Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 17/12/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Após realizar procedimento de cateterismo pedido em carta ao Papai Noel menina recebe alta

Filho relata que mãe morreu dias após cair de maca e denuncia negligência de hospital

Como vai funcionar a vacinação contra o coronavírus no Brasil, segundo o governo

Vacinas podem estar disponíveis em meados de fevereiro, diz Pazuello

Covid: imunização terá assinatura de termo e mais grupos prioritários

Procuradoria pede que Pazuello explique ‘revogaço’ do governo para saúde mental

Goiás passa as últimas 24 horas sem registrar novas mortes pela covid-19

“Goiás já está pronto para redistribuir vacina aos municípios”, diz Caiado

TV ANHANGUERA

Após realizar procedimento de cateterismo pedido em carta ao Papai Noel menina recebe alta

https://globoplay.globo.com/v/9107888/programa/?s=0s

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Filho relata que mãe morreu dias após cair de maca e denuncia negligência de hospital

https://globoplay.globo.com/v/9107901/programa/

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ÉPOCA

Como vai funcionar a vacinação contra o coronavírus no Brasil, segundo o governo

Após pelo menos três pedidos de esclarecimento do STF (Supremo Tribunal Federal) em meio ao andamento de uma ação sobre a vacina conta a covid-19, o governo federal divulgou nesta quarta-feira (16/12) um plano nacional de vacinação como parte do combate à pandemia.

A primeira versão havia sido enviada ao Supremo no sábado, mas diante de lacunas a Corte pediu que o Ministério da Saúde explicasse melhor seu planejamento.

Ao lançar o plano, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello questionou as expectativas da população em relação à vacinação. “Para que essa ansiedade, essa angústia?”, disse.

“O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina”, afirmou.

Até o momento, o coronavírus já causou mais de 182 mil mortes no país e contaminou mais de 6,9 milhões de pessoas.

Entenda como vai funcionar, segundo o governo, a campanha nacional de vacinação contra a covid-19.

Qual vacina será usada?

Há umas série de vacinas candidatas em fase 3 de testes, mas o governo não especificou qual será a vacina usada por ainda não ter fechado um contrato final com nenhuma farmacêutica específica.

Mas já há negociações em andamento que, segundo o governo, totalizam cerca de 350 milhões de doses.

Entre as negociações estão a vacina de Oxford/AstraZeneca, com produção no Brasil pela Fiocruz. Há um encomenda de 100,4 milhões de doses dessa vacina até julho de 2021 e encomenda de produção nacional de mais 110 milhões de doses até dezembro de 2021.

Também há uma encomenda de vacinas (42,5 milhões de doses) do consórcio internacional da Covax, sem data ainda. A vacina vinda desta fonte pode ser de qualquer uma das diversas farmacêuticas que fazem parte do consórcio.

Além disso, o governo tem conversado com diversas outras farmacêuticas: a Pfizer/BioNTech, a Janssen, o Instituto Butantan/Sinovac, a Bharat Biotech, a Moderna, a russa Gamaleya e a Moderna.

O Ministério da Saúde diz que foram solicitadas informações de preços, estimativa e cronograma de disponibilização de doses e dados científicos dos estudos com essas vacinas.

Qualquer uma das vacinas citadas – ou mesmo mais de uma delas – pode ser a escolhida para o programa nacional de imunização contra o coronavírus.

Apesar da reticência anterior do governo com a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac, a vacina está citada no documento.

O ministro Pazuello afirmou que todas as vacinas terão o mesmo tratamento, ou seja, todas serão consideradas sem prejuízo para nenhuma delas.

“Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan ou pela Fiocruz, por qualquer indústria, terá prioridade do SUS. Isso está pacificado, discutido, muito bem tratado e acompanhado”, disse.

Quando vai começar a vacinação?

O governo não estipulou uma data para o início da vacinação: disse que ela deve começar após a aprovação de uma ou mais vacinas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Mas ainda não há data para a aprovação do registro das vacinas na Anvisa sair – na verdade nenhum pedido de registro na Anvisa foi feito.

Como o governo de São Paulo afirmou que a vacinação deve começar em 25 de janeiro, a expectativa é de que o Instituto Butantan envie o pedido de registro da Coronavac (que será usada no Estado) em breve.

O governo também afirma que espera que até o fim do primeiro semestre de 2021 os grupos prioritários estejam vacinados. Para isso ocorrer, de acordo com as estimativas do projeto, a vacinação teria de começar até fevereiro.

Quanto tempo até todo mundo estar vacinado?

Depois do início da vacinação, a previsão do governo é que a vacinação seja concluída em 16 meses.

Desse tempo, os primeiros quatro meses serão usados para imunizar todos os grupos prioritários e os outros 12 meses seriam para vacinar a população em geral. Ou seja, a campanha de vacinação deve durar pelo menos até o primeiro trimestre de 2022.

O Ministério da Saúde estima que, para interromper a circulação do vírus, cerca de 60% a 70% da população precisa estar imune.

“Desta forma seria necessária a vacinação de 70% ou mais da população (a depender da efetividade da vacina em prevenir a transmissibilidade) para eliminação da doença”, diz o plano de vacinação.

Como no momento inicial não existe ampla disponibilidade da vacina “o objetivo principal da vacinação passa a ser focado na redução da morbidade e mortalidade pela covid-19”, o que deve acontecer com a vacinação dos grupos prioritários, diz o governo.

Quando eu vou tomar a vacina?

Como não há datas estipuladas, o que dá para saber é quem são os grupos que vão tomar a vacina primeiro a partir do momento em que a vacinação começar.

Os primeiros a serem vacinados serão os trabalhadores da área de saúde: profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e também profissionais de apoio, como cozinheiros e pessoal da limpeza de hospital, motoristas de ambulância, cuidadores de idosos etc.

Indígenas aldeados em terras demarcadas, pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas e pessoas de 75 anos ou mais também devem receber a vacina nessa primeira fase.

Os próximos a serem imunizados, em uma segunda fase, serão os idosos entre 60 e 74 anos.

A fase três será voltada para pessoas com comorbidades, ou seja, com doenças que podem agravar a situação de saúde da pessoa em caso de uma contaminação com o Sars-Cov-2, o vírus que causa a covid-19.

São consideradas morbidades prioritárias: diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer, obesidade grau III. Nessa fase também serão vacinadas pessoas com deficiência permanente severa.

A quarta fase será voltada para imunizar os trabalhadores da educação, população em situação de rua, membros das forças de segurança e salvamento, trabalhadores do transporte coletivo e transportadores rodoviários de carga e funcionários do sistema prisional e população carcerária.

Essas quatro fases correspondem aos quatro primeiros meses de vacinação.

“Para as fases iniciais da vacinação, segundo cronograma de entrega e disponibilidade de doses conhecidos até o momento, estima-se que os grupos de maior risco para agravamento e de maior exposição ao vírus estariam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021”, diz o documento.

A escolha da vacina pode alterar esse quadro, no entanto, “a depender das indicações da vacina após aprovação da Anvisa [Agência de Vigilância Sanitária], assim como as possíveis contra indicações”, diz o governo no projeto.

Se você não faz parte de nenhum desses grupos prioritários, deve receber a vacina após os quatro primeiros meses de vacinação – ou seja, é possível que você seja imunizado logo depois ou precise aguardar quase um ano.

Como vai funcionar a vacinação?

A vacinação será nos mesmos moldes do programa de imunização já existente, ou seja, gratuita e com a aplicação de doses nas unidades de saúde municipais e estaduais.

A maior parte das vacinas sendo consideradas precisa de duas doses, o que significa que todo mundo terá que voltar para tomar uma segunda dose algumas semanas após a primeira injeção.

“O período de vacinação para cada dose da vacina em cada fase é de aproximadamente trinta dias, considerando o intervalo de cerca de 4 semanas entre as doses (intervalo este que é variável para cada vacina)”, diz o documento.

No plano do governo, há, no entanto, uma previsão de uma exigência que não existe atualmente em nenhum tipo de imunização oferecida no país: de que as pessoas assinem um termo de consentimento antes de receberem a vacina.

“Os pacientes, ao serem vacinados com vacinas aprovadas para uso emergencial, deverão preencher um termo de consentimento livre e esclarecido, o qual deve estar complementado com os dados específicos da vacina objeto de autorização de uso emergencial”, diz o programa do governo.

Como será a logística de distribuição?

O plano do governo diz que o Ministério da Saúde está planejando a logística de distribuição em conjunto com os programas estaduais de imunizações.

Após a liberação do ministério, os lotes vão ser distribuídos aos Estados e ao Distrito Federal por transporte aéreo ou rodoviário, chegando nos Estados em até 5 dias. Não há detalhes no plano sobre quem fará ou como será essa distribuição.

A partir daí, a responsabilidade de distribuir a vacina aos municípios fica a cargo dos Estados, diz o governo.

O que pode dar errado?

O próprio governo admite no documento que os prazos dependem “do quantitativo de imunobiológico disponibilizado para uso”, ou seja, da quantidade de vacina que o governo conseguir.

Diversas preocupações já surgiram quanto a isso. O Brasil não negociou a vacina com a Pfizer (a primeira a ser disponibilizada, que já está sendo distribuída no Reino Unido) no início, por exemplo, e agora vai ter que entrar no final da fila.

Também é possível que faltem outros insumos e ferramentas. Desde coisas simples como seringa, algodão, caixa térmica, saco plástico, luva descartável até outras mais complexas, como refrigerador, freezer, sistemas informatizados e logística de distribuição e transporte dos lotes.

O desafio de uma campanha como essa no Brasil é enorme, porque o país tem dimensões continentais, com regiões de difícil acesso e muita desigualdade.

No entanto, o país tem um longa experiências com projetos do tipo.

“O Programa Nacional de Imunizações (PNI) existe há 47 anos. Nós possuímos capacidade, organização e estrutura. Estamos acostumados a fazer vacinações em massa e temos ótimos exemplos disso na nossa história, como as campanhas contra a varíola, a poliomielite e a gripe”, disse à BBC a enfermeira Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), no início do mês.

Em resposta aos questionamentos sobre a logística do plano, o ministro Pazuello afirmou que “a logística é simples”.

“Apesar de o nosso país ser deste tamanho, temos estrutura, temos companhias aéreas, Força Aérea Brasileira, temos toda a estrutura já planejada e pronta”, afirmou.

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EXAME

Vacinas podem estar disponíveis em meados de fevereiro, diz Pazuello

O ministro da Saúde disse também que, do que depender do governo federal, a vacinação contra a covid-19 não será obrigatória

As vacinas de Oxford/AstraZeneca e CoronaVac para prevenção da Covid-19 podem estar disponíveis para distribuição e aplicação na população brasileira a partir de meados de fevereiro, disse nesta quarta-feira o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante entrevista coletiva.

Na entrevista, realizada após cerimônia de anúncio do plano de operacionalização da vacinação contra Covid-19 no Palácio do Planalto, Pazuello também disse que todas as vacinas contra a doença que estiverem no Brasil e forem registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão usadas no Programa Nacional de Imunização, sem exceções.

‘Se nós conseguirmos manter o planejado do Butantan e da Fiocruz de apresentar a Fase 3 dos estudos e toda a documentação das Fases 1 e 2 ainda em dezembro à Anvisa e solicitar o registro, nós teremos janeiro para análise da Anvisa e possivelmente em meados de fevereiro para frente nós estejamos com essas vacinas recebidas e registradas para iniciar o plano’, disse o ministro.

A Fiocruz tem parceria com a AstraZeneca para futura produção local da candidata a vacina da farmacêutica britânica, enquanto o Butantan testa e já começou a envasar no Brasil doses da CoronaVac, potencial vacina contra o coronavírus do laboratório chinês Sinovac.

Pazuello disse também que, do que depender do governo federal, a vacinação contra a Covid-19 não será obrigatória.

Ele assegurou ainda que, para os casos de vacinas com registro definitivo junto à Anvisa, não será exigida a assinatura de um termo de consentimento para receber o imunizante. O ministro afirmou, no entanto, que o documento será exigido na eventualidade de uma autorização para uso emergencial, que ele disse não ser uma campanha de vacinação, mas sim algo voltado para um grupo específico.

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AGÊNCIA BRASIL

Covid: imunização terá assinatura de termo e mais grupos prioritários

O governo lançou nesta quarta-feira o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. Ainda não há uma data estabelecida para o início da campanha de vacinação, mas o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que se for possível manter o planejado, do Butantan e a Fiocruz apresentarem as documentações ainda em dezembro, o mês de janeiro será de análise da Anvisa e, possivelmente, em meados de fevereiro, o SUS estará com as vacinas registradas para iniciar o plano.

O ministro afirmou ainda que se a Anvisa liberar o uso emergencial de alguma vacina, nesse caso, a pessoa a ser imunizada deve assinar um termo de responsabilidade. Mas isso somente no caso de uso emergencial. Se o imunizante for registrado pela agência isso não será necessário.

Na cerimônia de lançamento do plano, o presidente Jair Bolsonaro confirmou, para ainda esta semana, a destinação de recursos para a compra de vacinas.

Segundo o presidente, o momento é de união entre todos os entes da federação e que se em algum momento houve excessos, foi na busca de soluções para os problemas. Ele agradeceu também senadores e deputados que se esforçaram em votar projetos urgentes na busca de recursos durante a pandemia.

Já o ministro Pazuello destacou o papel da Anvisa e do Programa Nacional de imunização do Brasil. Para ele, corre muita desinformação, mas é preciso que a população tenha orgulho da agência reguladora.

Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Anvisa, etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.

O plano apresentado nesta quarta-feira pelo secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, possui dez eixos, que incluem descrições sobre a população-alvo para a vacinação; sobre as vacinas já adquiridas pelo governo e as que estão em processo de pesquisa; a operacionalização da imunização; o esquema logístico de distribuição das vacinas pelo país; e as estratégias de comunicação para uma campanha nacional.

O Plano Nacional prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, o que vai demandar mais de 108 milhões de doses de vacina.

O primeiro grupo prioritário a ser vacinado na fase 1 é formado por trabalhadores da saúde, pessoas de acima de 75 anos e indígenas com idade acima de 18 anos. A fase 2 é formada por pessoas de 60 a 74 anos.

Na fase 3, a previsão é vacinar mais de 12 milhões de pessoas acima dos 18 anos que tenham alguma comorbidade, como hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal ou cardiovascular, entre outras.

Na fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

O plano cita ainda novos grupos prioritários, como pessoas privadas de liberdade, trabalhadores do transporte e quilombolas.

Mas os grupos previstos são preliminares e poderão ser alterados.

A logística, segundo o ministro Pazuello, está planejada e estruturada e será feita com o apoio de companhias aéreas, e com o Ministério da Defesa.

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PORTAL UOL

Procuradoria pede que Pazuello explique ‘revogaço’ do governo para saúde mental

O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, pediu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, explicações sobre o ‘revogaço’ planejado pelo governo Jair Bolsonaro em portarias que estruturam a política de saúde mental no País. A solicitação, que deve ser respondida em até cinco dias, atende a um pedido formulado por mais de 120 organizações de diversos setores que acionaram o Ministério Público Federal para apurar a medida que, na opinião do grupo, poderá levar a um retrocesso e desmonte da área.

No ofício, Vilhena pede que sejam especificados quais atos normativos estão em análise, além de sinalizar as justificativas que levariam à conclusão de que portarias seriam consideradas obsoletas. Além disso, o procurador federal dos Direitos do Cidadão solicita cópia da portaria de criação do grupo de trabalho sobre saúde mental e seus atos praticados.

O Ministério da Saúde também terá de compartilhar cópias de atas, estudos técnicos que embasam iniciativa de revisão dos atos normativos e documentos já encaminhados ao Conselho Nacional de Saúde. Vilhena também quer que a pasta indique quais entidades foram convidadas para participar das deliberações sobre a alteração de normativos relacionados à Política Pública de Saúde Mental e à Política Nacional sobre Drogas.

As discussões em curso no Ministério da Saúde para revisar uma centena de portarias que estruturam a política de saúde mental no País evidenciaram um ‘racha’ entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e os profissionais da categoria. Mais de 900 psiquiatras se uniram para fazer frente à entidade representativa da classe, que defendeu o ‘revogaço’ em discussão no governo. Para os psiquiatras, a manifestação favorável da ABP deriva de ‘interesses corporativos e mercadológicos’.

Uma das mudanças previstas é retirar dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) o atendimento psiquiátrico voltados a usuários de drogas. A medida já havia sido alvo do governo antes: em julho, Bolsonaro regulamentou as chamadas ‘comunidades terapêuticas’, entidades que fazem o mesmo tratamento, mas são ligadas a igrejas e defensores da abstinência, enquanto os Caps atuam com a perspectiva de redução de danos e são do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outra proposta visa afrouxar o controle sobre internações involuntárias dos pacientes dependentes de drogas, retirando a necessidade de comunicação ao Ministério Público, como é feito hoje.

Em ofício enviado à Procuradoria, 128 entidades afirmaram que as medidas, caso sejam implementadas, representarão um desmonte de políticas públicas da área da saúde mental e abririam brecha para falta de fiscalização do governo sobre o acompanhamento de pacientes.

“O afastamento do SUS da gestão das ‘unidades de acolhimento’, relegando-as exclusivamente ao Ministério da Cidadania, abriria espaço à proliferação de comunidades terapêuticas e unidades privadas, financiadas com recursos públicos, mas não submetidas à fiscalização pela área da saúde acerca do plano terapêutico, presença de equipe de saúde mental e procedimentos internos de atenção”, apontam.

O Ministério da Saúde informou que as portarias que estruturam a política de saúde mental estão sob escrutínio de um grupo de trabalho composto, além da APB, por representantes do Ministério da Cidadania, do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A pasta alega que as regras estão ‘obsoletas’.

Profissionais ouvidos pelo Estadão também temem que as discussões em curso no Ministério da Saúde desemboquem em medidas para enfraquecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPs) do Sistema Único de Saúde (SUS), que segue um modelo integrado, territorializado e flexível desde a atenção básica.

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A REDAÇÃO

Goiás passa as últimas 24 horas sem registrar novas mortes pela covid-19

Théo Mariano

Goiânia – Goiás não registrou nenhuma nova morte pela covid-19 nas últimas 24 horas. A informação é de boletim divulgado nesta quarta-feira (16/12) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Segundo a pasta, foram contabilizados 1.713 novos casos entre ontem (15) e hoje. Do total de 297.368 contaminados registrados no território goiano, 286 mil se recuperaram do vírus. Foram notificados até o momento 6.586 óbitos pela doença.

A pasta ainda investiga a causa de 217 mortes, e considera outros 248 mil pacientes como casos suspeitos da covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,21%.

O Governo de Goiás disponibiliza plataforma com os principais dados sobre o avanço do novo coronavírus no Estado.

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“Goiás já está pronto para redistribuir vacina aos municípios”, diz Caiado

O governador Ronaldo Caiado assegurou que o Estado está pronto para iniciar a imunização dos goianos contra a Covid-19 e que está avançado o trabalho para organizar a logística necessária por meio do aplicativo Dados do Bem, lançado pelo Executivo em julho deste ano. “No momento em que o governo federal nos entregar a vacina, nós imediatamente faremos a redistribuição aos municípios, de acordo com os grupos de risco”, disse nesta quarta-feira (16/12). 

A declaração ocorreu após apresentação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, feita pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no Palácio do Planalto. 

Durante entrevista coletiva, Caiado informou que o governo estadual já tomou iniciativa e adquiriu todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários, além de seringas e agulhas. “Temos experiência grande na distribuição das vacinas, os postos estão todos ativados”, garantiu. O governador também disse que a mensagem para o ano que vem “é de esperança, de um 2021 que possamos voltar às nossas tradições, festejos e convivência, que é a característica não só dos goianos, mas de todos os brasileiros”.

O governador elogiou a postura do governo federal em anunciar detalhes sobre a logística para a vacinação em todo o território nacional, que conta com critério de entrega proporcional à população de cada região. “Nenhum Estado começa na frente do outro. O governo federal será responsável pela distribuição”, pontuou. Atualmente, o Ministério da Saúde negocia a aquisição de 300 milhões de doses. No entanto, o cronograma só será definido mediante aprovação e registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Na solenidade, Bolsonaro adotou um discurso de união e esperança. “São 27 governadores com um só propósito, o bem comum, a volta à normalidade”, disse. O presidente declarou que assinará, ainda nesta semana, uma Medida Provisória (MP) que vai liberar R$ 20 bilhões para a aquisição das doses. Nesse sentido, destacou o papel fundamental da Anvisa “na decisão de qual vacina deve ser apresentada de forma gratuita e voluntária para todos os brasileiros”.

Sobre a logística, o ministro da Saúde frisou: “Todos os entes da Federação serão tratados de forma igualitária, proporcional, não haverá nenhuma diferença”. Pazuello referiu-se ao plano lançado como um “guarda-chuvas”, que abrange várias etapas do planejamento, como a definição de grupos prioritários, a logística dos Estados e a efetiva execução da vacinação pelos municípios. “Estamos no caminho certo, no momento certo”, salientou. “Nós, brasileiros, vamos ganhar essa guerra. O Brasil imunizado é o nosso objetivo”, pontuou. 

Atualizado “conforme surgimento de novas evidências científicas”, o plano apresentado pelo Ministério da Saúde prevê quatro grupos prioritários, que serão os primeiros a ter acesso ao imunizante. Faz parte desse público-alvo cerca de 50 milhões de brasileiros, entre idosos, profissionais da saúde e da segurança pública, indígenas e pessoas com comorbidades. Em seguida, começará a etapa que engloba a população em geral. 

Dados do Bem

No final da tarde, após reunião no Ministério da Saúde, o governador deu mais uma entrevista coletiva e informou que, em Goiás, está avançado o trabalho para que o aplicativo Dados do Bem seja utilizado para organizar a vacinação contra a Covid-19 no Estado. “[Ele] pode dar um melhor ordenamento e distribuição das pessoas que serão vacinas de acordo com seu grupo de risco”, afirmou.

O aplicativo foi lançado no dia 22 de julho deste ano com o objetivo de ampliar a testagem, além da promoção do rastreamento e do monitoramento de pessoas com suspeita ou diagnóstico de Covid-19. A ferramenta coleta informações que balizam a aplicação do RT-PCR, exame que identifica o coronavírus no período em que está ativo no organismo humano.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação