A informação sobre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS1), no escopo da proposta
nacional de melhorar a gestão do risco, é um componente essencial para a democratização e para o aprimoramento
da gestão em serviços de saúde.
A identificação, a prevenção e o controle das IRAS representam fundamentos para a intervenção sobre
o risco em serviços de saúde, antes que o dano alcance o paciente.
Desse conjunto de ações, considerado prioritário para promover a segurança do paciente, extraem-se
expressões numéricas que orientam o estabelecimento individual e coletivo de medidas para prevenir e
intervir na ocorrência de eventos adversos infecciosos e sobre o risco ao paciente.
A aplicação dos conceitos da vigilância epidemiológica a esses eventos evitáveis é o embasamento
para a sua identificação oportuna e a obtenção de informações de qualidade para a ação, orientados pela
magnitude, a severidade, a dimensão e o potencial de disseminação do evento infeccioso.
Com a missão de proteger e promover a saúde da população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária–
Anvisa é responsável por definir as normas gerais, os critérios e os métodos para a prevenção e
controle das IRAS no Brasil, coordenando as ações e estabelecendo um sistema de avaliação e divulgação
dos indicadores nacionais.
A definição dos critérios diagnósticos de infecção para a vigilância epidemiológica das IRAS em serviços
de saúde permite a harmonização necessária para identificar o caso, coletar e a interpretar as informações
de modo sistematizado pelos profissionais e gestores do sistema de saúde.
A adoção de um conjunto específico de critérios ao qual o indivíduo, internado ou não, deve atender
para ser considerado “caso”, como pessoa, tempo, lugar, características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas
com sensibilidade e especificidade claras. Estas variáveis ficam mais evidentes no ciclo que abrange
os fluxos de notificação das Iras e na seleção de micro-organismos marcadores.
São esses critérios que possibilitam a identificação do perfil endêmico da instituição e a ocorrência de
eventos, assim como as situações infecciosas de interesse para o monitoramento dos riscos, a partir de
informações de qualidade, fidedignas e representativas da realidade nacional.
Esta publicação da Anvisa/MS apresenta as definições de critérios diagnósticos para Infecção de Sítio
Cirúrgico (ISC), Infecção em Cirurgias com Implantes/Próteses, Infecção da Corrente Sanguínea (ICS),
Infecção do trato respiratório e Infecção do Trato Urinário (ITU), que devem ser adotados por todos os
serviços de saúde brasileiros para a vigilância epidemiológicas das IRAS.
Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás