Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 30/05 A 01/06/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Hospitais privados apontam impacto nas receitas, enquanto gastos com insumos crescem durante pandemia
Médicos sofrem agressões de familiares de mortos por Covid-19
Sem qualidade, máscaras fornecidas para Câmara de Goiânia são devolvidas
Virtualização das relações chega a Saúde por meio da telemedicina, mas modelo ainda requer debate
EUA enviam 2 milhões de doses de hidroxicloroquina para Brasil
Teste laboratorial inédito identifica grau de imunidade à Covid-19
Caiado entrega 24 leitos no Hospital de Campanha de Porangatu
Uso da cloroquina não teve resultados, confessa governo
SMS coleta plasma sanguíneo de pacientes recuperados da Covid-19 para tratamento de outros pacientes graves
117 cidades estão sem UTIs
Número de internações cresce 41% em 7 dias
Apenas 14% dos profissionais de saúde se sentem preparados para pandemia
Goiás ultrapassa 3,7 mil casos confirmados de Covid-19 e tem 124 mortes

 


JORNAL OPÇÃO

Hospitais privados apontam impacto nas receitas, enquanto gastos com insumos crescem durante pandemia

Por Fernanda Santos

Em nota, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) informou que gastos com medicamentos subiu 70% durante crise de Covid-19, enquanto consumo de materiais de EPI cresceu 200%

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) divulgou nesta sexta-feira, 29, uma nota técnica em que informa o impacto da pandemia de Covid-19 no consumo de Equipamentos Proteção Individual (EPIs).
A nota assinada pelo presidente Haikal Helou diz que desde março desde ano, após os primeiros registros da doença no Brasil e em Goiás, a Central de Compras Ahpaceg tem enfrentado desafios diários, como o aumento do consumo dos insumos, reajustes abusivos de preços e também a escassez de alguns materiais e medicamentos.

“Para atender à demanda decorrente da pandemia e evitar a falta de medicamentos provocada pela escassez da oferta no mercado que já se estende a anestésicos, antibióticos e luvas, o volume global das últimas compras de insumos gerais (materiais e medicamentos) pela Ahpaceg cresceu mais de 70%”, fala a nota.
Ainda, ela aponta um acréscimo de 200% no consumo médio dos EPIs, como máscaras, luvas, óculos, capotes, gorros e propés. A associação divulgou uma tabela com consumo médio diário por paciente numa Unidade de Terapia Intensiva. Confira:

De acordo com o Bionexo de Compras da Ahpaceg, os custos dos materiais estão entre três e quatro vezes acima do preço médio normal. Com isso, a Ahpaceg informa que os caixas dos hospitais particulares estão fragilizadaos, pois além dos gastos superiores, a redução expressiva dos atendimentos eletivos também provoca queda na receita.
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Médicos sofrem agressões de familiares de mortos por Covid-19

Por Fernanda Santos

Parentes de vítimas da doença altamente contagiosa não aceitam procedimentos sanitários obrigatórios após a morte, como não ver o familiar falecido e a não preparação do corpo para o enterro

Com a pandemia de Covid-19, profissionais da saúde enfrentam uma variedade de novos desafios. Entre eles, o de comunicar a família dos procedimentos sanitários obrigatórios para a vítima ou suspeita da doença provocada pelo novo coronavírus.
A médica Franscine Leão, presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), conta como tem sido a rotina dos profissionais de saúde que têm defrontado essa situação fora do comum. “A maior dificuldade não é em relação à suspeita. O problema é em velar o paciente sem o preparo do corpo. Para muitos, isso é desrespeitoso”, falou ao Jornal Opção.
“Caixão fechado, limitação do tempo do velório e limitação de pessoas que podem aproximar do caixão. Quando os familiares tomam consciência de que irá ocorrer este passo a passo, eles se revoltam. O próprio ato popular de velar os corpos, eles não têm compreensão que estamos em um momento epidemiológico diferente. Que a gente não pode se dar ao luxo, se isso for um luxo, um benefício para a família, de correr o risco de expor profissionais de saúde, agentes da funerária e a própria família ao risco de contaminação”, explicou.
Ela diz que normalmente, o paciente que vai à óbito só tem o diagnóstico positivo para a Covid-19 detectado posteriori à morte. Caso seja, de fato, este paciente carrega uma carga viral muito alta. Por esse motivo, as recomendações das autoridades sanitárias são diferenciadas para o funeral dessas pessoas.
“Tem diferença entre coronavírus e a população, apesar da população já estar limitada. Para o coronavírus, o paciente vai à óbito. Caso seja confirmado por meio do swab, o médico coloca isso no atestado de óbito. O que temos percebido é que às vezes não dá tempo de positivar o exame. Aí a gente coloca como suspeito”, diz a médica.
“O paciente não é preparado. A gente remove as roupas, dentadura, alianças, tenta a ressuscitação. Caso ele venha à óbito, se coloca o paciente em um saco fechado e acondiciona na capela, que chamamos de morgue. Quando a funerária chega, ela não vai manipular aquele cadáver. Vai vestir outro saco plástico e isolar o corpo. Essa é a recomendação. Não ter contato com o cadáver. O caixão é fechado”, detalhou Franscine.
Já no caso de pacientes que morrem por outras causas, ainda é possível velar em caixão aberto. “Determinações judiciais são de que os velórios, mesmo de outros pacientes, sejam menores e que apenas dez pessoas podem estar presentes. São duas horas de velório para toda população, independente da causa da morte”, informou.
Rotina alterada

Culturalmente, as pessoas precisam se aproximar do familiar falecido, chorar a perda e visualizar que a morte ocorreu, ela explica. “[No caso da Covid-19] não vai poder fazer isso. Entra vivo, teoricamente, já que em geral o paciente já vem muito grave e não vê o corpo saindo”, relata Franscine. “Somos táteis. Queremos pegar, abraçar, chorar, é ato cultural e muitas pessoas que precisam disso não vão poder ter isso. Esse é o principal motivo da revolta.”
Ela conta que, em geral os médicos possuem técnicas de comunicação para falar do óbito. Habilidades adquiridas com a profissão e técnicas de comunicação em saúde auxiliam no comunicado do óbito, conforme ela explica.
“O que é comum do ser humano, após a morte, é culpabilizar alguém. Sempre que há um óbito a culpa é de alguém. A suspeita clínica é uma obrigação do médico, caso contrário é um crime de exposição à sociedade. Se suspeitamos e não colocamos no atestado de óbito e permitimos que aquela comunidade se exponha ao vírus é muito sério. Aumenta a incidência dos casos graves, como eu disse, aquele paciente provavelmente tem uma carga viral maior”, ressalta.

“Estamos com dificuldades, enquanto profissionais de saúde, não apenas os médicos, porque somos maiores vítimas neste processo”, desabafou a médica. “Somos aqueles que estão no front, em guerra contra o inimigo invisível e estamos adoecendo e morrendo primeiro. Precisa de mais empatia da população por essa categoria”, pediu a presidente do Simego.
“Estamos aqui habituados a salvar vidas, não a assinar atestados de óbitos, o que infelizmente tem se tornado uma rotina nas nossas vidas. Não é satisfatório para o médico perder uma vida. Por mais que não sejamos deuses, a gente está aqui para tentar salvar. Quando há uma perda, também temos um luto individual”, disse Franscine.
“É um processo cansativo, emocionalmente e fisicamente uma ressuscitação. Ainda mais paramentado da cabeça aos pés, o que não é habitual. Paramentação é muito difícil, muito sofrido. Estar paramentado para ressuscitar pacientes é muito cansativo. E ainda assim, depois de 40 minutos fazendo esforço físico lutando para salvar a vida ser agredido porque você não conseguiu, o sofrimento emocional para esse profissional é muito maior. Acho que precisa de sensibilização para que a população tenha empatia por esse profissional”, alertou a profissional.
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Sem qualidade, máscaras fornecidas para Câmara de Goiânia são devolvidas

Por Fernanda Santos

EPI havia sido comprado para ser distribuído entre funcionários da Casa para a retomada das atividades presenciais


Após adquirir máscaras da empresa Avanza Tecnologia em Informação e Gestão da Saúde, a Câmara de Goiânia constatou a necessidade de substituição de 110 mil unidades adquiridas, após perceber diferenças na padronização e discrepância de qualidade no material. Por meio de uma notificação extrajudicial assinada pelo presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), a empresa foi informada do problema.

“A Diretoria Administrativa verificou a existência de produtos de diferentes padronizações, com peças de qualidade inferior àquelas apresentadas como amostras no momento da entrega”, diz a nota.
O material havia sido adquirido para distribuição para funcionários com objetivo de retomar gradualmente as atividades legislativas presenciais. O retorno estava previsto para segunda-feira, 1º de junho. Em razão do problema, uma nova portaria será publicada pela Mesa Diretora para estabelecer nova data de retorno.

A presidência da Câmara determinou que a fornecedora se pronuncie em até 24 hora depois de recebida a notificação extrajudicial.
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Virtualização das relações chega a Saúde por meio da telemedicina, mas modelo ainda requer debate

Médicos concordam com caráter positivo dos atendimentos remotos durante pandemia, mas falam da desconfiguração da relação médico-paciente, que passa, fundamentalmente, pelo contato físico
Entre previsões negativas ou não, a sociedade começa a calcular quais serão as mudanças permanentes a serem deixadas pela pandemia. Apesar do cenário ainda nebuloso, alguns elementos se tornam norteadores quando se quer olhar para a sociedade pós-Covid-19. As novas dinâmicas impostas pela necessidade de isolamento social passam, fundamentalmente, pela virtualização dos relacionamentos, que chega à Saúde através da telemedicina.
Discutido há mais de década, o modelo de atendimento médico mediado por tecnologias da informação e telecomunicações ganhou maior atenção nos últimos três anos, quando chegou a ter, no início de 2019, regulamentação proferida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Apesar disso, cerca de um mês depois foi revogada, já que ainda tinha delimitações não muito claras, voltando a ser rediscutida.
Foi só em março deste ano, em caráter excepcional, que o CFM voltou a autorizar atendimentos médicos de forma virtual. Com regras ainda em discussão, a regulamentação provisória serve ao setor como grande teste do modelo, abrindo discussões sobre elementos como aplicabilidade e efetividade, propiciando ajustes e balanços, o que pode acelerar ou freá-lo.
Em Goiás, o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) trabalha com o modelo desde o mês de março, registrando quase 1800 atendimentos até a segunda semana de maio. Para o diretor técnico da unidade, o médico Durval Pedroso, essa é uma oportunidade para que o CFM proponha um modelo de regulamentação, podendo, como adianta Durval, garantir acesso seguro aos pacientes.
Regras
Conforme explica o diretor técnico do HGG, o que existia antes da regulamentação vigente era a autorização do uso das plataformas por profissionais para troca de entendimentos sobre casos, o que já era chamado de telemedicina. "Um médico que está no interior atendendo paciente e precisa discutir com um especialista determinada situação, por exemplo", explica Durval.
O que mudou a partir das novas diretrizes alcançou a teleconsulta, contato mediado por tecnologias entre médico e paciente, esse sim, mais polêmico e ainda debatido.
O texto da regulamentação permite atendimento por vídeo, telefone e ou outros meios para promover orientações e avaliação de exames, detalha Durval Pedroso, que faz destaque fundamental: só há permissão para esse modelo para fins de continuidade de tratamento.
Confira a lista de modalidades autorizadas
"A primeira vez que você vai ver um paciente é impossível fazer por telemedicina, porque o exame físico é fundamental. É o momento que o médico toca no paciente, escuta, afere dados vitais. Isso ainda não é possível à distância. Mas aquele paciente que o médico já acompanha como portadores de doenças crônicas dentre os que não podem ficar desassistidos nesse momento", segue explicando.
Alternativa
O médico ortopedista Rodolfo Cambota é um dos profissionais que aderiram o teleatendimento. A regulamentação, segundo ele, mesmo que provisória, atendente demanda antiga da classe. Afirma que o modelo facilita o acesso médico em situações de menor gravidade durante o distanciamento social, mas, assim como o diretor do HGG, faz alerta.
"Nem tudo pode ser resolvido remotamente e a falta do exame físico limita as ações do médico", defende o especialista, que acrescenta: "Resta maior clareza na definição das ferramentas disponíveis e adequadas ao atendimento, além das atribuições tanto do paciente quanto do médico diante desta nova tecnologia".
Sobre os riscos de adoção dos atendimentos remotos como caminho que se limita ao foco em economia, o ortopedista diz que é fundamental entender o modelo como alternativa mais segura e ou mais confortável, mas não como possibilidade de atendimento mais barato. "Consultar remotamente não pode significar menos atenção ou dedicação ao paciente. E carregamos ainda mais responsabilidades nesse método se compararmos com a consulta tradicional", defende.
Relação médico paciente
O médico oftalmologista Carlos Eduardo Pereira também destaca que o modelo de atendimento é positivo durante o período de isolamento, acrescentando ainda a capacidade de atender populações distantes. Apesar disso, o oftalmologista é mais duro e crítico ao teleatendimento, e diz que "é tirar o elemento humanizado da medicina".
"A tecnologia avança muito mais rápido que a legislação e as discussões de como devemos usar as novas ferramentas, o assunto ainda é controverso e só está autorizado em caráter excepcional durante a pandemia", afirma o médico sobre a atual regulamentação.
Conforme defende o especialista, a telemedicina deveria ser usada apenas em caráter consultivo entre colegas médicos. "O uso da ferramenta dessa forma desfigura a relação médico paciente de uma maneira que nem médicos nem pacientes estão preparados. É uma figura nova que não pode substituir a consulta e o contato humanizado", acrescenta.
"A telemedicina não pode nunca ser a primeira opção de relacionamento médico paciente, ela pode ser uma ferramenta para tirar uma dúvida ou para manter o contato mais estreito entre as partes, mas o relacionamento presencial é a base da medicina. A medicina não pode ser tratada como um negócio que busca exclusivamente o lucro. O fundamental é o bem-estar do paciente e para tanto devemos primar pela qualidade", segue defendendo o médico Carlos Eduardo.
Pensar o futuro
Mesmo sob dúvidas, que devem mover densas discussões sobre o assunto, os três médicos ouvidos pela reportagem concordam que a telemedicina sai fortalecida após a pandemia. O diretor do HGG conta que a direção já avalia plataformas de interconexão de prontuários, buscando aprimorar os atendimento.
"Pensar na pós-pandemia uma possibilidade de acesso, principalmente para um paciente que muitas vezes vem de 400 quilômetros, 300, 600 do interior para passar por uma avaliação que poderia ser feita remotamente", afirma Durval Pedroso.
O médico ortopedista Rodolfo Cambota diz que esse é um caminho sem volta para a classe médica. "As consultas de retorno que ocorrem alguns dias após o atendimento presencial, geralmente para entrega de exames e definição do tratamento, serão frequentemente substituídos por atendimentos por teleconsulta", acredita o Rodolfo.
O oftalmologista Carlos Eduardo Pereira também acredita no fortalecimento do modelo, mas chama atenção para a necessidade do que define como "uso adequado". "O Raio-X é uma ótima ferramenta, mas não substitui o ortopedista, a inteligência artificial não vai aposentar o médico. O contato humano também não pode ser desfigurado ao ponto de nos contentarmos em ser atendidos por uma tela sem o toque humanizado", finaliza.
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EUA enviam 2 milhões de doses de hidroxicloroquina para Brasil

Por Thauany Melo

Apesar dos alertas científicos sobre riscos associados ao medicamento, dois países devem realizar esforço de pesquisa conjunto para uso da droga
Apesar dos alertas científicos sobre os riscos associados ao medicamento, os Estados Unidos forneceram ao Brasil 2 milhões de doses de hidroxicloroquina para serem usadas contra o novo coronavírus. De acordo com o comunicado da Casa Branca divulgado neste domingo, 31, os dois países realizarão um esforço de pesquisa conjunto que incluirá “testes clínicos controlados randomizados”.
Tanto o presidente estadunidense Donald Trump, quanto o brasileiro Jair Bolsonaro, defendem o uso da hidroxicloroquina no combate à Covid-19. Em maio, Trum chegou a dizer que estava tomando o remédio como medida de prevenção contra o coronavírus. Já Bolsonaro afirmou ter uma “caixinha” do medicamento guardada para caso sua mãe de 93 anos precise.
“O povo brasileiro e o povo norte-americano solidarizam-se na luta contra o coronavírus”, disse a nota. “A HCQ será usada como profilático para ajudar a defender enfermeiros, médicos e profissionais de saúde do Brasil contra o vírus. Ela também será utilizada no tratamento de brasileiros infectados”, completou.
O texto ainda afirmou que os Estados Unidos enviarão 1000 ventiladores para serem usados no sistema de saúde brasileiro.
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Teste laboratorial inédito identifica grau de imunidade à Covid-19

Por Eduardo Pinheiro

Teste seria capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S no país

Um teste laboratorial, que utiliza tecnologia nacional, está em desenvolvimento. Ele é capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Este teste permite saber quem já esteve em contato com o vírus, e se desenvolveu imunidade ao mesmo.
Esse teste inovador, desenvolvido por cientistas brasileiros, pode mudar o paradigma de enfrentamento à pandemia e dar à sociedade uma nova perspectiva para lidar com a crise. A promessa é que pode pode identificar indivíduos que apresentam imunidade e, portanto, poderiam retomar suas atividades. O teste leva cerca de duas horas para ser realizado e o resultado fica pronto em até seis horas.
Conforme Alberto Stein, médico que colaborou no desenvolvimento do teste, a inovação já está pronta para ser disponibilizada à população. Já foram feitas todas as testagens e validações estabelecidas pela Anvisa, com amostras de diferentes pacientes, em diferentes níveis de evolução da doença. “Neste momento, está ocorrendo a transferência desta tecnologia para laboratórios de análises clínicas, que irão executar o teste”, explica Stein.
O teste é realizado a partir de uma amostra de sangue, analisada em laboratório, determinando e quantificando a presença destes anticorpos que reagem contra a proteína S. Este fator é extremamente importante, visto que a maioria dos testes imunológicos disponíveis hoje no mercado não quantificam o nível de anticorpos contra a proteína S (pois eles avaliam anticorpos contra a proteína N), e nem avaliam a possibilidade de imunidade contra o vírus.
Testes rápidos
Os testes rápidos produzem resultado a partir da identificação de anticorpos contra a proteína N, da Covid-19. Essa proteína encontra-se no interior do coronavírus e sinaliza que a pessoa teve contato com o vírus, mas não dá informação sobre a imunidade contra ele, porque estes anticorpos contra a proteína N não são neutralizantes.
Já o teste inovador é capaz é identificar e quantificar a presença de anticorpos que reagem contra a proteína S da COVID-19, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Ou seja, este teste permite identificar e quantificar a imunidade de cada pessoa com relação à doença.
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A REDAÇÃO
Caiado entrega 24 leitos no Hospital de Campanha de Porangatu

A Redação

Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, entregou 24 leitos (10 de UTI) para o Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu. Todos serão dedicados exclusivamente ao tratamento de pacientes com Covid-19. O Estado fará repasse de R$ 4,1 milhões à prefeitura, para manutenção dos leitos pelos próximos seis meses

“Significa humanização da saúde e respeito à vida. Ter um suporte desse aqui nesta região, no limite da fronteira de Goiás, é fundamental. Estou desenvolvendo uma política de regionalizar a Saúde”, afirmou Caiado.

O governador ressaltou que os moradores do extremo Norte do Estado não podem ficar reféns da chamada ‘ambulancioterapia’, quando o paciente, em casos mais graves, era colocado na ambulância e transferido para Goiânia em busca de suporte de UTI.

“É muito importante essa estrutura para as pessoas que estão na região, que teriam que andar 500 quilômetros de ambulância. Precisamos recuperar nossas regiões, fazer uma medicina de qualidade”, acrescentou.

Caiado ainda afirmou que a nova estrutura tem equipamentos de ponta, oferecendo suporte e segurança para todos os profissionais de saúde e pacientes.

O objetivo inicial, segundo o governo, é ofertar leitos hospitalares para o manejo dos casos moderados e graves da Covid-19. A unidade deverá atender, prioritariamente, a macrorregião Norte, que tem população aproximada 1,1 milhão de habitantes.

O governador adiantou que os novos leitos vão continuar disponíveis à população local mesmo após o fim da pandemia. “Podem ter a certeza, estamos numa situação emergencial, mas terminados os seis meses, vamos continuar e será mantida a estrutura para termos uma saúde de qualidade na região Norte do Estado de Goiás”, garantiu.

Os novos leitos entram em funcionamento com a parceria firmada entre o Governo de Goiás e a prefeitura municipal. Com portaria de repasse fundo a fundo, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) vai transferir para o município R$ 4,1 milhões durante seis meses, ou seja, R$ 684,3 mil mensais.

O primeiro repasse previsto para segunda-feira (1º/06) foi antecipado. “A primeira parcela já está depositada. É dessa maneira que gosto de assinar um documento. A gente podendo assinar e não enganar a população, induzir aquilo que não pode ser feito depois”, frisou Caiado. A unidade também terá repasse do governo federal, por meio do Ministério da Saúde.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Uso da cloroquina não teve resultados, confessa governo

Após o Ministério da Saúde alterar o protocolo do uso da cloroquina no tratamento da covid-19, bastidores técnicos do governo confessam que não houve resultados esperados no meio médico. A autorização do uso do medicamento em casos leves da doença ocorreu em 20 de maio, sustentado a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente defende o medicamento como uma possibilidade contra a infecção, portanto cientistas de todo mundo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não indicam o uso. É sustentado que não há provas concretas de competência e sinalizam para graves efeitos colaterais.
Segundo informações do Metrópoles, a equipe técnica que assessora o Ministério da Saúde afirma que não houve o resultado esperado pelo Palácio do Planalto.
Um dos aspectos que fundamentam o resultado é ligado às recomendações da OMS e outras instituições científicas que divergem com a percepção do governo brasileiro. Essa situação criou insegurança no uso e dificultou as prescrições. Além disso, a expectativa de dúvida jurídica do médico. Mesmo quando o paciente assume o risco ao assinar o Termo de Ciência e Consentimento.
Segundo um interlocutor da Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde, os artigos internacionais opostos ao uso do medicamento abalaram a iniciativa. "Como a comunidade internacional tem estimulado o não uso da cloroquina, o protocolo ficou enfraquecido", conclui.
Uma outra fonte, ligada à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), tem o mesmo posicionamento, porém é menso crítica. Segundo ela, o protocolo limita o uso no Sistema Único de Saúde (SUS) e defende o direito do médico prescrever e de o paciente aceitar. Neste sentido, esta alteração não significou indispensavelmente uma nova prática nos hospitais.
Ao ser consagrada , governadores retiraram o uso da cloroquina. Desde abril, a Secretaria Estadual da Saúde trata pacientes com Covid-19 usando o medicamento. Já na próxima semana, o órgão deve publicar uma regulamentação suspendendo o uso. A capital pernambucana, Recife, já retirou o medicamento do formulário de cuidados da cidade.
A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), que é contrária ao uso, mostrou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PRG) para impedir o protocolo do medicamento aprovado pelo Ministério da Saúde. O argumento citado é a falta de comprovação da eficácia do medicamento.
A decisão de usar a substância cabe ao médico e é necessária a expressão por escrito do consentimento do paciente com termo de responsabilidade. A advogada Mérces da Silva Nunes, especializada em Direito Médico, alega que o termo serve para distanciar a responsabilidade do profissional.
Segundo ela, o médico deve informar ao paciente os efeitos colaterais mais comuns que aquele medicamento pode causar. Pelo remédio ser experimental, o paciente pode se encontrar em situação complicada caso queira protestar algum problema futuro em uma discussão judicial.
"Há necessidade de prudência e cautela no uso da cloroquina, que deve ser feito somente mediante prescrição médica e desde que confirmado o diagnóstico de Covid-19", aponta. Enquanto não houver provas científicas, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) não recomenda o uso da cloroquina, ou não, azitromicina.
Em nota, informa que "No entanto, para os pacientes que optarem pela realização do tratamento, orienta que, desde que resguardada as condições sanitárias necessárias para minimizar o risco de contágio de profissionais de saúde e outros pacientes, que sejam realizados eletrocardiogramas a fim de avaliar a evolução do intervalo QT [distúrbio do ritmo cardíaco], de forma a subsidiar o médico quanto à pertinência de se persistir no tratamento. Para tanto, a Telemedicina pode ser uma alternativa viável para suportar essa iniciativa".
Segundo a imunologista e oncologista Nise Hitomi Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina, não há comprovação sobre a eficácia da cloroquina, mas também, não há de que ela não funcione. Nise afirma que a única comprovação é que doses acima da dose de segurança são tóxicas.
Testes com cloroquina e hidroxicloroquina contra a Covid-19 foram suspensos, na última segunda-feira (25). O motivo foi após a revista científica britânica The Lancet publicar um estudo com 96 mil pacientes que indicavam maiores taxas de mortalidade em pacientes que foram tratados com o medicamento.
O Ministério da Saúde informou que acompanha um banco de dados com mais de 200 protocolos de vários países. A demissão dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, foi resultado da mudança neste protocolo que avalia o uso do medicamento para pacientes com sintomas leves, bem como gestantes, mulheres que tiveram filhos recentemente e crianças.
O documento cita como fontes de fundamento, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Agência Europeia de Medicina, estudos exclusivos do Ministério da Saúde, artigos científicos, reportagens publicadas em sites, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Hospital Israelita Albert Einstein.
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O PARLAMENTO

SMS coleta plasma sanguíneo de pacientes recuperados da Covid-19 para tratamento de outros pacientes graves

Pessoas com o perfil necessário e que já tenham anticorpos contra o novo Coronavírus são selecionadas para fazer a doação, que é voluntária. O material coletado fica armazenado em um banco de sangue e poderá auxiliar no tratamento de pacientes internados no Hospital Municipal (HMAP). O mecanismo consiste na transfusão do plasma convalescente de um indivíduo curado para um infectado com o objetivo de neutralizar o vírus.
"Pesquisadores de todo o mundo estão buscando estratégias seguras para enfrentar essa pandemia. Assim que soube da transfusão de plasma convalescente, já experimentada com certo sucesso em outros países, acionei a Secretaria Municipal de Saúde que analisou sua viabilidade. Agora, nossos pacientes que já enfrentaram essa doença e saíram vitoriosos poderão ajudar a salvar outras vidas. Isso é muito importante e gratificante. Contamos com a colaboração de todos", enfatiza o prefeito Gustavo Mendanha.
O secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, que também preside o Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 em Aparecida, salienta que estudos demonstram que a transfusão de plasma convalescente é uma técnica promissora no combate ao Coronavírus. "Com ela, vidas podem ser salvas porque há evidências científicas de atenuamento dos sintomas com diminuição da carga viral e, do tempo de ventilação mecânica e de internação na UTI", ressalta. Ele explica também que a realização da coleta preenche uma série de requisitos de segurança típicos da doação de sangue comum.
Quem pode doar?
A coleta de material sanguíneo é realizada pela Prefeitura de Aparecida em parceria com Instituto de Hematologia de Goiânia (IHG). Apenas indivíduos entre 18 e 60 anos de idade, com mais de 50 kg de peso corporal e que não tenham doenças infecciosas transmissíveis através de transfusão e que estejam em bom estado de saúde após a recuperação da Covid-19 podem doar o material. Essas pessoas são acionadas pelo IHG que explica e organiza todo o procedimento.
"Diariamente recebemos da Secretaria de Saúde uma lista de pacientes curados da Covid-19 em Aparecida de Goiânia que tenham concordado com o nosso contato. Selecionamos aqueles que atendam ao perfil necessário e explicamos o mecanismo. Caso aceitem fazer a doação, iniciamos os procedimentos que se assemelham à doação de sangue normal. Coletamos amostras, realizamos uma série de exames, dosamos a quantidade de anticorpos necessários para ser transferido, e, por último, repetimos o PCR (exame de detecção do Coronavírus) para ver se não existe mais vírus circulante", explica o médico hematologista e hemoterapeuta do IHG, Antônio César Teixeira.
Como é a doação?
Segundo o hematologista Antônio César, a doação de plasma é segura "como qualquer doação de sangue e o procedimento é feito sempre no período vespertino no IHG, na unidade do Setor Aeroporto, em Goiânia, em horário destinado somente às doações desse gênero. Os profissionais envolvidos são devidamente capacitados e paramentados e o doador não corre nenhum risco", afirma. Ele esclarece que, depois de coletado, o plasma é imediatamente congelado a uma temperatura de -40ºC. "Com o material bem armazenado, aguardamos a prescrição por um profissional médico do HMAP que esteja atendendo um paciente grave com Covid-19. Quando ele avaliar que está na hora, somos avisados e vamos até o hospital fazer a transfusão do plasma".
O paciente recuperado, Maxuel Aguiar da Silva, que é autônomo doou o plasma nesta quinta-feira, 29 no Instituto de Hemoterapia de Goiânia (IHG). Segundo ele, que se infectou no início de abril, a doação foi a oportunidade que ele encontrou para ajudar ao próximo. "Eu sempre senti na minha vida a vontade de ajudar as outras pessoas. E sempre que posso eu gosto de ajudar então vi nesta ocasião a oportunidade de ajudar e me senti apto", contou ele que antes de sentir falta de ar e ser internado teve febre, tosse seca, perda do olfato e diarreia.
Procedimento testado em outras doenças
A terapia de doação de plasma convalescente é a mesma já utilizada em epidemias como as do Ebola e do H1N1 em vários países. O secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, informa que a prática, que segue critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), já foi testada mundialmente também para a epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), em 2003, com resultados positivos em muitos casos: "Não é uma técnica infalível, mas uma alternativa que não deve ser descartada e que pode ser usada, com acompanhamento profissional rigoroso, para tentar reduzir a gravidade da doença em pacientes que apresentam complicações severas" (Fonte: Polliana Martins e Camila Godoy)
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O POPULAR

117 cidades estão sem UTIs

Municípios não têm suporte avançado de saúde para casos suspeitos ou confirmados de Co vi d 19 pelo SUS. Ao todo, há 181 leitos específicos distribuídos em 7 regionais que atendem 129 cidades
Dos 246 municípios de Goiás, 117 (47,5%) não possuem cobertura regional de leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) específicos para pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus (Sars-CoV-2). As UTIs estão distribuídas em 7 das 18 regionais de saúde do Estado (veja quadro). Elas somam 181 em 13 hospitais e se concentram em 9 cidades. O levantamento foi realizado pelo POPULAR com dados obtidos junto ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems-GO), Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) e municípios.
A maior parcela das unidades de saúde (5) está localizada em Goiânia, que compõe a Regional Central do Estado. Nela também está Trindade, o hospital de urgências recebeu, nesta semana, as primeiras UTIs do município. Inicialmente os seis leitos vão atender casos de Covid.
Na sequência, aparecem dois hospitais em Aparecida de Goiânia, da Regional Centro Sul. Os demais estão nas regionais: Pirineus, Entorno Sul, Estrada de Ferro, Norte e Sudoeste I. Segundo dados do Cosems, há estimativa de aumento de pelo menos 434 leitos nas redes pública e privada incluindo enfermaria e UTIs em caso de necessidade nos próximos meses.
O secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino afirma que o aumento pode ser maior e prevê que o acréscimo possa chegar a mil leitos. Deste total, estima ele, 15% seriam de UTIs. "Esse seria nosso limite de ampliação. Mais que isso não conseguiremos em um curto espaço de tempo. Isto porque não há, no mundo, ventiladores mecânicos disponíveis. Além disso, a compra de equipamentos, que inclui não só os ventiladores, mas também monitores, bombas de infusão, por exemplo, está complicadíssima. Existem casos também de compras feitas e materiais não recebidos. Estamos tentando compras por meio da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira."
Alexandrino analisa como irresponsável a atitude de prefeitos que relaxam completamente as medidas de isolamento mesmo sem possuir estrutura hospitalar. "É uma falta de consideração com os municípios que possuem leitos, estão trabalhando para isso e precisarão atender municípios vizinhos, por exemplo. É uma forma de deixar a população da própria cidade, muito vulnerável."
O titular da pasta diz que as demais secretarias precisam fazer o contraponto em busca de um equilíbrio. "Como secretário de Saúde, vou olhar para a saúde, mas sei que não é possível desconsiderar as dificuldades pelas quais as famílias passam. Quem ganhava um salário mínimo ficou sem emprego e não tem condições de colocar comida na mesa, compra facilmente o discurso de prefeitos que são repetidos por empresários de que é possível voltar à normalidade. Também precisamos ponderar as condições de volta, os protocolos rígidos de higiene, segurança e o discurso não pode se distanciar da prática. Vou citar como exemplo os clubes de futebol que determinaram protocolos rígidos e imagens dos treinamentos mostraram que não estavam sendo seguidos", finaliza.
Estudo
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta estimativas da demanda diária por leitos clínicos e de UTI para pacientes com Covid-19 projetadas para 31 de julho deste ano. No melhor cenário, caso fosse estabelecido o nível de isolamento observado nos municípios entre 23 e 29 de março (acima de 50%), seriam necessários até 288 leitos clínicos por dia e até 75 de UTI.
O pior cenário para o Estado, entretanto, chamado de vermelho, aponta necessidade de até 5.144 leitos clínicos/dia e até 1.257 de UTI. Isso, caso seja mantida a tendência de variação do isolamento social dos municípios observada entre 9 e 22 de maio. Na última terça-feira (26), Goiás atingiu 104 mortes por Covid-19 e confirmou a projeção feita em abril dentro do chamado "cenário vermelho", que era de 106 mortes.
O secretário Ismael Alexandrino pondera o fato de o estudo valorizar a questão do isolamento e ignorar o comportamento e os protocolos já estabelecidos pela população. "É difícil mensurar tudo isso, mas acredito que em junho conseguimos atender dentro da capacidade instalada, até porque no próximo mês essa capacidade estará aumentada", pontua.
Concentração
A Regional Central, onde está Goiânia, tem 55,24% das UTIs do SUS específicas para o enfrentamento da Covid-19, mas tem apenas cerca de 25% da população do Estado.
Em Goiânia, a maior parte das vagas está no Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus em Goiás (HCamp). O local abriu as portas no dia 26 de março e possui 50 leitos de UTIs e 72 de enfermarias ativas. Até a última sexta-feira (29), 1.798 pacientes foram atendidos. A capacidade deve ser ampliada, conforme demanda, para um total de 210 leitos, sendo 70 de UTIs e 140 de unidades semicríticas e de emergência.

Entorno do Distrito Federal ganha reforço
No Entorno do Distrito Federal (DF), duas unidades de saúde atenderão, de forma mais imediata, os pacientes com casos suspeitos ou confirmados para o novo coronarvírus (Sars-CoV-2). O primeiro a abrir as portas foi o Hospital Regional de Luziânia (HRL), que começou os atendimentos em 21 de maio, com 40 leitos, sendo 10 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 30 enfermarias. O local recebeu 11 ventiladores pulmonares recuperados pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
De acordo com a organização Social (OS) que faz a gestão do hospital de Luziânia, o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), logo no primeiro dia, 21 pessoas foram atendidas na unidade. O HRL tem capacidade para até 20 leitos de UTI e o secretário de Estado de Saúde, Ismael Alexandrino chegou a anunciar que já havia adquirido 12 respiradores para a unidade. Somados aos equipamentos já entregues, o hospital utilizaria 20 unidades, deixaria dois de reserva e um para a chamada sala vermelha. De acordo com a OS, não há previsão de chegada de novos equipamentos, "até porque os que estão lá estão suprindo as necessidades".
O Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, que assim como Luziânia pertence à Regional Entorno Sul, deve abrir as portas na próxima segunda-feira (1º). As obras da unidade foram concluídas há um mês, mas o hospital só foi repassado ao Estado pelo Governo Federal na última segunda-feira (25). As atividades serão iniciadas com 200 leitos de internação que possuem acesso à rede de gases, o que permite que a transformação em leitos de UTI.
O prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango (PTB), garantiu que logo que a unidade comece a funcionar o município irá repassar três respiradores. Outros 10 devem ser encaminhados pela SES-GO.
Entorno Norte
Pertence à Regional Entorno Norte, o Hospital de Formosa, que também foi estadualizado recentemente, como parte do projeto de regionalização da Saúde. Ele deverá contar com 70 leitos, sendo 10 de UTI. O processo de implantação está na fase de assinatura do contrato de gestão com a organização social que assumirá o local.

Neste primeiro momento, o contrato emergencial é de 180 dias. De acordo com a secretaria, no curso desse período será realizado chamamento público para contratação regular da organização social para 48 meses.
Hospital Municipal de Porangatu é transformado em HCamp
Tranformado temporariamente em Hospital de Campanha (HCamp), o Hospital Municipal de Porangatu, no Norte de Goiás, iniciou nesta sexta-feira (29) o atendimento dedicado ao enfrentamento do novo coronavírus. Ele conta com 10 leitos de UTIs, os primeiros da Regional Norte, e 14 enfermarias. A previsão da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) é de que na próxima semana a capacidade seja ampliada para 24 UTIs e 31 enfermarias.

Os novos leitos são uma parceira do governo do Estado, por meio da SES, com a Secretaria Municipal de Saúde de Porangatu. Os primeiros respiradores da unidade foram entregues na segunda-feira (5), por parte da gestão estadual, logo após a finalização das obras de engenharia que eram necessárias, bem como o suporte para oxigênio, realizadas pelo município .
Nesta sexta-feira (29), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), esteve na cidade para assinar o convênio. "Podem ter a certeza, estamos numa situação emergencial, mas terminados os seis meses, vamos continuar e será mantida a estrutura para termos uma saúde de qualidade na região Norte do Estado de Goiás", afirmou o democrata durante discurso no local.
O Estado fará um repasse de R$ 4,1 milhões à prefeitura da cidade para manutenção dos leitos pelos próximos seis meses. A quantia mensal deve ficar em cerca de R$ 684,3 mil.
A Regional Norte de Saúde atende 13 municípios e uma população estimada pelo Estado em 1,1 milhão de habitantes. Durante a visita, o governador disse que o objetivo inicial é ofertar leitos hospitalares para o manejo dos casos moderados e graves da Covid-19 no Norte para evitar que os pacientes da região tenham que se deslocar por longas distâncias para internação em outras cidades.
A unidade também receberá um repasse do governo federal diário de R$ 1,6 mil por leito por conta da habilitação temporária de UTI adulto e pediátrico para atendimento exclusivo de pacientes com a Covid-19.
Catalão
Em Catalão, município da Regional Estrada de Ferro, 12 leitos de UTI entraram em funcionamento no último dia 25 de maio no Hospital Nars Faiad. A cidade também possui outros 17 leitos particulares para atendimento exclusivo.
Itumbiara e São Luís seguem sem previsão
Em Itumbiara, que pertence à Regional Sul, o Hospital Regional funcionará na sede do Hospital e Maternidade São Marcos, que já foi repassado ao Estado. O projeto inicial é de que o local conte com 30 leitos de UTI e 170 leitos semicríticos. Na semana passada, o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, informou que 20 respiradores entregues pelo Ministério da Saúde ao Estado serão repassados para a unidade.
O hospital privado havia decretado falência há cinco anos e estava fechada. Em abril foi estadualizada após ação movida pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A estrutura passou a integrar o projeto da rede de atendimento aos pacientes com o novo coronavírus (Covid-19) no período de enfrentamento à pandemia. Atualmente, a regional não possui nenhum leito de UTI.
O local será gerido pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), Organização Social que já faz a gestão do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O contrato tem duração de 180 dias.
Neste período, o Estado pagará R$ 8,4 milhões por mês para todos os serviços, contratações e aparelhamento. O total do contrato é de R$ 50,7 milhões. Em nota, SES-GO afirmou que o contrato de gestão da Organização Social (OS) que realizará a gerência do Hospital Regional de Itumbiara foi outorgado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) na última sexta-feira (22). Ainda não há, entretanto, previsão de abertura.
Oeste II
Na Região Oeste II, que também não possui leitos de UTI, a unidade que deve funcionar de forma mais rápida será o Hospital Dr. Geraldo Landó, no município de São Luís de Montes Belos. A unidade de saúde foi estadualizada pelo governador no último dia 16 de abril e a previsão é de que conte com 50 leitos, sendo 10 de UTIs.
O local será gerenciado por organização social (OS) e, em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) afirmou que está realizando os trâmites necessários para definir quem assumirá a gestão do local.
Cidades com melhor situação
Aparecida de Goiânia, maior município da Regional Centro-Sul, e Anápolis, maior cidade da Regional Pirineus, podem chegar a ofertar até 80 leitos de UTI pelo SUS, para atendimento exclusivo de Covid-19. Até o momento estão em funcionamento 43 em Aparecida e 4 em Anápolis, mas essa capacidade pode aumentar nos próximos dias.
No total, 50 leitos de UTI estão disponíveis no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) e 60 de enfermaria. Destes, apenas 30 estão em funcionamento, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que outros 20 já estão prontos para utilização caso aumente a demanda. O outros 13 leitos da cidade estão no Hospital do Garavelo.
Em Anápolis, o total de leitos de UTIs para Covid-19 no hospital de urgências (Huana) é de 15, dos quais 4 estão disponíveis. As enfermarias somam 38, sendo 20 de retaguarda, caso haja necessidade. A SES-GO já sinalizou também que, em caso de necessidade, o Centro de Convenções de Anápolis pode contar com 200 leitos. O local foi escolhido por ter uma boa estrutura que não está em funcionamento.
Região Sudoeste terá terceira unidade
Rio Verde e Santa Helena de Goiás são os municípios da Regional Sudoeste I que possuem leitos específicos em funcionamento. Em Rio Verde, o Hospital Municipal Universitário (HMU), conta com 27 vagas para cuidados em terapia intensiva (UTI) com respiradores, apenas para pacientes de Covid-19, além de 46 leitos de média complexidade. Na rede privada, são 40 leitos de enfermaria e 28 de UTI destinados a pacientes com a doença. Já em Santa Helena, no Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso), são duas UTIs com a mesma finalidade.
A terceira unidade de saúde, que também fica no Sudoeste do Estado mas pertence à Regional Sudoeste II, será o HCamp de Jataí. Ela deverá contar com 120 leitos, sendo 30 de UTI. De acordo com a SES-GO, a implantação está na fase de assinatura do contrato de gestão com a organização social que assumirá o local e já foi escolhida: Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc).
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Número de internações cresce 41% em 7 dias

Internações por Covid-19 ereseem 41,3% em sete dias ESCALADA Número leva em consideração casos suspeitos ou confirmados, tanto de enfermaria quanto de UTI. Entre 23 e 30 de maio, total de pacientes em leito passou de 155 para 219, segundo monitoramento da Secretaria da Saúde.

Hospital Célia Câmara chegou a ficar lotado por algumas horas no meio da semana. Hospital das Clínicas e HCamp de Goiânia viram crescer procura no fim de semana

O número de internações em Goiás por Covid-19 – seja de casos suspeitos ou confirmados, seja em enfermaria ou UTI – subiu pelo menos 41,3% na última semana, considerando os dados disponíveis no painel da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) com informações sobre a epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). O total de pacientes ocupando leitos nas unidades monitoradas pela SES-GO passou de 155 para 219 entre os dias 23 e 30 de maio.
Os três hospitais na capital referenciais para encaminhamento de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passaram por apertos em algum momento da semana. O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), com 30 leitos de UTI, ficou lotado por algumas horas entre quarta-feira (27) e quinta (28). O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), com 10 leitos de UTI, tinha apenas uma vaga disponível neste domingo (31) e o Hospital de Campanha (HCamp) de Goiânia, apenas 7 das 40 ofertadas.
Na rede particular, a situação também se agravou. Dos 100 leitos de UTI ofertados pelos hospitais filiados à Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), a ocupação passou de 38% para 45%, tendo um pico de 52 vagas ocupadas no dia 27, o mesmo da lotação do Célia Câmara. O número de leitos preenchidos na enfermaria destes hospitais se manteve estável, com 41 pacientes.
O dia mais crítico de internações em leito de UTI foi na terça-feira (26), quando o total monitorado pela SES-GO chegou a 135. No sábado (30), último dia com os dados atualizados, o número foi para 103. Uma semana antes estava em 85.
Na mesma semana em que a demanda por leitos aumentou, cresceu também o de vagas ofertadas na rede pública no interior do Estado, mas a procura maior tem sido de pacientes em Goiânia. O diretor-geral do HCamp Goiânia, Guillermo Sócrates, disse que no hospital o perfil de internações, que era metade da capital e metade do interior, no final do mês pendeu mais para os pacientes de Goiânia, que representam 58%.
Ao contrário das vagas citadas acima, as existentes para o SUS no Hospital Nasr Faiad, de Catalão e do Hospital Regional de Luziânia (HRL) ainda não podem ser monitoradas pelo público no site da SES-GO em tempo real. As do HCamp de Porangatu começam a ser reguladas pelo Estado apenas nesta segunda-feira. Juntas, são 32 vagas e passaram a ser ocupadas em dias distintos da semana passada. A assessoria da secretaria informou que dos 10 leitos de UTI existentes no HRL, 5 estavam preenchidos no domingo (31).
Outro hospital que teve leitos de UTI para Covid-19 inaugurado, o de Urgências de Trindade (Hutrin) já está com parte ocupada. Dos 6 leitos ofertados desde o dia 29, 2 estavam preenchidos no domingo, segundo site da SES-GO. A situação é tranquila no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap), com 7 dos 30 leitos de UTI para Covid-19 ocupados (23,3%). Também em Aparecida, oHospital Garavelo, que oferece 13 leitos para o SUS estavam com todos vazios no domingo.
Aumento de vagas
Tanto o HMMCC como o HCamp de Goiânia devem oferecer mais leitos de UTI a partir desta segunda-feira (1º). O primeiro tem promessa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia de abrir mais 10 vagas agora, indo para um total de 40 das 50 possíveis de acordo com a estrutura da unidade.
Entretanto, desde que teve a lotação alcançada no dia 27, a maternidade – que foi inaugurada no dia 6 de abril como um HCamp da rede municipal – passou a ver uma redução no número de pacientes em situação grave. Na noite de domingo, estavam disponíveis 11 leitos.
E o HCamp de Goiânia da rede estadual também vai aumentar a capacidade em mais 10 leitos de UTI a partir desta segunda-feira, indo para 50. Guillermo comenta que os profissionais da unidade notaram uma procura maior por internações desde o final de semana anterior, mas garante que a unidade tem estrutura suficiente para absorver a maior demanda.
"Observamos esse aumento com uma preocupação muito grande. Temos visto um aumento principalmente de casos suspeitos e já devemos amanhecer (na segunda-feira) com uma nova ala aberta", comentou o diretor-geral do HCamp.
Por ser uma unidade que é referência para casos de Covid-19, o HCamp recebe muitos pacientes com síndrome respiratória aguda grave (Srag), que é o sintoma mais grave e alarmante de Covid-19. Os casos testados que dão negativo para coronavírus são transferidos para outras unidades da rede.
47 leitos de UTI foram habilitados, mas seguem sem previsão
Dos 159 leitos de UTI exclusivos para Covid-19 em Goiás habilitados pelo Ministério da Saúde para receberem recursos do governo federal desde o final de abril, 47 seguem ainda apenas no papel, e sem previsão para estarem atendendo. No dia 24 de abril, foram habilitados 139 leitos e no começo de maio os outros 20.
Ao todo, já teriam sido repassados pelo governo federal R$ 22,9 milhões para todos os leitos habilitados, inclusive para os leitos que ainda não estão sendo usados.
Estes recursos ficam parados nos fundos de saúde das redes estadual ou municipais aos quais as respectivas unidades estão respondendo.
Entre os leitos habilitados que seguem sem uso, estão 20 que estavam previstos inicialmente para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), 10 para o Hospital Ism