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DESTAQUES
HCamp de Porangatu recebe 5 respiradores de Associação de Hospitais Privados
BNDES lança socorro de R$ 2 bilhões para hospitais e laboratórios
Covid-19: Conass aponta 679 novas mortes e 15.654 novos casos
Nova revelação da OMS é bombástica: Pacientes assintomáticos não contribuem para a propagação do vírus
Médico que anunciou kit contra coronavírus pode voltar a exercer profissão
Responsabilidade civil do médico na prescrição da Cloroquina em tempos de Pandemia
Em audiência virtual, secretária de Saúde prestará contas à Câmara Municipal
Defensoria Pública solicita estudos técnicos para reabertura do comércio em Goiás
HCamp de Porangatu recebe respiradores emprestados pela Ahpaceg
Taxa de contaminação pela Covid-19 está na faixa de 1.5 em Goiás, aponta pesquisador da UFG
Maternidade Dona Iris tem surto de Covid-19 associado a bactéria
Prefeitura de Itumbiara quer municipalizar hospital, mas não demonstra capacidade para gestão
Dona de casa diagnosticada com coronavírus revela drama para conseguir internação: 'Não quero morrer'
A REDAÇÃO
HCamp de Porangatu recebe 5 respiradores de Associação de Hospitais Privados
Goiânia – A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) enviou, no último final de semana, cinco aparelhos respiradores para o Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu. A entrega é parte de acordo entre a Ahpaceg e o governo de Goiás.
O projeto inclui ainda outras ações, como a doação de 40 camas hospitalares e a capacitação de profissionais de saúde do Hospital de Campanha. Essa capacitação será feita em parceria com a UniEvagélica, que já enviou técnicos a Porangatu para um diagnóstico da estrutura de saúde da cidade.
Os respiradores da marca Bird estarão à disposição do HCamp por seis meses, prazo que poderá ser renovado. Neste período, a Ahpaceg ficará responsável também pela manutenção dos aparelhos.
Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou explica que, ao apoiar o HCamp, a Associação amplia o trabalho que vem desenvolvendo para ajudar Goiás a enfrentar a pandemia da covid-19. “Ajudando Porangatu, nós ajudamos todo o Estado e o povo goiano, contribuindo para o fortalecimento da interiorização do atendimento e evitando que pacientes tenham que buscar assistência em Goiânia”, diz.
Essa ajuda ao hospital de Porangatu pela Ahpaceg, de acordo com o presidente, poderá ser ampliada se empresários de outros setores abraçarem o projeto e contribuírem para a sua execução.
Haikal Helou ressalta que assim como a Ahpaceg vem dando essa ajuda a Goiás e atendeu a um chamado do governador Ronaldo Caiado, outros empresários devem fazer o mesmo, pois essa união vai contribuir para que o Estado vença essa pandemia em um tempo mais curto e que logo todas as atividades possam ser retomadas.
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FOLHA ONLINE
BNDES lança socorro de R$ 2 bilhões para hospitais e laboratórios
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou nesta segunda (8) uma linha de R$ 2 bilhões para socorrer hospitais e laboratórios privados que enfrentam dificuldades financeiras em meio à pandemia do novo coronavírus. Os recursos não são vinculados e podem ser usados para reforçar o fluxo de caixa das instituições.
A linha é parte da terceira rodada de programas de socorro do banco estatal, que já disponibilizou R$ 138 bilhões a empresas impactadas pela crise. O setor hospitalar já havia sido beneficiado antes, com uma linha também de R$ 2 bilhões para a compra de equipamentos.
Segundo o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o novo programa tem o objetivo de reforçar a liquidez das instituições de saúde que sofrem os efeitos da redução na procura por procedimentos médicos não relacionados à pandemia. Poderá ser usada tanto por instituições filantrópicas como não filantrópicas.
A criação de uma linha de crédito vinha sendo pleiteada pela FBH (Federação Brasileira de Hospitais), que alertava para o risco de demissões no setor. Segundo a entidade, a queda na procura por atendimentos não emergenciais chega a até 80% em alguns casos.
Além da queda de receita, os gestores dos hospitais reclamam de aumento nos gastos com materiais de proteção individual, que ficaram até 400% mais caros por causa do aumento da procura. Segundo a FBH, uma caixa de máscaras com 150 unidades, que antes era comprada por R$ 5,20, agora é encontrada por preços que variam de R$ 40 a R$ 80
Os financiamentos terão prazo de 48 meses, com 12 de carência e limite de R$ 200 milhões por grupo econômico. O custo é taxa Selic mais 1,5% ao ano, além do chamado spread de risco (taxa que varia de acordo com a análise de risco de cada instituição).
A linha permite extensão por seis meses do prazo de carência e redução dos juros para 1,1% ao ano em caso de manutenção de empregos ou reposição de postos de trabalho, seguindo nova política do banco de incluir cláusulas sociais em seus contratos de crédito.
O programa anterior, para a compra de equipamentos, tem teto de R$ 150 milhões por operação e prazo para pagamento de 60 meses, com carência de 3 a 24 meses. Os recursos podem ser gastos com leitos, insumos, peças e componentes.
A expectativa do banco é que o crédito permita a implantação de mais de três mil leitos de UTI no país. O financiamento está disponível também para produtores de equipamentos ou empresas com interesse em adaptar sua atividade para fornecer para a área de saúde.
O programa já financiou leitos no Ceará e em São Paulo, por exemplo, além de projeto de produção de monitores sinais vitais e kits de testes rápidos.
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Conass aponta 679 novas mortes e 15.654 novos casos
Brasília – A atualização o Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass) divulgada na noite desta segunda-feira (8) apontou 679 novas mortes e 15.564 novos casos de covid-19 nas últimas 24h. Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 37.134 falecimentos em função da pandemia do novo coronavírus e 707.412 pessoas infectadas, segundo o conselho. No site, o local com o número de pacientes recuperados ainda aparece em construção .
Ontem, o número de casos confirmados registrados pela entidade estava em 680.456. Já as mortes em decorrência da doença somavam 36.151.
Os estados com maior número de óbitos são São Paulo (9.188), Rio de Janeiro (6.781), Ceará (4.120), Pará (3.772) e Pernambuco (3.350). Ainda figuram entres os com altos índices de vítimas fatais em função da pandemia Amazonas (2.271), Maranhão (1.247), Bahia (901), Espírito Santo (871), Alagoas (601) e Minas Gerais (380).
O balanço do conselho (batizado de Painel Conass) foi criado no fim de semana após o Ministério da Saúde mudar sua dinâmica de divulgação dos dados sobre a pandemia. Até a semana passada, a pasta consolidava os dados das secretarias estaduais no início da noite.
A pasta passou a divulgar o balanço cada vez mais tarde (por volta de 22h) e parou de informar o total de casos, anunciando um novo método de anunciar sua consolidação hoje. As mudanças foram objeto de questionamento do Ministério Público Federal. (Agência Brasil)
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JORNAL DA CIDADE
Nova revelação da OMS é bombástica: Pacientes assintomáticos não contribuem para a propagação do vírus
Maria Van Kerkhove
Pacientes infectados com a Covid-19, que não apresentam sintomas, não estão a contribuir para a propagação do vírus.
O alerta foi dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), esta segunda-feira (8), lançando dúvidas sobre as preocupações de alguns investigadores, de que o vírus possa ser difícil de conter devido a casos assintomáticos.
“A partir dos dados que temos, é raro que uma pessoa assintomática realmente transmita (o vírus) para um outro indivíduo”, disse Maria Van Kerkhove, diretora do programa de emergências sanitárias da OMS, em entrevista à Organização das Nações Unidas (ONU).
Van Kerkhove reconheceu ainda que existem alguns estudos que deram conta de uma propagação assintomática em lares de idosos e em ambientes residenciais. Contudo, considera que é necessário investigar mais para recolher mais dados e conseguir responder verdadeiramente a essa questão.
“Vimos vários relatórios de países que estão a realizar um processo de rastreio de contactos muito detalhado”, disse a especialista, acrescentando: “(Esses países) estão a acompanhar casos assintomáticos e os respectivos contactos, mas não encontram evidências de transmissão secundária. É muito raro”, afirma.
As respostas dos governos devem focar-se agora na detecção e no isolamento de pessoas infectadas com sintomas, bem como no rastreio de qualquer pessoa que possa ter entrado em contacto com elas, segundo a especialista.
“Aquilo em que realmente temos de nos focar é no acompanhamento dos casos sintomáticos”, disse Van Kerkhove. “Se conseguíssemos acompanhar todos os casos sintomáticos, isolá-los, seguir os seus contactos e colocá-los em quarentena, reduziríamos drasticamente” o foco de contágio do surto viral, disse a especialista da OMS.
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CORREIO BRAZILIENSE
Médico que anunciou kit contra coronavírus pode voltar a exercer profissão
A revogação da decisão que o impedia de praticar a medicina foi publicada nesta segunda-feira (8/6), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF)
O médico do DF Pedro Leão, afastado das atividades após anunciar kit que protege contra coronavírus , poderá voltar a exercer a profissão. A decisão que o impediu de praticar a medicina, tomada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) em 26 de março, foi revogada pelo Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM). A notícia da revogação foi publicada nesta segunda-feira (8/6), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) .
O processo contra ele, porém, continua em andamento. De acordo com o CRM-DF, o mérito do processo ético profissional ao qual o médico responde ainda será julgado pelo conselho. "Ele pode ser absolvido ou receber punição, que varia de advertência até a cassação do exercício da medicina. O CRM-DF tem um prazo de cinco anos para julgar processos administrativos", explica a entidade, em nota.
Após denúncias referentes a um kit anunciado por Pedro Leão, que seria capaz de fortalecer a imunidade e, assim, proteger dos sintomas mais graves da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o CRM-DF decidiu interditar o direito ao exercício profissional do médico.
Em sua defesa, o profissionol argumentou que nunca prometeu a cura da doença e apenas divulgou um produto que pode fortalecer o sistema imunológico.
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JORNAL RONDÔNIA
Responsabilidade civil do médico na prescrição da Cloroquina em tempos de Pandemia
Diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus muitas foram as medidas adotadas na tentativa de mitigar os efeitos acarretados pela presença do vírus. Falaremos sobre a responsabilidade civil do médico na prescrição da Cloroquina em tempos de Pandemia .
Com isso, acompanhamos a publicação de inúmeros decretos estaduais e municipais, medidas provisórias, notas informativas, recomendações, pareceres entre outras providências tomadas pelos entes estatais.
Essa dinâmica fez surgir muitos questionamentos quanto os reflexos jurídicos gerados pela pandemia. Dentre esses questionamentos, a implicação da responsabilidade e suas eventuais excludentes em face dos médicos tem causado grande preocupação entre os profissionais da medicina.
Assim, visando melhorar a compreensão sobre tema tão relevante e atual, trouxemos essa discussão de forma pormenorizada como forma de auxiliar nessa missão que é Ser Médico.
A reflexão sobre a incidência ou não da responsabilidade médica em tempos de pandemia, vem se destacando entre os estudiosos do direito médico.
Esse debate se faz pertinente tendo em vista todas as incertezas provocadas pela chegada do novo coronavírus (COVID-19).
Até o momento, os estudos relativos a SARS COV não são conclusivos no sentido de se determinar um tratamento eficaz para a doença. A única certeza que se tem até agora, é que se trata de uma moléstia altamente contagiosa, que em determinados casos necessitam os pacientes de cuidados intensivos, ou até mesmo ventilação mecânica, podendo em algumas situações levar o paciente a óbito.
E é nesse escopo que a responsabilidade do profissional médico deverá ser avaliada e meticulosamente analisada, para que não se cometa excessos na imputação de responsabilidade àqueles que não se enquadram no requisitos.
É cediço que em tempos de calamidade pública, como a que estamos vivendo, os direitos podem ser relativizados como forma de proteção a saúde da coletividade .
Cumpre destacar que a incidência da responsabilidade pode ocorrer em e esferas: a cível, ética e penal.
A responsabilidade civil em nosso ordenamento jurídico possui como fundamento o fato de que ninguém pode lesar interesse ou direito de outrem (art. 927 CC/2002).
Maria Helena Diniz (1996), afirma que a responsabilidade civil nada mais é do que a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato por ela praticado.
Sendo assim, aquele que causar dano a outra pessoa – seja ele material ou imaterial – tem o dever de reparar, e caso não seja possível restabelecer ao estado em que se encontrava o bem, o agente deverá compensar o paciente por meio de indenização, quase sempre em forma de pecúnia.
No campo médico a responsabilidade representa a consequência jurídica pelo inadimplemento obrigacional.
A teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa, e em que medida está obrigada a repará-la.
Dessa forma, comprovada a existência do dano em virtude de prática negligente, imprudente ou imperita, de caráter físico, emocional ou patrimonial, a reparação deverá se dá por meio de indenização.
No âmbito ético, a responsabilidade do médico encontra suporte em uma importante ferramenta para a prática segura da profissão, o Código de Ética Médica (CEM) .
O CEM, editado pelo Conselho Federal de Medicina, passou por uma importante atualização em 2018, pois além de abordar temas importantes como princípios, direitos e deveres dos médicos, apresenta ainda avanços intrínsecos à evolução tecnológica e científica da medicina.
O capítulo III do CEM intitulado a Responsabilidade Profissional em seu artigo 1º dispõe: é vedado ao médico "causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.
Observa-se que a responsabilidade tanto em âmbito civil como ético possuem praticamente as mesmas especificações, a diferença é que a primeira terá como órgão competente para julgamento o poder estatal na figura do judiciário, e o segundo será de competência dos Conselhos Regionais onde o médico possuir inscrição, e no caso de não ter inscrição no local onde se deu os fatos, este será julgado pelo conselho regional do local de onde partiu a denúncia.
A responsabilidade penal é aquela conduta tipificada (indicada) no Código Penal, quais sejam: lesão corporal, homicídio, aborto, atestado falso.
Alguns tipos de erros médicos são tratados como crimes culposos. O crime culposo é aquele realizado sem intenção de produzir o resultado, que acontece devido à negligência, imprudência ou imperícia conforme já tratado no item 2.1.
Ressalta-se, que a depender do evento danoso, o profissional poderá responder concomitantemente nas 3 esferas (civil, ética e penal) sendo que a absolvição em uma, não implicará necessariamente na absolvição das outras.
Após esse breve esclarecimento sobre os tipos de responsabilidade a que o médico está submetido do ponto de vista jurídico, passemos a sua aplicabilidade em tempos de pandemia.
Muito se tem falado sobre o uso (in)devido da cloroquina no tratamento das pessoas infectadas pelo SARS COV (novo coronavírus). Em todos os grupos sociais acompanhamos debates acalorados em prol e contra o uso deste fármaco.
Importante frisar que a finalidade desta análise não é defender o uso ou não do medicamento, mas sim avaliar o reflexo jurídico que implicará na atuação médica.
Para tanto, é preciso entender a política pública instaurada por meio da Nota Informativa nº 05/2020 do Ministério da Saúde, e a relação médico paciente diante disto.
Essa distinção é importante pois afetará diretamente a interpretação na configuração da responsabilidade ou não do profissional.
Em 27 de março de 2020 o Ministério da Saúde publicou a Nota Informativa (NI) nº 05/2020, que trata sobre o uso da cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de casos graves do COVID-19.
Essa NI possui caráter geral e estabelece algumas diretrizes no uso da cloroquina nos casos graves do COVID-19, sendo uma política de amparo ao sistema público de saúde, além de disponibilizar o medicamento para todas as unidades de saúde ligadas ao SUS.
A nota dispõe ainda que a prescrição do fármaco, cloroquina, deverá acontecer a critério do médico, que avaliará o quadro clínico do doente e a possibilidade de administrar o medicamento sem maiores danos ao paciente.
Insta salientar que, caso o médico entenda não ser, o uso da cloroquina, pertinente no tratamento do COVID-19, ele terá total liberdade de não prescrevê-lo, mesmo sob insistência do paciente.
Pois, mesmo diante da política adotada pelo Ministério da Saúde de disponibilizar a cloroquina a toda rede SUS, indicando sua utilização como terapia adjuvante em pacientes hospitalizados em estado grave do COVID-19, a decisão de prescrever ou não essa terapêutica é de exclusividade do médico, atendendo a todos os fundamentos médicos, éticos e científicos.
Dessa forma, fica claro que o fato mais relevante da NI 05/2020/MS é a distribuição do medicamento na rede pública, e substanciar a liberdade do médico de usá-la ou não, a depender do quadro e anuência do paciente.
Nos casos em que a medicação for administrada de forma impositiva, sem os devidos esclarecimento quanto a não comprovação de sua eficácia, elencados todos os riscos inerentes ao seu uso e com anuência expressa do paciente ou de um familiar por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, poderá o médico responder judicialmente por essa conduta.
Para uma atuação segura é preciso estar atento às premissas básicas, quais sejam: avaliação das condições físicas do paciente, informá-lo de todas as possíveis intercorrências e colher de forma expressa o consentimento para o uso do medicamento.
Nas situações em que o paciente não possa expressar sua vontade, ou que não tenha a presença de um familiar, o médico ficará isento dessa obrigatoriedade, mas é preciso que se tenham esgotado todas as possibilidades de contato com um familiar.
Em consonância a esses princípios o Conselho Federal de Medicina publicou o parecer nº 4/2020, ressaltando ponto importantes sobre o tema.
O Conselho Federal de Medicina publicou em 10.04.2020 o Parecer nº 04/2020, no qual apresenta os princípios norteadores no uso da cloroquina, em condições excepcionais, para tratamento do COVID-19.
O CFM propõe aos médicos considerarem o uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves no início do quadro clínico em que outras viroses tenham sido descartadas; pacientes com sintomas importantes e pacientes críticos.
A prescrição da cloroquina caberá ao médico assistente em decisão conjunta com o paciente, atendendo aos princípios da autonomia do médico; e valorização da relação médico paciente.
O dever de informar o paciente sobre os estudos ainda não conclusivos e os possíveis efeitos colaterais é obrigatório, além de coletar o consentimento informado do paciente ou de um familiar.
Ademais, o CFM afirma que, o médico que prescrever a cloroquina não incorrerá em infração ética.
Todos esses cuidados repetidamente abordados, vem no sentido de evitar que profissional da medicina seja responsabilizado de maneira arbitrária ou até mesmo dolosa.
Em caso de dúvidas envie uma mensagem: contato@eadvocacia.adv.br .
Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica. Acesso em:
http://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/codigo%20de%20etica%20medica.pdf
Conselho Federal de Medicina. Parecer nº 04/2020. Acesso em:
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/pareceres/BR/2020/4
Conselho Federal de Enfermagem. Nota Informativa nº05/2020/MS. Acesso:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/Nota-Informativa_05-2020_DAF_SCTIE_Cloroquina.pdf.pdf
Advocacia – Defesa Médica. Responsabilidade subjetiva e da obrigação de resultado do cirurgiao plastico. Acesso em:
https://eadvocacia.adv.br/responsabilidade-subjetiva-e-a-obrigacao-de-resultado-do-cirurgiao-plastico/
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JORNAL OPÇÃO
Em audiência virtual, secretária de Saúde prestará contas à Câmara Municipal
Fátima Mrué fará balanço de terceiro quadrimestre de 2019
A secretária municipal de Saúde Fátima Mrué fará de forma virtual a audiência pública agendada para a próxima quarta-feira, 10, às 14h para prestar contas do 3º quadrimestre de 2019, na Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Goiânia.
Por conta da pandemia, a reunião se dará por meio de videoconferência, transmitida pela TV Câmara, no YouTube.
A titular da saúde irá mostrar os investimentos aplicados na área, número de atendimentos, exames e outros dados. Com isso, ela cumprirá com o Art. 36 §5° da Lei Complementar nº 141/2012, regulamentada pela resolução 459 do Conselho Nacional de Saúde.
Compõem a comissão, vereadora Priscilla Tejota 9PSD), presidente, vice-presidente Dr. Gian (MDB), Paulo Magalhães (DEM), Gustavo Cruvinel (MDB), Andrey Azeredo (MDB), Paulo Daher (PMN) e Divino Rodrigues (Patriota).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Defensoria Pública solicita estudos técnicos para reabertura do comércio em Goiás
A Defensoria Pública do Estado de Goiás ( DPE-GO ) encaminhou um ofício requerendo que todos os municípios do Estado apresentem os estudos técnicos que balizaram as autorizações de reabertura das atividades comerciais locais e comprovem sua capacidade de fiscalização sanitária. Os gestores municipais têm o prazo de cinco dias para responder.
O documento enviado às prefeituras solicita informações sobre quais os estudos técnicos e demais orientações técnicas que estão sendo utilizados para justificar a reabertura das atividades comerciais e econômicas, quais os critérios e instrumento normativo estabelecido por cada município para reabertura, como é realização a fiscalização das recomendações de saúde e proteção e quais as medidas adotadas em caso de descumprimento .
De acordo com a Defensoria Pública a preocupação é que esteja ocorrendo liberação indiscriminada do comércio, sem os devidos cuidados sanitários. No ofício a DPE afirma que o número de casos no país ultrapassa 590 mil e segue em crescimento, assim como as estatísticas de óbitos, "no Estado de Goiás, as estatísticas também não param de subir", diz o documento.
O ofício pede que sejam apresentados os números de notificações por descumprimento às normas sanitárias de enfrentamento ao coronavírus.
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JORNAL OPÇÃO
HCamp de Porangatu recebe respiradores emprestados pela Ahpaceg
Por Luiz Phillipe Araújo
Associação participa de ação coordenada para equipar unidade, que será referência do enfrentamento da Covid-19 no norte goiano
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) enviou no último sábado, 6, cinco respiradores para o Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu. Os aparelhos ficarão emprestados à unidade por seis meses e serão usados para enfrentamento da Covid-19 na região norte.
Outro ponto de colaboração da Associação se dá sobre a capacitação de profissionais de saúde que atuarão no HCamp. Conforme informa a entidade, essa capacitação será feita em parceria com a UniEvagélica, que já enviou técnicos a Porangatu para um diagnóstico da estrutura de saúde da cidade.
Os respiradores da marca Bird estarão à disposição do HCamp por seis meses, prazo que poderá ser renovado. Neste período, a Ahpaceg ficará responsável também pela manutenção dos aparelhos.
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Taxa de contaminação pela Covid-19 está na faixa de 1.5 em Goiás, aponta pesquisador da UFG
Por Fernanda Santos
Com isolamento abaixo do mínimo indicado de 50%, estudos apontam que capital terá saltos de contaminações e mortes nas próximas duas semanas
De acordo com o biólogo José Alexandre Felizola Diniz Filho, professor no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e que integra o grupo de estudos técnicos sobre o novo coronavírus, a taxa de aceleração das contaminações pela Covid-19 está na faixa de 1.4/1.5 em Goiás. “Não temos separado o dado por Goiânia, mas Goiânia é que domina todo o Estado em número de casos. Está na faixa de 1.5. Talvez um pouco mais acelerado na capital. Se você observar na nota técnica, nosso modelo sugere que ela está subindo”, informou ao Jornal Opção nesta segunda-feira, 8.
Isso aponta que o contágio da doença está cada vez mais altos. Na opinião de especialistas, a razão disso é a redução do isolamento social. “Vários estudos mostraram que tem relação com o nível de isolamento, que é medido por telefonia, e o Re (taxa de transmissão). A gente calibra isso. Se a população segue com a vida normal, esse Re sobe para 2,5 ou 2,7. Quando vai para 50%, o número de transmissões tende a cair para 1,1. Isso significa que a epidemia está sob controle. A gente está em 37% de isolamento, mais ou menos, você está na metade do caminho. Isso vai dar um Re de 1.4 ou 1.5”, explicou.
Flexibilização
José Alexandre diz que a discussão de uma retomada à vida cotidiana é incompreensível e debatida apenas no Brasil em meio ao crescimento dos casos. “É muito estranho. Não é uma coisa de Goiânia ou Goiás, mas do Brasil todo. A gente está vendo a discussão de flexibilização e de retorno quando a epidemia está crescendo. Isso não aconteceu em nenhum outro lugar do mundo. Não sei as pessoas acompanham notícias de outros países, outros lugares, eu não sei bem o que acontece, mas não faz sentido nenhum. Em nenhum lugar do mundo flexibilizou a quarentena enquanto estava crescendo a epidemia. É muito estranho e epidemiologicamente não faz sentido”, observou.
“Vi o pessoal das associações comerciais dizerem que o comércio não é responsável por isso… isso não é verdade. O pessoal do comércio não está seguindo os decretos, estão todos abertos. Loja de roupas infantis, de roupas de festa, todos abertos. O problema foi não ter seguido as regras. O nosso isolamento está muito baixo”, apontou.
“Não sei nem se vai ter impacto [reabrir], porque já está tudo aberto”, disse. “Nosso isolamento só não voltou aos níveis de fevereiro por conta do fechamento das escolas e universidades. No dia que liberar isso, tudo volta ao normal. O comércio já está todo aberto, basta andar nas ruas”, criticou o pesquisador.
Perguntado sobre a eficácia do uso das máscaras e das medidas de segurança e higiene, o professor afirmou que elas podem reduzir os riscos da infecção, mas quem em cálculos gerais, não asseguram o controle da pandemia. “Claro que reduz as chances de contaminação, mas a dúvida é se isso na população, como soma desses efeitos individuais, ajudam ou se dilui? Quando penso na efetividade da máscara, penso que se fosse isso a gente poderia mandar uma carta para o rei da Espanha, dizendo: Por que não usaram máscara? Porque efetivamente não é isso que funciona. Não é o que vai controlar a epidemia”, ressaltou.
“Ajuda, mas o controle tem que ser por isolamento. Se não, os países da Europa ou mesmo da China que já tinham passado por esse problema não precisariam fazer lockdown. Bastava usar máscara e lavar a mão e tudo continuaria normal. É porque não é tão simples assim. O efeito é pequeno”, pontuou.
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Maternidade Dona Iris tem surto de Covid-19 associado a bactéria
Por Eduardo Pinheiro
Surto obrigou unidade a suspender novas internações em duas alas e isolar pacientes
O Hospital e Maternidade Dona Iris passa por surto de Covid-19 associado a bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase multirresistente (KPC), considerada multirresistente entre recém-nascidos. A direção da unidade de saúde confirma um caso da doença causada pelo coronavírus em um bebê e outros três entre profissionais.
A partir da confirmação dos casos de Covid-19 na unidade, a direção determinou testes em todos os bebês internados, acompanhantes e trabalhadores da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e da Unidade de Cuidados Intensivos (UCIN). Novas internações não estão permitidas nas duas alas.
Segundo nota divulgada pela assessoria de comunicação do hospital, todos os pacientes confirmados para o coronavírus estão com quadro clínico estável, incluindo o bebê, que permanece isolado com a mãe.
Isolamento
Diante do surto, os acompanhantes dos bebês internados na UTI e na UCIN serão afastados até o controle da situação. O hospital passa a oferecer visitas virtuais, com supervisão de psicólogos.
Associado ao coronavírus, há também um surto de KPC, uma bactéria multirresistente. O que, segundo a nota do hospital, reforça a necessidade de isolamento dos pacientes internados.
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Prefeitura de Itumbiara quer municipalizar hospital, mas não demonstra capacidade para gestão
Por Marcos Aurélio
Hospital São Marcos foi estadualizado recentemente, e diferente do que prega o prefeito Zé Antônio, o Estado não é favorável a transferência da unidade para administração do Município
O prefeito de Itumbiara, Zé Antônio, divulgou um vídeo em que aponta que o Estado é poderia repassar o Hospital São Marcos para a gestão municipal. Mas essa não é a realidade. O documento tem uma resposta negativa a solicitação feita pelo prefeito para municipalização da unidade.
Diferente do que o prefeito divulgou no vídeo, o Estado não é favorável a entregar ao Município a gestão do hospital. No despacho de número 1477/2020, a Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público e do Meio Ambiente do Estado se manifesta “desfavorável ao pedido de cessão temporária do imóvel destinado à instalação do Hospital São Marcos”.
Dentre os argumentos para que o Estado continue com a gestão do hospital e siga executando o trabalho de reestruturação da unidade para que possa receber os pacientes da Covid-19. Consta no documento enviado pela Secretária Estadual de Saúde que “o Hospital e Maternidade São Marcos está no planejamento desta Secretaria para ser utilizado como Hospital de Campanha ao enfrentamento da Pandemia de Covid-19.”
Contraditório
Em seu vídeo, o prefeito fala que o governador recebeu há três meses o Hospital São Marcos, e que o município teria condições de abrir imediatamente o hospital. “Eu tenho condição de instalar ali uma unidade especializada para atender paciente da Covid-19”, diz Zé Antônio no vídeo que circula na internet.
Ao mesmo tempo em que alega ter condições de assumir o Hospital São Marcos, o Município tem enfrenta uma ação na justiça em que o mesmo hospital tenta receber o valor de quase R$ 4 milhões. Essa ação é motivada pela falta de pagamento da Prefeitura pelo uso de uma das UTIs do hospital. A dívida é de antes da unidade decretar falência.
Se a Prefeitura mantêm esse débito junto ao hospital por conta de uma UTI, teria mesmo as condições de assumir a gestão da unidade e mantê-la em funcionamento?
Estadualização
Cinco hospitais em municípios do interior que foram estadualizados – quatro após autorização da Assembleia Legislativa e um por força de decisão judicial – vão propiciar entre 1.300 a 1.500 novos leitos no Estado.
Com isso, o estado descentraliza o atendimento prestado aos pacientes goianos que precisarem de internação durante a pandemia da Covid-19. Nesta contagem, não estão incluídas as estruturas das policlínicas, cujas unidades serão inauguradas este ano em Posse (já está funcionando), Quirinópolis e Goianésia.
Os novos hospitais estadualizados estão localizados em São Luiz dos Montes Belos. Formosa, Luziânia, Jataí e Itumbiara, esse último por determinação judicial.
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G1/GOIÁS
Dona de casa diagnosticada com coronavírus revela drama para conseguir internação: 'Não quero morrer'
Núbia Urzeda diz que passou por três unidades de saúde e não ficou internada em nenhuma delas, apesar de os sintomas persistirem e crescerem cada vez mais.
"Preciso ser internada porque não quero morrer". Com essas palavras e aos prantos, a dona de casa Núbia Janaína Urzeda expõe o medo que as consequências do coronavírus podem trazer sem o devido atendimento médico. Ela diz que passou por três unidades de saúde, não chegou a ficar internada em nenhuma delas, e os sintomas da doença persistem e aumentam diariamente, há mais de 10 dias.
Os primeiros sinais de que o corpo estava contaminado pelo novo vírus surgiram em 29 de maio. Núbia diz ter procurado o Cais Novo Mundo, em Goiânia, onde foi medicada e liberada. Já no dia 31, ela pediu ajuda e foi levada para o Cais Campinas com início de pneumonia, conforme revelou um raio-x realizado na unidade de saúde.
Já em 4 de junho, ela foi diagnosticada com o coronavírus e encaminhada para o Hospital de Campanha de Goiânia, unidade exclusiva para atendimento de pacientes infectados. Lá no hospital, ela diz que recebeu atendimento, mas foi liberada para ficar em isolamento domiciliar.
"A cada dia é um sintoma. Tenho diarréia em um dia e vômitos no outro. Hoje [8] perdi o paladar. Fome eu já não tinha mais, hoje acabou de vez", desabafa em vídeo enviado à TV Anhanguera.
A TV também procurou a Secretaria de Saúde de Goiânia, que respondeu que a internação de um paciente depende da avaliação médica. A secretaria orienta a paciente a procurar uma unidade de saúde de urgência.
Nota do Hospital de Campanha de Goiânia
O Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus de Goiânia (HCamp) informa que Núbia Janaína Urzeda recebeu toda a assistência médica necessária na unidade de saúde no dia 4 de junho. A paciente foi avaliada, não apresentava um quadro febril e respirava confortavelmente. Diante deste quadro clínico, não houve a necessidade de internação. Por isso, Núbia Urzeda teve alta médica hospitalar e foi devidamente orientada pela equipe do HCamp de acordo com todos os protocolos do Ministério da Saúde.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação