ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Especialista explica sobre a importância do tratamento de hanseníase
Mãe pede ajuda para conseguir cirurgia para o filho em Goiás
Brasil registra 209,9 mil mortes e 8,48 milhões de casos de covid-19
Vacinação contra Covid-19 começa nesta segunda-feira em Goiás, garante Caiado
Secretário de Saúde explica como será vacinação contra covid-19 em Goiânia
Mulheres buscam ‘inseminação caseira’ pelo sonho de engravidar
Ministério da Saúde diz que questionou Twitter sobre post com alerta de informação enganosa
Governo de Goiás entrega mais de 1 milhão de seringas e agulhas para vacinação contra Covid-19 aos municípios
Por unanimidade, Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra Covid
Anvisa libera Coronavac e vacina de Oxford; São Paulo começa imunização
Vitória do Brasil, derrota de Bolsonaro
Isso mostra o espírito do goiano, ou seja, somos solidários”, diz Caiado sobre a recepção dos pacientes do Amazonas
TV ANHANGUERA
Especialista explica sobre a importância do tratamento de hanseníase
https://globoplay.globo.com/v/9186583/?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar
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Mãe pede ajuda para conseguir cirurgia para o filho em Goiás
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra 209,9 mil mortes e 8,48 milhões de casos de covid-19
As mortes pelo novo coronavírus ao longo da pandemia no Brasil aproximam-se da marca de 210 mil. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 551 novos óbitos, totalizando 209.847. Ontem (16), o painel de informações marcava 209.296 mortes acumuladas.
Ainda de acordo com a atualização do Ministério da Saúde, os casos de covid-19 totalizam 8.488.809. Nas últimas 24 horas, foram registrados 33.040 novos diagnósticos. Ontem, o painel de estatísticas marcava 8.455.059 casos acumulados.
O balanço apontou também 866.598 pacientes em acompanhamento. Outros 7.411.654 já se recuperaram da doença.
Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes são São Paulo (49.945), Rio de Janeiro (27.791), Minas Gerais (13.465), Ceará (10.223) e Pernambuco (10.020).
As unidades da federação com menos óbitos são Roraima (811), Acre (836), Amapá (996), Tocantins (1.313) e Rondônia (2.005).
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A REDAÇÃO
Secretário de Saúde explica como será vacinação contra covid-19 em Goiânia
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SECOM/GOIÁS
Vacinação contra Covid-19 começa nesta segunda-feira em Goiás, garante Caiado
Primeiras doses da vacina foram recebidas pelo governador nesta segunda-feira (18/01), em solenidade realizada em São Paulo. Durante evento, com participação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ele explicou que serão encaminhadas para o Estado, neste primeiro momento, 87.172 doses. “Prioridade para idosos e toda equipe na área da saúde”, disse
Ao lado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, o governador Ronaldo Caiado recebeu, nesta segunda-feira (18/01), as primeiras doses da vacina contra Covid-19. Durante solenidade realizada em São Paulo, ele garantiu que a imunização no Estado começa ainda hoje, a partir das 17 horas. “Prioridade para os idosos e toda equipe que está à frente na luta contra a doença”, afirmou.
Caiado ainda informou que a vacinação começa por Anápolis, em retribuição ao gesto da população e da prefeitura, que recepcionaram os brasileiros que estavam em Wuhan, ano passado, no início da pandemia. “Ninguém os aceitava”, pontuou. “Anápolis tem que ser também homenageada para mostrar uma retribuição ao que o povo fez”, disse, ao acrescentar Goiânia na lista dos municípios que começam a campanha de imunização.
Neste domingo (17/01), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas das Universidade de Oxford e AstraZeneca e a da Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. Segundo o governo federal, serão 6 milhões de doses iniciais, quantidade que beneficiará 3 milhões de brasileiros.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 prevê, para os goianos, 7% do total de doses adquiridas nacionalmente pelo Ministério da Saúde (MS), mantendo a proporcionalidade em relação às outras unidades federativas. Nesta primeira etapa, o Estado vai receber 87.172 doses do imunizante. De acordo com o governo federal, elas devem ser divididas da seguinte forma: pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (8.828); pessoas com deficiência institucionalizadas (475); população indígena vivendo em terras indígenas (320); e trabalhadores de saúde (77.549).
Ainda hoje, mais de 1 milhão de kits de seringas e agulhas serão entregues aos 246 municípios goianos. O material adquirido pelo Estado começou a ser encaminhado na sexta-feira (15/01). Segundo o titular da SES, Ismael Alexandrino, outras distribuições serão realizadas no decorrer da campanha de vacinação.
O Governo de Goiás realizou a compra de mais 2,5 milhões de seringas e agulhas, que, somadas ao estoque de mais 1,3 milhão de kits, é suficiente para vacinar cerca da metade da população goiana.
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PORTAL G1
Mulheres buscam ‘inseminação caseira’ pelo sonho de engravidar
Procedimento consiste em o doador retirar o sêmen, colocar em um pote esterilizado e, com uma seringa, a mulher coletar o sêmen para injetar no próprio corpo.
A maternidade é o sonho de muitas mulheres. Para isso, a inseminação caseira se tornou uma solução viável para aquelas que desejam engravidar, mas não podem arcar com os custos de uma inseminação em uma clínica especializada. ‘Estou grávida de seis meses e a minha filha é fruto desse método. Ela nem nasceu e já é o amor da minha vida’, afirma a autônoma Juliana Silva, de 36 anos, moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo.
O procedimento caseiro consiste em o doador retirar o sêmen, colocar em um pote esterilizado e, com uma seringa, a mulher coletar o sêmen para injetar no próprio corpo.
Juliana, que é casada com uma mulher, conta que descobriu a técnica quando comentou com amigas que desejava engravidar, mas que ela e a esposa não tinham dinheiro para custear um tratamento hospitalar. ‘Quando soube de alguns grupos em redes sociais para encontrar doadores, tive esperanças novamente’, destaca.
Os custos da inseminação artificial (injetar espermatozoides diretamente no útero) e da inseminação in vitro (espermatozoides e óvulos ficam em uma estufa para, depois, a fecundação ser injetada no útero) sofrem grandes oscilações, de acordo com a região e clínica, variando de R$ 5 mil a R$ 20 mil. Contribuem para essa diferença o tipo de cobertura, hormônios e medicamentos utilizados no decorrer do processo.
A autônoma conta que entrou em um grupo sobre o assunto e encontrou um doador de Campinas (SP). Ela e a esposa pagaram todas as despesas de transporte e hospedagem. ‘Fiz uma entrevista com ele. O doador deixou claro que não queria ter contato com a criança, disse que decidiu fazer a doação porque tem uma irmã estéril, e viu de perto o sofrimento dela’, detalha.
Já a advogada Milena Britto, de 39 anos, mora em Brasília (DF) e conta que descobriu o método pela internet, e entrou em grupos de redes sociais para entender mais sobre o assunto. Ela revela que já realizou a inseminação artificial caseira por duas vezes, mas não teve sucesso. ‘Sou casada com uma mulher, e quando ela comentou sobre realizarmos a IC, fui relutante no começo’.
‘As questões que permeiam os direitos da criança e o medo de o doador querer direitos de paternidade, ou outras exigências, é muito angustiante. Alguns querem a coparentalidade [relação de parentesco que se estabelece entre pessoas], e outros exigem relações sexuais para a doação. Raros são os que doam pela seringa’, afirma.
‘As questões que permeiam os direitos da criança e o medo de o doador querer direitos de paternidade, ou outras exigências, é muito angustiante. Alguns querem a coparentalidade [relação de parentesco que se estabelece entre pessoas], e outros exigem relações sexuais para a doação. Raros são os que doam pela seringa’, afirma.
Milena conta que tem o apoio da família para engravidar. Contudo, não tem coragem de falar sobre o método. ‘Na verdade, minha família acredita que estou tentando por métodos de reprodução humana assistida. Não tenho condições de arcar com o procedimento em clínicas particulares’.
A advogada explica que está inscrita em duas filas para realização da fertilização in vitro pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas conta que o processo é extremamente demorado. ‘Estou na fila de espera há quase quatro anos’, desabafa.
Riscos
Segundo a médica Simone Tiemi Matsumura, especialista em reprodução assistida, o método caseiro sempre existiu, e oferece riscos. “Pegar um doador anônimo é extremamente perigoso. A mulher não tem como saber se ele falsificou os exames, fora as doenças e bactérias que podem ser pegas no momento da inseminação”, alerta.
“Na reprodução assistida, todo o material é congelado para a realização de exames, garantindo total segurança para a mulher e ao bebê. Acredito que nenhum médico recomendaria esse método [caseiro]”, finaliza.
Âmbito jurídico
O doador possui direito ao anonimato, previsto nas resoluções nº 1.358/92 e nº 1.957/2010, do Conselho Federal de Medicina. A legislação faz menção à inseminação artificial in vitro, por consequência, pode ser utilizada no método de inseminação caseira.
‘Para que a mãe possa ter uma maior segurança, e posteriormente o doador não alegue que merece a guarda da criança como pai, é essencial que seja celebrado um contrato entre as partes, esclarecendo que o doador não possui nenhuma relação amorosa com a mãe. Deixando claro que apenas está doando o seu sêmen, sem nenhuma pretensão futura de paternidade, e que renuncia qualquer direito de pai que eventualmente teria’, afirma a advogada Maria Luiza Lombardi Ribeiro.
Esse contrato pode ter como fundamento as resoluções 1.358/92 e 1.957/2010. O dispositivo legal determina que ‘os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa’.
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Ministério da Saúde diz que questionou Twitter sobre post com alerta de informação enganosa
Pasta voltou a defender tratamento precoce contra a Covid-19, que não é endossado por especialistas. Neste sábado, rede social considerou post do órgão ‘potencialmente prejudicial’.
O Ministério da Saúde disse que pediu, ao Twitter, um posicionamento sobre a publicação na página do órgão, que foi considerada “potencialmente prejudicial” pela rede social.
O tuíte do órgão pede que o tratamento precoce seja solicitado por quem apresentar sintomas da Covid-19, o que não é endossado por especialistas.
Neste sábado (16), O Twitter colocou um alerta no post, apontando que houve “a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais” relacionadas à doença.
Em nota divulgada neste domingo (17), o ministério disse que a publicação não viola as regras do site e voltou a defender o tratamento precoce dos pacientes (leia o comunicado completo, no fim da página).
“O Ministério da Saúde esclarece que o post bloqueado pela plataforma do Twitter se refere ao tratamento precoce – protocolo da pasta para enfrentamento à pandemia da Covid-19. A pasta solicitou ao Twitter um posicionamento a respeito do ocorrido, já que o conteúdo não feriu nenhuma das políticas de convivência da rede social”, afirmou o ministério.
O “tratamento precoce”, ou “Kit Covid”, disponibilizado pelo Ministério da Saúde é uma combinação que inclui a hidroxicloroquina e a cloroquina, junto com outros fármacos.
As substâncias inicialmente foram testadas em laboratório e, depois, em estudos clínicos, pesquisadores de diferentes universidades e países comprovaram que não há prevenção e/ou tratamento com a ajuda de medicamentos.
“Todos os países com seriedade, que seguem a ciência, eles já compreenderam que esses medicamentos não são eficazes contra a Covid”, disse Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins.
“Todos os países com seriedade, que seguem a ciência, eles já compreenderam que esses medicamentos não são eficazes contra a Covid”, disse Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins.
“Se esses medicamentos tivessem qualquer comprovação científica, seria impossível que esses países, onde existem pesquisadores muito sérios e instituições muito respeitadas e competentes, não estivessem recomendando para a sua população”, acrescentou.
Pelo mesmo motivo, o Twitter já fez alertas na conta do presidente Jair Bolsonaro e nos perfis dos deputados federais Carla Zambelli e Daniel Silveira.
Apesar da marcação, as publicações seguem visíveis. Esse tipo de medida do Twitter, no entanto, ajuda a restringir a circulação desse tipo de postagem.
Posts apagados em 2020
O Twitter já agiu contra as postagens do presidente Jair Bolsonaro no ano passado. Em março, tuítes de Bolsonaro foram apagados também por violação de regras relacionadas a conteúdos que envolvam a pandemia.
Na ocasião, foram tirados do ar posts que registravam um passeio de Bolsonaro em Brasília, que provocou aglomerações, e o posicionamento dele contra o isolamento social, defendido por autoridades de saúde do mundo inteiro.
Nas regras sobre remoção de conteúdo que envolva desinformação sobre a Covid-19, em texto de julho passado, a rede social aponta o que leva em conta ao considerar essa medida. Podem ser alvos posts que:
A plataforma afirma ainda que, em vez de remover um post, poderá colocar um advertência no tuíte, nos casos em que o risco de dano seja menos grave, mas, ainda assim, possam confundir as pessoas. E que isso reduz a visibilidade da postagem.
Leia, abaixo, a nota do Ministério da Saúde sobre a publicação que recebeu alerta do Twitter
“O Ministério da Saúde esclarece que o post bloqueado pela plataforma do Twitter se refere ao tratamento precoce – protocolo da pasta para enfrentamento à pandemia da Covid-19. A pasta solicitou ao Twitter um posicionamento a respeito do ocorrido, já que o conteúdo não feriu nenhuma das políticas de convivência da rede social.
O tratamento precoce vem sendo orientado, para que junto com os recursos assistenciais disponibilizados pelo Governo Federal desde o início da pandemia, ajude a salvar vidas. Em casos de qualquer sintoma é muito importante que o paciente procure um profissional de saúde e dê início ao tratamento. Precisamos evitar que casos graves da doença ocorram.
Todo tratamento médico eficiente se caracteriza por ser realizado tão logo se detecte o problema. O Ministério da Saúde defende esse princípio que rege as boas práticas da medicina mundial.
É importante destacar que o tratamento precoce é uma orientação, mas cabe, única e exclusivamente, aos médicos decidirem os procedimentos mais adequados para seus pacientes. E a estes aceitarem ou não a orientação.”
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Governo de Goiás entrega mais de 1 milhão de seringas e agulhas para vacinação contra Covid-19 aos municípios
Além dessa quantidade, estado ainda comprou mais 2,5 milhões dos insumos. Previsão é que os primeiros a serem imunizados sejam idosos e profissionais da saúde.
O governo começou a entregar mais de 1 milhão de seringas e agulhas para vacinação contra Covid-19 aos municípios de Goiás. O objetivo é adiantar a preparação para a imunização para quando os imunizantes forem autorizados e distribuídos pelo Ministério da Saúde.
Os insumos começaram a ser distribuídos na sexta-feira (15) e de o trabalho deve ser concluído até segunda-feira (18). Eles foram enviados para 18 regionais de saúde, que serão responsáveis por repassar aos 246 municípios.
Segundo o governador, assim que as doses chegarem ao estado, serão ‘imediatamente’ distribuídas para as cidades.
O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, disse o estado já tem material suficiente para fazer a vacinação. Além dessa primeira remessa de insumos, o estado comprou 2,5 milhões de seringas e agulhas. Com isso, seria possível imunizar metade da população do estado.
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, o estado receberá 7% do total de vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde.
Inicialmente, a expectativa é que os primeiros a serem imunizados sejam idosos e profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate à doença.
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FOLHA DE S.PAULO
Por unanimidade, Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra Covid
Agência deu aval para a Coronavac e para a vacina Oxford; 51 países já haviam começado imunização
Natália Cancian e Renato Machado
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou neste domingo (17), por unanimidade, a autorização para o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca, as primeiras contra a Covid-19 no Brasil.
Minutos depois, a enfermeira Mônica Calazans, 54, que trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, foi a primeira pessoa do país a receber o imunizante.
Cinquenta e um países já haviam começado suas campanhas de vacinação antes do Brasil – o Reino Unido foi o primeiro, em 8 de dezembro.
A decisão da Anvisa veio após cinco horas de reunião, na qual os cinco diretores deram parecer favorável aos imunizantes, acompanhando a relatora Meiruze Sousa Freitas, primeira a votar.
A agência, no entanto, fez uma série de ressalvas às duas vacinas, especialmente à Coronavac, e condicionou a sua autorização à assinatura de um termo de compromisso pelo Butantan. No documento, o instituto deve se comprometer a enviar e atualizar dados referentes à resposta imunológica da vacina.
O documento foi encaminhado ao laboratório após a reunião, mas não tinha tido resposta até o início da noite.
Essa foi a primeira vez que a agência avaliou pedidos de uso emergencial de vacinas.
Os pedidos haviam sido feitos pelo Butantan e Fiocruz em 8 de janeiro, para um total de 8 milhões de doses.
O Butantan mantém uma parceria com a empresa chinesa Sinovac e buscava autorização para uso de 6 milhões de doses da vacina Coronavac que foram importadas da China no ano passado.
Já a Fiocruz, que mantém uma parceria com a farmacêutica AstraZeneca e Universidade de Oxford, pedia autorização para uso de 2 milhões de doses que devem ser importadas da índia, em data ainda indefinida.
Para que mais vacinas tenham aval, será necessário novo pedido à Anvisa.
Em seus votos, os diretores da agência ressaltaram critérios técnicos e científicos para as decisões e defenderam o uso massivo da vacina e também o distanciamento social.
Indiretamente, trata-se de uma crítica ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desde o início da pandemia se posicionou contra políticas de isolamento e vem defendendo que a vacina não deve ser obrigatória, além de propagandear medicamentos sem comprovação científica, como a hidroxicloro quina.
O diretor-presidente da Agência, Antonio Barra Torres, aliado muito próximo de Bolsonaro, foi o último diretor a votar e reforçou que a aprovação da vacina não deve significar o relaxamento de outras medidas de proteção.
“Temos vacina. Agora num futuro concretamente tangível, nossa população contemplada, nos parâmetros de uso emergencial, temporário e experimental, poderá ter acesso aos imunizantes”, afirmou.
“Entretanto, que esse modesto júbilo, quase calado por tanto pesar e sofrimento não seja um motivo de relaxamento para as medidas de proteção individual e coletivas ora em curso. A ameaça ainda está aporta, o lobo ainda ronda nosso quintal.”
“A imunidade com a vacinação leva algum tempo para se estabelecer. Mesmo vacinado, use máscaras, mantenha distanciamento social e higienize suas mãos”, completou.
O primeiro voto na reunião foi da relatora Meiruze Sousa Freitas, servidora de carreira da Anvisa e responsável pela área técnica que coordenou a análise dos dados referentes às vacinas.
A relatora ressaltou o momento atual de pandemia, com altos números de vítimas e a ausência de um tratamento terapêutico para a doença.
” [Os pareceres da áreas técnicas aponta que] Ressalvadas algumas incertezas, os benefícios conhecidos e potenciais [das vacinas] superam os riscos potencialmente trazidos por cada uma delas”, afirmou a relatora, que depois acrescentou que ambas atendem os requisitos mínimos de segurança e eficácia para obter a autorização para uso emergencial.
A Coronavac tem eficácia de 50,3%, enquanto que a vacina de Oxford tem eficácia de 70,3%.
No pedido de autorização à Anvisa, os laboratórios apresentaram como possíveis públicos-alvo das primeiras doses aprovadas trabalhadores de saúde, idosos e cuidadores, pessoas com doenças crônicas e população indígena. A definição cabe ao Programa Nacional de Imunizações.
A relatora também reforçou a necessidade de adesão às vacinas para que a iniciativa tenha efeito na redução de casos. Também ressaltou a necessidade de comunicação sobre a segurança desses imunizantes. “Vacina só é eficaz se as pessoas estiverem dispostas a tomá-la”, afirmou.
“Uma vacina Covid-19 capaz de reduzir qualquer um dos elementos pode contribuir para o controle da doença, onde não há medicamentos profiláticos eficazes”, completou.
Segundo a votar, o diretor da Anvisa Romison Mota citou o grave cenário de pandemia e “indicativo de colapso” na rede de saúde como fatores que levam à aprovação.
Por unanimidade, Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra Covid
Também favorável à liberação, o diretor Alex Campos citou a crise em Manaus e disse que a situação indica uma “falha no Estado”. “Essa é uma nação civilizada ou que vive a distopia da barbárie? A tragédia da morte pela falta da terapia mais simples do oxigênio é um atestado da nossa ineficiência, infelizmente”, disse.
Campos começou sua fala agradecendo ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, de quem foi chefe de gabinete, pelas oportunidades, inclusive sua indicação para agência. Mandetta foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro e virou desafeto do governo federal por defender as políticas de distanciamento social e se recusar a recomendar a hidroxicloroquina para tratar Covid-19.
Durante a reunião, chamou a atenção o fato de que alguns diretores fizeram referências religiosas. Barra Torres afirmou acreditar que Deus colocou ele e sua equipe na missão de decidir sobre o futuro da vacina. Ao terminar de ler seu relatório, por sua vez, Meiruze Freitas fez uma referência a uma música religiosa após o voto. “Porque ele vive, eu posso crer no amanhã.”
Diferentemente da autorização definitiva, a permissão para uso emergencial é dada quando a vacina ainda está em fase de testes ou de análise da documentação.
Nesse caso, a vacina não pode ser usada em toda a população. Os laboratórios precisam delimitar um público específico no qual as imunizações serão aplicadas. Além disso, a vacinação de uso emergencial pode acontecer apenas no sistema público de saúde.
Anvisa faz ressalvas às duas vacinas, e avaliação continuará
Reinaldo José Lopes, Natália Cancian e Renato Machado
SÃO CARLOS (SP) E BRASÍLIA Tanto no caso da Coronavac, do Butantan quanto no da vacina da Fiocruz/Oxford, é importante destacar que a avaliação das imunizações não se encerra neste domingo.
Os estudos continuam, com o acompanhamento dos pacientes para analisar a eficácia a longo prazo e o tempo de proteção conferido.
A aprovação do uso emergencial das vacinas veio com uma série de condicionantes.
A principal delas é um termo de compromisso que deverá ser assinado pelo Instituto Butantan, relativo à vacina Coronavac. A questão é que o Butantan não apresentou todos os dados previstos sobre a presença de anticorpos nas pessoas vacinadas.
Idealmente, esses dados deveríam mostrar, de forma quantitativa, a presença dessas moléculas de defesa do organismo dos participantes do estudo no Brasil. Ou seja, deveria haver uma correlação clara entre a vacinação e a quantidade (ou título, como dizem os pesquisadores) de anticorpos capazes de neutralizar a ação do Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19.
Isso aconteceu no caso das fases 1 e 2 dos testes da Coronavac (realizadas com menos voluntários), mas a fase 3 dos testes, com o maior número de participantes, ainda não tem esses dados disponíveis, segundo a Anvisa. As informações repassadas por enquanto são qualitativas — ou seja, se as pessoas têm ou não os anticorpos no organismo—, mas ainda não quantitativas, estimando o nível exato de tais anticorpos.
Ainda sobre a Coronavac, o gerente-geral de medicamentos da agência, Gustavo Mendes, afirmou que os dados apresentados sobre a aplicação da vacina em idosos foram insuficientes para permitir “conclusões mais robustas”.
Uma questão que ainda precisa ser resolvida totalmente é a diferença de métodos entre o sistema de produção chinesa e os parâmetros ocidentais adotados pela Anvisa no que diz respeito ao controle de qualidade (presença de impurezas, contaminantes etc.)
A produção da Coronavac adota esses parâmetros com base na farmacopeia chinesa, que não é reconhecida pela decisão de 2009 da Anvisa que estabelece isso. Mendes destacou que o Butantan se comprometeu a fazer o controle de qualidade de futuros lotes segundo parâmetros mais aceitos pela Anvisa. “A gente entende que isso resolveu nossa dúvida.”
No caso da vacina de Oxford, também restam dúvidas sobre a pureza do produto e sua estabilidade no longo prazo.
Segundo Mendes, os resultados dos dados da vacina de Oxford mostram uma “eficácia significativa”, de 70,34%, mas a única exceção é o grupo dos idosos -com os dados apresentados, não é permitir um cálculo de eficácia significativa.
Tire suas dúvidas sobre a vacinação
Quais vacinas foram aprovadas neste domingo? Há outras na fila da avaliação?
A Anvisa aprovou o uso emergencial de 8 milhões de doses de duas vacinas: a Coronavac, produzida pelo laboratório Sinovac em parceria com O Instituto Butantan, e a vacina Oxford/ AstraZeneca, que no Brasil será produzida pela Fiocruz. As instituições pediram aval no início de janeiro. A vacina russa Sputnik V também havia entrado com pedido na Anvisa, mas a agência disse que a solicitação do laboratório União Química não apresentou os requisitos mínimos para submissão.
Com a aprovação da Anvisa, quantas doses estão disponíveis para uso imediato no país?
Embora o Butantan tenha cerca de 11 milhões de doses prontas da Coronavac, o pedido do aval se referia a apenas 6 milhões de doses que haviam sido importadas da China ainda no ano passado. Portanto, só esse montante pode ser aplicado neste momento. Desse total, cerca de 4,5 milhões já estão rotuladas e prontas para uso. O restante está sendo embalado. Para o restante das doses, novos pedidos de uso emergencial são necessários, mas espera-se que, a partir da aprovação deste domingo, o processo seja rápido. Já o pedido da Fiocruz se refere a 2 milhões de doses da vacina de Oxford que seriam importadas da índia, mas ainda não estão no Brasil e não têm previsão de entrega.
Quando a vacina de Oxford deve chegar ao Brasil?
Não se sabe. A índia começou sua vacinação no sábado (16), e Pazuello disse que seria interessante que a exportação das doses indianas ocorresse apenas após o início da imunização no país asiático. Ele afirmou que é provável que a entrega para o Brasil seja coordenada para o começo da semana, sem definir uma data. “Estamos nas negociações diplomáticas para a entrega. Todas as medidas que cabiam ao governo federal foram executadas”, afirmou neste domingo (17). A partir de quando a vacina estará disponível para a população?
Os detalhes ainda não estão claros. O que se sabe é que, num primeiro momento, a Coronavac, a única vacina contra Covid-19 disponível no país, deve ser aplicada em trabalhadores da saúde. Nesta segunda (18), o governo paulista começa a distribuir doses, seringas e agulhas para imunizar funcionários de seis hospitais do estado:
HC (Hospital das Clínicas) da USP em São Paulo;
HC de Ribeirão Preto (USP);
HC da Campinas (Unicamp);
HC de Botucatu (Unesp);
HC de Marília (Famema);
Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme)
60 mil pessoas
serão imunizadas nesses locais, diz o governo.
8 milhões
de doses é o total cuja aplicação foi autorizada emergencialmente neste domingo; destes, 6 milhões já estão no Brasil, da Coronavac, e 2 milhões virão da índia, da Oxford/AstraZeneca
Depois, mas não se sabe exatamente quando, o estado vai distribuir vacinas para prefeituras, que deverão imunizar profissionais de saúde e indígenas. No resto do país, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que na segunda (18) ele próprio fará a entrega simbólica da vacina aos estados. Logo depois, a FAB (Força Aérea Brasileira) vai iniciara distribuição aos entes federativos. A previsão é que na quarta-feira (20), às 10h, a campanha nacional comece.
Como será a distribuição da vacina nos estados?
A distribuição das vacinas, segundo o ministro da Saúde, será feita pela FAB a “pontos focais” definidos por cada estado. Pazuello disse que os 6 milhões de doses do Butantan serão distribuídos proporcionalmente aos estados. No entanto, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que não confia no Ministério da Saúde e que nesta segunda-feira (18) vai enviar 50 mil doses aos trabalhadores de saúde do Amazonas, independentemente da cota do estado no plano federal, para minimizar o colapso do sistema de saúde local.
Quem deve receber a vacina primeiro?
Segundo plano divulgado anteriormente pelo Ministério da Saúde, na Ia fase seriam vacinados:
profissionais da saúde;
idosos a partir de 75 anos;
população indígena;
quem tem mais de 60 anos e vive em asilos ou instituições psiquiátricas
Como haverá poucas doses disponíveis neste primeiro momento, já que só há doses da Coronavac no país, o governo ainda não disse quais grupos dentro desse contingente seriam prioritários. O plano do governo estadual de São Paulo inclui na Ia fase: profissionais de saúde e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas. A vacina já começou a ser aplicada em São Paulo em profissionais de saúde.
Quando chegar minha hora de ser vacinado, vou precisar fazer agendamento? Se sim, como?
Ainda não se sabe.
Preciso ter algum cadastro prévio? Que documentos preciso apresentar?
Segundo o Ministério da Saúde, caso o paciente ainda não esteja cadastrado nas bases de dados, o profissional de saúde poderá registrá-lo no momento do atendimento. Nem o Ministério da Saúde nem governo estadual especificaram que documentos são necessários para se vacinar.
Onde a vacina estará disponível e será aplicada? Como saberei aonde ir?
Ao longo do ano, a vacina estará disponível em 38 mil salas de vacinação, mas a aplicação deve obedecer uma ordem de grupos prioritários, a qual será divulgada pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
6 hospitais
no estado de São Paulo já devem começar a imunizar seus funcionários e demais agentes de saúde nesta segunda (18) Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do estado de São Paulo
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O ESTADO DE S.PAULO
Anvisa libera Coronavac e vacina de Oxford; São Paulo começa imunização
Aplicação de doses na capital paulista teve início com profissionais de saúde; governo federal planeja abrir campanha nacional só na quarta. Seis milhões de doses do imunizante do Butantã estão disponíveis e os Estados com situação mais grave devem receber maior estoque
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem, por unanimidade, o uso emergencial da Coronavac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca no País. Logo após a decisão, o governo de São Paulo, de João Doria (PSDB), começou a vacinação contra a covid-19 em profissionais de saúde. A medida contrariou o plano da gestão Jair Bolsonaro, que prevê iniciar a campanha nacional de imunização só na quarta.
Os cinco diretores votaram pela permissão, após recomendação das três gerências técnicas. A relatora, a diretora Meiruze Freitas, condicionou o aval para a Coronavac à assinatura pelo Instituto Butantã de um documento que prevê apresentar dados de imunogenicidade da vacina até 28 de fevereiro (relatórios sobre o tema foram considerados insuficientes).
As informações de imunogenicidade devem mostrar por quanto tempo dura a resposta imune provocada pela vacina.
“Após avaliação dos relatórios, ressalvadas algumas incertezas, os benefícios conhecidos superam os riscos potenciais”, disse Meiruze. Já a decisão sobre a vacina de Oxford vale só para as 2 milhões de doses que o governo tenta trazer da Índia.
A gerência de medicamentos destacou a necessidade de monitorar “incertezas” e de “reavaliação periódica”, mas apontou a importância das vacinas diante do agravamento da pandemia e da ausência de terapia contra a covid. Os técnicos confirmaram a eficácia de 50,4% da Coronavac, mas não foi possível calcular a taxa por faixa etária, principalmente entre idosos, e contra casos graves.
Sobre Oxford, foram confirmadas segurança e eficácia média de 70,32%. No Brasil, com duas doses completas, a eficácia foi de 62%. Faltam ainda definições mais robustas sobre o uso de doses mais baixas ou de apenas uma. Há ainda incertezas sobre o grau de proteção de idosos e contra casos graves.
Aplicação. Logo após o aval da Anvisa, o governo de São Paulo realizou evento no Hospital das Clínicas – uma enfermeira foi a primeira imunizada (leia mais nesta pág.) Ao menos 111 outros profissionais do hospital também foram imunizados. “A vacinação deve começar imediatamente. Cada dia conta, cada vi- da também”, disse Doria.
Cerca de 50 países já haviam começado a vacinar antes do Brasil, o que vinha aumentando a pressão sobre o começo da imunização. O início imediato da campanha de vacinação em São Paulo motivou troca de críticas entre Doria e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (leia mais na pág. 12) Segundo o governo paulista, hoje entra em operação um plano para distribuir doses a profissionais de saúde de seis hospitais de referência da capital, Ribeirão Preto, Campinas, Botucatu, Marília e São José do Rio Preto. Conforme o Butantã, por definição do ministério, das 6 milhões de doses da Coronavac já disponíveis no Brasil, 1,357 milhão ficou em São Paulo.
Já segundo o ministério, a distribuição das doses da Coronavac por todo o País ocorre a partir das 7 horas de hoje, com o apoio de aviões da FAB. A distribuição, diz Pazuello, será feita para “pontos focais” já previamente definidos em cada Estado. Ele informou que, na conta para definir quantas doses cada um recebe, há uma taxa de risco – para que os locais mais afetados recebam mais doses proporcionalmente. Não indicou, porém, quanto vai para o Amazonas. idosos em asilos, indígenas e profissionais de saúde da linha de frente são os primeiros e recebem a imunização nos locais onde vivem/trabalham, sob coordenação de cada município. Ainda está sendo definida a abertura dos postos de saúde para o resto da população e como as serão convocados.
Sobre a vacina de Oxford, ainda não há doses disponíveis no Brasil. O ministério tenta importar 2 milhões de doses da India, mas o plano teve problemas. O avião chegou a ficar preparado para decolar, mas a viagem não foi levada à frente, disse Pazuello, porque o governo indiano ainda não havia começado a vacinar. “Estamos nas negociações diplomáticas para que seja autorizada a entrega.”
Ele explicou que, uma vez que as duas vacinas estejam sendo aplicadas simultaneamente, não haverá uma estratégia específica sobre que Estado ou parcela da população receberá cada tipo. As doses serão rastreadas para garantir que cada pessoa volte para a 2ª aplicação./MA
Atraso 50 países, aproximadamente, já iniciaram a vacinação antes do Brasil. Essa constatação tornou a decisão de ontem da Anvisa, de aprovar a imunização emergencial, ainda mais importante.
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Ainda será preciso esperar
1. Uma vez aprovada a vacina, quando começa a campanha de vacinação?
De acordo com informações do governo do Estado, a vacinação contra a covid-19, em São Paulo, continua hoje no complexo do Hospital das Clínicas, mas apenas para profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a pandemia. O Ministério da Saúde prevê iniciar a campanha nacional só na quarta e disse que os primeiros a receberem a vacina são idosos q em asilos, indígenas e, também, profissionais de saúde.
2. Mas o governo de São Paulo não havia divulgado um cronograma com a vacinação de idosos?
O cronograma anunciado anteriormente pelo governo, que previa datas para idosos e outros grupos deixa de valer neste momento. Ou seja, ainda não é hora de se dirigir a postos de vacinação em busca de vacinação ou até mesmo de informações complementares.
De acordo com informações do governo do Estado, a partir desta segunda-feira entra em operação um plano logístico de distribuição de doses, seringas e agulhas, com envio das grades para imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência do Estado: os hospitais das Clínicas da USP da capital e de Ribeirão Preto, o de Campinas (Unicamp), o de Botucatu (Unesp), o de Marília (Famema) e o Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).
3. Qual o motivo dessa mudança anunciada hoje se já estava tudo certo?
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, a campanha de imunização contra a covid-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, da Coronavac ou de outro imunizante, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a covid-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo. O cronograma inicial será readequado dentro da disponibilidade de vacinas.
4. À medida que a imunização ocorra as medidas de isolamento podem ser relaxadas?
Os próprios técnicos da Anvisa que realizaram reunião pública e aprovaram o uso emergencial de ambas as vacinas – a Coronavac e a produzida por Oxford – ressaltaram que o País ainda está longe de vislumbrar um cenário em que as medidas de restrição impostas com base na ciência deixem de ser necessárias. Por isso, ainda é fundamental manter o isolamento sempre que possível e usar máscara e álcool em gel.
5. Será preciso cadastro para vacinação?
Não. Quando chegar o momento de imunizar a população de uma maneira geral, ela será feita por meio da apresentação do CPF, documento comum a todos os cidadãos.
É promessa do governo que um aplicativo estará disponível para controlar a aplicação das doses. O que deve ser necessário é o preenchimento prévio – de uma autorização para receber a vacina, mas especialistas acham que a questão pode ser descartada mediante medida judicial.
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Vitória do Brasil, derrota de Bolsonaro
Eliane Cantanhêde
Antes tarde do que nunca, o Brasil entra na lista de mais de 50 países que já imunizam suas populações contra a Covid-19 e o domingo, 17/01/21, é “o dia da vitória, da vacina, da verdade e da vida”, como comemorou o governador de São Paulo, João Dória. Quanto mais isso é real, mais lamentável fica a guerra política, até no dia D, entre Dória, o vitorioso, e o presidente Jair Bolsonaro, o grande derrotado.
Doria foi quem planejou, se dedicou obstinadamente à Coronavac, é o primeiro a vacinar um brasileiro no Brasil e não desperdiçou seus 15 minutos de glória, com direito a emoção e choro. Bolsonaro, que, em vez de se empenhar pela vacina, guerreia contra ela, saiu do ar e deixou o general Eduardo Pazuello na linha de frente contra Doria. E Pazuello não disfarçou a dor de cotovelo.
Enquanto Inglaterra, França, Alemanha, EUA, Chile, Argentina, México… já vacinam seus cidadãos, o Brasil uniu indigência e guerra política. Sem estratégia, sem rumo, o Ministério da Saúde não negociou nas diferentes frentes e pendurou-se numa única vacina, a Oxford/Astrazeneca, que até agora ninguém sabe, ninguém viu no Brasil.
Além de não mexer uma palha para garantir imunização, Bolsonaro atacou a Coronavac como “vacina do Doria” e “vacina da China”, atiçou sua tropa de internet contra a vacina, bateu no peito ao dizer que não se vacinaria. Com que cara fica agora? A foto da primeira vacina é do Dória. E Pazuello só consegue anunciar o início da vacinação nacional na quarta graças à Coronavac. Nesta segunda, às 7 da manhã, ele vai fazer o que acusou Doria de fazer: “golpe de marketing”. Ops! E com a vacina do Doria…
A derrota de Bolsonaro arrasta os bolsonaristas de internet. Eles, que comemoraram a quebra do lockdown em Manaus e agora se calam diante do resultado, compararam as vacinas com a talidomida, desmoralizaram a Coronavac, ironizaram a China e, no próprio Dia D, antes do aval da Anvisa, postavam que idosos doentes se vacinaram e morreram na Noruega. Privilegiaram a guerra ideológica, desdenharam da guerra pela vida. Mas o Brasil vai sobreviver à pandemia. E a eles.
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JORNAL OPÇÃO
Isso mostra o espírito do goiano, ou seja, somos solidários”, diz Caiado sobre a recepção dos pacientes do Amazonas
Por Thauany Melo
Governador de Goiás disse que foi firmada uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Hospital das Clínicas, para disponibilizar 120 leitos aos amazonenses
Questionado se Goiás teria estrutura para receber pacientes vindos do Amazonas, o governador Ronaldo Caiado esclareceu que foi firmada uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Hospital das Clínicas, para recepcionar os amazonenses acometidos com a Covid-19.
“Estamos cedendo 120 leitos para receber os pacientes de Manaus. Isso mostra o espírito do goiano, ou seja, somos solidários”, disse o governador.
Atualmente, a estrutura do Estado para atendimento de pacientes com Covid-19 conta com 253 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 447 de enfermaria.
São sete Hospitais de Campanha (Porangatu, Goiânia, Jataí, Luziânia, Formosa, Itumbiara e São Luís de Montes Belos), além de unidades próprias que oferecem atendimento para pacientes vítimas de Covid-19, como o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital de Urgência Governador Otávio Lage (Hugol), Hospital Estadual De Jaraguá Sandino de Amorim (Heja) e Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Huana).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação