Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Médicos são profissionais de maior credibilidade no Brasil, diz pesquisa
Kit anti-Covid
Associação defende o uso de hidroxicloroquina pelos médicos
Artigo – Hospitais que internam pacientes na UTI sem precisar (parte 1)
Goiás passa de 100 mil casos suspeitos de coronavírus
Mais acidentes, menos mortes no Estado
Falha em sistema passa falsa impressão de platô da Covid-19
Vale procurar atendimento médico nos primeiros sintomas da covid-19?
Vacinas contra a covid-19 só devem chegar à toda a população em 12 meses
Ministério da Saúde admite falta de remédios para intubação por coronavírus
Casa Civil indica filha de ministro para vaga na ANS
Covid-19: Goiás registra 126 novos casos e 14 mortes em 24 horas

FOLHA ONLINE

Médicos são profissionais de maior credibilidade no Brasil, diz pesquisa

A pedido do Conselho Federal de Medicina, ouviu brasileiros durante pandemia
Coronavírus

A pandemia do novo coronavírus fez aumentar a confiança da população nos médicos brasileiros. Eles se tornaram os profissionais de maior credibilidade em 2020, com 35% da confiança da população. Na segunda posição, aparecem os professores, com 21%.
Os resultados são de uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM). Foram ouvidas 1.511 pessoas de todas as regiões do país entre os dias 15 e 30 de maio de 2020.
Na pesquisa anterior, realizada em 2018, os médicos tinham um índice de 24% e ficavam atrás dos profissionais da educação, que obtiveram 34%.
O levantamento mostra ainda que atrás de médicos e professores, aparecem os bombeiros (11), policiais (5%), militares e juízes (4% cada) e advogados, jornalistas e engenheiros (3%, cada). Na sequência, surgem os procuradores de Justiça (com 1%) e os políticos (com 0,5%).
Os dados coletados pelo Datafolha a respeito dos médicos mostram ainda que 57% dos brasileiros avaliam como ótimo ou bom o trabalho médico, índice que sobe para 77% quando perguntados especificamente da atuação desse profissional no período da pandemia.
A pesquisa indica que a situação provocada pela Covid-19, em que informações desencontradas têm deixado a população insegura, contribuiu para o aumento do percentual de confiabilidade dos médicos.
Alexandre Menezes, 2° vice-presidente do CFM, avalia que a pandemia não só mostrou a importância de todos os profissionais de saúde, mas fez a população compreender a necessidade de uma estrutura melhor para o desenvolvimento do trabalho.
"A pandemia teve influência no crescimento do índice de confiança dos médicos. A saúde passou a ser protagonista na vida das pessoas. A população agora enxerga a importância de novos hospitais, equipamentos, antes se falava de falta de novos leito e as pessoas não entendiam a necessidade", disse.
Essa avaliação do trabalho dos médicos durante a pandemia vem amparada em percepções específicas. Por exemplo, 79% dos brasileiros avaliam como ótimo ou bom o empenho dos profissionais para atender os pacientes e 73% classificam da mesma forma a qualidade da assistência oferecida. Para 64%, o nível de confiança depositada no trabalho realizado durante a pandemia é alto.
Além disso, 51% dos brasileiros acreditam que o trabalho do médico tem recebido a valorização merecida. Entretanto, avaliam como regular, ruim ou péssimo as condições de trabalho oferecidas aos médicos, ou seja, entendem que o trabalho desses profissionais tem sido prejudicado por falta de infraestrutura.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Kit anti-Covid

O médico e, também, vereador Paulo Daher (ele é do PMN), apresentou projeto de lei para o uso profilático da Ivermectina associado a Vitamina D e Zinco Quelato, com propósito de criar uma barreira imunológica já utilizada com sucesso em países como Nova Zelândia e Continente Africano, que apresentam os menores índices de Covid-19.
Barreira
Segundo Paulo Daher, o projeto de lei propõe a distribuição gratuita do kit com medicamentos que previnem o novo Coronavírus, criando assim uma certa barreira imunológica nas pessoas.
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Associação defende o uso de hidroxicloroquina pelos médicos

Foi elaborado uma nota pública pela Associação Médica Brasileira (AMB) na qual defende a autonomia dos profissionais para receitarem a hidroxicloroquina para pacientes da Covid-19. No texto, a diretoria da entidade vê motivação política nas críticas ao fármaco e aponta risco de "legado sombrio para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restringida,  como querem os que pregam a proibição da hidroxicloroquina ".
Apesar de não haver "estudos seguros, robustos e definitivos sobre a questão", a entidade de classe diz ser "importante lembrar que o uso off label (não prevista na bula) de medicamentos é consagrado na medicina, desde que haja clara concordância do paciente".
Para a AMB, "é bastante provável que cheguemos ao final da pandemia sem evidências consistentes sobre tratamentos". E que "muitos sairão da pandemia apequenados, principalmente médicos e entidades médicas que escolherem manipular a ciência para usá-la como arma no campo político-partidário".
A hidroxicloroquina voltou a ser defendida neste fim de semana pelo presidente Jair Bolsonaro, que há duas semanas divulgou ter sido infectado pelo coronavírus. A nota da AMB é divulgada dois dias após a Sociedade Brasileira de Infectologia recomendar o abandono desse medicamento no tratamento dos pacientes de COVID-19.
A organização foi responsável pela decisão que levou à escolha de Nelson Teich como ministro da Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta do cargo, em abril.
Em nota divulgada hoje, a AMB conclui: "não podemos permitir que ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas por holofotes, nos façam regredir em práticas já tão respeitadas. Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina. Isso é um crime contra a medicina, contra os pacientes e, sobretudo, contra a própria ciência", diz o texto, assinado pela diretoria da entidade.
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Artigo – Hospitais que internam pacientes na UTI sem precisar (parte 1)


Médicos/hospitais que internam pacientes em UTIs ( ao invés de enfermarias) para receberem mais estão praticando um crime?

Uma leitora, N.M. me faz uma muito interessante crítica, a de que eu teria dito em outro artigo ( na minha linha do tempo) que, por motivos financeiros, hospitais preferem internar em UTI do que em enfermaria. Usa dessa minha afirmação para contrapor a uma outra afirmação que eu fiz, a de que há hospitais honestos, modéstia à parte como o que eu dirijo ( e muitos outros que eu conheço), que não mantêm pacientes internados para ganhar dinheiro. Eu, por minha vez, fiz essa afirmação para me contrapor à outra crítica de outro leitor, a de que a saúde pública ( Governo) é mais efetiva do que a privada porque os particulares tentam ganhar em cima do doente. Vamos lá. Cara leitora NM, uma coisa é você dizer:
[A] que "todo médicohospital é desonesto e coloca paciente em uma UTI para "ganhar dinheiro". Outra coisa é você dizer
[B] que um hospital recebe tão pouco pela internação em enfermaria que tem de jogar para a UTI ( preços maiores ) para manter-se funcionando. Há pessoas que praticam o item "A" por desonestidade ? Sim, claro. Mas, em grande parte, o que há é um problema sistêmico, que é o fato dos planos pagarem muito barato para um atendimento de enfermaria.
E por que pagam barato demais? Por causa, sobretudo, de distorções criadas pelo próprio Estado:
[1] o Estado, com o "Sus gratuito", pratica dumping, joga os preços lá embaixo, faz vários hospitais quebrarem; no interior de Goiás mesmo isso aconteceu muito.
[2] o Estado faz exigências enormes em cima dos hospitais, por exemplo, obriga-os a contratarem inúmeros profissionais, profissionais desnecessários ( cabides-de-emprego , como os do Governo ), faz exigências enormes em termos de burocracia e em termos de impostos, taxas, etc.
[3] não faz nenhuma exigência desse tipo para seus próprios hospitais estatais
[4] mas cobra dos particulares aquilo que ele não faz e aquilo que ele faz de errado, p.ex., desperdícios mil, cabides-de-emprego, capacidade infinita de burocratizar tudo, capacidade infinita para "fazer as coisas de um modo "certinho" e politicamente correto" ( p.ex., exigir necrotério e sala de UTI em hospital psiquiátrico, onde não se precisa disso).
[5] Para o Governo não custa contratar milhões de pessoas e fazer milhões de necrotérios, isso é "bonitinho", isso é "politicamente correto", isso é "moderno", isso "segue normas da enfermagem, das nutricionistas, das psicólogas, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, médicas, etc". E quem faz essas "leis" é esse pessoal, esse pessoal de "gabinete", o que eleva os custos ao máximo para um hospital.
[6] Só de "livros de registro" ( comissão de infecção, comissão de ética, comissão de segurança, comissão de higiene, comissão dietética, etc, etc) que um hospital tem de ter são mais de vinte, para você ter uma ideia.
[7] Afora taxas, conselho de medicina, enfermagem, psicologia, etc, afora impostos mil, afora encargos trabalhistas, etc.
[8] isso tudo aumenta os custos e os joga no espaço.
[9] Essas inúmeras "leis" e regras que o Governo cria
[9.1] não são aplicadas nos próprios serviços.
Marcelo Caixeta é médico psiquiatra
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CBN GOIÂNIA

Goiás passa de 100 mil casos suspeitos de coronavírus
https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/goi%C3%A1s-passa-de-100-mil-casos-suspeitos-de-coronav%C3%ADrus-1.2088359
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O POPULAR

Mais acidentes, menos mortes no Estado

Dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que número de desastres cresceu nas rodovias estaduais após retirada de equipamentos móveis. Porém, eles foram menos fatais que em 2018

O número de acidentes cresceu nas rodovias estaduais goianas desde janeiro de 2019, quando os radares móveis foram retirados. Um balanço, realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), mostra que, no primeiro semestre do ano passado, foram 62,11% casos a mais que em 2018. Em 2020, a situação não é muito diferente e mais de 3,3 mil acidentes foram registrados nas GOs entre janeiro e junho, o que significa um aumento de 48% comparado ao mesmo período de 2018. Isto, mesmo com a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que diminui o tráfego de veículos e o turismo.
Ao longo de todo o ano de 2018, foram 5.810 acidentes nas rodovias goianas, conforme levantamento da SSP. O ano seguinte registrou 1.885 ocorrências a mais, representando um crescimento de 32,44% (veja quadro). Perito judicial especializado em trânsito, Antenor Pinheiro explica que o número de óbitos apresentados em 2018, 2019 e o projetado de 2020 ainda indicam uma preocupante taxa de 6,8 mortos a cada 100 mil habitantes. Em 2018 foram 480 mortes; em 2019, 413 e em 2020, até agora, 220.
Pinheiro afirma que, se acrescentados os óbitos urbanos e os das rodovias federais, além de estradas (sem asfalto) federais, estaduais e municipais, seriam 30 mortes a cada 100 mil habitantes. Estes dados classificam Goiás com um trânsito mais violento que a média nacional, que é de 21 óbitos a cada 100 mil habitantes. Apesar da queda no número de mortes em 2019 e 2020, os dados ainda preocupam o especialista. Em 2020, janeiro e fevereiro apresentaram aumento no número de acidentes. Com o início da pandemia, em março, houve queda.
"Em 2020, já temos 220 óbitos nas rodovias estaduais. Considerando que no semestre foram quatro meses em plena pandemia, quando ocorreu uma redução de aproximadamente 30% de frota rodoviária circulante, teremos 2020 com violência no trânsito rodoviário ainda mais expressiva. Este é um fator que pode estar relacionado ao relaxamento da fiscalização eletrônica rodoviária, em especial por desativação de radar móvel", acrescenta o Antenor Pinheiro.
Fiscalização
O comandante do Policiamento Rodoviário de Goiás, coronel Franco, diz que a redução de mortes comparada aos anos anteriores foi possível porque, apesar da retirada de radares móveis, houve aumento das equipes em locais com maior incidência de acidentes. "Aumentamos o trabalho de conscientização, de educação no trânsito e também as autuações presenciais, com abordagem dos condutores. Nosso intuito é preservar a vida."
Os dados gerais, contudo, contrastam com o relatório da Polícia Militar que aponta redução tanto na quantidade de acidentes quanto de mortes nas rodovias estaduais. Segundo o documento, foram 443 acidentes com mortes em 2018; 116 em 2019 e 109 em 2020.
Isso ocorre porque o recorte é dos acidentes registrados pelo Comando do Policiamento Rodoviário, que representam apenas 30% do total da estatística da SSP. No site da secretaria estão compilados acidentes registrados dados da PM, Corpo de Bombeiros e delegacias, por exemplo.
A PM foi responsável pelos registros de 27% dos acidentes de 2018; 16,58% em 2019 e 30% em 2020. Com estes números, a análise é de redução de 73,81% dos casos envolvendo mortes nas rodovias estaduais de Goiás comparando 2018 com 2019 e 6,03% de 2019 para 2020. Entretanto, das 3.546 ocorrências de 2020, apenas 1.069 foram computadas pelo Comando de Policiamento Rodoviário, da PM-GO. Em 2019, foram 1.276 do total de 7.695.

Pista duplicada favorece desrespeito do motorista
Dois maiores municípios do Estado, Goiânia e Aparecida de Goiânia lideram, também, o número de ocorrências de trânsito em rodovias estaduais. O comandante do Policiamento Rodoviário explica que elas ocorrem com mais frequência em vias em bom estado. "Temos mais acidentes na região metropolitana, em pistas duplas. Estes são locais que nos demandam mais atenção porque o condutor excede a velocidade. Vê uma pista dupla, bem conservada e acelera, não respeita os limites de velocidade. Entre Goiânia e Anápolis temos muitos casos envolvendo caminhões, cargas pesadas", diz Franco.
O perito Antenor Pinheiro, porém, atribuiu à "péssima" infraestrutura viária os acidentes provocados por saídas de pista, aquaplanagem e avarias nas rodas. Cita ainda problemas como sinalização inadequada; ausência ou insuficiência de iluminação pública; ausência de passarelas em trechos urbanos; defensas em curvas, aterros e taludes e manutenção asfáltica adequada.
"Estes fatores são pouco contabilizados pelas autoridades públicas até porque isso gera responsabilidade civil e/ou criminal contra o próprio Estado. Logo, é mais fácil atribuir culpa ao motorista por imprudência que assumir algumas objetivas responsabilidades."
Com pandemia, fluxo em julho cresce abaixo da média histórica
O mês de julho deste ano, segundo o comando da Polícia Militar, é sempre marcado por um acréscimo de pelo menos 50% da média considerada normal de tráfego. Neste ano, a primeira quinzena de julho não ultrapassou 15% do habitual dos últimos meses. Para o coronel Franco, comandante do Policiamento Rodoviário, além do medo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e a diminuição do turismo, o fator econômico pode ser motivos deste número estar ainda abaixo da expectativa.
"Estamos com a mesma equipe e vamos continuar os esforços porque, mesmo em menor número, há sempre gente indo e voltando e temos locais com maior fluxo como os que levam a Aruanã e a Caldas Novas. Também orientamos viagens no início do dia, porque temos muitos registros do fim do dia até a meia noite, quando a visibilidade diminui", diz o comandante.

Goinfra nega mais equipamentos
No último dia 30 de junho, um edital foi publicado pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) para a contratação de radares de fiscalização eletrônica e monitoramento da velocidade. O documento possibilita uma alteração de 217 para 651 barreiras e de 57 para 190 os chamados pardais. Apesar disso, Pedro Sales, titular da Goinfra, afirmou que não haverá aumento do número de equipamentos, mas que os atuais poderão ser substituídos e que também haverá remoção de alguns já instalados para uma utilização mais "estratégica". Ele explica que o contrato tem 36 meses, com possibilidade de prorrogação para mais 24 meses e que os pardais e barreiras poderão ser adquiridos ao longo do contrato.
"Temos um departamento dentro da diretoria de manutenção responsável por segurança de área. Eles analisam trechos de acidentes e se há questões geográficas que favoreçam os casos como imperfeições da pista, por exemplo. Pode então ser ou não recomendado um redutor de velocidade. Mas posso afirmar que não vamos trabalhar com radares móveis, por determinação do governador e uma promessa de campanha que permanece cumprida."
Instalação e substituição também devem ocorrer em locais próximos a postos policiais. Isto porque há uma determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) a fim de Facilitar a fiscalização dos condutores e garantir a segurança dos policiais que atuam nestes locais.
Para as GOs 118 e 239 há determinação judicial de 36 faixas para barreiras eletrônicas. Levando em consideração que cada equipamento pode monitorar até quatro faixas, seriam necessários pelo menos nove equipamentos. Presidente da Goinfra, Pedro Sales afirma que outras instalações podem ocorrer por recomendação de órgãos de controle, decisões judiciais ou determinação do Tribunal de Contas do Estado.
No geral, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) também faz recomendações para locais com alta incidência no número de acidentes. Além disso, são feitos pedidos por meio de parlamentares ou mesmo de prefeitos, para os trechos urbanos das vias.
Para perito, além de motorista, há outros fatores para os acidentes
Perito judicial especializado em trânsito, Antenor Pinheiro acredita que vários são os fatores que ocasionam acidentes de trânsito e não apenas a imprudência do motorista. Ainda assim, pontua que todo acidente decorre de uma ou mais infrações cometidas simultaneamente, via de regra o excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e avanço de semáforo. Por isso, defende que a ação do Estado precisa ser no sentido de conter o cometimento das infrações, seja com fiscalização presencial ou com as tecnologias.
Antenor cita os controladores e redutores de velocidades (radares, barreira), câmeras de videomonitoramento (para ultrapassagens proibidas). "Analisando superficialmente, parece óbvio que a culpa é sempre do motorista que estaria sendo imprudente. Mas há outros fatores humanos que podem justificar a recorrente acidentalidade, como não manter o veículo em ideais condições de trafegabilidade (suspensão, freios, faróis, pneus e motorização deficientes), o que pode resultar em graves acidentes caracterizando assim a culpa do motorista por negligência", completa.
As condutas inadequadas diante de perigos surgidos e as situações de acidente em função da inabilidade de manobras podem ocorrer em uma culpa por imperícia. Para todas as situações, o especialista defende que não há como estabilizar ou reduzir as condutas perigosas se não com uma fiscalização rigorosa. Por isso, ele acredita na necessidade de utilização de equipamentos eletrônicos, cuja implantação deve obedecer aos rigorosos critérios previstos na legislação de trânsito. Para Pinheiro, ignorar o uso destas tecnologias é fragilizar a segurança viária, em especial nos sistemas rodoviários, que são os espaços que mais induzem o cometimento de excessos de velocidade e ultrapassagens proibidas.
"Atribuir a esta política pública à alegada 'indústria da multa' é confessar a inépcia ou a prevaricação no trato da questão, até porque fiscalizar não é uma faculdade, mas obrigação do Estado. Não fazê-lo é colaborar para que infrações sejam cometidas, logo fragilizar a segurança viária para todos, condutores, pedestres e animais. Vejo o discurso fácil da 'indústria da multa' mais como oportunismo, geralmente pronunciado por infratores contumazes, ou ignorância mesmo. Porém, é mais grave quando o discurso parte dos governantes, porque aí é flagrante irresponsabilidade", finaliza.
Queda nas multas
O aumento coincide com a retirada dos radares móveis, promessa de campanha do governador sob a justificativa de que os equipamentos seriam utilizados com o objetivo de arrecadação. Isto porque, estavam geralmente escondidos e não havia sinalização para os motoristas. A política também foi adotada nacionalmente pelo presidente Jair Bolsonaro para as rodovias federais, mas por determinação judicial estes últimos retornaram.
De fato, o valor arrecadado em multas por radares nas rodovias do Estado caiu. Enquanto no ano de 2018, a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), hoje Goinfra, arrecadou R$ 158 milhões, no ano passado foram R$ 124 milhões. Em 2020, até o fim de junho, a Goinfra recebeu R$ 52 milhões. "O radar fixo é importante e não pela questão da armadilha, mas para que o condutor veja com antecedência e diminua a velocidade em um trecho com alto risco de acidente", pontua o comandante do Policiamento Rodoviário.
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Falha em sistema passa falsa impressão de platô da Covid-19

Instabilidades e manutenção em sistema do governo federal para contabilizar casos confirmados do novo coronavírus passam falsa impressão de diminuição de infectados em Goiás. Os problemas começaram na última quarta-feira (15), mas se intensificaram no fim de semana. Falhas se somam a histórico de reclamações e erros na notificação de casos e óbitos de Covid-19 pelos municípios.
As estatísticas do vírus em Goiás são baseadas em números de dois sistemas do Ministério da Saúde (MS), abastecidos pelos municípios e hospitais onde ocorrem as mortes e casos confirmados: O e-SUS Notifica, para casos leves da doença, e o Sivep Gripe, para casos graves e óbitos.
A atual instabilidade e manutenção ocorre apenas no e-SUS Notifica. No entanto, a maior parte dos casos da doença é considerada leve. Por isso, o apagão neste sistema provoca uma grande queda nos números de novos registros de Covid-19.
Para se ter uma ideia do impacto do problema no sistema, nos últimos sete dias, Goiás teve uma média diária de 187 novos casos. Nos sete dias anteriores a média era de 646. Na última sexta-feira (17), o Estado registrou apenas 98 infectados a mais, no último sábado e domingo, menos de 20, número baixo até para o fim de semana, quando a quantidade de notificações costuma cair.
Instabilidades no e-SUS Notifica têm ocorrido em todo o País. No dia 16 de julho, o Ministério da Saúde enviou um comunicado para os municípios informando que "há uma perceptível lentidão nos últimos dias, devido ao aumento expressivo do volume de informações e acessos simultâneos no sistema."
Na mensagem, o órgão diz que o DataSUS, sistema de informática do Sistema Único de Saúde (SUS), está trabalhando em soluções para resolver o problema. Trecho do comunicado diz que atualizações, correções e melhorias seriam feitas nas próximas horas. Neste período haveria grande lentidão e instabilidade no sistema. No entanto, o efeito colateral das melhorias persistiu até esta semana.
Já na tarde desta segunda-feira (20), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviou um e-mail para os representantes em cada Estado, informando que está acompanhando o trabalho do MS para estabilizar o sistema.
Segundo o órgão, os problemas de instabilidade e intermitência do e-SUS começaram na quarta-feira (15) e dois dias depois, na sexta, se iniciou uma rotina robusta de correções, que ainda está em andamento. "Durante esta rotina o sistema passa por instabilidades que infelizmente são inevitáveis para que a mesma possa ser realizada e finalizada", diz trecho do e-mail.
Estas correções no e-SUS podem resultar na redução do número total de casos confirmados, segundo afirmou a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), em nota no último domingo (19). Goiás teve uma redução de 17 casos no fim de semana. Entre as possibilidades para a diminuição está a duplicidade de notificação.
Em uma nota de esclarecimento, a SES-GO informou que a dificuldade em incluir as informações nos sistemas confere uma falsa impressão de que os números de Covid-19 em Goiás estão estáveis. "É cedo para falar em estabilização dos registros, visto que vários fatores podem contribuir para este resultado, como a instabilidade e lentidão registradas nas ferramentas oficiais de notificação do MS", diz trecho da nota.
Histórico
Apesar do agravamento dos últimos dias, instabilidade e problemas nos sistemas de notificação de casos e óbitos do novo coronavírus não são novidade. Além de reclamações do sistema em si, que costuma ficar "fora do ar", há também questões estruturais como problemas de internet e falta de equipe capacitada nas cidades pequenas.
Reportagem do POPULAR publicada na edição da última quarta-feira (15) mostrou que reclamações deste tipo sobre os dois sistemas vêm ocorrendo desde o início da pandemia e explicam, entre outras coisas, o atraso dos municípios em notificar óbitos e casos.
Outro problema que costuma ocorrer, segundo a reportagem apurou, é o caso de secretarias municipais de saúde que acabam notificando mortes de Covid-19 no e-SUS, sendo que óbitos devem ser digitados no Sivep Gripe. A SES-GO tem uma equipe responsável por identificar estes erros e solicitar que os municípios corrijam.
Além disso, segundo a SES-GO informou na semana passada, os municípios ainda estão se adaptando a fazer uma notificação mais rápida dos casos de óbitos. Antes da pandemia, o prazo do Ministério da Saúde era de 60 dias desde a data da morte, atualmente é de 48 horas.

Secretária relata lentidão do sistema desde março
A secretária de Saúde do município da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) Terezópolis de Goiás, Pollianna Cavalcante, conta que o e-SUS já apresentava lentidão desde o início da pandemia. "Um dia consegue acessar normalmente, outro dia ele não acessa. A gente consegue (notificar) em horários como meio dia e meio, após as 18 horas, quando diminui o fluxo das pessoas acessando ao sistema."
Outro problema comum, de acordo com Pollianna, é a duplicação de casos. Ela relata que os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tinham de ficar atentos para excluir quando algum caso era duplicado por erro do sistema.
Nos últimos dias, segundo a secretária, o sistema ficou praticamente impossibilitado de fazer notificações. Nesta segunda-feira (20), foram informados e atualizados apenas três casos da cidade no período entre 7h e 18h. "De quinta para cá piorou muito esta dificuldade. Ao ponto de, na sexta-feira, desaparecer da tela todos os pacientes notificados do município, mas no sábado apareceu novamente. Quando sumiu, fiquei muito preocupada", relata.
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PORTAL R7

Vale procurar atendimento médico nos primeiros sintomas da covid-19?

Desde a semana passada, o Ministério da Saúde recomenda que pacientes devem buscar atendimento médico imediato em caso de sintomas relacionados à covid-19, mesmo que eles sejam leves.
De acordo com o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, isso permite evitar o agravamento do quadro clínico dos pacientes e a sobrecarga de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
"A velocidade de agravamento [da covid-19] pode ser muito rápida". Por isso, caso o atendimento não seja precoce. "o paciente já vai chegar no hospital para ir direto para a UTI e ser intubado", alertou.
No começo da epidemia no Brasil, a orientação era ir ao hospital somente se houvesse sinais mais contundentes, como febre alta persistente e falta de ar. Especialistas ouvidos pelo R7 concordam com a mudança de orientação estabelecida pelo Ministério por essa mesma razão apontada por Franco.
"Isso é uma coisa que a gente, como médico, também foi aprendendo: que avaliar de forma precoce permite diagnosticar, monitorar e prevenir o agravamento", observa o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.
"Às vezes, você entra no hospital relativamente bem e depois de algumas horas isso muda", acrescenta Carlos Lazar, professor da disciplina de moléstias infecciosas na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
O especialista destaca que a ida imediata ao hospital também é importante para evitar a transmissão do novo coronavírus, que acontece mesmo por pessoas que apresentam sintomas leves.
Ele enfatiza que a avaliação clínica feita pelo médico não substitui o teste RT-PCR, capaz de diagnosticar a infecção pelo novo coronavírus, mesmo que amparada em exames como a tomografia.
"A análise pode sugerir [o diagnóstico de covid-19], mas não vai ser de total confiança. Só o teste dá essa certeza", afirma, "Exames também não [substituem o teste] porque aquela imagem que você tem na tomografia pode ser covid-19 ou uma infecção por outros vírus, como o influenza", completa.
Ele cita o caso de uma mulher que está no puerpério e levou seu filho para uma consulta na quinta-feira (16). "Ela disse que estava tomando tylenol porque teve febre alta e dor no corpo. Aí falei: 'Precisa fazer o teste'. É bom verificar e fazer quarentena, porque ela pode estar transmitindo para a família", exemplifica.
Gorinchteyn pontua que a análise clínica e o teste de biologia molecular são duas coisas "absolutamente diferentes".
"Se eu paro de fazer teste, paro de fazer diagnóstico. Posso estar tratando a covid-19 ou uma gripe. É essa testagem que faz eu definir etratégias em termos de conduta [perante o paciente]", pondera.
Ambos ressaltam que todos aqueles com suspeita de covid-19 deveriam fazer o teste RT-PCR. "Países com grande número de pessoas infectadas estão na nossa frente [no combate à pandemia] por conta da testagem, assim conseguiram evitar o andar da carruagem", avalia Lazar.
O infectologista menciona Portugal como um exemplo a ser seguido. "Todos que vão viajar para lá têm que fazer o teste, estejam ou não com sintomas, 72 horas antes de ir".
Ele afirma que deveria haver uma testagem maior para detectar casos assintomáticos. Em sua avaliação, a baixa realização de testes foi fator determinante para que a pandemia evoluísse de maneira drástica no país. "Estamos com essa quantidade de mortos porque não testamos", finaliza.
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CORREIO BRAZILIENSE

Vacinas contra a covid-19 só devem chegar à toda a população em 12 meses

As 20 mil doses do imunizante chegaram ao Aeroporto Internacional de Guarulhos na madrugada de ontem (foto: Governo do Estado de São Paulo) Diante do descontrole na transmissão do novo coronavírus, o país se tornou alvo fácil da doença que se alastra pelo interior e já matou mais de 80 mil brasileiros. A dificuldade em vencer o inimigo invisível faz do país um terreno ideal para aplicar, em grande escala, as últimas fases de testes de vacinas que têm como objetivo garantir a eficácia da imunização antes de distribuir as doses para todo o mundo. Dos imunizadores mais promissores, dois estão sendo estudados e testados no Brasil. Os avanços estão sendo festejados pela comunidade científica, mas especialistas afirmam que a comemoração deve vir com cautela.
Isso porque tanto a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, quanto o imunizante do laboratório CoronaVac, na China, tiveram resultados positivos em relação à produção de anticorpos — o que não significa, porém, que elas protejam uma pessoa do vírus, como explica o infectologista Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, professor doutor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
No caso da vacina de Oxford, os resultados positivos foram publicados ontem em artigo científico da revista Lancet. Na fase de teste analisada, foi aplicada em um grupo de pessoas e, em seguida, os anticorpos foram extraídos; depois, em um laboratório, observou-se que eles eram capazes de matar o vírus. Os testes também garantiram que a vacina é segura. "É um passo importante, é de se comemorar. Mas não é um sinal de que amanhã teremos uma vacina. Vamos torcer para que rapidamente se prove que ela funciona na vida real", opina.
Agora, inicia-se a fase de testes com mais pessoas que serão, de fato, expostas ao vírus. A intenção é observar se a vacina protegerá ou não os voluntários do vírus. O professor Carlos Magno, que é membro do Comitê do Coronavírus do Governo do Estado de São Paulo, explica que o estudo divide um grupo, ministra a vacina em uma parte e aplica o placebo em outra. Ao fim, é preciso que seja demonstrado que menos pessoas adquiriram a covid no grupo de pessoas vacinadas.
Para o pesquisador, a previsão é de que os testes sejam finalizados até o fim do ano. Mas para efetiva produção em massa da vacina, ele estima um prazo de 12 meses. Após a finalização da vacina, é preciso analisar como produzi-la e distribuí-la ao mundo inteiro, o que leva tempo. A vacina chinesa, segundo o professor, está em uma situação semelhante à de Oxford, sendo que a última estaria um pouco mais avançada.
As projeções vão na mesma linha das realizadas pelo infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jamal Suleiman, que explica que o período mínimo estimado para a vacina de Oxford é de 12 meses — pensando nos prazos necessários de logística e produção, após o imunizador estar pronto. Ele atesta que os resultados preliminares são "um grande passo na direção de um produto que pode proteger um contingente de pessoas", mas pede cautela, explicando que "criar falsas expectativas em relação à saúde das pessoas é muito sério". "Comemorar significa o coroamento de determinada ação, e ainda não é um coroamento", resume.
O infectologista afirma que os resultados são "importantíssimos" para a ciência e que, agora, é o momento de avaliar a eficácia da vacina em uma população abrangente, para observar, por exemplo, se ela funciona em pessoas com comorbidades, como obesidade ou pressão alta, da mesma forma que funciona em pessoas sem qualquer doença. Além disso, os testes dirão se serão necessárias uma ou duas doses, por quanto tempo ela protege, dentre outras respostas.
Virologista e infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Nancy Bellei também avalia que ao analisar a logística necessária para distribuição, a imunização em massa só deve ocorrer em 2021. "Estamos iniciando um momento novo, mas a pandemia não acabou. Teremos que aprender a conviver com o vírus, porque ele vai continuar circulando. Conviver com esse vírus é não relaxar nas medidas, fazer a nossa parte", orienta.
Há outras etapas importantes antes de estabelecer uma distribuição em massa da futura vacina. No acordo com a Universidade de Oxford, o Brasil produziria 30 milhões de doses, entre dezembro e janeiro. O investimento está estimado em R$ 1,58 bilhão. Um das dificuldades do Brasil, no entanto, é o desenvolvimento de uma tecnologia para ampliar a capacidade de fabricação do imunizante. Outro problema é a concorrência com outras nações que, inclusive, já fecharam acordo mesmo antes da conclusão dos testes.
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PORTAL UOL

Ministério da Saúde admite falta de remédios para intubação por coronavírus

Medicamentos sedativos e antibióticos essenciais para tratar e intubar pessoas em estado grave de covid-19 estão em falta no Brasil e com sobrepreço de até 287,44%, em pleno período da pandemia do novo coronavírus.
É o que diz um relatório do qual o UOL teve acesso, com dados cruzados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados). O Ministério da Saúde, após ser questionado pela reportagem sobre os dados da tabela, admitiu o desabastecimento.
O sedativo midazolam, por exemplo, usado antes de procedimentos diagnósticos, é um deles, segundo o levantamento. Assim como a fentanila, medicação para a dor usada com outros remédios para a anestesia. Na mesma linha, estão o relaxante muscular rocurônio, e os medicamentos suxametônio, o pancurônio, cisatracúrio e atracúrio.
A análise do Conass foi feita em cerca de 1.500 estabelecimentos de saúde que estão nos planos de contingência dos estados. Foi constatado, por exemplo, que o relaxante rocurónio está em falta em 96% das unidades ouvidas pelo conselho. Já a Anahp verificou o aumento em 91% do preço cobrado pelo medicamento, em consulta a cinco fabricantes.
Por outro lado, o sedativo midazolam está em falta em 76% das unidades consultadas pelo conselho e com sobrepreço de 287,44%, de acordo com sete fornecedores avaliados pela associação.
Já o atracúrio, fármaco utilizado como bloqueador neuromuscular como complemento de anestesia e facilitador da intubação endotraqueal, está em falta em 76% estabelecimentos e com 197,47% de sobrepreço.
O relaxante muscular suxametônio, de ação ultrarrápida para administração endovenosa, está em falta em 64% das unidades e 120,33% mais caro. Em situação similar estão a fentanila e o cisatracúrio.
Segundo o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, a situação é preocupante, pois os medicamentos são indispensáveis para o tratamento de pacientes na fase aguda da doença.
"Eles são relaxantes e sedativos. Sem isso, o paciente fica numa situação de muito desconforto, é angustiante. Estamos dando um jeito de conseguir estes medicamentos, mas uma hora pode faltar. O Ministério da Saúde já assumiu o compromisso com os secretários de que vai ajudar", disse.
Já o presidente da comissão externa que analisa ações de combate à pandemia de Covid-19 na Câmara, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), defendeu que as indústrias nacionais destinem 50% de sua produção para atender ao SUS, no preço da tabela da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).
"Esta medida seria suficiente para zerar a demanda de todas as unidades do país", disse ao UOL.
Por nota, a diretoria da Anahp respondeu que realizou um levantamento com os associados e observou que muitos hospitais no Brasil estão com dificuldade de abastecimento de medicamentos sedativos nacionalmente, "além de terem registrado um aumento expressivo nos preços praticados por alguns fornecedores".
"A entidade ressalta que, no entanto, até o momento, os hospitais membros da associação não deixaram de prestar nenhum atendimento. Para diminuir os impactos do desabastecimento, algumas medidas estão sendo adotadas", respondeu.
Entre as medidas, segundo a nota, os associados estão trocando informações sobre fornecedores que ainda possuem estoque de produtos e em contato com entidades que representam a indústria. Também estuda novas alternativas, como a importação dos insumos, caso haja agravamento do problema.
A associação informou que os hospitais deverão notificar à CMED se o valor do medicamento ultrapassar o estabelecido pelo órgão regulador. "A Anahp entende que esses medicamentos são fundamentais para a continuidade dos atendimentos", disse.
Após ser questionado pelo UOL, o Ministério da Saúde respondeu na tarde desta segunda-feira (20) que, "devido ao desabastecimento de medicamentos utilizados na intubação de pacientes que tiveram complicações pela infecção do coronavírus, a pasta está apoiando estados e municípios, em ação conjunta e coordenada com o Conass e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)".
"O objetivo é normalizar o mais breve possível os estoques de anestésicos e relaxantes musculares nos hospitais. Diante do panorama emergencial, o Ministério da Saúde tem realizado diariamente levantamento dos estados e municípios para atender emergencialmente as necessidades de todas as localidades", respondeu.
Além disso, afirmou que, para a aquisição dos medicamentos em falta, a pasta implementou três ações para mitigar o problema: requisição administrativa, pregão via Sistema de Registro de Preços e cotação para compra internacional via Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
Ao mesmo tempo, anunciou que foi aberto um processo de pregão via Sistema de Registro de Preços (SRP). A intenção é proporcionar uma economia em escala e, desta forma, possibilitar a adesão de estados e municípios.
"Todos os 26 estados e o Distrito Federal aderiram ao processo, que encontra-se em vias de ser publicado. Após esta publicação, a expectativa é que o pregão ocorra até o início da próxima semana", disse.
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ESTADO DE S.PAULO

Casa Civil indica filha de ministro para vaga na ANS
Mateus Vargas

Isabela Braga Netto pode ocupar posto com salário de R$ 13.074; cargo é de livre nomeação e não é preciso fazer concurso público

A Casa Civil, comandada pelo general Walter Braga Netto, deu autorização para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) contratar a filha do ministro, Isabela Braga Netto, para uma vaga de gerente da agência, com salário de R$ 13.074 por mês. O cargo é de livre nomeação e não é preciso fazer concurso público para ocupá-lo.
Com sede no Rio, a ANS regula o mercado de planos de saúde. Se confirmada a nomeação, a filha de Braga Netto ocupará o cargo de Gustavo de Barros Macieira, servidor de carreira da agência e especialista em Direito do Estado e em regulação pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que ainda está no posto.
A vaga disputada por Isabela é para comandar a Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores. O posto trata da relação entre ANS, planos de saúde e prestadores de serviços, como hospitais. A filha do ministro é formada em Comunicação Social. O nome de Isabela foi analisado pela Casa Civil, chefiada por seu pai, porque nomeações para cargos comissionados do alto escalão exigem aval da pasta.
A informação sobre a possível nomeação foi antecipada pela revista Veja. O diretor Rodrigo Aguiar, responsável pela gerência, confirmou ao Estadão que o nome da filha do ministro recebeu o "ok" da Casa Civil.
Ele informou que ainda não sabe quando e se a contratação será feita, pois a análise do seu currículo não foi concluída pela ANS. "Trata-se de cargo de livre nomeação e exoneração, para o qual profissionais de variados perfis são considerados, visando o melhor atingimento dos fins da função", disse Aguiar.
Questionado sobre quem indicou a filha do ministro para a vaga e se ela tem experiência na área, o diretor afirmou que não poderia comentar o assunto.
Aguiar declarou apenas que a indicação "chegou por canais comuns". Procuradas, a ANS e a Casa Civil não se manifestaram até a conclusão desta edição.
Segundo funcionários da ANS, a indicação de Isabela causou mal-estar na equipe, pois o cargo é considerado técnico e vem sendo exercido por um especialista em regulação. Além disso, o diretor que vai decidir sobre a contratação da filha do ministro encerra deu mandato em setembro. E caberá ao Palácio do Planalto decidir se o indica para presidente da ANS.
Uma sugestão deste tipo partiria do presidente e teria de ser avaliada pelo Senado.
Procurador da República em Goiás, Helio Telho afirmou, no Twitter, que "é provável" que o Supremo Tribunal Federal (STF) anule a nomeação da filha de Braga Netto, pois a medida contraria posições da Corte sobre indicação de parentes. "A Súmula Vinculante 13 proíbe o nepotismo", escreveu.
Filhos. O governo Jair Bolsonaro já foi alvo de críticas pela indicação de filhos a cargos políticos. Em 2019, o presidente chegou a indicar um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), à embaixada dos Estados Unidos, mas recuou diante da repercussão negativa.
No início do governo, o filho do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, Antonio Mourão, foi promovido para assessor especial da presidência do Banco do Brasil, com um salário três vezes maior.
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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 126 novos casos e 14 mortes em 24 horas

Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 126 novos casos de covid-19 e 14 mortes pela doença nas últimas 24 horas, conforme consta no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta segunda-feira (20/7). Com as atualizações, o Estado soma 40.891 casos e 1.106 óbitos confirmados.

Do total de contaminados  (40.891), segundo a SES-GO, há 12.584 de pessoas recuperadas. No Estado, há 100.918 casos suspeitos em investigação. Outros 43.448  já foram descartados.

Além dos 1.106 óbitos confirmados de covid-19, o que representa uma taxa de letalidade de 2,7%, há 53 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 626 mortes suspeitas nos municípios goianos.

Registros
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) comunicou que estão sendo realizados ajustes nos sistemas oficiais de notificação, conforme informado pelo Ministério da Saúde (MS). Assim, os municípios e unidades notificadoras estão com dificuldade para alimentar os dados desde a última semana.

A dificuldade em incluir as informações nos sistemas confere uma falsa impressão de que os números da covid-19 em Goiás estão estáveis. Entretanto, é cedo para falar em estabilização dos registros, visto que vários fatores podem contribuir para esse resultado, como a instabilidade e lentidão registradas nas ferramentas oficiais de notificação do MS.

Além disso, a atualização de fichas no sistema pode resultar na redução do número total de casos confirmados devido, entre outros motivos, à retirada de duplicidade nas notificações, por exemplo.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação