Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 04/09/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES


Paciente com suspeita de Covid-19 denuncia que foi assediada por médico durante consulta no Cais Campinas, em Goiânia
Paciente denuncia que foi vítima de abuso sexual ao procurar atendimento médico
Saúde institui incentivo de custeio para ações de monitoramento de covid
Paraná deve protocolar pedido de testes da vacina russa no Brasil em até dez dias
Pesquisa diz que 59,7 milhões de pessoas tinham plano de saúde em 2019
ANS suspende 11 planos de saúde da Unimed
OMS não espera vacinação ampla contra Covid-19 antes de meados de 2021
No Brasil, 26% não conseguem atendimento de saúde na 1ª tentativa, diz IBGE
Estudo comprova eficácia de corticoides na redução da mortalidade por Covid-19 em casos graves


PORTAL G1

Paciente com suspeita de Covid-19 denuncia que foi assediada por médico durante consulta no Cais Campinas, em Goiânia
Mulher, de 36 anos, registrou boletim de ocorrência e relatou ter sido 'apalpada exageradamente' pelo profissional, que tocou em suas partes íntimas.
Por Rafael Oliveira, G1 GO

Uma mulher de 36 anos denunciou à Polícia Civil que foi assediada sexualmente por um médico durante uma consulta no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Campinas, em Goiânia. Ela relata que procurou atendimento médico por estar com sintomas da Covid-19, mas disse que foi "apalpada exageradamente" pelo profissional, que chegou a tocar em suas partes íntimas.
"Eu não conseguia acreditar que estava passando por aquilo e que um médico teria coragem de fazer aquilo", relatou a paciente.
O G1 não conseguiu contato com o médico denunciado pela paciente até a última atualização desta reportagem.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia disse que tem conhecimento do caso e que acompanha a investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), onde corre a investigação. Informou, ainda, que espera o término do inquérito para "tomar medidas cabíveis".
A paciente procurou ajuda na unidade de saúde no mês passado, mas o caso foi divulgado nesta sexta-feira (4). A mulher, que é casada e tem dois filhos, disse ter esperado três horas pelo atendimento.
"Não entraram em contato comigo em momento nenhum para perguntar o que tinha acontecido, como se aquilo não fosse importante e uma coisa grave", afirmou.
Ao sair da consulta, a mulher pediu ajuda às enfermeiras de plantão e exigiu que fizessem um relatório do que tinha acontecido. Uma enfermeira escreveu à mão que a paciente "alegou ter sido assediada sexualmente durante atendimento médico. Relatou ter sido apalpada de forma exagerada pelo profissional, sendo tocada em suas partes íntimas".
A delegada Paula Meotti, titular da Deam, diz que foi instaurado um inquérito policial e a vítima foi ouvida, bem como testemunhas e o próprio investigado, mas não detalhou como está a investigação. O relatório deve ser encaminhado em breve ao Judiciário.
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TV ANHANGUERA

Paciente denuncia que foi vítima de abuso sexual ao procurar atendimento médico
https://globoplay.globo.com/v/8831751/programa/
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AGÊNCIA ESTADO

Saúde institui incentivo de custeio para ações de monitoramento de covid

A Portaria traz um anexo com os valores que serão transferidos para cada município na competência financeira de outubro

O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira Portaria que institui incentivo financeiro federal de custeio, em caráter excepcional e temporário, para execução de ações de rastreamento e monitoramento de contatos de casos de covid-19.

Segundo o texto da Portaria, as ações de rastreamento e monitoramento serão orientadas pelos seguintes objetivos: integração das ações da Vigilância em Saúde e Atenção Primária à Saúde, na perspectiva local, para identificar em tempo oportuno os casos de covid-19 e seus contatos, com vistas a fortalecer a resposta ao enfrentamento da covid-19; promoção da realização de ações locais para identificação precoce e assistência adequada aos contatos de casos de covid-19, detectando oportunamente os indivíduos infectados para intervenção adequada com vistas à interrupção da cadeia de transmissão, a redução do contágio e a diminuição de casos novos de covid-19; ampliação da notificação e investigação dos casos de covid-19 e do rastreamento e monitoramento de seus contatos; promoção da avaliação regular da situação epidemiológica local relacionada à covid-19 e disponibilização das informações em tempo oportuno para conhecimento dos gestores, profissionais de saúde e população em geral; e incremento da utilização de dados epidemiológicos locais para a tomada de decisão e aprimoramento do planejamento assistencial e sanitário da Rede de Atenção à Saúde (RAS), a fim de proporcionar a qualificação dos processos de trabalho, com vistas à efetividade e qualidade das ações para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da covid-19.

Quando a gestão municipal ou distrital adotar outro sistema de informação para registro, deverá haverá interoperabilidade com o e-SUS Notifica para que haja integração das informações entre duas bases de dados.

A Portaria traz um anexo com os valores que serão transferidos para cada município na competência financeira de outubro. Os recursos serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos fundos municipais e distritais de saúde de forma automática e em parcela única.
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Paraná deve protocolar pedido de testes da vacina russa no Brasil em até dez dias

A fase 3 dos estudos clínicos deve contar com a participação de pelo menos dez mil voluntários; revista The Lancet divulgou que grupo de pacientes que participou de um estudo preliminar da vacina desenvolveu resposta imune

CURITIBA – O Governo do Paraná deve protocolar em até dez dias, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido para iniciar os testes da vacina russa contra a covid-19. A fase 3 dos estudos clínicos deve contar com a participação de pelo menos dez mil voluntários.

Nesta sexta-feira, 4, a revista The Lancet divulgou que um grupo de pacientes que participou de um estudo preliminar da vacina russa contra o novo coronavírus desenvolveu uma resposta imune sem nenhum efeito colateral sério. Os resultados dos dois testes, conduzidos em junho-julho deste ano e envolvendo 76 participantes, mostraram que 100% deles desenvolveram anticorpos para a doença.

De acordo com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), os resultados das duas primeiras fases de testes da vacina russa foram compartilhados em agosto. O órgão trabalha em parceria com o Instituto Gamaleia desde julho, quando um acordo embrionário entre Paraná e Rússia foi assinado para viabilizar os estudos no Brasil.

Ainda nesta sexta, 4, o Tecpar deve anunciar novos detalhes sobre a parceria com Moscou para o eventual desenvolvimento da vacina contra a covid-19. O instituto também deve atualizar as informações sobre a previsão de testagem da Sputnik V no Brasil.

No dia 27 de agosto, uma comitiva paranaense se reuniu em Brasília com representantes da Anvisa para alinhar detalhes sobre o protocolo e agilizar a aprovação do pedido. Naquela ocasião, o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, informou que iniciar a fase 3 dos testes no Brasil era uma prioridade, e que esperava iniciar os estudos até outubro.
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AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa diz que 59,7 milhões de pessoas tinham plano de saúde em 2019


A Pesquisa Nacional de Saúde 2019 divulgada hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, revela que, no ano passado, 28,5% dos residentes no país possuíam algum plano de saúde médico ou odontológico, totalizando 59,7 milhões de pessoas.

Em 2013, o índice era de 27,9%, ou o equivalente a 55,7 milhões de habitantes. Nas regiões Norte e Nordeste, somente 14,7% e 16,6% das pessoas tinham plano de saúde, contra 13,3% e 15,5%, respectivamente, em 2013.

Os pesquisadores apuraram que, mesmo nas unidades da federação em que a renda per capita (por indivíduo) é mais alta, a proporção de pessoas com plano de saúde médico era inferior a 40% da população, em 2019. Exemplos: São Paulo (38,4%), Distrito Federal (37,4%), Rio Grande do Sul (35,4%) e Rio de Janeiro (35%). No Maranhão, somente 5% dos habitantes tinham plano médico e, em outros 17 estados, a proporção de moradores com plano médico não atingia 20% da população.

O estudo indica que 46,2% dos titulares de planos de saúde médico pagavam diretamente às operadoras, em 2019, e 45,4% tinham planos pagos parcial ou integralmente pelo empregador. No ano pesquisado, 8,1% da população residente em domicílios particulares permanentes, ou o correspondente a 16,9 milhões de pessoas, deixaram de realizar atividades habituais nas duas últimas semanas anteriores à data das entrevistas.

Em 2013, foram 14 milhões de pessoas (7%). As razões apresentadas com maior frequência para essa impossibilidade de trabalho foram problemas nos ossos e articulações (25,1%) e problemas respiratórios (21%). As maiores proporções de pessoas que deixaram de efetuar atividades foram encontradas nas regiões Nordeste (8,7%) e Norte e Sudeste, cada uma com 8%.

Rede pública

A pesquisa revela, ainda, queda no número de pessoas que costumavam procurar o mesmo médico ou local de saúde para serem atendidas. Em 2019, foram 76,5% contra 77,8% em 2013. Pelo menos 69,8% fizeram isso pela rede pública, no ano passado. Em relação a tratamento odontológico, a sondagem mostra que menos da metade da população residente (49,4%) tinha se consultado com dentista nos últimos 12 meses anteriores ao levantamento. Em 2013, foram 44,4%, ou 88,6 milhões de pessoas. A menor proporção foi achada na Região Norte (40,8%), sendo que, nas áreas rurais, o índice foi ainda inferior (38,7%), o que aponta que o tratamento odontológico ainda não ganhou a importância que merece no Brasil.

De acordo com a PNS 2019, 159,6 milhões de pessoas (76,2%) haviam se consultado com um médico no Brasil nos últimos 12 meses antes da data da entrevista, aumento significativo em relação a 2013 (71,2%).

A sondagem registra também que 39 milhões de brasileiros precisaram de atendimento médico nas duas últimas semanas anteriores ao estudo. Os principais motivos foram doença e tratamento de doenças (48,2%), vacinação, prevenção, check up médico e acompanhamento com outro profissional de saúde (25,1%), exames complementares e diagnóstico (10,2%), dor de dente, problemas odontológicos e consulta de rotina ao dentista (6,3%). Em 2013, foram 30,6 milhões (15,3%).

Em 2019, 28,7 milhões de pessoas conseguiram atendimento na primeira vez que procuraram; em 2013, foram 29,1 milhões. Dentre os que conseguiram atendimento médico, 60,9% tiveram algum medicamento receitado contra 65% em 2013; e 85% obtiveram todos os medicamentos prescritos. Em 2013, o índice foi 82,5%.

Internações

A pesquisa do IBGE identificou que 13,7 milhões de pessoas da população residente no Brasil (6,6%) ficaram internadas por mais de 24 horas nos últimos 12 meses antes da data das entrevistas. Desses, 64,6% (ou 8,9 milhões de pessoas) recorreram ao atendimento pelo SUS – Sistema Único de Saúide.

Uso de plano de saúde aumenta procura por assistência médica (Arquivo/Agência Brasil/Rovena Rosa)

Em 2019, 4,6% da população utilizaram alguma prática integrativa e complementar. Em 2013, o percentual foi de 3,8%. Plantas medicinais e fitoterapia (58,0%) foram a prática mais utilizada, seguida por acupuntura (24,6%) e homeopatia (19,0%).

O estudo confirma que é crescente a empatia dos brasileiros com animais. No ano passado, 33,8 milhões de domicílios (46%) tinham, pelo menos, um cachorro, contra 44,3% em 2013; e 14,1 milhões de lares (19,3%) tinham pelo menos um gato, contra 17,7%, em 2013.

Entre os 39,4 milhões de domicílios com algum cachorro ou gato, 72% (ou 28,4 milhões) tiveram esses animais vacinados em 2019. Em 2013, o percentual foi 75,4% (24,8 milhões).

Do total de domicílios particulares permanentes, 44 milhões (60%) eram cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família (USF) em 2019, contra 34,6 milhões (53,3%) em 2013.

Dentre os 40 milhões de domicílios cadastrados há um ano ou mais em 2019, 38,4% receberam visita mensal de agente comunitário de saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família, o correspondente a 15,4 milhões de unidades domiciliares.

Em 2013, o percentual foi bem mais elevado (47,2%), embora fosse menor a quantidade de domicílios que recebiam essas visitas (14,1 milhões) naquele ano. Por outro lado, 9,5 milhões de lares particulares (23,8%) nunca receberam visita de agente comunitário ou da Equipe de Saúde da Família. O número evoluiu bastante frente a 2013, quando o percentual era 17,7% (5,3 milhões de pessoas).

A Pesquisa Nacional de Saúde 2019 é realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde. A coleta dos dados foi efetuada entre 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020. As informações são usadas para subsidiar a elaboração de políticas públicas nas áreas de promoção, vigilância e atenção à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
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ANS suspende 11 planos de saúde da Unimed

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) suspendeu nessa 5ª feira (3.set.2020) 11 planos de saúde. Desses, 8 pertencem à operadora Unimed Norte-Nordeste. Os outros 3 são da Unimed de Manaus. Com a suspensão, que vale a partir de 10 de setembro, esses planos não poderão ser comercializados para novos clientes.
A medida vem depois do registro de 14.900 reclamações feitas contra as operadoras de abril a junho. Foram relatadas negativas de cobertura e descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias.
A análise das queixas se dá dentro do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, cujo objetivo é proteger os consumidores. Os resultados são divulgados trimestralmente. A partir deles, as operadoras são cobradas para assegurar aos usuários o acesso aos procedimentos previstos em contrato.
Segundo a ANS, para que a comercialização possa ser retomada, será preciso melhorar a qualidade do serviço para as 25.700 pessoas vinculadas atualmente aos 11 planos.
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Tanto a Unimed Norte-Nordeste como a Unimed de Manaus chegaram a ter a alienação de carteira determinada pela ANS. Isso ocorre quando se avalia que a operadora de plano de saúde não tem conseguido garantir a assistência aos consumidores. Dessa forma, ela é obrigada a negociar a transferência da totalidade de sua carteira de beneficiários para outra operadora.
A resolução que afetava a Unimed de Manaus é de junho de 2018. Já alienação de carteira da Unimed Norte-Nordeste foi determinada em abril deste ano. No entanto, em ambos os casos, as operadoras conseguiram na Justiça decisões favoráveis que lhes permitiram manter a carteira de beneficiários.
A nova lista do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento também revela a liberação da venda do plano Bem-Estar Especial com Obstetrícia, da Unimed Norte-Nordeste, que estava suspenso por ocasião de avaliações anteriores.
A ANS mostra em seu site a lista completa dos planos liberados e suspensos. Também disponibiliza uma ferramenta para consultar informações e histórico de 1 plano de saúde específico.
Em nota, a Unimed Norte-Nordeste disse que trabalha para melhorar serviços e que a prestação de serviços médico-hospitalares permanece inalterada e sem qualquer problema ou anormalidade. "A suspensão da comercialização de alguns produtos não interfere no atendimento aos clientes de contratos vigentes", afirmou. A Unimed de Manaus não retornou aos contatos.
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O GLOBO

OMS não espera vacinação ampla contra Covid-19 antes de meados de 2021

Segundo a Organização Mundial da Saúde, nenhuma das candidatas a vacina que estão em testes clínicos avançados demonstrou, até agora, 'sinal claro' de eficácia em um nível mínimo de 50% buscado pela organização
GENEBRA – A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira que não espera uma vacinação ampla contra a Covid-19 antes de meados de 2021. A declaração veio num momento em que os Estados Unidos aceleram os preparativos para distribuir uma vacina contra a doença.

"Um número considerável de candidatas entrou na fase 3 de testes. Conhecemos ao menos de seis a nove que já percorreram um bom trecho em termos de pesquisa. Mas em termos de calendário realista, não esperamos ver uma vacinação generalizada antes de meados do próximo ano", declarou Margaret Harris, porta-voz da organização, em um encontro com a imprensa.

Harris explicou que a fase 3 dos testes clínicos – etapa de testes em larga escala com voluntários – leva tempo porque os cientistas precisam verificar se as vacinas são eficazes e seguras. Até agora, segundo ela, nenhuma das candidatas a vacina que estão em testes clínicos avançados demonstrou, até agora, 'sinal claro' de eficácia em um nível mínimo de 50% buscado pela organização.

Harris enfatizou também que todos os dados dos testes têm de ser compartilhados e comparados.

"Muitas pessoas foram vacinadas e o que não sabemos é se a vacina funciona", alertou.

Nos Estados Unidos, país com maior número de mortes no mundo, os Centros de Prevenção e Luta contra as Doenças (CDC) pediram em "caráter de urgência" aos estados que façam o necessário para que os centros de distribuição de uma futura vacina possa estar "completamente operacionais antes de 1 de novembro de 2020", ou seja, pouco antes da eleição presidencial.

Nesta sexta-feira foram publicados pela revista científica Lancet os resultados preliminares da vacina russa Sputnik V. De acordo com a publicação, foi produzida uma resposta imune contra o novo coronavírus em todos os participantes na fase inicial de seus ensaios clínicos.
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TERRA

No Brasil, 26% não conseguem atendimento de saúde na 1ª tentativa, diz IBGE

Um em quatro brasileiros não consegue ser atendido nos serviços de saúde na primeira tentativa. É o que mostra a nova Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, divulgada na manhã desta sexta-feira, 4. Segundo o levantamento, das 39 milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas semanas anteriores à data da entrevista, 26,4% não conseguiram o atendimento na primeira vez seja na rede pública ou particular. Em 2013, 95,3% das pessoas conseguiam ser atendidas já na primeira tentativa.
Das pessoas que conseguiram atendimento de saúde, 60,9% tiveram algum medicamento receitado, sendo que 85% conseguiram obter todos os medicamentos prescritos. Quando a referência de obtenção do medicamento é o serviço público, a proporção de pessoas que obtiveram pelo menos um medicamento receitado é menor, 30,5%.
No Brasil, os motivos de procura de atendimento de saúde mais citados foram: doença ou tratamento de doença (48,2%) e cuidados de rotina, tais como vacinação, prevenção, check-up médico ou acompanhamento com outro profissional de saúde (25,1%). Esse padrão foi bastante similar em todas as regiões. Para os especialistas, no entanto, o padrão ideal seria que a maioria das visitas a um serviço de saúde fosse para prevenção; não para tratamento.
Além disso, a pesquisa mostra que os brasileiros têm uma "forte dependência" do serviço público de saúde. De acordo com o levantamento, a grande maioria da população (71,5%) conta com o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas 28% dispõem de plano de saúde complementar, um percentual que se mantém estável desde a última edição da PNS, em 2013.
Quase a metade dos brasileiros (46,8%) indicou a Unidade Básica de Saúde como o estabelecimento que costuma procurar mais frequentemente quando precisa de atendimento médico. As Unidades de Pronto Atendimento Público (UPAs), pronto socorro ou emergências de hospitais públicos foram a preferência de 14,1%, e os centros de especialidades, as policlínicas públicas ou os ambulatórios dos hospitais públicos foram a escolha de 8,9%.
O pintor Cícero Ferreira, de 55 anos, é um dos milhões de usuários do sistema público de saúde e reclama da demora no atendimento. Ele, a esposa e a enteada, que moram juntos em Barra de Jangada, na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, nunca tiveram plano de saúde. Quando precisam de atendimento médico, procuram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima de casa. "Quando preciso, vou na UPA do bairro ou na de perto do trabalho, na Imbiribeira. Nas duas é sempre uma burocracia sem fim. Pode ser doença leve ou coisa séria. Quando alguém lá em casa precisa, é para chegar de manhã e passar o dia todo, só sai de noite. A gente passa por várias etapas e é uma espera grande. Até ser atendido pelo médico já passou o dia todo", disse.
Já os consultórios de médicos particulares e as clínicas privadas foram indicados por 22,9% das pessoas. O pronto atendimento e as emergências de hospitais privados são a preferência de 4,4% dos brasileiros.
A PNS 2019 apontou que 159,6 milhões (76,2%) de pessoas haviam se consultado com um médico, no Brasil, nos 12 meses anteriores à data da entrevista — um aumento considerável em relação a 2013 (71,2%), independentemente de sexo, grupo de idade, cor ou raça, ou nível de instrução.
Segundo o levantamento, 60,0% (44,0 milhões) dos domicílios eram cadastrados nas Unidades de Saúde da Família, o que configura um aumento de 6,7 pontos percentuais em relação a 2013, quando 53,3% (34,6 milhões) estavam no cadastro.
Katia Silva, de 43 anos, é empregada doméstica e também afirma ter dificuldades para ser atendida pelo SUS. Sem também nunca ter tido plano de saúde, ela conta que já esperou meses para conseguir um atendimento, e já chegou a buscar um clínica popular privada. "Já tive que chegar ao posto de saúde antes das seis da manhã e enfrentar fila para conseguir uma ficha. Depois de muita espera fui atendida, mas não fui encaminhada para um ginecologista para mostrar meus exames. Tive que enfrentar todo o procedimento novamente para tentar marcar, mas demorou meses e não consegui. Então acabei pagando uma consulta de uma clínica popular, em torno de R$100, para ser atendida. Desde então, sempre que preciso faço isso", afirmou.
De acordo com Katia, a burocracia é o principal problema no atendimento público de saúde. "Já passei quase um dia inteiro esperando na fila para ser atendida. Quando chegou a minha vez, disseram que eu não seria atendida porque o sistema colocou na minha ficha que era uma consulta de retorno, sendo que era a primeira consulta. Levei um encaminhamento e espero desde 2019 uma ligação do posto de saúde para uma consulta com um ortopedista".
No entanto, dentre os domicílios cadastrados há um ano ou mais, observou-se que aproximadamente 23,8% (9,5 milhões) nunca tinham recebido a visita de um agente comunitário de saúde ou de um membro da equipe de Saúde da Família, o que retrata um forte aumento em comparação a 2013, quando esse percentual era de 17,7% (5,3 milhões).
Planos de saúde
Pouco menos de um terço da população, 28,5%, declarou ter algum tipo de plano de saúde, médico ou odontológico — um percentual similar ao registrado seis anos antes, 27,9%. No atendimento privado, as desigualdades do país chamam mais atenção.
As Regiões Sudeste e Sul despontaram com as maiores coberturas proporcionais às suas populações (34,9% e 30,5%, respectivamente). Entre as Unidades da Federação, destacaram-se São Paulo e Distrito Federal, bem acima da média nacional, com as maiores proporções de pessoas nessa condição (38,4% e 37,4%, respectivamente). Com os menores indicadores de cobertura de plano de saúde médico, os destaques foram Maranhão (5,0%) e Roraima (7,4%).
Em relação ao nível de instrução, observou-se que, quanto mais elevado, maior, também o percentual de cobertura de plano de saúde, variando de 16,1% entre pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, a 67,6% entre os que têm nível superior completo.
No quesito renda, a diferença se aprofunda ainda mais: somente 2,2% das pessoas sem rendimento ou que ganham até 1/4 do salário mínimo tinham algum plano de saúde médico; por outro lado, 86,8% das que recebiam mais de 5 salários mínimos mensais estavam cobertas por algum serviço de saúde suplementar.
Rosa Falcão, de 59 anos, é jornalista e mora no bairro do Monteiro, na zona norte do Recife. Após ser demitida do emprego, em 2017, conseguiu manter o plano de saúde empresarial até 2018 pagando totalmente por ele, mas logo isso se tornou inviável. Ela migrou para um outro plano, que só conseguiu manter até o fim de 2019. "A gente sabe que o SUS é muito bom para emergência de forma geral, mas que para consultas é muito complicado e demorado. Então, antes de encerrar o plano, fiz um checkup geral porque tenho problemas de saúde que precisam de acompanhamento, como de tireoide e de coluna", conta.
"Com a pandemia, fiquei com medo, porque vi que o SUS não estava dando conta, com falta de leitos e equipamentos. Mas logo vi que o sistema de saúde privado também estava na mesma situação aqui, então fiquei em isolamento para evitar a exposição ao vírus. Tive uma crise de coluna, mas evitei buscar atendimento, por medo de contaminação da covid-19", diz.
Saúde bucal
A pesquisa mostrou também que menos da metade dos brasileiros (49,4%) consultou um dentista nos 12 meses anteriores à data da entrevista. "Pode-se dizer que a atenção com a saúde bucal ainda é incipiente no País", avaliou a pesquisa.
As Regiões Norte e Nordeste apresentaram as menores proporções de pessoas que foram ao dentista (40,8% e 43,3%, respectivamente), enquanto as Regiões Sul e Sudeste, as maiores (55,8% e 53,0%).
Ainda assim, tal como observado em relação à consulta com médico, os percentuais de pessoas que consultaram dentista subiram, consideravelmente, entre 2013 e 2019 (de 44,4% para 49,4%).
Os resultados indicam ainda que, em 2019, a cobertura de plano de saúde odontológico era bem menos frequente do que a do tipo médico: 12,9% contra 26,0%, mesmo nas faixas de rendimento mais elevadas.
Animais domésticos
Em 2019, a PNS estimou que 46,1% dos domicílios do País possuíam pelo menos um cachorro (um pouco menos que em 2013, quando a proporção era de 44,3%), o equivalente a 33,8 milhões de unidades domiciliares. Em relação aos gatos, 19,3% das residências do país tinham pelo menos um. O levantamento mostrou que 72% dos animais domésticos tinham sido vacinados contra a raiva nos 12 meses anteriores à entrevista, um pouco menos que em 2013 (75,4%).
Condições do domicílio
A Pesquisa Nacional de Saúde avaliou também as condições sanitárias dos domicílios, que têm influência direta na saúde da população. Em 96,7% das residências foi constatada a presença de água canalizada em pelo menos um cômodo, um aumento em relação a 2013 (93,7%). No Brasil, 91,4% dos domicílios têm lixo coletado por serviço de limpeza, diretamente ou em caçamba.
Mas a situação ainda é bem abaixo da ideal no que diz respeito a existência de banheiro e esgotamento sanitário por rede geral de esgoto ou fossa séptica ligada à rede geral: 66%. E as diferenças regionais são consideráveis. Enquanto na região Sudeste a proporção é de 88,7%, na região Norte é de apenas 20,8%.
E a situação do combate às endemias também piorou. Segundo a pesquisa, 64,6% dos domicílios receberam a visita de pelo menos um agente nos 12 meses anteriores à entrevista. Em 2013, esse percentual era de 69,3%.
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JORNAL OPÇÃO

Estudo comprova eficácia de corticoides na redução da mortalidade por Covid-19 em casos graves

Por Fernanda Santos

Relatório da Universidade de Bristol, publicado no Journal of American Medical Association, mostrou aumento em 68% na taxa de sobrevivência em pacientes de UTI

Estudos científicos apontaram para a eficácia do uso de corticóides na redução da mortalidade de pacientes graves com Covid-19. Doses de hidrocortisona, dexametasona e metilprednisona, moléculas da família dos glicocorticoides, foram inoculadas em pacientes de UTI e obtiveram resultados muito significativos.
Um terço de pacientes que necessitam de respiradores e um quinto entre os que requerem oxigenoterapia mostraram melhora no quadro. A taxa de sobrevivência com o corticoide foi comprovada em 68% dos casos, contra 60% na ausência dessas substâncias, de acordo com relatório do professor de estatísticas médicas e epidemiológicas, Jonatthan Sterne, da Universidade de Bristol.
O estudo foi publicado no Journal of the American Medical Association e comprova estudos anteriores da dexametasona como primeira molécula eficaz na mortalidade em casos graves de acometidos pelo coronavírus. Estudos semelhantes também foram feitos no Brasil, Canadá, Estados Unidos, Espanha e China e apresentaram os mesmos resultados.
“Esses resultados são claros e podem ser usados imediatamente em prática clínica”, afirmou o professor de medicina e epidemiologia da Universidade de Oxfordf, Martin Landray.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação