Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 01 A 03/08/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra casos de síndrome rara que acomete crianças com covid-19
Planos de saúde perdem usuários e reveem reajustes
Mortos passam de 94 mil
Somente 10% da população testou para Covid-19 em cinco municípios

AGÊNCIA ESTADO
Brasil registra casos de síndrome rara que acomete crianças com covid-19

São Paulo – No último 2 de julho, uma quinta-feira, Alice, de 3 anos, acordou cheia de manchas pelo corpo e com febre. Os pais, preocupados, ligaram imediatamente para a pediatra que, pelos sintomas descritos, excluiu a possibilidade de ser covid-19. "Nem me passou pela cabeça que pudesse ser o novo coronavírus por conta de todos os cuidados que estávamos tomando", diz a mãe da menina, que preferiu não se identificar.

"E a própria médica também não achou que fosse. Mesmo assim, resolveu pedir um exame PCR, que deu negativo." Pelas particularidades de sua profissão, a mãe da Alice continuava indo ao trabalho diariamente. Seguia, porém, todas as medidas de segurança preconizadas, como uso de máscara e de álcool gel. "Eu só entrava em casa depois de tirar o sapato, não tocava em nada", conta. "Minha roupa ia para a máquina de lavar e eu, para o banho."

O pai da Alice ficou em home office, isolado com a filha. E até para pedir comida em casa a família foi parcimoniosa. Eles receberam poucas refeições por delivery. Mesmo assim, seguindo todos os cuidados recomendados. "Realmente, seguimos a quarentena."

De fato, nenhum dos dois apresentou sintoma da doença. Por isso mesmo, eles não se surpreenderam quando o PCR da filha deu negativo. Mas o estado de saúde da menina começou a se agravar, sem que ninguém conseguisse chegar a um diagnóstico. Também surgiram outros sintomas incomuns, como olhos vermelhos, barriga inchada, pés e mãos descamando e febre intermitente.

No sétimo dia consecutivo de febre, um exame de sangue revelou uma inflamação generalizada e Alice foi internada na UTI pediátrica de um hospital particular da zona oeste do Rio. Ela tinha uma síndrome inflamatória rara ligada à infecção pelo novo coronavírus.

Gravidade
Os casos confirmados de covid-19 em crianças e adolescentes chegam, no máximo, a 3,5% do total de registros. Essa faixa etária é a menos afetada e a grande maioria das ocorrências é muito branda. Ainda assim, um pequeno número tem problemas sérios relacionados à infecção. Esses casos muito graves que, invariavelmente, acabam nas UTIs são provocados pela recém-descrita Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (SMIP).

Trata-se de uma reação inflamatória grave que só acomete crianças e está associada a uma resposta tardia ao Sars-CoV-2. Até agora, foram descritos pouco mais de 200 casos no mundo. A OMS e o CDC já emitiram alertas sobre esses episódios. "A síndrome não ocorre na fase aguda da covid-19. Em geral, aparece depois e pode ocorrer mesmo em crianças que apresentaram um quadro brando da doença", explicou a pediatra Tania Petraglia, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj).

Primeiros relatos
As manifestações raras da doença em crianças não foram observadas na China, onde a epidemia surgiu, no fim do no passado. Foi só em abril que médicos do Reino Unido relataram os primeiros casos. Em maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu nota de alerta sobre a síndrome e seus riscos.

No Brasil, ainda não há números oficiais sobre a doença, mas os pediatras confirmam a ocorrência de casos como o de Alice. Somente na UTI Pediátrica do Hospital Pedro Ernesto, no Rio, referência para o tratamento da covid-19, já foram atendidas oito crianças. O hospital onde Alice ficou internada registrou outros dois casos.

Os relatos indicam a apresentação de um quadro muito parecido com o da raríssima Síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa desconhecida, mais comum na Ásia. Entre os sintomas mais frequentes, febre, conjuntivite, manchas no corpo, vermelhidão na sola dos pés e na palma das mãos.

A principal complicação é a ocorrência de aneurismas na artéria coronária. Se não for tratada adequadamente, a doença pode levar à morte.

Dúvidas
Os especialistas não sabem por que a síndrome só ocorre em crianças, nem por que acomete algumas e poupa outras. Um grande estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA está no início e vai acompanhar 6 mil crianças para tentar chegar a algumas respostas. "Ela costuma aparecer de três a quatro semanas após o pico do coronavírus", disse a chefe da UTI Pediátrica do Hospital Pedro Ernesto, Raquel Zeitel, presidente do Departamento de Emergências da Soperj.

"Trata-se de uma resposta imunológica exacerbada, com febre persistente, sintomas abdominais, diarreia, vômito, lesões cutâneas, conjuntivite. E pode evoluir para quadro semelhante a um choque, com aumento dos marcadores inflamatórios, anomalias coronarianas e disfunções cardíacas." Alice ficou quatro dias internada.

"Como não sabíamos o estágio da evolução da doença e havia preocupação com a parte cardíaca, achamos melhor interná-la", contou a mãe da menina. "Por 24 horas ininterruptas, ela recebeu infusão de imunoglobulina (anticorpos que agem neutralizando o patógeno). E teve os sinais vitais monitorados a cada 15 minutos."

A infusão, que previne aneurismas coronarianos, é o tratamento padrão para a síndrome de Kawasaki. Ele vem sendo usado também nessas complicações em crianças pós-covid, juntamente com corticoides (anti-inflamatórios). "Como se trata de uma doença que resulta em manifestações inflamatórias intensas, o tratamento inclui medicamentos para controlar esse processo e evitar comprometimento do coração", explicou o médico Leonardo Campos, integrante do Comitê de Reumatologia da Soperj e do Hospital Antonio Pedro, em Niterói, na região metropolitana do Rio.

Alice chegou a ter febre de 40 graus, mas, depois, a inflamação cedeu, sem comprometer o coração. "Mesmo assim, nos próximos dois meses, ela vai fazer exames frequentes e, depois, uma vez por ano", disse a mãe da menina. "Foi um susto, mas acho importante falar para que as pessoas fiquem atentas.
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VALOR INVESTE
Planos de saúde perdem usuários e reveem reajustes

Operadoras reduzem reajustes na renovação dos contratos para manter os negócios
Entre março e maio deste ano, os primeiros meses da pandemia no país, 283,6 mil pessoas perderam o plano de saúde e 518,7 mil deixaram de ter convênio odontológico. A maior parte dessa perda refere-se a funcionários que foram demitidos por causa da crise e perderam, assim, o benefício. A expectativa é que esse movimento de cancelamento de planos continue pelo menos até agosto.
Trata-se de uma queda histórica considerando um período tão curto. A crise anterior do setor, reflexo da mais grave recessão enfrentada pelo país, começou em 2015 e se estendeu até 2017 – nesse período 3 milhões de pessoas ficaram sem planos de saúde. Na época, a cada mês, em média, 83 mil pessoas perdiam o convênio médico. Agora na pandemia esse número cresceu para 142 mil por mês.
Neste ano, o mercado de planos dentais, historicamente mais resiliente do que o de convênios médicos, também é afetado. Além das demissões, muitos trabalhadores que tiveram redução de salário cortaram o benefício para ajustar o orçamento. A OdontoPrev, maior operadora dental do país, perdeu 274 mil usuários no segundo trimestre o que foi classificado pela companhia como uma queda sem precedentes.
Nesse cenário, as operadoras de planos de saúde estão abrindo mão do reajuste e até concedendo descontos, para não perder clientes mesmo com uma inflação médica que bateu em 13,86% em 2019. Esse percentual está 3,5 pontos percentuais acima do registrado em 2018 e 2017, segundo levantamento realizado pela consultoria Arquitetos da Saúde que analisou as despesas médicas e hospitalares dos 47 milhões de usuários de planos de saúde no país. É a primeira vez que um estudo desse tipo considera toda a base de pessoas com convênio.
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CORREIO BRAZILIENSE
Mortos passam de 94 mil
O país registrou 541 óbitos e 25,8 mil novos casos de covid-19 em apenas 24 horas. Pandemia já dura quase cinco meses

Sarah Teófilo
O Brasil alcançou, nesse domingo, a marca de 94.104 mortos pela covid-19 e de 2,73 milhões de casos confirmados da doença. Em uma semana, o aumento de óbitos foi de 8%, enquanto o número de casos subiu 13%. O país registrou 25,8 mil notificações em 24 horas e 541 mortes no mesmo período.

Observando dados dos últimos sete dias, a média diária de mortes no Brasil foi de 1.014. Já a média de casos foi de 44,9 mil. Das 27 unidades da Federação, só seis têm menos de mil mortes registradas: Rondônia, Amapá, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Acre. Na lista dos cinco estados com maior número de casos estão São Paulo (558.685), Ceará (176.580), Bahia (170.476), Rio de Janeiro (167.225) e Pará (156.285).

Como mostrado pelo Correio na edição de ontem, só 64 das 5.570 cidades brasileiras ainda não registraram confirmações da covid-19. O levantamento foi feito com base em dados do Ministério da Saúde, revelando o processo de interiorização do vírus, que se alastra pelo país.

RankingO Brasil é o segundo no ranking mundial com mais infectados e óbitos em decorrência da covid-19, de acordo com dados da UniversidaJohns Hopkins (EUA), atrás, apenas, dos Estados Unidos. O país norte-americano tem 4,6 milhões de casos e 154,8 mil mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus há quase cinco meses, em 11 de março. Na última sexta-feira, a organização alertou que o problema deve durar ainda muito tempo. "A pandemia é uma crise de saúde que ocorre uma vez em cada século, cujos efeitos serão sentidos nas próximas décadas", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

Desde a confirmação da existência do vírus, que já matou mais de 680 mil pessoas no mundo, países têm se empenhado em uma verdadeira corrida em busca de uma vacina para que as pessoas possam se imunizar contra a covid-19. Na última sexta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Ministério da Saúde e o laboratório AstraZeneca assinaram um acordo para garantir a transferência de tecnologia e a produção, no Brasil, de 100 milhões de doses de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido.

A imunização está em fase de estudos clínicos, mas o governo busca agilizar os processos para que, caso seja considerado seguro, possa ser usado com celeridade na população. O acordo prevê que o Brasil poderá começar a produzir a vacina a partir de dezembro. Também estão em curso, no país, testes clínicos com a vacina chinesa, a CoronaVac, uma parceria da Sinovac com o Instituto Butantan.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Somente 10% da população testou para Covid-19 em cinco municípios

Quase 5 meses após a confirmação dos primeiros casos de coronavírus em Goiás, 69 cidades não tiveram nem 1% da população testada. Estratégias variam conforme tipo de teste utilizado.

Apenas 10% da população e cinco cidades goianas tiveram testes concluídos e outras 66 não conseguiram testar nem 1% do total de moradores passados quase cinco meses que os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados em Goiás. A reportagem somou todos os casos confirmados e descartados que constavam nos boletins de 226 municípios do dia 27 de julho. Em outros 20 restantes não foi possível obter as informações. Nesta relação, Goiânia não aparece entre os 100 com maior percentual de população testada.
Até agora, segundo o levantamento feito pela reportagem, apenas 2,85% da população goiana havia sido testada até o dia 27, pouco mais de 198 mil pessoas. O número é maior do que o oficial, que passou a ser divulgado no painel disponibilizado na internet pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO): 157.505 até o último domingo (2).
No final de julho, o governo estadual lançou uma parceria com 78 municípios e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para fazer testagem em massa nos locais onde há mais casos confirmados de infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2. Só 66 municípios testaram mais do que a média estadual verificada no levantamento. Desde o início da pandemia, muitos municípios passaram a comprar testes do setor privado, já que os fornecidos pelo Estado e Ministério da Saúde eram insuficientes para uma testagem que fosse além dos pacientes mais agravados internados.
Em 20 cidades, nem mesmo ligando para a Secretaria Municipal de Saúde foi possível obter os dados. Algumas cidades omitem os dados de casos descartados ou destacam os casos curados, deixando confusa a informação sobre notificações totais.
Essa limitação da quantidade de exames ficou evidente no mês de junho, quando uma testagem em massa em indústrias de Rio Verde, atrasou a testagem de Goiânia, Aparecida e outras cidades, que realizavam testes no mesmo laboratório. De lá para cá, laboratórios privados têm investido em maquinários e aumentado a capacidade de exames RT-PCR, mas ainda há relatos de demora.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação