Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/01/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Defensoria Pública da União quer saber CPF das pessoas vacinadas contra a Covid-19

Operação prende ex-prefeito de Firminópolis por desvio de dinheiro do combate à Covid-19

Morre terceiro paciente com Covid-19 transferido de Manaus para Goiás

AstraZeneca não negociará vacinas com o setor privado

Skaf diz que empresários só comprarão vacinas que setor público não puder comprar

Bolsonaro dá aval a compra de vacina privada, mas empresas negam processo

Bolsonaro questiona número de mortos por covid-19: “Muitos laudos são forçados”

Variante do coronavírus no Amazonas é estudada em Oxford, diz Pazuello

“Não recebemos um centavo do Ministério da Saúde”, diz Doria sobre

Juíza manda suspender entrega de vacinas a Manaus por falta de transparência

Auditoria do TCU vê ilegalidade em distribuição de cloroquina para tratar covid-19 e ministro cobra explicações de Pazuello

Saúde atualiza plano de vacinação com novas categorias na prioridade

Vacinas já distribuídas atendem cerca de 10% dos públicos prioritários

Covid-19: Brasil tem 1,2 mil mortes e 61,9 mil infectados em 24 horas

Caiado publica decreto que restringe comércio de bebidas alcoólicas

Covid-19: Goiás registra 2,7 mil novos casos e 23 mortes em um dia

Ocupação dos leitos de UTI para covid-19 em Goiás é de 70,85%

Metade dos brasileiros deixou de ir ao médico em 2020

Governo traça plano para abrir novos leitos de UTI e dar resposta a segunda onda da Covid

Novo decreto estabelece “Lei Seca” em Goiás

Fecomércio sugere mais rigor na fiscalização e avaliação quinzenal sobre Lei Seca proposta por Caiado em combate à Covid-19

TV ANHANGUERA

Defensoria Pública da União quer saber CPF das pessoas vacinadas contra a Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/9213008/?s=0s

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Operação prende ex-prefeito de Firminópolis por desvio de dinheiro do combate à Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/9213062/?s=0s

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Morre terceiro paciente com Covid-19 transferido de Manaus para Goiás

https://globoplay.globo.com/v/9213032/

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CARTA CAPITAL

AstraZeneca não negociará vacinas com o setor privado

O Governo Bolsonaro tentava estimular a compra de imunizantes por empresários; o laboratório ressalta que o movimento ‘não é possível’

Leonardo Miazzo

O laboratório AstraZeneca comunicou nesta terça-feira 26 que não negociará vacinas com o setor privado, em meio à tentativa de empresários de adquirir até 33 milhões de doses do imunizante produzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Em comunicado divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o laboratório afirma que ‘todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, (?) não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado’.

‘Como parte do nosso acordo com a Fiocruz, mais de 100 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca (AZD1222) estarão disponíveis no Brasil, em parceria com o governo federal.’

Na sexta-feira 22, o governo de Jair Bolsonaro enviou à AstraZeneca uma carta em que dá aval à negociação de empresas privadas pela compra dos 33 milhões de doses, desde que metade fosse doada ao Sistema Único de Saúde.

O texto tem a assinatura dos ministros Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, e José Levi, da Advocacia-Geral da União, além de Élcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

Bolsonaro confirmou que o governo federal estimula a compra de vacinas contra a Covid-19 por empresários.

‘Desde o ano passado, nós abrimos negociação para compra de vacinas. Diferente do que estão falando por aí, o governo continua estimulando essa negociação com os empresários. Nós demos o sinal verde para eles lá atrás’, disse em entrevista à CNN Brasil.

A proposta dos empresários ganhou força em grupos de WhatsApp no final da semana passada e previa a compra de no mínimo 11 milhões de doses, ao custo de US$ 23,79 por unidade.

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O GLOBO

Skaf diz que empresários só comprarão vacinas que setor público não puder comprar

Após reunião com Bolsonaro, presidente da Fiesp ressaltou que há falta de imunizantes em todo o mundo e que o mais provável é que sejam adquiridos por governos

Daniel Gullino

BRASÍLIA – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou nesta terça-feira que empresas só poderão comprar vacinas contra a Covid-19 de laboratórios que vendam exclusivamente para o setor privado. Skaf deu a declaração após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, e disse que Bolsonaro concorda com a compra nestes termos.

A fala de Skaf ocorre depois de um grupo de empresários articular a compra de 33 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, feita em parceria com a Universidade de Oxford. A farmacêutica, contudo, informou nesta terça que não pode ainda vender o produto para o setor privado.

– O presidente declarou: se houver alguma chance, fora das vacinas que o setor público compra, se houver alguma oferta, de algum fornecedor, que só queira vender para o setor privado, desde que a vacina esteja aprovada pela Anvisa, o setor privado está à disposição para ajudar e o governo liberou que isso seja feito – disse Skaf, na saída da reunião.

O presidente da Fiesp, contudo, ressaltou que esse cenário é difícil porque há uma carência de vacinas em todo o mundo e disse que a tendência é que os governos comprem todos os imunizantes e que as empresas ajudem de outra forma.

– Mas gente, não vamos nos enganar. Está faltando vacina. As ofertas de vacina existem e o governo comprou e vai comprar tudo que passar pela Anvisa.

Em relação à negociação para a compra de doses da AstraZeneca, Skaf afirmou desconhecer as conversas. O próprio Bolsonaro, no entanto, confirmou na manhã desta terça ter dado aval para a negociação.

– Não há confirmação nenhuma. Aliás, há confirmação da AstraZeneca, (dizendo que) essa oferta não existe. Da onde saiu essa informação, ou se existe por parte de alguma outra fonte, eu desconheço. Em momento nenhum eu estimulei ou eu comentei sobre essa quantidade.

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VEJA

Bolsonaro dá aval a compra de vacina privada, mas empresas negam processo

Segundo presidente, houve uma carta de intenções de empresas para negociar doses, mas impasse jurídico e plano de imunização colocam dúvidas sobre o tema

Diego Gimenes

O início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil não pôs fim às discussões em cima do Plano Nacional de Imunização no país. Com apenas 12,8 milhões de doses prontas para serem aplicadas e com o atraso nas importações de insumos para produção em território nacional, as empresas e clínicas privadas começaram a se mexer para garantir a vacinação de seus funcionários e daquelas pessoas que puderem pagar pelas doses. Contudo, o debate é complexo não apenas do ponto de vista moral, mas também do jurídico. Ainda que a vacinação privada seja permitida por lei, o Ministério da Saúde poderia reter todas as doses que chegassem ao país, uma vez que ainda não há quantidade suficiente atualmente para atender toda a população pelo sistema público.

Mesmo com o imbróglio jurídico, o presidente Jair Bolsonaro declarou ser favorável à compra de imunizantes pela iniciativa privada durante uma live organizada pelo banco Credit Suisse nesta nesta terça-feira, 26. Ele se referiu à negociação de 33 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca pelo setor privado, sendo que 16,5 milhões de doses seriam repassadas ao SUS gratuitamente. A operação, entretanto, está em suspenso, tanto por conta da insegurança jurídica do tema quanto pela repercussão causada pela iniciativa de aplicação das vacinas privadas.

‘Nós assinamos uma carta de intenções favorável a isso, para que 33 milhões de doses da Oxford viessem do Reino Unido para o Brasil, a custo zero para o governo. Metade dessas doses, 16,5 milhões, entrariam para o SUS e estariam no Programa Nacional de Imunização, e outros 16,5 milhões ficariam com esses empresários para que fossem vacinados, então, os seus empregados, para que a economia não parasse’, disse Bolsonaro.

Embora haja a sinalização positiva do presidente, as empresas que estariam na negociação negam participação no processo, incluindo Vale, Gerdau, Vivo, Claro, Itaú, Santander, Ambev e a Dasa, que seria a intermediária com a farmacêutica. Por sua vez, a AstraZeneca, em nota, rechaçou a possibilidade de negociação com os empresários, afirmando que ‘todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado’. O único acordo da farmacêutica para o Brasil trata do fornecimento de 100 milhões de doses da vacina em parceria com a Fiocruz.

Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também negou a existência da negociação. ‘Se alguém falou em 33 milhões de doses a pergunta é: de onde saiu isso? Em momento nenhum falei de qualquer compra de AstraZeneca. Se fosse verdade que a AstraZeneca tivesse 33 milhões de doses disponíveis, o próprio governo brasileiro, que já comprou 100 milhões de doses no ano passado, ampliaria o pedido. Agora, de onde saiu esta informação ou se existe de parte de alguma outra fonte, eu desconheço’, disse a jornalistas após reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto.

A fala do presidente indica uma mudança de postura do governo, uma vez que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a afirmar que o governo federal adquiriria todas as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, provocando preocupação no empresariado de que suas doses fossem requisitadas pelo poder público. Essa ação é amparada pela legislação. ‘Se o poder público ainda não tiver em mãos a quantidade suficiente para o SUS, o governo pode utilizar o princípio da requisição administrativa e reter as vacinas adquiridas pelas clínicas’, diz o advogado Marcos Patullo, especialista em Direito da Saúde do Vilhena Silva Advogados. ‘Trata-se de uma questão muito burocrática e com grandes chances de ser judicializada.’

A requisição administrativa das doses está prevista no artigo 5.°, inciso XXV da Constituição Federal. ‘No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano’, diz a lei. Ou seja, caso as 33 milhões de doses da vacina chegassem ao país, o governo estaria autorizado por lei a retê-las integralmente para a vacinação no SUS, mediante indenização.

A respeito da imunização em clínicas particulares, o ministério pode, por exemplo, submeter a vacinação desses estabelecimentos ao PNI. Em outras palavras, as clínicas estariam permitidas a vacinarem por conta própria, mas desde que respeitassem as definições de acordo com o calendário do governo, em ordem de idade e grupos prioritários. ‘Não vejo nenhum impeditivo jurídico nessa questão. Acho difícil o poder público dar conta de vacinar todo mundo, até pela desorganização do governo federal’, pontua Patullo. ‘Desse modo, a iniciativa privada pode auxiliar e diminuir a pressão do SUS’. Todavia, sem indicações claras do que o governo pode fazer, as vacinas indianas podem acabar nem sendo trazidas ao país.

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CORREIO BRAZILIENSE

Bolsonaro questiona número de mortos por covid-19: “Muitos laudos são forçados”

Presidente disse que o Brasil já não é mais um dos países do mundo com mais óbitos por conta da doença e relacionou isso ao “tratamento precoce”, apesar de não haver nenhum remédio cientificamente eficaz contra o novo coronavírus

Augusto Fernandes

O presidente Jair Bolsonaro contestou as estatísticas de mortos no Brasil por conta da pandemia da covid-19. Nesta terça-feira (26/1), durante um evento sobre investimentos na América Latina promovido pelo banco Credit Suisse, o mandatário reclamou que os números de óbitos são superdimensionados. ‘Até que pesem, muitos laudos (de mortes pelo novo coronavírus) são forçados, dados como se covid fossem. Na verdade, nós sabemos que não é. Mas vamos supor que todos os laudos fossem verdadeiros’, opinou o presidente.

De acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, o país já perdeu 217.664 brasileiros por conta da pandemia, sendo que 627 novas mortes foram registradas entre domingo (24) e segunda-feira (25). Quanto ao número de infectados, a pasta já contabilizou ao menos 8.871.393 de pessoas diagnosticadas com covid-19 no Brasil.

Apesar dos números elevados, Bolsonaro destacou que no Brasil ‘realmente cada vez mais morre menos gente por milhão de habitantes’. Ele condicionou essa mudança ao que definiu como tratamento precoce. Desde o início da pandemia, o governo federal tem defendido a utilização de remédios que não têm eficácia contra a covid-19 comprovada pela ciência, como hidroxicloroquina e ivermectina.

“Há poucos meses, nós éramos o quarto país em mortes por milhão de habitantes, hoje somos o 26º. Alguma coisa aconteceu. Isso no meu entender é a preocupação, o profissionalismo do médico brasileiro, que busca uma solução para esse problema. Porque, afinal de contas, muitas doenças não teríamos achado o remédio se não fosse o tratamento off label, fora da bula, feito lá atrás”, comentou.

Além disso, o mandatário defendeu que os profissionais de saúde e as pessoas diagnosticadas com a doença tenham a liberdade de decidir sobre a utilização dos medicamentos, mesmo que os remédios não apresentem nenhuma resposta ao novo coronavírus.

‘O médico e o paciente têm que ser respeitados. E quem decide o tratamento precoce de uma pessoa infectada, já que não temos um medicamento ainda comprovado cientificamente, o médico pode na ponta da linha decidir em comum acordo com o paciente o que vai receitar.’

Vacinas

No mesmo evento, Bolsonaro disse que as vacinas contra a covid-19 são importantes e podem ‘dar mais conforto à população’ e ‘segurança a todos’. A declaração do presidente divergiu do que ele defendeu durante o ano de 2020 quase por completo, quando chegou a duvidar da eficácia dos imunizantes contra o novo coronavírus e se colocar contra a aquisição da CoronaVac, por conta da sua rixa com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que liderou o processo de testes da vacina no país.

Além disso, Bolsonaro disse por diversas vezes que os imunizantes poderiam causar reações adversas, ironizando que quem tomasse a vacina correria o risco de virar um jacaré. Nesta segunda-feira, contudo, ele garantiu que nunca deixaria de comprar nenhuma vacina, desde que elas fossem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

‘Sempre disse que qualquer vacina, uma vez aprovada pela Anvisa, ela seria comprada pelo governo federal. Só no ano passado, assinamos, em dezembro, uma Medida Provisória destinando crédito de R$ 20 bilhões para as vacinações. Elas agora se tornam realidade para nós. Já somos o sexto país que mais vacinou no mundo. Brevemente estaremos nos primeiros lugares para dar mais conforto à população, segurança a todos e de modo que a nossa economia não deixe de funcionar.’

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Variante do coronavírus no Amazonas é estudada em Oxford, diz Pazuello

Ministro da Saúde afirmou ter enviado o material coletado à Inglaterra para que o Ministério da Saúde saiba mais sobre o grau de contaminação e mortalidade da nova cepa originária no Amazonas

Sarah Teófilo

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta terça-feira (26/1), em Manaus, onde está desde o último sábado (23), que a variante do coronavírus encontrada no Amazonas está sendo estudada pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. A nova cepa identificada no estado tem preocupado autoridades do Brasil e de fora, por ter uma maior taxa de transmissibilidade.

‘Essa cepa que está sendo estudada aqui em Manaus, nós estamos observando que é uma cepa diferente. E essa cepa está sendo estudada em Oxford. Mandamos todo o material coletado para a Inglaterra para que a gente tenha uma posição exata sobre o grau de contaminação e agressividade dessa nova cepa’, afirmou.

Pazuello atribuiu o colapso do sistema de saúde em Manaus à junção do salto de infecção visto no Amazonas no começo de janeiro com os deficits vistos na região. Segundo o general, a alta de contaminados vista no começo do mês ‘foi uma situação completamente desconhecida para todo mundo’.

“A tendência é que seja uma cepa que contamina mais, mas com um grau de agressividade semelhante ao anterior. Mas é no número de contaminados, na propagação, que ela faz a diferença, somando essa diferença aos gargalos que eu acabei de apresentar, nós chegamos à situação de Manaus’, afirmou.

Entre os problemas citados pelo ministro, encontrados em Manaus, estão o desabastecimento de oxigênio, o baixo quantitativo de leitos e falta de profissionais disponíveis. ‘São gargalos de décadas, mas eles são reais’, disse o general, que indicou que a situação foi agravada pela situação epidemiológica encontrada no Amazonas.

OMS

Diferentemente do que é sustentado por Pazuello, o diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, ressaltou no último dia 15 que não se pode dizer que a situação alarmante em Manaus é provocada pela nova variante de coronavírus que foi identificada no Amazonas.

‘A redução do distanciamento social, a fadiga, a exaustão de ter que lidar com essas medidas estão levando a isso. E nós estamos entrando em ondas que, como pode ser visto no caso de Manaus, o sistema de saúde já havia sido enfraquecido por outras ondas. E, assim, é mais difícil sofrer um segundo e terceiro socos. A situação é difícil, e nesse caso, não é uma nova variante levando a esse [aumento] de transmissão. Novas variantes podem ter um impacto, mas é muito fácil só colocar a culpa na variante e dizer que foi o vírus que fez isso’, afirmou Ryan.

Cepa amazonense

Esta nova cepa amazonense foi identificada primeiro por pesquisadores japoneses. No último dia 13, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou uma nota técnica sobre a nova variante, apontando que ‘os estudos sugerem que as cepas, detectadas em viajantes japoneses que tinham passado pela região amazônica, evoluíram de uma linhagem viral no Brasil, que circula na Amazônia’.

Um dia depois de ver o colapso da rede de saúde e a crise da falta de oxigênio atingir a cidade de Manaus (AM), no dia 14, o Ministério da Saúde informou que foi notificado no dia 13, pelo governo do Amazonas sobre a confirmação de uma reinfecção de covid-19 pela nova cepa variante de coronavírus identificada primeiro por pesquisadores japoneses, mas originária de Amazonas.

Conforme a pasta, a Fiocruz identificou uma variante do vírus em uma mulher de 29 anos com sintomas leves da covid-19, diagnosticada em dezembro do ano passado. Ela já havia tido covid-19 em março. De acordo com o ministério, a ‘análise realizada mostrou um padrão de mutações, compatível com a variante do vírus SARS-CoV-2, identificada recentemente pelo Ministério da Saúde do Japão’.

O estado tem 11 linhagens do novo coronavírus circulando, segundo levantamento feito pela Fiocruz.

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“Não recebemos um centavo do Ministério da Saúde”, diz Doria sobre

Governador de São Paulo frisou o protagonismo do estado nas tratativas com a China para disponibilizar o imunizante no país e voltou a rebater a participação do governo federal no processo

Bruna Lima

Como forma de reafirmar o protagonismo de São Paulo nas tratativas junto à China para o desenvolvimento da vacina CoronaVac, o governador João Doria (PSDB) levou o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, para participar, nesta terça-feira (26/1), da coletiva de anúncio da liberação de mais 5,4 mil litros de matéria-prima do imunizante para finalização da produção pelo Instituto Butantan, responsável pela vacina junto com a Sinovac. Doria também voltou a reivindicar o protagonismo do estado nos trâmites e rebateu a participação do governo federal no processo.

“Todo relacionamento cultivado com a China, com a Sinovac, quanto às liberações [das vacinas] sempre foi conduzido pelo governo do estado de São Paulo e pelo Instituto Butantan. Nunca houve, volto a repetir, nenhuma interferência, nenhuma relação, principalmente para ajudar [por parte] do governo federal”, afirmou Doria, reforçando a nota do governo local, divulgada um dia antes, rebatendo o protagonismo do Planalto.

Ao mesmo tempo em que alegou que o embate não se trata de uma tentativa de politizar o tema, Doria frisou: “Apesar de todas as manifestações contrárias do governo federal, todas as manifestações desairosas do presidente da República e de seus filhos em relação à China, conseguimos trazer a vacina chinesa. Ou, como gosta de dizer o presidente, a ‘vachina’ ou a ‘vacina do Doria'”.

O governador ainda destacou que, atualmente, a maioria das doses disponíveis ao Programa Nacional de Imunização (PNI) é da CoronaVac. “Cuidamos bem e, por isso, as vacinas chegaram ao Brasil e chegaram bem”.

Doria aproveitou para cobrar o governo federal, reforçando o investimento do estado. “Todo investimento, desde maio até agora, foi suportado pelo governo de São Paulo e pelo Instituto Butantan. Até o presente momento, nós não recebemos um único centavo do Ministério da Saúde”, expôs, completando que acredita no compromisso firmado.

Autonomia

Apesar da espera pelo pagamento, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, ressaltou que não dependia do governo federal para assumir a responsabilidade de desenvolver a CoronaVac junto à Sinovac. “O Butantan fará a produção também de doses para Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru. Portanto, esse contrato com o ministério, assinado há duas semanas, não foi determinante nessa trajetória. Graças ao bom Deus que houve assinatura e que as vacinas estão sendo usadas”, disse.

Apesar de estar prevista a produção inteiramente nacional e independente da CoronaVac no Brasil, essa autonomia só deve começar a ocorrer em 2022. A fábrica que terá capacidade de produzir 100 milhões de doses anuais ainda está em construção, com previsão de entrega em outubro. “Esperamos colocar essa fábrica em operação, já certificada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no início do próximo ano”, previu Covas.

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O ESTADO DE S.PAULO

Juíza manda suspender entrega de vacinas a Manaus por falta de transparência

Decisão se refere ao imunizante de Oxford; idosos com mais de 75 estão entre os próximos da fila

Liege Albuquerque, especial para o Estadão, O Estado de S.Paulo

MANAUS – A juíza federal do Amazonas Jaiza Fraxe determinou que o governo estadual suspenda a entrega à prefeitura de Manaus das 132,5 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca que chegaram no sábado, 23, a Manaus até que haja transparência na vacinação, com a exigência da publicação de listas diárias de quem foi vacinado.

Covid-19

Covid-19 no Brasil

Consórcio de Veículos de Imprensa

A magistrada quer evitar que pessoas fora do grupo prioritário recebam as doses, como ocorreu na semana passada. Dois funcionários do governo estadual, já exonerados, e pelo menos quatro da prefeitura da capital, entre eles a secretária de Saúde, Shádia Fraxe, e o de Limpeza Pública, Sebastião Reis, que não sofreram nenhuma punição até agora.

A decisão atende a uma ação civil pública dos Ministérios Públicos do Estado (MPE), Federal (MPF), do Trabalho (MPT), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e Defensorias Públicas da União (DPU) e do Estado (DPE), contra o Município de Manaus.

O responsável pela Defensoria Especializada em Atendimento de Interesse Coletivo, Rafael Barbosa, defende, contudo, que não seja suspensa a aplicação da vacina, prevista para os maiores de 75 anos, além de completar os profissionais da saúde, que já começaram a ser vacinados com a Coronavac no dia 19.

“A suspensão, nesse momento, deixa as pessoas que mais precisam sem a única proteção existente. O vírus não respeita ordem judicial. Há, na sistemática processual, outras ferramentas para punir as autoridades responsáveis pela vacinação sem prejudicar o já atrasado e lento processo de imunização, até que se respeite a observância da ordem’, afirma Barbosa.

Conforme o mandado da Justiça Federal, a distribuição das vacinas só poderá ser feita após a prefeitura de Manaus cumprir as determinações impostas, especialmente de “total transparência no que se refere a programação e critérios para vacinação, devendo ainda ser divulgada diariamente a lista de vacinados, com a respectiva análise pelos órgãos autores e, em seguida, deliberação do juízo”.

Por recomendação do Ministério da Saúde, as doses da AstraZeneca irão atender a 35% de trabalhadores de saúde, 100% de idosos acima de 75 anos e 37% de idosos entre 70 e 74 anos, que têm maior risco de agravamento e óbito (acamados, pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, pacientes com insuficiência renal crônica, pacientes com diabetes insulina dependentes, obesidade com IMC acima de 40, e pacientes transplantados e imunossuprimidos). Essa remessa foi importada da Índia, pelo governo federal, após impasse diplomático para liberação do produto.

Amazonas reativa hospital de campanha

O Hospital Nilton Lins, que funcionou como hospital de campanha na primeira onda da covid-19 no ano passado, foi reaberto nesta terça-feira, 26, pelo governo estadual. Foram transferidos 30 pacientes transferidos de outras unidades por meio do sistema de regulação, mas a capacidade total é de 81 leitos e 22 de UTI.

Alguns leitos foram doados pela agência local da Organização das Nações Unidas (ONU), além de equipamentos de proteção individual (EPIs), medicamentos e outros materiais necessários ao combate de Covid no Estado.

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Auditoria do TCU vê ilegalidade em distribuição de cloroquina para tratar covid-19 e ministro cobra explicações de Pazuello

Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União, deu cinco dias para que o ministro da Saúde preste esclarecimentos sobre fornecimentos dos medicamentos com verba do SUS

Rayssa Motta

O Ministério da Saúde tem cinco dias para prestar informações ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) na distribuição de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

A ordem partiu do ministro Benjamin Zymler na última sexta-feira, 22, depois uma auditoria feita pela área técnica do tribunal apontou ilegalidade no custeio dos remédios sem eficácia comprovada para uso contra a covid-19. Apesar da ausência de comprovação científica, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apostaram nos medicamentos como estratégia de tratamento precoce contra o vírus.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. FOTO: GABRIELA BILO/ESTADÃO

No despacho, o ministro do TCU afirma que os remédios só poderiam ter sido fornecidos pelo SUS para tratar a doença se houvesse autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou de autoridades sanitárias estrangeiras. ‘Verifica-se não haver amparo legal para a utilização de recursos do SUS para o fornecimento desses medicamentos com essa finalidade’, diz um trecho do ofício.

Na avaliação do ministro, os esclarecimentos devem ser prestados na esteira da mudança de discurso do ministro da Saúde. Após meses de defesa e entrega em massa dos medicamentos pelo pelo governo federal, o general afirmou que a pasta nunca orientou o ‘tratamento precoce’ e sim o ‘atendimento precoce’ dos pacientes. ‘Nunca indiquei medicamentos a ninguém. Nunca autorizei o Ministério da Saúde a fazer protocolos indicando medicamentos’, afirmou Pazuello no último dia 18. Segundo observou Zymler, a posição é ‘contraditória’ em relação a orientações e documentos emitidos pelo próprio ministério sobre o uso dos medicamentos à base de cloroquina.

O TCU também pediu explicações sobre o aplicativo TrateCOV para agilizar o diagnóstico da covid-19. O tribunal quer indicação dos responsáveis pela plataforma, a descrição do funcionamento e se está prevista sua reativação. O aplicativo, que recomendava antibióticos, cloroquina e ivermectina até para bebês, foi tirado do ar na quinta-feira, 21.

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde atualiza plano de vacinação com novas categorias na prioridade

O Ministério da Saúde publicou a segunda versão do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 incluindo trabalhadores industriais e portuários nos grupos prioritários para receber o imunizante. A primeira versão foi divulgada em dezembro do ano passado.

Com esses dois novos setores, que totalizam 5,4 milhões de pessoas, o total do público prioritário subiu para 77,2 milhões de pessoas.

Foram mantidos os demais segmentos, mas em ordem alterada. Os idosos e pessoas com deficiência com 18 anos de idade ou mais em instituições de longa permanência e indígenas aldeados são citados em primeiro lugar, seguidos dos trabalhadores de saúde, pessoas com mais de 75 anos e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas.

Fazem parte também, após esses primeiros grupos, idosos de 60 anos a 74 anos, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente grave, moradores de rua, população privada de liberdade e funcionários dessas instituições, trabalhadores da educação do ensino básico e superior, forças de segurança e armadas.

Já haviam sido incluídos trabalhadores do transporte, abarcando aí empregados do transporte público de coletivos, linhas aéreas e transporte metroviário, rodoviário e aquaviário.

As comorbidades consideradas para os públicos prioritários são diabetes, pneumopatias graves, hipertensão arterial resistente e de estágios 1, 2 ou 3, insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, arritmias cardíacas, cardiopatias congênitas, doenças cerebrovasculares, doenças renais crônicas, anemia falciforme, obesidade mórbida e síndrome de down.

Até o momento, foram distribuídas 8,9 milhões de vacinas, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgado hoje. Esse montante é suficiente para vacinar 5,3 milhões de pessoas. Mas há previsão de novas vacinas com a chegada de insumos da China a partir da próxima semana.

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Vacinas já distribuídas atendem cerca de 10% dos públicos prioritários


As vacinas contra a Covid-19 distribuídas até o momento são suficientes para imunizar cerca de 10% dos públicos prioritários definidos no plano de imunização contra a doença. O balanço foi apresentado em debate virtual reunindo representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o Conass, até o momento, foram encaminhadas aos estados 8,9 milhões de doses, sendo 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca e 6,9 milhões de doses da vacina Coronavac, do consórcio entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, de São Paulo. Desses, seis milhões são relativas ao 1º lote, importado da China, e cerca de 900 mil são do 2º lote.

Esse conjunto de doses deve ser suficiente para vacinar 5,3 milhões de pessoas, conforme projeção do Conass. O cálculo considera que 3,28 milhões de pessoas deverão se vacinar com a Coronavac, – que demanda duas doses- e 5% de perdas.

Outro 1,9 milhão deverá ser imunizado com a vacina de Oxford/AstraZeneca. Apesar da aplicação do imunizante demandar duas doses por pessoa, como a 2a dose deve dada em até 12 semanas é possível utilizar os 1o lote de 2 milhões para começar a imunizar mais pessoas, empregando uma dose por paciente (descontados aí 5% de perdas).

Os públicos prioritários do plano de vacinação somam 77,2 milhões de pessoas. Neste universo estão profissionais de saúde, idosos e pessoas com deficiência com 18 anos ou mais em instituições de longa permanência, indígenas aldeados, idosos, comunidades quilombolas e trabalhadores em educação, segurança e transportes.

Para imunizar todo este contingente, são necessárias mais de 154 milhões de doses. ‘De acordo com os quantitativos [de vacinas], vamos precisar elencar novas prioridades até operacionalizar todo o plano nacional e vacinar este contingente’, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato.

O assessor técnico do Conass, Nereu Mansano, reforçou que, como ainda não há imunizantes para todos, o esforço é definir as ‘prioridades dentro das prioridades’ a partir dos públicos estabelecidos como prioritários. ‘Vamos ter que priorizar a manutenção de saúde e redução da maior mortalidade. Nosso grande objetivo é manter o serviço de saúde funcionando, principalmente aqueles mais utilizados no atendimento à pandemia sem esquecer os demais trabalhadores’, comentou. O assessor do Conass acrescentou que o intuito é imunizar todos os profissionais de saúde à medida que sejam adquiridos mais lotes de vacinas.

Monitoramento

A coordenadora do PNI destacou que é preciso fazer rastreamento da vacinação pelo fabricante, lote e paciente. Essa tarefa é ainda mais importante diante do fato de ser uma vacina nova. ‘Nós precisamos saber qual vacina o indivíduo tomou. Se a primeira [for] da Coronavac, vai ter que tomar a segunda dose da Coronavac’.

Os gestores de prefeituras questionaram sobre o fato do sistema de informações não estar funcionando. A representante do Ministério da Saúde respondeu que mesmo sem o sistema estar no ar é preciso que as secretarias municipais façam o registro dos dados para o monitoramento.

2021

A previsão do governo brasileiro é que em 2021 sejam adquiridas ou fabricadas por instituições brasileiras 354 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. Entre elas estão cerca de 100 milhões de doses da Coronavac e 212 milhões da Oxford/AstraZeneca em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 42,5 milhões de doses serão adquiridas por meio do mecanismo Covax Facility, consórcio internacional articulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).Além destas há negociações em curso para a contratação de lotes da vacina russa Sputnik V e as estadunidenses da Pfizer e Janssen. Os responsáveis pela Sputnik V vêm se reunindo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já no caso da Pfizer há divergências entre a farmacêutica e o governo sobre as condições da compra.

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Covid-19: Brasil tem 1,2 mil mortes e 61,9 mil infectados em 24 horas

Brasília – O Brasil teve o registro de 61.963 infectados e 1.214 mortes por covid-19 em 24 horas. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (26).

Com estes óbitos, o total de número de pessoas que não resistiram à pandemia do novo coronavírus subiu para 218.878. Ainda há 2.847 falecimentos em investigação por equipes de saúde.

O número de casos acumulados atingiu 8.933.356. 

Ainda há 915.823 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 7.798.655 pessoas já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (51.838), seguido por Rio de Janeiro (29.043), Minas Gerais (14.328), Ceará (10.363) e Pernambuco (10.222). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (835), Acre (856), Amapá (1.036), Tocantins (1.353) e Rondônia (2.149).

Em número de casos, São Paulo também lidera (1,71 milhão), seguido por Minas Gerais (699,2 mil), Bahia (570 mil), Santa Catarina (564 mil) e Rio Grande do Sul (532,9 mil). 

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A REDAÇÃO

Caiado publica decreto que restringe comércio de bebidas alcoólicas

Goiânia – O governador Ronaldo Caiado assinou, nesta terça-feira (26/1), o decreto nº 9.803, que restringe o comércio e o consumo de bebidas alcoólicas em locais de uso público ou coletivo, entre 22h e 6h em todo território goiano. O documento com as novas regras foi publicado em edição suplementar do Diário Oficial do Estado. 

A divulgação ocorre após videoconferência na segunda-feira (25) e decisão conjunta com prefeitos por meio de enquete em que 95,7% dos 141 votantes se posicionaram a favor da implantação da medida. Votaram todos os participantes da reunião virtual. Entre os que se posicionaram favoráveis à edição do decreto estão os dois maiores municípios do Estado: Goiânia e Aparecida de Goiânia. 

Conforme o decreto, a fiscalização do cumprimento da norma será adotada pelas autoridades fiscais municipais competentes com o apoio das forças policiais estaduais. Quem descumprir as regras está sujeito às penalidades previstas no artigo 161 da Lei nº 16.140, de 02 de outubro de 2007, e demais normas de regência, em especial multa, interdição do estabelecimento e cancelamento do alvará sanitário. 

Ao explicar a medida, o governador pontua que bares e restaurantes, bem como locais de festas e boates, foram identificados pela Secretaria de Estado da Saúde e órgãos de controle sanitário como os espaços de maior disseminação da covid-19. “E, se temos um vírus que se comporta com agressividade, é lógico que temos que estancar esse volume de contaminados”, disse Caiado. 

O governador defende ainda que a iniciativa é para antecipar um processo que pode causar uma situação delicada no país como um todo. “Essa segunda cepa tem uma característica que nos preocupa enormemente: a transmissibilidade. Na primeira, a contaminação foi mais lenta. Agora, é muito maior”, explicou. “Isso demanda uma sobrecarga nos hospitais, de oxigênio, medicamentos e tudo mais. Não cabe a um governador, principalmente eu, que sou médico, ficar esperando as coisas acontecerem. Tenho que tomar providências”, pontuou.

O secretário de Estado da Casa Civil, Alan Tavares, informou que a competência para regular o funcionamento do comércio em geral é dos municípios. “Desse modo, as autoridades fiscalizatórias locais terão apoio das forças policiais estaduais para adotar as medidas necessárias. Penalização, multa, cassação de alvará, interdição e outras medidas do tipo ficarão a cargo dos municípios”, reforçou.

Encontro com prefeitos

A proposta de estabelecer restrições ao comércio e consumo de bebidas alcoólicas foi discutida em videoconferência entre o governador Ronaldo Caiado, a equipe de saúde e vigilância sanitária, prefeitos, presidentes de tribunais, entidades empresariais e representantes da sociedade civil organizada, na segunda-feira (25).

O crescimento exponencial da contaminação preocupa as autoridades, principalmente, com relação à ocupação de leitos hospitalares. “Até 31 de dezembro de 2020 estávamos com ocupação de leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] de 48%. A partir de 1º de janeiro de 2021 subimos em torno de 1% por dia, de forma sustentada. Isso faz com que estejamos hoje na casa dos 75% de ocupação de UTI e 50% de enfermaria”, alertou o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.

Apesar do alto investimento do Governo de Goiás no combate à pandemia, com novos leitos em todo o Estado, o secretário lembrou que não há profissionais de saúde suficientes para atender uma demanda ainda maior.  “A rede expandiu muito em relação à primeira onda. Existe capacidade no Hospital das Clínicas (HC-UFG), mas isso é limitado do ponto de vista de estrutura física, de equipamentos e de pessoal”, reiterou Ismael Alexandrino. 

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Covid-19: Goiás registra 2,7 mil novos casos e 23 mortes em um dia


Goiânia – Goiás registrou 2.706 novos casos da covid-19 e 23 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta terça-feira (26/1). Com as atualizações, o Estado chega a 342.816 casos e 7.318 óbitos confirmados.

De acordo com a SES-GO, há o registro de 330.282 pessoas recuperadas. No Estado, há 294.918 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 217.545 casos.?

Além dos 7.318 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,13%, há 212 óbitos suspeitos que estão em investigação.

*Os números divulgados pela SES-GO são referentes aos dados inseridos/confirmados no sistema no último dia. Não significa necessariamente que as mortes aconteceram nas últimas 24 horas. 

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Ocupação dos leitos de UTI para covid-19 em Goiás é de 70,85%

Théo Mariano

Goiânia – A segunda onda do novo coronavírus é uma realidade nos municípios de Goiás. O governador Ronaldo Caiado realizou reunião emergencial, nesta segunda-feira (25/1), para discutir com autoridades públicas medidas de contenção ao avanço da covid-19 no território goiano. No geral, o estado registra, conforme dados retirados da plataforma de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) nesta terça (26), a ocupação de 70,85% dos 669 leitos de UTI destinados aos pacientes com a doença. 

Durante o encontro de autoridades, a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, apresentou documento que mostra uma crescente na transmissibilidade da covid-19 nas 14 cidades do estado com mais de 100 mil habitantes.

De acordo com a apresentação da superintendente, estimativas realizadas com base em dados conferidos entre 11 e 18 de janeiro apontam que cada um dos contaminados infectou uma outra pessoa. 

Em Jataí, a situação é ainda pior: cada caso confirmado contaminou outras duas pessoas. O município citado passa por situação preocupante, visto que ainda segue com todos os leitos de UTI ocupados.

A crescente gerou preocupação nas autoridades goianas. Conforme o governador Caiado, 97% dos prefeitos de municípios goianos se posicionaram a favor do estabelecimento da Lei Seca, para proibir a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos como bares, boates e afins após às 22h. A medida, porém, ainda não foi oficializada.

Ocupação dos leitos de UTI por regiões

A região Centro-Sudeste de Goiás possui a maior taxa de ocupação dos leitos de UTI para covid-19, com 82,67%. Restam apenas 13 vagas em unidades de terapia intensiva para destinar aos pacientes com o novo coronavírus. 

Com pouca diferença, a região Nordeste possui ocupação de 80,95% nas UTIs destinadas à covid-19. No entanto, são apenas quatro vagas disponíveis para pacientes da covid-19.

A região Centro-Oeste é a que possui maior quantidade total de leitos em unidades de terapia intensiva para covid-19 do estado, são 462 vagas. Destas, 74,68% estão ocupadas.

Atrás da última área citada, a região Sudoeste está com ocupação de 62,71% dos 59 leitos destinados aos pacientes com o novo coronavírus.

Por fim, aparece na plataforma da SES-GO a região Centro-Norte, que tem ocupação de apenas 25% dos leitos de UTI destinados ao combate da covid-19. Ao todo, são 52 vagas.

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JORNAL OPÇÃO

Metade dos brasileiros deixou de ir ao médico em 2020

Por Augusto Araújo

48% dos entrevistados que deixaram de comparecer em consultas apontam o medo de se contaminar com a Covid-19 como justificativa

Segundo uma pesquisa feita pela empresa de saúde Famivita, em outubro de 2020, pelo menos metade dos participantes deixou de fazer exames e consultas, sendo que 48% deles apontou como motivo o medo de se infectar com o coronavírus.

“Normalmente, quem já tem alguma doença vai fazer acompanhamento com o seu médico de rotina, mas as pessoas saudáveis precisam do checkup e o que indicamos são exames de rotina como o eletrocardiograma, para verificar a função elétrica do coração”, explica o médico e diretor do Centro Médico Atual, Jairo Souto.

Para Jairo, as pessoas “saudáveis” ou sem sintomas são as que mais precisam passar pelo checkup anual justamente para identificar desequilíbrios ou doenças de forma precoce, como as doenças cardiovasculares, principal causa de morte no mundo e que 80% dos seus casos podem ser prevenidos com a mudança do estilo de vida.

No caso dos homens, ainda existem dados que apontam que sete em cada dez deles só vão ao médico por influência da mulher ou dos filhos.

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Governo traça plano para abrir novos leitos de UTI e dar resposta a segunda onda da Covid

Por Marcos Aurélio Silva

Goiás teve redução no número de leitos após fechamento do Hospital de Campanha de Águas Lindas, por decisão do governo federal. Saúde estadual busca habilitar novos leitos já nos próximos dias

A Secretaria de Saúde do Estado busca habilitar novos 74 leitos de UTI exclusivos para pacientes da Covid-19. A medida visa dar resposta ao avanço da doença que tem deixado as autoridades de saúde pública em alerta. As unidades de terapia intensiva devem ser instaladas em três hospitais goianos. No total, somando aos já existentes, Goiás pode passar a contar com 319 leitos públicos de UTI Covid.Segundo a secretária estadual de saúde, o governo de Goiás está preparado para abrir, de imediato, mais 14 leitos de UTI no HCamp de Goiânia e 30 no HCamp de Itumbiara. Outros 30 estão sendo preparados no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), também na capital.

Essa movimentação para abertura do novos leitos de UTI é em razão do elevação de casos no Estado e também para resgatar no números UTI que sofreu uma baixa com o fechamento do Hospital de Campanha de Águas Lindas, no Entorno. A unidade possuía 200 leitos, sendo 40 de UTI , mas foi desmobilizada no mês de outubro por decisão do governo Federal, em razão da redução do registro de casos a época.

Até o fim da tarde desta terça-feira, 26, o nível de ocupação dos leitos de UTIs do Estado, exclusivas para pacientes com Covid, era de 81,7%. O percentual acende um alerta que já foi demonstrado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). Em uma entrevista dada no começo da semana ele alertou para para a situação. “Estamos naquele limite. A transmissibilidade [da Covid-19] tem sido alta. A letalidade tem mantido o percentual de 2% e também temos a preocupação com finais de semana e eventos. Não podemos ter uma oscilação para mais nesse quadro que estamos vivendo agora”, enfatizou.

Em nota, a secretária Estadual de Saúde informou que “diferente de outras unidades federativas que desmobilizaram leitos, nenhuma UTI aberta pelo próprio Estado de Goiás foi fechada. Muito pelo contrário, a ampliação que está sendo executada fará com que Goiás tenha mais leitos disponíveis do que na primeira onda.”

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Novo decreto estabelece “Lei Seca” em Goiás

Por Thauany Melo

Documento restringe comércio e consumo de bebidas alcoólicas em locais de uso público ou coletivo, entre 22h e 6h

Publicado em edição suplementar do Diário Oficial do Estado, o decreto nº 9.803 restringe o comércio e o consumo de bebidas alcoólicas em locais de uso público ou coletivo, entre 22h e 6h em todo território goiano. O documento foi assinado pelo governador Ronaldo Caiado.

Conforme o decreto, a fiscalização do cumprimento da norma será adotada pelas autoridades fiscais municipais competentes com o apoio das forças policiais estaduais.

O cidadão que descumprir as regras está sujeito às penalidades previstas no artigo 161 da Lei nº 16.140, de 02 de outubro de 2007, e demais normas de regência, em especial multa, interdição do estabelecimento e cancelamento do alvará sanitário.

Fiscalização

O governador pontuou que bares e restaurantes, bem como locais de festas e boates, foram identificados pela Secretaria de Estado da Saúde e órgãos de controle sanitário como os espaços de maior disseminação da Covid-19.

“E, se temos um vírus que se comporta com agressividade, é lógico que temos que estancar esse volume de contaminados”, esclareceu Caiado.

O governador também defendeu que a iniciativa é para antecipar um processo que pode causar uma situação delicada no país como um todo.

“Essa segunda cepa tem uma característica que nos preocupa enormemente: a transmissibilidade. Na primeira, a contaminação foi mais lenta. Agora, é muito maior”, explicou. “Isso demanda uma sobrecarga nos hospitais, de oxigênio, medicamentos e tudo mais. Não cabe a um governador, principalmente eu, que sou médico, ficar esperando as coisas acontecerem. Tenho que tomar providências”, acrescentou.

O secretário de Estado da Casa Civil, Alan Tavares, informou que a competência para regular o funcionamento do comércio em geral é dos municípios. “Desse modo, as autoridades fiscalizatórias locais terão apoio das forças policiais estaduais para adotar as medidas necessárias. Penalização, multa, cassação de alvará, interdição e outras medidas do tipo ficarão a cargo dos municípios”, reforçou.

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Fecomércio sugere mais rigor na fiscalização e avaliação quinzenal sobre Lei Seca proposta por Caiado em combate à Covid-19

Por Isabel Oliveira

Cerca de 97% dos prefeitos goianos são favoráveis a proposta feita pelo governador Ronaldo Caiado (DEM)

O presidente da Federação do Comércio de Goiás  (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, explicou ao Jornal Opção que em relação a proposta da Lei Seca discutida durante videoconferência realizada na tarde de segunda-feira, 25, é preciso mais rigor na fiscalização e estudar o aumento de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Goiás.

Baiocchi destaca que é importante pensar outras medidas de combate e prevenção à Covid-19, além da Lei Seca. “O que a gente defende em paralelo é que haja uma fiscalização mais rígida de quem não cumpra essas medidas e também o aumento da oferta de leitos no Estado. Tivemos o fechamento de muitos leitos, mas com o crescimento da doença entendemos que é preciso aumentar essa  oferta de leitos”, pontua.

Para o presidente da Fecomércio, os bares e restaurantes tendo essa limitação de venda de bebidas alcoólicas terão o faturamento restringindo. “Na reunião que participamos nos sugerimos que fosse feito um estudo a cada 15 dias, a medida em que o índice de contaminação diminuir”, afirma Baiocchi.

Lei Seca

A proposta surgiu durante videoconferência realizada entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e autoridades preocupadas com o quadro atual da pandemia no Estado. Um novo decreto estadual deve ser publicado em breve com as novas regras, onde a partir das 22h não haverá mais venda de bebida alcoólica nos bares dos municípios goianos.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação