Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 19/01/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Secretário de Saúde de Goiás fala sobre estratégia de vacinação

Pacientes formam filas gigantescas para aguardar atendimento no Hospital das Clínicas

Técnica em enfermagem é a primeira a receber vacina em Goiânia

Covid-19: Brasil passa das 210 mil mortes causadas pela pandemia

Saúde de Goiânia vacina servidores de hospital e idosos nesta terça (19/1)

Covid-19: Goiás registra 1.563 novos casos e 5 mortes em um dia

Hospital Municipal de Aparecida recebe 14 pacientes do Amazonas

Hospital das Clínicas da UFG recebe pacientes de Manaus

Retorno das aulas presenciais para estudantes da rede estadual será dia 25 de janeiro

Falta de insumos ameaça continuidade da vacinação contra Covid-19 no Brasil

Ministro admite ter sido avisado sobre Manaus

Pazuello mente ao negar seu incentivo à prescrição de cloroquina

Brasil só tem vacinas para 4% de toda população prioritária e enfrenta desafio múltiplo para ampliar estoque

Em reunião com ministros, Bolsonaro cobra comunicação melhor da Saúde

TV ANHANGUERA

Secretário de Saúde de Goiás fala sobre estratégia de vacinação

https://globoplay.globo.com/v/9190008/

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Pacientes formam filas gigantescas para aguardar atendimento no Hospital das Clínicas

https://globoplay.globo.com/v/9189853/?s=0s

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AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil passa das 210 mil mortes causadas pela pandemia

Brasília – O Brasil passou das 210 mil mortes ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 452 óbitos pela covid-19. Com isso, o total de mortes chegou a 210.299. Há 2.766 óbitos em investigação por equipes de saúde.

A atualização da situação de casos e mortes causados pela pandemia foi divulgada pelo Ministério da Saúde na noite desta segunda-feira (15).

A contabilização de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 8.511.770. Entre ontem e hoje, foram acrescidos às estatísticas 23.671 novos diagnósticos positivos. 

Ainda há 849.424 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde e 7.452.047 pessoas já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Estados

Na lista de estados com mais mortes o topo é ocupado por São Paulo (49.987), Rio de Janeiro (27.805), Minas Gerais (13.483), Ceará (10.223) e Pernambuco (10.031). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (811), Acre (837), Amapá (1.005), Tocantins (1.316) e Rondônia (2.031).

São Paulo também lidera no número de casos, com 1.628.272 casos registrados desde o início da pandemia, seguido de Minas Gerais (646.091) e Santa Catarina (543.389). Os estados com menor número de casos são Acre (44.775), Roraima (71.065) e Amapá (73.626). 

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A REDAÇÃO

Técnica em enfermagem é a primeira a receber vacina em Goiânia

Adriana Marinelli

Goiânia – O governador Ronaldo Caiado aplicou, no início da noite desta segunda-feira (18/01), a primeira dose da vacina contra covid-19 em Goiânia. O ato simbolizou o início da imunização na capital. A primeira a ser vacinada foi uma servidora da saúde que trabalha no Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus (Hcamp).

Trata-se da técnica em enfermagem Paulete Pereira dos Santos, de 50 anos. A profissional atua no pronto-socorro da unidade de saúde. Moradora de Senador Canedo, cidade da região metropolitana, Paulete depende do transporte coletivo para chegar ao trabalho e, consequentemente, enfrenta aglomerações nos veículos e nos terminais de ônibus. “No começo eu tive medo [da vacina], mas me candidatei desde o início […] Sou a favor da vacina e da ciência”, disse a técnica em enfermagem.

Anápolis

A campanha de imunização em Goiás começou em Anápolis. Na cidade, a primeira a ser vacinada foi uma idosa que vive em um abrigo da cidade. “Anápolis recepcionou os brasileiros que estavam em Wuhan, na China, no momento que aconteceu a contaminação pela covid-19. Em retribuição ao gesto dos anapolinos, iniciamos a vacinação por lá”, disse o governador.

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Saúde de Goiânia vacina servidores de hospital e idosos nesta terça (19/1)

Goiânia – A capital goiana segue a vacinação contra a covid-19 nesta terça-feira (19/1), a partir das 14h. Serão imunizados profissionais do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) e moradores do Abrigo de Idosos São Vicente de Paulo de Goiânia. A ação contará com a presença do secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.

No HMMCC serão vacinados 100% dos profissionais lotados na unidade. São 960 pessoas, entre pessoal da limpeza, administrativo e profissionais de saúde. No Abrigo São Vicente de Paulo de Goiânia são 50 idosos.

A Prefeitura de Goiânia segue a determinação do Ministério da Saúde de vacinar idosos com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência que vivem em abrigos, além de trabalhadores da saúde que atuam em unidades hospitalares de enfrentamento à covid-19. 

O início da vacinação ocorreu na segunda-feira, e foi marcada pela aplicação da dose no técnico de enfermagem Reinaldo Barcelos Ferro Júnior, de 35 anos. Goiânia recebeu inicialmente 30.160 mil doses da vacina Coronavac desenvolvida pelo Instituto Butantan de São Paulo. Ao contrário do que se previa inicialmente, o município receberá outras 30 mil doses dentro do prazo para aplicação da segunda dose. Com isso, serão imunizadas nesta primeira etapa 30 mil pessoas. 

Serviço

Assunto: Vacinação contra a Covid-19 segue nesta terça-feira (19), às 14h, em Goiânia

Data: Terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Horário: 14h

Local: Abrigo de Idosos São Vicente de Paula de Goiânia

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Covid-19: Goiás registra 1.563 novos casos e 5 mortes em um dia

Goiás registrou nas últimas 24 horas 1.563 novos casos da covid-19 em território goiano e cinco mortes. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18/1) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Com a atualização, o Estado soma 329.717 casos da doença e 7.107 óbitos. O número de recuperados é de 317.535.

Ainda de acordo com a SES-GO, 283.926 pacientes são considerados casos suspeitos e outros 205 óbitos são investigados para saber se houve ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,16%.

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Hospital Municipal de Aparecida recebe 14 pacientes do Amazonas

Goiânia – O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) recebeu, na madrugada desta terça-feira (19/1), 14 pacientes transferidos de Manaus (AM) para tratamento contra a covid-19. Os recém-chegados estão numa enfermaria separada destinada a eles, que têm casos clínicos moderados, segundo a equipe médica da unidade. Todavia, caso seja necessário, 10 UTI’s estão preparadas para atendê-los.

O prefeito Gustavo Mendanha ressaltou que a oferta dos tratamentos foi uma questão “humanitária e de responsabilidade social. O Amazonas vive um momento crítico e Aparecida tem o HMAP, um hospital público de reconhecida excelência, e também a taxa de ocupação dos leitos intensivos para Covid-19 em nossa rede pública está em 49%, então temos condições de ajudar. Cuidaremos desses pacientes que viajaram por quase 2 mil quilômetros com qualidade técnica e dedicação. Essa é a razão de ser do Sistema Único de Saúde (SUS).”

O diretor de Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, Luciano Carvalho, informou que os recém-chegados serão tratados separadamente dos pacientes locais por uma equipe multidisciplinar destacada exclusivamente para atendê-los.

“Os pacientes estão numa enfermaria com camas elétricas, tv e ar condicionado, além de todos os equipamentos e insumos necessários para os atendimentos e com o suporte de uma estrutura completa para exames laboratoriais e de imagem (tomografia e ressonância magnética)”, acrescentou o diretor.

Viagem humanitária

O avião que trouxe pacientes vindos do Amazonas aterrissou na Aeroporto Santa Genoveva (Goiânia) às 23h20. No local, já estavam a postos ambulâncias do Samu de Goiânia para fazer a transferência de pacientes para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HCUFG) e para o HMAP.

Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), as transferências são seguras e a escolha dos pacientes segue o protocolo de classificação de risco Manchester para estabelecer a prioridade de atendimento de acordo com a gravidade de cada caso. Durante a viagem, profissionais de saúde acompanham os pacientes e as aeronaves contam com a estrutura necessária de equipamentos e insumos hospitalares.

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Hospital das Clínicas da UFG recebe pacientes de Manaus

Adriana Marinelli e Lucas Cássio

Goiânia – O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás recebeu no final da tarde desta segunda-feira (18/1) os primeiros pacientes com covid-19 transferidos de Manaus que serão tratados na unidade. Das 14 pessoas encaminhadas para a unidade, pelo menos 6 precisaram ser internadas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

O grupo foi transferido em viaturas do Samu e também do Corpo de Bombeiros. Assim que chegaram ao HC-UFG, os pacientes foram avaliados e seguem em monitoramento. “Aqueles que apresentarem sintomas mais graves e necessitarem de cuidados intensivos serão internados na UTI do HC-UFG e aqueles que apresentarem sintomas moderados serão encaminhados para as enfermarias, localizadas no 12º andar do novo edifício de Internações do HC-UFG”, informou a unidade de saúde.

Pelo menos 80 profissionais temporários da área assistencial foram recrutados para atuarem no HC-UFG na linha de frente no tratamento dos amazonenses. Todos, segundo o hospital, passaram por treinamento adequado. 

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JORNAL OPÇÃO

Retorno das aulas presenciais para estudantes da rede estadual será dia 25 de janeiro

Por Lívia Barbosa

Equipes gestoras de cada unidade poderão decidir se há ou não a possibilidade de retomar as aulas presenciais em suas escolas, de acordo com a situação epidemiológica de cada município

A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou ao Jornal Opção que as aulas na Rede Estadual de Educação serão retomadas no dia 21 de janeiro, com a acolhida on-line aos estudantes. No dia 25, ocorrerá o retorno das aulas presenciais para os estudantes sem acesso à internet ou que não acompanharam as aulas do Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp) no ano passado.

“As equipes gestoras de cada unidade poderão decidir se há ou não a possibilidade de retomar as aulas presenciais em suas escolas, de acordo com a situação epidemiológica de cada município. Essa decisão deverá ser coletiva e terá a validade de 30 dias”, informou a pasta em nota.

Ainda de acordo com a Seduc, nas escolas em que as aulas presenciais forem retomadas parcialmente, o retorno será realizado conforme as deliberações do Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus, respeitando o limite de até 30% da capacidade das instituições. Nesse caso, as atividades ocorrerão de forma híbrida, com até 30% dos alunos em regime presencial e os demais em regime não presencial.

Também serão adotadas, em todas as unidades escolares, as medidas estabelecidas pelo “Protocolo de Biossegurança para Retorno das Atividades Presenciais nas Instituições de Ensino do Estado de Goiás”, validado pela Secretaria do Estado da Saúde. O documento reúne as medidas de biossegurança institucionais e de prevenção individual que deverão ser seguidas pelas escolas durante as aulas presenciais, além de orientações sobre como agir diante de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 nas unidades escolares.

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Falta de insumos ameaça continuidade da vacinação contra Covid-19 no Brasil

Por Mayara Carvalho

Governador Ronaldo Caiado (DEM) alertou que Goiás usará apenas metade das doses para assegurar que os imunizados tenham a segunda dose que deve ser aplicada 28 dia após a primeira

O início da campanha de vacinação no Brasil, que aconteceu no último domingo 17, no estado de São Paulo, e na segunda-feira, 18, nos demais estados brasileiros, foi marcado pelo temor com relação a continuidade da imunização diante da incerteza de quando haverá nova remessa de doses do imunizante.

Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) alertou que apenas metade das mais de 87 mil doses disponibilizadas ao estado serão aplicadas de forma a assegurar que os vacinados tenham acesso à segunda dose do imunizante que deve ser aplicado 28 dias após a primeira.

“Estamos dependendo da Índia cumprir a venda que foi feita ao Brasil de mais de 2 milhões de doses da Astrazeneca. O segundo ponto é quando nós teremos a liberação do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) que é o insumo fundamental para a produção da vacina. Os dois laboratórios, tanto o Butantan quanto a Fiocruz dependem desse insumo que é chinês”, afirmou.

Para especialistas, há risco real de a vacinação contra a Covid-19 ser interrompida em pouco tempo, por falta total de imunizantes, uma vez que o plano teve início com apenas seis milhões de doses da Coronavac, volume insuficiente para vacinar os profissionais de saúde do país.

Mais  4,8 milhões de doses  estão em fase final de produção, no Instituto Butantan, que aguarda autorização da Anvisa para uso emergencial. O pedido foi feito ainda nesta segunda-feira, 18.

Para produzir mais, o instituto aguarda a chegada do insumo IFA. “Temos um carregamento de matéria-prima pronto lá na China para ser despachado”, afirmou o presidente do Butantan, Dimas Covas. “Estamos aguardando apenas a autorização do governo chinês para poder trazer e, assim, iniciar a 2ª etapa de produção. Mas dependemos da matéria-prima para poder continuar esse processo.”

Com estoque do insumo, o Butantan tem capacidade para fabricar um milhão de doses por dia. No entanto, a instituição estima que ainda demore cerca de dez meses para ter capacidade de produzir a vacina sem depender de insumos importados.

AstraZeneca

Já Fiocruz, que ainda não recebeu nenhuma remessa do IFA, nem começou a sua produção. Em nota, a instituição informou que a chegada dos insumos em janeiro ainda está dentro do calendário contratual.

Por contrato, se a AstraZeneca não entregar o princípio ativo, deve fornecer as vacinas prontas. A farmacêutica diz que continua trabalhando na liberação dos lotes de IFA, na China.

Sobre a importação de dois milhões de doses prontas do imunizante de Oxford, plano que o governo previa executar no fim de semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, nesta segunda-feira, 18, que ainda não havia recebido “resposta positiva” sobre a compra.

Sem dar previsão de uma data, ele disse que teve sinalização de que o embarque vai se resolver nesta semana. (Com informações de Exame)

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FOLHA DE S.PAULO

Ministro admite ter sido avisado sobre Manaus

Daniel Carvalho, Ricardo Delia Coletta, Raquel Lopes

O general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, admitiu nesta segunda-feira (18) que soube da possibilidade de falta de oxigênio no Amazonas no dia 8 de janeiro, uma semana antes do dia mais grave de mortes por asfixia em leitos do estado.

“No dia 8 de janeiro, nós tivemos a compreensão, a partir de uma carta da White Martins, de que podería haver falta de oxigênio se não houvesse ações para que a gente mitigasse este problema”, disse Pazuello em uma entrevista à imprensa em que respondeu perguntas de apenas quatro jornalistas.

“Mas aquelafoi uma surpresa tanto para o governo do estado como para nós. Até então, o assunto oxigênio estava equilibrado pela própria empresa”, afirmou o general.

Pazuello disse que a velocidade de internações aumentou muito e que “o consumo triplicou, quadruplicou, quinmplicou”, e a empresa não deu conta da demanda.

A Folha mostrou no sábado (16) que Pazuello havia sido avisado sobre a escassez crítica de oxigênio em Manaus por integrantes do governo do Amazonas, pela empresa que fornece o produto e até mesmo por uma cunhada sua que tinha um familiar “sem oxigênio para passar o dia”, mas ignorou os alertas. O general da ativa também foi informado sobre problemas logísticos nas remessas.

No domingo, a PGR (Procuradoria-Geral da República) deu 15 dias para o ministro explicar por que não agiu para garantir o fornecimento de oxigênio aos hospitais de Manaus.

Aviões da Força Aérea Brasileira começaram a transportar cilindros de oxigênio a Manaus no dia 8, mas em quantidades bem inferiores à necessária. O colapso se manifestou de forma mais notória seis dias depois. Em diferentes unidades de saúde, pacientes com Covid-19 morreram asfixiados diante do esgotamento do oxigênio.

O consumo diário de oxigênio chegou a 70 mil m3 por dia, o triplo da capacidade de produção da White Martins, segundo a empresa. Na primeira onda da pandemia em Manaus, entre abril e maio, o pico foi de 30 mil m3.

O caos que se instaurou, os relatos de mortes de pacientes sem ar e o medo de novas mortes em série levaram o governo de Jair Bolsonaro a agir para tentar garantir a chegada de oxigênio e a sobrevivência de pessoas nos hospitais.

Bolsonaro tem sido cobrado pelo fracasso da atuação do governo no enfrentamento à pandemia de Covid-19.

A coletiva desta segunda, com o ministro diante das câmeras, seguiu o roteiro que aliados do presidente vinham seguindo no fim de semana: enumerar ações do governo federal para afastar do Palácio do Planalto as acusações de omissão.

Para legitimar sua fala, Pazuello foi à entrevista acompanhado do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

O governador se disse preocupado com o aumento de casos de síndromes respiratórias agudas, que historicamente crescem em fevereiro no estado, mas não poupou elogios a Bolsonaro e Pazuello.

“Em nome do povo do Amazonas, muito obrigado pelo seu empenho e de toda sua equipe”, disse o governador em uma fala iniciaí, mas sem responder a perguntas de jornalistas.

Apesar de toda a crise sanitária, Pazuello afirmou que “a nossa guerra” é a “guerra contra as pessoas que estão manipulando nosso país há muitos anos”.

O general disse que a situação que Manaus está vivendo hoje pode se replicar em outras regiões do país, como o Norte e o Nordeste em breve e no centro-sul, com a proximidade do inverno.

“Por isso estamos tão ávidos por receber a vacina, distribuir e vacinar a população brasileira”, afirmou.

Citando dificuldades como o fuso horário, o ministro não deu previsão de data para trazer da índia o lote de vacinas contra a Covid-19. Na manhã desta segunda, Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto o embaixador da índia no Brasil, Suresh K. Reddy. “O fuso horário é muito complicado. Estamos recebendo a sinalização de que isso deverá ser resolvido nos próximos dias desta semana”, afirmou Pazuello.

Pasta orienta usar cloroquina, apesar de fala de Pazuello O ministro Eduardo Pazuello disse nesta segunda-feira (18) que a pasta não tem protocolo sobre uso de medicamentos como a hidroxicloquina contra a Covid-19. No entanto, o ministério tem um guia oficial orientando a administração da hidroxicloroquina e de outras substâncias que não têm eficácia comprovada contra o vírus.

“Nós defendemos, incentivamos e orientamos que a pessoa doente procure imediatamente o posto de saúde, procure o médico. E o médico faça o diagnóstico clínico do paciente. Este é o atendimento precoce. Que remédios o médico vai prescrever, isso foro íntimo do médico com seu paciente. O ministério [da Saúde] não tem protocolos sobre isso, nem podería ter. Não é missão do ministério definir protocolo para o tratamento. Tratamento é uma coisa, atendimento é outra”, declarou Pazuello, em coletiva de imprensa ao lado do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Apesar da fala do ministro, a Saúde tem em seu site um guia com orientação para “manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19”.

Na semana passada, o próprio Pazuello lançou em Manaus um aplicativo, restrito a profissionais de saúde, que estimula a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.

Também na semana passada, em meio à falta de leitos e de oxigênio para pacientes com Covid-19 em Manaus, a Saúde montou e financiou força tarefa de médicos defensores do “tratamento precoce” para visitarem Unidades Básicas de Saúde na capital amazônica, conforme revelou o Painel.

Segundo alguns dos envolvidos, eles não receberam pela participação, mas tiveram diárias de hotel e alimentação pagas pelo governo federal.

Um ofício do Ministério da Saúde, revelado pelo Painel, classificava como “inadmissível” anão utilização de medicações como o antimalárico cloroquina e o antiparasitário ivermectina para controlar a pandemia em Manaus.

O guia do ministério é tratado internamente como um protocolo, embora tecnicamente ele precisaria passar por uma comissão interna para ser considerado um documento do tipo. Divulgá-lo como uma orientação foi uma saída técnica da pasta para evitar críticas.

Nesta segunda, Pazuello se irritou com a pergunta de uma jornalista que lhe questionou sobre o tratamento precoce defendido pela pasta.

“Eu não falei isso, senhora. Eu não falei isso, senhora. Eu não usei esse termo nenhuma vez, a senhora não ouviu falar nada disso. A senhora não ouviu falar em nenhum remédio. Então por que está dizendo que eu falei?”, reagiu Pazuello, em tom irritado.

Questionado sobre se o governo continuaria distribuindo cloroquina para os demais entes federados, o ministro respondeu: “Quando solicitado pelos estados e municípios”.

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CARTA CAPITAL

Pazuello mente ao negar seu incentivo à prescrição de cloroquina

Dias após a chegada do general, Saúde alterou protocolo e recomendou medicamento ineficaz contra a Covid-19

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira 18 que não autorizou, desde que assumiu a pasta, a adoção de protocolos que indicam a prescrição de medicamentos contra a Covid-19. O general, no entanto, avalizou a recomendação do uso de remédios sem eficácia comprovada, como a cloroquina.

‘Nunca autorizei o Ministério da Saúde a fazer protocolos indicando medicamentos’, declarou o ministro em entrevista coletiva em Brasília.

No entanto, em 20 de maio do ano passado – quatro dias depois de assumir interinamente o ministério -, Pazuello divulgou um protocolo que ampliava a recomendação do uso da cloroquina. De acordo com documento divulgado pela pasta, cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância.

‘Temos que difundir isso todos os dias, em todos os meios de comunicação, para que a gente possa permitir que as pessoas tenham chance de não agravar. Vários remédios deram algum tipo de resultado e os médicos sabem o que deve ser prescrito para cada paciente’, afirmou o ministro, acrescentando, porém, que ‘nunca receitou este ou aquele remédio’.

Outro indicativo de que Pazuello mente ao negar a recomendação da cloroquina é uma postagem do perfil oficial do Ministério da Saúde classificada como ‘enganosa’ pelo Twitter.

No último sábado 16, a rede social fez o alerta sobre um post que defendia o ‘tratamento precoce’ contra a Covid-19. Segundo a empresa, houve ‘a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais’ relacionadas à doença.

Em nota divulgada neste domingo 17, a pasta voltou a defender o tratamento precoce dos pacientes. ‘O Ministério da Saúde esclarece que o post bloqueado pela plataforma do Twitter se refere ao tratamento precoce – protocolo da pasta para enfrentamento à pandemia da Covid-19. A pasta solicitou ao Twitter um posicionamento a respeito do ocorrido, já que o conteúdo não feriu nenhuma das políticas de convivência da rede social’, afirmou o ministério.

O ‘tratamento precoce’ se baseia no chamado ‘Kit Covid’, disponibilizado pelo Ministério da Saúde e que inclui a hidroxicloroquina, a cloroquina e outros medicamentos, cuja eficácia contra a doença não foi comprovada. Nesta segunda, ao negar a defesa da prescrição dos medicamentos, o general confirmou que o ministério continuará a disponibilizar a cloroquina ‘quando solicitado pelos estados e municípios’.

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EL PAÍS

Brasil só tem vacinas para 4% de toda população prioritária e enfrenta desafio múltiplo para ampliar estoque

Primeiro lote distribuído aos Estados deve vacinar 2,8 milhões de pessoas. Além de gargalo na importação, especialistas recomendam negociação com outros fabricantes de imunizantes


Mesmo com atrasos, o Brasil começou a vacinar grupos prioritários contra a covid-19 em vários Estados, mas ainda enfrenta um grande desafio para conseguir ampliar o quantitativo de doses necessário para viabilizar, de fato, uma imunização em massa. O primeiro lote que começou a ser distribuído nesta segunda-feira deve ser suficiente para vacinar, com o protocolo recomendado de duas doses, apenas 2,8 milhões de pessoas, segundo estimativas do próprio Ministério da Saúde, que considera no cálculo a fatia que pode ser perdida por problemas durante a operação de logística. Isso corresponde a 4% dos 68,8 milhões de usuários dos grupos prioritários estabelecidos no Plano Nacional de Imunização (PNI), que foram enxugados neste primeiro momento diante da escassez de doses. O país entra em desvantagem para disputar no cenário global tanto a aquisição dos insumos para produzir os imunizantes aqui quanto para comprar doses prontas, inclusive de outros fabricantes. No momento, o principal gargalo é a importação, da China, da matéria prima para a produção local das duas vacinas já aprovadas pela Anvisa, a do Butantan/Sinovac e da Fiocruz/Oxford/AstraZeneca.

O ministério orienta começar a aplicar as doses disponíveis nos idosos que vivem em asilos, pessoas com deficiência internadas, profissionais de saúde da linha de frente e indígenas aldeados. Mas isso pode ser adaptado na ponta pelos Estados, que podem priorizar mais um ou outro grupo desses conforme a realidade local. Até a noite desta segunda-feira, a vacina havia chegado a dez Estados, além do Distrito Federal: Tocantins, Piauí, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. Veículos que transportavam caminhões foram aplaudidos em alguns locais, um símbolo do sopro de esperança em meio a uma pandemia que já matou mais de 210.000 brasileiros e levou sistemas de saúde ao colapso. A vacina chega depois do ano mais mortal da história do Brasil, segundo os registro da associação de cartórios.

Apesar do alento deste momento com a chegada dos imunizantes ?o primeiro passo rumo ao controle da pandemia?, pesquisadores e até a Organização Mundial da Saúde têm destacado que o início da vacinação no Brasil não deve estimular os brasileiros a relaxarem os cuidados preventivos, como uso de máscaras e distanciamento social. Isso porque o país vive um agravamento da pandemia e ainda é longo o caminho tanto para que o país consiga doses suficientes para vacinar seus mais de 200 milhões de habitantes quanto para que se alcance a imunidade de rebanho (proteção coletiva ao vírus). O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que o país pode ter 70% da população vacinada até o fim do ano.

O Ministério da Saúde estima chegar a 354 milhões em 2021, mas conta com doses que ainda serão fabricadas. Já existem contratos com a AstraZeneca/Fiocruz, o Butantan e o consórcio global Covax Facility, no qual o Brasil aderiu com a menor cota de doses possíveis de solicitar. Mas o cumprimento dos cronogramas de entrega, inclusive das doses que serão produzidas pelo Butantan e pela Fiocruz, dependem neste momento do cenário global de disputa tanto pelos insumos para produzir o imunizante quanto pelas doses prontas.

Por enquanto, estão sendo distribuídas 6 milhões de doses da Coronavac, aprovada neste domingo pela Anvisa para uso emergencial. O Governo Bolsonaro espera receber mais 2 milhões de doses da vacina de Oxford ?cujo uso emergencial também foi autorizado e que nos próximos meses deve ser produzida pela Fiocruz?, mas enfrenta dificuldades para conseguir consolidar a importação delas, que virão da produção da Índia. ‘Não há resposta positiva de saída até agora. Nós estamos contando com essas 2 milhões de doses para que a gente possa atender mais ainda a população’, admitiu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que espera um desfecho nesta semana.

Dificuldade para importar insumos para a vacina

O Butantan já solicitou à Anvisa uma autorização para usar emergencialmente mais 4,8 milhões de doses prontas ou que estão sendo envasadas em São Paulo. Se por um lado a produção local nos laboratórios locais é uma importante arma brasileira, preocupa a dificuldade que Butantan e Fiocruz enfrentam para conseguir importar os insumos da China necessários para manter a produção dos próximos meses e conseguirem cumprir os cronogramas de entrega. Os acordos feitos pelo Governo Federal e pelo Governo de São Paulo com os laboratórios preveem transferência de tecnologia para que este insumo passe a ser produzido no país, mas é uma fase posterior, que só deverá ocorrer no segundo semestre.

Neste momento, há dependência dos insumos e atrasos preocupantes. A Fiocruz aguarda a chegada do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) da China para iniciar a produção, segundo a Folha de S. Paulo. Isso deve acontecer até 25 de janeiro e, caso não se consolide, o contrato prevê a entrega de doses prontas. O cronograma da Fiocruz prevê a entrega de 1 milhão de doses até 15 de fevereiro e deve chegar a 100,4 milhões de doses até julho. Já o Butantan aguarda há dias a autorização do Governo chinês para que o insumo possa ser enviado ao Brasil. Segundo o presidente do instituto, Dimas Covas, o IFA disponível só é suficiente para a produção desta semana. ‘A capacidade de produção do Butantan é de 1 milhão de doses por dia, a depender chegada da matéria-prima. [A capacidade] foi atingida neste momento com a matéria-prima disponível’, explicou em coletiva de imprensa. A embaixada do Brasil na China foi acionada para ajudar nas negociações. O Butantan precisa do insumo para conseguir entregar um total de 46 milhões de doses da Coronavac ao ministério até abril.

Necessidade de seguir negociando compras

‘O que temos hoje são gotas dentro do oceano diante da magnitude territorial e populacional do Brasil’, define Melissa Palmieri, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações – Regional São Paulo. Ela diz que, apesar da capacidade de produção nacional, o país não pode se furtar de continuar negociando para adquirir outros tipos de vacinas diante da gravidade da crise sanitária e de problemas que podem atrasar a produção nacional, como a falta de insumos. Praticamente toda a população precisará ser vacinada para que o país chegue à imunidade coletiva, ou de rebanho. Questionado sobre as negociações para comprar 70 milhões de doses da Pfizer, o ministro Eduardo Pazuello disse apenas que ‘na hora que o laboratório trouxer propostas plausíveis, sou o primeiro a comprar’. Não falou sobre planos de comprar outras vacinas. O imunizante da Janssen, por exemplo, é apontado por especialistas como uma boa opção, caso os estudos confirmem eficácia com apenas uma dose, o que simplificaria a logística.

‘Por enquanto, precisamos trabalhar full time para manter a negociação com outros laboratórios. Só podemos começar a desestressar quando a maioria da população estiver vacinada’, diz Palmieri. O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, que tem defendido publicamente a necessidade do país adquirir mais vacinas, endossa o coro. ‘Precisamos de vacinas para vacinar em massa. Se não vacinarmos, ainda teremos o caos no nosso sistema de saúde. Isso só resolve com o impacto da vacinação, especialmente nos grupos prioritários’, argumenta.

A vacina chega a outros Estados do Brasil

O Governo Federal distribuiu as primeiras 6 milhões de doses de forma proporcional à população de grupos prioritários dos Estados. A meta da campanha é vacinar, com duas doses, os 2,8 milhões que têm prioridade nesta fase ? que inclui idosos que vivem em asilos, pessoas com deficiência internadas, indígenas aldeados e cerca de 35% dos profissionais de saúde do país. Após um mal-estar gerado pela decisão do governador de São Paulo, João Doria, em arrancar com a imunização no próprio domingo para angariar o capital político da primeira foto, governadores viajaram até Guarulhos para receber simbolicamente as doses pessoalmente do ministro Pazuello. A única vacina disponível no momento é fruto de uma iniciativa do Governo paulista, mas as doses foram adquiridas pelo Governo Federal ?cuja atuação foi marcada por uma certa inércia? após uma longa batalha ideológica.

A previsão era de iniciar uma campanha nacional na quarta-feira (20), mas governadores pressionaram para começar a vacinar antes, já que São Paulo havia se antecipado. A segunda-feira foi, então, de esforço logístico para fazer os imunizantes chegarem aos Estados. Durante o dia, aviões e caminhões transportavam toneladas de doses pelo país. Lotes foram fracionados para tentar acelerar a chegada das primeiras doses nas capitais e cidades metropolitanas e foram registrados alguns atrasos. O Rio de Janeiro começou a aplicar as doses no simbólico Cristo Redentor. Governadores se articulam agora em uma força-tarefa para fazer as doses chegarem aos municípios nos próximos dias. Na semana passada, vários deles já haviam começado a distribuir seringas, agulhas e refrigeradores às cidades do interior. O Governo do Amazonas ?Estado que vive uma crise sem precedentes no seu sistema de saúde e concentra também grandes dificuldades logísticas? reuniu nesta segunda (18) autoridades de saúde do interior e as preparava para uma ‘longa noite’ de recebimento de vacinas.

Tudo foi feito às pressas. Só depois que aviões levantaram voo para a distribuição das doses no extenso território nacional, o Governo publicou uma portaria determinando a obrigatoriedade da notificação da vacinação nos seus sistemas. A aplicação de doses começou antes de todos os detalhes da campanha nacional estarem ajustados, embora a estratégia central já viesse sendo discutida com Estados e municípios. O Governo Federal ainda testa, por exemplo, um painel para colocar no ar o balanço da distribuição das vacinas e das doses aprovadas. Mas o mínimo estava pronto para começar a vacinar no país, que tem o seu programa de vacinação como referência global. Estima-se que 50.000 postos estejam aptos para vacinar, quando as doses começarem a chegar. Os municípios agora são os maiores protagonistas da campanha. São eles que executam a vacinação nas mais longínquas regiões do país.

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CNN

Em reunião com ministros, Bolsonaro cobra comunicação melhor da Saúde

Em reunião com ministros na tarde desta segunda-feira (18), no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro reclamou e cobrou mudanças na estratégia de comunicação do Ministério da Saúde em relação às ações de combate à Covid-19, principalmente no tocante à vacinação. O encontro não constou na agenda oficial do presidente.

A reunião foi convocada de última hora por Bolsonaro e contou a presença de assessores próximos e de pelo menos 10 ministros. Entre eles, Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Casa Civil); Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Eduardo Pazuello (Saúde), Fabio Faria (Comunicações) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa).

Segundo um dos presentes, Bolsonaro reclamou que a comunicação do Ministério da Saúde tem sido falha. Ele afirmou que a pasta não tem conseguido destacar de forma eficaz as ações e realizações do governo.

Também cobrou que o ministério precisa se antecipar aos problemas, e não tentar apagar incêndios ou se justificar posteriormente.

Houve reclamação especial sobre o episódio envolvendo a busca dos 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia. A avaliação foi de que Pazuello errou ao antecipar detalhes da operação e ao mandar adesivar o avião que faria o frete, o que acabou melindrando os indianos e adiando a chegada das doses, que segue sem previsão.

Conforme apurou a CNN, foi durante a reunião que houve a ideia de o ministro da Saúde dar a entrevista coletiva no Planalto hoje à tarde. O argumento foi de que Pazuello precisava reagir às críticas de que o general e o governo vêm sendo alvo por conta do atraso na vacinação. A avaliação posterior, contudo, foi de que a coletiva ‘não foi boa’.

Sem demissão

O presidente também reclamou da burocracia do Ministério da Saúde. Apesar das cobranças, deixou claro que não pretende demitir Pazuello, como alguns veículos de imprensa cogitaram nos últimos dias. Bolsonaro, contudo, escalou o ministro das Comunicações para ajudar o titular da Saúde a melhorar a comunicação.

Ainda no encontro, Bolsonaro discutiu o tom do discurso do governo em relação à vacinação. Houve ministros, como Guedes, que pregaram que algumas figuras do governo precisam dar declarações defendendo a vacinação em massa — algo que não agrada muito ao presidente, que já afirmou publicamente ser favorável à vacinação voluntária.

Segundo ministros, a reunião desta segunda-feira acabou não sendo conclusiva. A expectativa é de que um novo encontro com aconteça nesta terça-feira (19), para tentar chegar a um consenso sobre o tom que o governo adotará em relação à vacinação. Procurado oficialmente, o Planalto ainda não respondeu.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação