saúde, o hospital havia alegado, também na terça-feira (6), que, como não havia leitos de isolamento disponíveis, a paciente foi regulada para o Hospital de Campanha, mas não foi possível fazer a transferência a tempo.

Veja a íntegra das notas
Conselho Regional de Medicina
Desde 24 de março, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) mantém um canal direto para o recebimento de informações sobre a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e falhas nas condições de funcionamento em unidades de saúde goianas neste período de pandemia e tem fiscalizado regularmente todas as denúncias recebidas. Mas, o Cremego desconhece essas denúncias envolvendo médicos e pacientes do Hospital Jacob Facuri. A partir desta informação da imprensa, o Conselho fará uma vistoria na unidade para verificar as condições de funcionamento e de trabalho dos médicos.

Conselho Regional de Enfermagem
O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) informa que recebeu denúncia sobre solicitação de desinfecção de UTI do Hospital Jacob Facuri e de profissionais de enfermagem testados positivos para Covid-19 ainda em posto de trabalho. O órgão irá até o local averiguar os fatos. Entretanto, a data não pode ser informada para garantir o caráter de fiscalização.
Sobre denúncia de médico testado positivo para Covid-19 e exercendo suas atividades na unidade, o Conselho encaminhou na última segunda-feira, 4/4, ofício para o Conselho Regional de Medicina de Goiás solicitando averiguação e medidas cabíveis.

Hospital Jacob Facuri
A paciente em questão foi admitida no hospital com quadro infeccioso pulmonar e urinário. Durante a internação evoluiu com a Síndrome Respiratória Aguda sendo realizada tomografia de tórax que evidenciava sinais sugestivos de COVID-19. Foi prontamente incluída no plano de contingência do hospital para COVID-19, sendo iniciado tratamento conforme os protocolos do Ministério da Saúde e OMS. Como não haviam leitos de isolamento disponíveis pois já estavam ocupados, a paciente foi regulada e encaminhada ao Hospital de Campanha.
Reitero que o caso foi notificado a vigilância sanitária seguindo todos os critérios recomendados e a família plenamente orientada. Uma vez que para o Hospital de Campanha só vão pacientes suspeitos ou confirmados, e até o momento da transferência não tínhamos o resultado positivo para o coronavírus, pois estava em andamento.
Reafirmamos o nosso compromisso com a transparência e uma assistência de qualidade para todos os pacientes.
Diretoria Médica

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TV ANHANGUERA

Conselhos de Medicina e Enfermagem investigam se médico com Covid-19 infectou colegas
https://globoplay.globo.com/v/8535951/programa/
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Goiás ultrapassa 1 mil casos confirmados e tem 46 mortes por coronavírus, diz Caiado
https://globoplay.globo.com/v/8535942/programa/

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Delegacia apura crimes cibernéticos praticados com 30 médicos em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8537165/programa/
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JORNAL OPÇÃO
“Será que vamos ter que tomar medidas restritivas de novo para recuperarmos essa situação?”, diz Caiado

Por Lívia Barbosa

Em live, governador falou sobre o crescimento da curva epidemiológica em Goiás e defendeu corte no ICMS de energia elétrica: “dará tranquilidade ao cidadão de baixa renda”

Ao apresentar os números atualizados sobre a pandemia em Goiás, na noite desta quarta-feira, 6, o governador Ronaldo Caiado (DEM) confessou estar triste e preocupado com o comportamento dos goianos diante da recomendação do isolamento social. “Fico impressionado de ver que as pessoas não estão levando a sério. Muito triste imaginar que podemos ver em Goiânia o que estamos assistindo em outras capitais”, lamentou.
Caiado observou que a curva epidemiológica tem crescido com mais força nos últimos dias, refletindo o aumento de aglomerações. Em março, Goiás chegou a ser líder nas medidas de isolamento social, e atualmente está entre os últimos Estados.
“Isso é péssimo. Será possível que vamos ter que tomar medidas restritivas de novo para recuperarmos essa situação?”, questionou o governador, pedindo ponderação às pessoas. Ele reforçou que a Polícia Militar está nas ruas fiscalizando estabelecimentos, em parceria com a Vigilância Sanitária. Aqueles que descumprirem as normas de proteção previstas em decreto perderão o alvará de funcionamento.
O vice-governador, Lincoln Tejota, que acompanhou Caiado na live, frisou estar em diálogo constante com prefeitos, pedindo atenção para a atual realidade da pandemia, e que não é hora para agenda política, apesar da proximidade das eleições. “Temos que sobreviver a esse momento”, disse.
Caiado aproveitou a ocasião para prestar condolências aos familiares das 45 vítimas do novo coronavírus em Goiás. Afirmou que não se trata de matemática, mas de pessoas. “Não podemos vulgarizar o óbito. São pessoas que estão fazendo falta, e famílias estão de luto. Aquela pessoa se chamava Maria, Pedro, Joana, Antônio. Era mãe, filho, pai, avô de alguém. São vidas humanas, e isso temos que entender nesse momento.”
Corte no ICMS de energia elétrica dará tranquilidade ao cidadão de baixa renda
Durante a live, o governador afirmou que a concessão de isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na energia elétrica para o consumidor de baixa renda trará mais tranquilidade a essas famílias.
A medida valerá entre 1º de maio e 30 de junho, e tem como objetivo reduzir os impactos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus, fazendo com que a conta seja quase zerada. “Não tem sentido, numa crise como essa, o cidadão de baixa renda pagar ICMS na sua conta de luz”, concluiu Caiado.
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Hugo já afastou 180 profissionais com suspeita de Covid-19, diz sindicato

Por Felipe Cardoso

Dos 160 enfermeiros que estão afastados, 60 já testaram positivo para Covid-19

O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) conta com cerca de 160 profissionais da enfermagem afastados com suspeita ou contaminação de Covid-19. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Goiás (Sindisaúde-GO), o número pode chegar a 180 se considerados médicos, residentes e não contratados via CLT. O sindicato visitou a unidade na última quarta-feira juntamente com o Conselho Estadual de Saúde, Sieg e Coren-GO.
A vistoria faz parte de um desdobramento de outra visita ocorrida na última semana cujo propósito foi averiguar se os protocolos de segurança estão sendo seguidos e se há condições de trabalho adequadas para os profissionais. As entidades foram recebidas pelo diretor-técnico do Hugo, Eros Sousa, e pela diretora-geral, Dulce Xavier, e acompanhadas pela Coordenação de Enfermagem do hospital durante a visita. Dos 160 profissionais da enfermagem que estão afastados, 60 já testaram positivo para Covid-19.
Para a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, o número de afastamentos é muito preocupante e evidencia a necessidade imediata de mais rigor quanto às condições de trabalho e uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) e coletivos (EPC’s). Ela afirma que a palavra de ordem é redobrar os cuidados no Hugo.
Flaviana chamou a atenção para a sobrecarga de trabalho. Com tantos profissionais afastados, a quantidade de serviços aumentou. “É humanamente impossível prestar um atendimento com a qualidade e a dedicação que o paciente precisa tendo quase 200 trabalhadores a menos em um hospital do porte do Hugo”.
Contratação
O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), organização social que administra o Hugo, informou ao Sindsaúde que conseguiu repor menos de 10% da força de trabalho afastada. Segundo a INTS, até momento, somente 19 profissionais foram contratados. A OS justificou que houve baixa adesão ao processo seletivo.
Testagem
Já em relação à testagem dos trabalhadores, o INTS disse que ainda não foi possível testar todos eles. Conforme apurou o Sindsaúde-GO, os trabalhadores que atuam na urgência, no 4 andar, no administrativo, parte dos trabalhadores da Central de Material e Esterilização (CME) e terceirizados ainda não foram testados.
A OS informou através do Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) que há previsão de testagem para trabalhadores dos setores de Limpeza, Alimentação e Segurança. O INTS destacou que já fez a solicitação as empresas contratadas pela OS (quarteirizadas) para que realizem os testes. Portanto, o número de trabalhadores contaminados no Hugo pode ser maior do que o conhecido, já que as empresas quarteirizadas ainda não forneceram todos os dados.
Internos
Até o momento, o Hugo possui 10 casos confirmados de pacientes com Covid-19. Dois estão na UTI e oito estão na enfermaria do segundo andar. O Sindsaúde e as demais entidades veem com preocupação o fato desses pacientes confirmados ainda não terem sido transferidos para o Hospital de Campanha de Goiânia (Hcamp) que é o hospital de referência no tratamento da Covid-19.
O Sindicato questionou o motivo da não transferência para o Hcamp já que o perfil do Hugo é outro. Segundo o INTS, o hospital ainda não conseguiu as transferências porque as autorizações de internação hospitalar (AIH) foram recusadas. O Sindisaúde-GO deve realiza visitas a outros hospitais com o acompanhamento do Ministério Público do Trabalho nos próximos dias.
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Especialista estima que Goiás tenha cerca de 8 mil infectados com Covid-19

Por Felipe Cardoso

Médico infectologista lembra que para cada um paciente sintomático existem outros sete ou oito assintomáticos

O Jornal Opção conversou, nesta quinta-feira, 7, com o médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz sobre a disseminação da Covid-19 no Estado. Atualmente, Goiás registra mais de 1 mil pessoas diagnosticadas com a doença. No entanto, o especialista lembrou que “para cada paciente sintomático, existem outros sete ou oito assintomáticos” fazendo com que o número oscile na casa das 8 mil pessoas infectadas no estado.
Os números oficiais são de 1.024 casos confirmados e 45 óbitos, de acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde desta quarta-feira, 6.
O infectologista falou ainda sobre a importância do uso de máscaras pela população ao passo que alerta sobre o uso de produtos produzidos por leigos. “É uma proteção que não chega a 100%, porém tratando-se de eficácia temos visto algumas que não possuem o nível de proteção adequado e podem, inclusive, saturar em pouco tempo”.
“A mascara deve ser, de preferência, 100% algodão e possuir duas camadas. O manuseio também deve ser observado. Sempre deve ser feito com as mãos limpas, atento sempre ao cuidado com a higienização do produto. Também deve-se levar em consideração se a pessoa dialoga muito enquanto usa a proteção. Nesse caso, o ideal é troca-la em, no máximo, duas horas. Isso porquê a umidade pode saturá-la rapidamente acarretando, consequentemente, na perda da eficácia”.
Não substitui o isolamento
Para ele, a máscara de proteção é um elemento importante no dia a dia de qualquer comunidade em tempos de coronavírus. Porém, isso não garante que a sociedade possa voltar às atividades com total segurança. “O uso das máscaras auxilia na redução da transmissão. Porém, devemos obedecer as recomendações de afastamento social, tomando todos os outros cuidados de higiene necessários”.
No entanto, o uso da máscara pode contribuir para que as pessoas infectadas contraiam uma forma mais leve da doença, uma vez que a barreira de proteção reduz a quantidade de carga viral que o usuário tem contato.
O médico explicou que essa possibilidade existe, apesar de ainda não ter sido comprovada. “Todas as doenças infecciosas contam com um valor de inóculo. Isso vale para todas elas. Não temos ainda tanto conhecimento a respeito de como funciona com o Sars-CoV-2, portanto, acreditamos que não seja diferente com ele”.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação