ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Equipe captura para análise mosquitos que podem transmitir febre amarela, em Goiânia
Pacientes reclamam da falta de médico em Cais de Goiânia
Falta de médico nos postos de saúde
Jornada de cirurgia plástica
Atendimento prejudicado há quase 15 dias
Alimentação saudável poderia evitar metade das mortes por doenças do coração
Hospital é referência em casos raros
Curativo biológico com pele de tilápia trata pacientes queimados
Bactéria que matou adolescente no ES pode levar a óbito em poucos dias, diz infectologista
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Equipe captura para análise mosquitos que podem transmitir febre amarela, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/equipe-captura-para-analise-mosquitos-que-podem-transmitir-febre-amarela-em-goiania/5775538/
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Pacientes reclamam da falta de médico em Cais de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-1-edicao/v/pacientes-reclamam-da-falta-de-medico-em-cais-de-goiania/5773450/
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TV SERRA DOURADA
Falta de médico nos postos de saúde
https://www.youtube.com/watch?v=8WcB_2rPIvc
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Jornada de cirurgia plástica
https://www.youtube.com/watch?v=imZ-zre0WYA
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O HOJE
Atendimento prejudicado há quase 15 dias
Apesar da orientação para não faltar ao trabalho, fim de semana e segunda-feira foram marcados pela ausência de 41% dos médicos
WILTON MORAIS
Mesmo após reunião, entre o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), o final de semana na Capital foi marcado por mais problemas de atendimento. De acordo com balanço informado pela SMS, faltaram ao trabalho durante esses dias 91 profissionais, de uma escala de 218 médicos distribuídos entre sábado (1º) e ontem (3). A falta representa 41% do efetivo para os dias. A crise na saúde pública de Goiânia completará amanha (5), 15 dias, desde quando a Prefeitura suspendeu os contratos vigentes com a categoria e implantou um novo modelo. À ocasião, 480 profissionais foram exonerados.
Na última quinta-feira (30), em assembleia realizada na sede do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), os médicos decidiram em votação pela não aceitação do acordo oferecido pela SMS. De acordo com a SMS, ainda não foi apresentada nenhuma contraposição.
Como solução imediata e temporária, os profissionais solicitam a prorrogação dos contratos vigentes até que as negociações se conclua sem a interrupção do atendimento a população.
O pedido foi acatado pela pasta. Ao todo, 108 profissionais aderiram ao novo modelo de contrato.
No Cais Amendoeiras o atendimento ontem foi tumultuado e a espera durava mais de quatro horas. Segundo a SMS, foram disponibilizados para o atendimento três médicos para a unidade.
Ainda na segunda feira, a escala estava prevista com quatro médicos para o Cais Cândida de Moraes; três para o Cais Amendoeira, Cais Guanabara e Cais Chácara do Governador; dois no Jardim Novo e um pediatra em Campinas.
No setor Jardim América a população foi orientada a procurar outra unidade.
O Simego enviou as reivindicações debatidas com a categoria na sexta-feira para a SMS que já respondeu o sindicato. Porém, até o fechamento desta edição, o Simego ainda não havia divulgado o posicionamento que será tomado pela categoria. A SMS também não informou se acatara as reivindicações que ainda estão em debate. O Simego alertou ainda que orientou os médicos a não faltarem ao trabalho, já que os contratos foram prolongados, até que uma decisão seja tomada em conjunto, entre secretaria e sindicato.
Em coletiva de imprensa na sexta-feira (31), a SMS havia garantido médicos para o fim de semana. À ocasião, a secretaria Fátima Mrué explicou que as unidades contariam com um profissional médico no mínimo. A escala contaria com os novos médicos credenciados, além dos que estão com o contrato prolongado. O edital de chamamento da SMS continuará aberto até o dia 22 de abril para contratação de médicos credenciados. A Secretaria também espera que os profissionais procurem o Paço para fazer a adesão.
De acordo com a pasta, Goiânia, possui médicos efetivos, aprovados em concurso público e prestadores de serviço.
Os últimos são os responsáveis pelas 'faltas' que causaram a demora no atendimento a população.
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Hospital é referência em casos raros
Localizado na capital Goiânia, em pleno centro do país, o Hospital Materno Infantil tinha tudo para ser uma unidade convencional, dedicada ao atendimento prioritário de mulheres com gravidez de risco, não fosse a sua vocação e capacidade para enfrentar desafios raros da medicina moderna, como a separação de gêmeos siameses.
Contando 45 anos de história, a unidade de saúde pública tem garantido o seu lugar na história da Medicina, ao contar com corpo clínico altamente conceituado, como, por exemplo, o cirurgião pediátrico, Zacharias Calil, que conduz as cirurgias de separação desde 2000, sendo responsável por 17 cirurgias desta natureza.
Casos vindos de diferentes regiões do país encontraram na capital goiana o amparo necessário para promover esse delicado e arriscado procedimento, que pode levar até doze horas de operação.
Enquanto a literatura médica mundial indica uma média de um a cada cinco sobreviventes desta cirurgia de separação, os casos goianos são de 50% de sobrevivência.
O trabalho da equipe do HMI já despertou interesse de importantes pesquisadores mundiais, tendo ganhado destaque em programa especial produzido pelo canal Discovery Channel.
O Hospital Materno Infantil atua desde 1972 no atendimento de urgência, emergência e ambulatorial, com prioridade para o atendimento de casos de média e alta complexidade, como acompanhamento de casos de gravidez de alto risco. A partir de julho de 2012, sua gestão estadual passou a ser compartilhada com a Organização Social Instituto de Gestão e Humanização (IGH), voltada para assistência à saúde e geração de conhecimento na área.
Atualmente, a unidade possui 1.156 funcionários, dedicados ao atendimento médico e ambulatorial em Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Gestação de Alto Risco, Mastologia, Hemangiomas e Linfohemangiomas e Fissuras Lábio- Palatais. Ao todo, são disponibilizados 177 leitos, sendo 23 de UTI (5 UTIs maternas, 10 UTIs pediátricas e 8 UTIs neonatais); 22 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal; 10 leitos do Projeto Canguru; 122 distribuídos entre leitos de internação e observação.
Ainda possui 30 leitos de retaguarda no Hospital e Maternidade Vila Nova.
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Alimentação saudável poderia evitar metade das mortes por doenças do coração
Até o mês passado, segundo Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 70 mil brasileiros já morreram por conta de problemas cardiovasculares
Bruna Policena
Em apenas três meses do ano de 2017, mais de 70 mil brasileiros já morreram de doenças cardiovasculares – segundo o “cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia. E a grande causa pode ser a má alimentação. No caso dos brasileiros, os hábitos alimentares são marcados pelo consumo desnecessário de sal, carboidratos e gorduras. Algumas mudanças na alimentação, como substituir boa parte do sal por variados condimentos e ervas, e os carboidratos por vegetais e legumes, ajudariam a evitar ou tardar problemas cardiovasculares.
A revista da Academia Americana de Medicina publicou, recentemente, um estudo apontando que a deficiência ou ingestão exagerada de alguns grupos nutritivos, como carne vermelha e sódio, pode ser responsável por quase 50% dos mais de 700 mil óbitos por infarto, derrame e diabetes registrados nos Estados Unidos em 2012. As duas primeiras causas figuram no topo do ranking da mortalidade global – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A hipertensão arterial é assintomática. No entanto seus efeitos, prejudiciais à saúde, vão se instalando de forma lenta e progressiva. E, por conta da ausência de sintomas, a hipertensão deve ser pesquisada em todos, por medições periódicas da pressão arterial, como nos exames admissionais e de rotina trabalhista. E o fato ilusório de não provocar sintomas durante muitos anos não quer dizer que não deva ser tratada tão logo seja diagnosticada.
O estudo hemodinâmico, realizado através do cateterismo cardíaco, é uma das formas de diagnosticar problemas relacionados à saúde do coração, tais como obstruções das artérias coronárias, doenças do músculo cardíaco, da aorta, dos vasos pulmonares, lesões das valvas cardíacas e cardiopatias congênitas. Além de fornecer diagnósticos específicos e precisos, a hemodinâmica permite numerosas intervenções terapêuticas.
Entrevista: Firmino Haag (Médico cardiologista – Clínica São Camilo, São Paulo-SP)
1. A partir de qual idade a pessoa está propensa a ter um acidente cardíaco?
É variável a idade em que a pessoa pode ter um acidente cardiovascular grave. Porém alguns fatores podem ser preponderantes para que um evento cardiovascular aconteça precocemente. Principalmente relacionado a hábitos nocivos à saúde, como o uso do cigarro, tabagismo, bebidas alcoólicas, hábitos alimentares inadequados, assim como a inatividade física.
2. A alimentação é a principal causa dos acidentes cardiovasculares?
A alimentação inadequada rica em carboidratos, frituras e gorduras, assim como os hábitos não saudáveis e o sedentarismo, com certeza são fatores preponderantes para o aparecimento precoce de doenças cardiovasculares.
3. Existem remédios que tomamos no decorrer da vida que podem ‘favorecer’ problemas no coração?
Não existe nenhum medicamento específico comprovado pela literatura médica que possa prevenir ou retardar o aparecimento de doenças cardiovasculares. Até o momento na literatura científica, nada foi comprovado que fizesse prevenir ou retardar o aparecimento dessas doenças.
4. Problemas no coração podem ser hereditários?
Os problemas de coração normalmente só são hereditários nas situações relacionadas a hipertensão e lipidemia, que seria a elevação das taxas de colesterol e trigliceres. Então alguns pacientes com pais hipertensos têm mais predisposição a ter a doença da hipertensão arterial. Pacientes com pais com colesterol elevado também tem mais predisposição a apresentar doenças relacionadas ao acúmulo de gordura nas artérias.
5. Como um jovem pode se prevenir de problemas futuros no coração além da alimentação saudável?
O jovem pode se prevenir praticando atividade física, preferencialmente atividades aeróbicas; com alimentação saudável rica em frutas, verduras e legumes, e evitar o sedentarismo e hábitos nocivos como o tabagismo e o álcool.
6. No caso de uma pessoa que não pode ou não consegue fazer exercícios físicos, quais outras formas de melhorar a saúde e prevenir problemas no coração?
Hoje em dia, a limitação da atividade física, substituídas por atividades aeróbicas leves e associado a uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis podem ser um dos fatores para que possamos evitar o aparecimento das doenças cardiovasculares.
7. Como é possível diagnosticar algum problema cardíaco?
O diagnóstico do aparecimento e detecção de doenças cardíacas é feitos através de exames mais simples até exames mais sofisticados realizador em consultório médico periodicamente, dentre eles, exame de sangue com a dosagem de colesterol, do trigliceres, ácido úrico, e a glicemia de jejum, além dos exames mais específicos que seria o teste ergométrico de esforço, o ecocardiograma, o doppler de carote das artérias vertebrais, o holter, o mapa, até os exames mais complexos que seriam a anjiotomografia de coronária e a cinecoronariografia com ventriculografia esquerda.
8. De quanto em quanto tempo é importante fazer um check-up do coração?
O check-up na maioria das vezes é recomendado acima dos 40 anos tanto para homens quanto para mulheres; em paciente assintomático, pelo menos uma vez por ano.
9. Crianças e jovens podem ter problemas cardiovasculares?
Nas crianças e nos jovens, as doenças mais frequentemente encontradas são as de lipidemias, que seriam as alterações das taxas de colesterol e trigliceris, muitas vezes relacionadas a hábitos alimentares inadequados, e, em alguns casos mais específicos, as malformações das artérias venosas, que podem levar ao infarto agudo do miocárdio precoce ou ao acidente vascular cerebral.
10. Neste início de ano, já são mais de 70 mil mortes por problemas cardiovasculares. Esse número tem aumentado com relação aos anos passados?
Existe um aumento nos últimos anos, observado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), das doenças cardiovasculares associados à letalidade, e isso acontece muito em decorrência do estilo de vida das populações das grandes cidades, hoje em dia, e pela falta de acesso à informação e atenção básica da saúde.
11. As pessoas têm procurado cuidar mais da saúde e frequentar mais os cardiologistas nestes últimos anos?
Nós temos observado com bastante frequência um aumento nos consultórios médicos e nos laboratórios de hospitais de pessoas à procura de check-up e informações claras a respeito de suas doenças, o que tem ajudado bastante na perspectiva de reduzir a incidência na mortalidade deste tipo de patologia.
12. Como é possível estimular a consciência das pessoas quanto aos hábitos saudáveis?
É muito importante ressaltar que, quanto maior for a divulgação na mídia sobre assuntos de situações relacionadas a prevenção e mudança de hábitos de vida, com certeza vai ser um dos principais mecanismos preventivos para se evitar e minimizar as doenças cardiovasculares. Lembrando que é uma grande fatia de pacientes internados nos hospitais, o que eleva também, de modo significativo, o custo relacionado a saúde.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Curativo biológico com pele de tilápia trata pacientes queimados
Desenvolvimento da pesquisa com base em animais aquáticos é inédito no mundo
POR APARECIDA ANDRADE
Como alternativa no tratamento de lesões das queimaduras pesquisadores do Ceará, Pernambuco e Goiás desenvolveram pesquisa inédita a partir da pele da tilápia, peixe muito comum no Brasil. O estudo revelou que o curativo biológico de pele de tilápia oferece inúmeras vantagens frente ao tratamento tradicional. Dentre as vantagens: o fechamento do leito da ferida, promovendo completa aderência, evitando, assim, a contaminação de fora para dentro da mesma, além de evitar que o paciente perca líquido e sofra com dores.
No tratamento usual das lesões das queimaduras com pomada ou creme antimicrobiano o paciente é submetido a um procedimento que ocasiona desconforto e dor na hora de realizar o curativo. As trocas diárias de curativos a cada 24 horas requerem a remoção total da pomada do ferimento, num processo de limpeza da área, acarretando não só dor, mas demora no processo de cicatrização.
O tratamento de queimados com pele humana ou animal é uma prática comum na Europa e Estados Unidos, contudo, o desenvolvimento de um curativo biológico com base em animais aquáticos é inédito no mundo. A pesquisa vem sendo realizada há mais de dois anos, no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC) tendo como principais membros o coordenador da pesquisa, Edmar Maciel Sousa Lima, Marcelo Borges, Odorico de Moraes e Nelson Sarto Piccolo.
Em entrevista à reportagem do Diário da Manhã, o diretor-geral do Instituto Nelson Piccolo, chefe de divisão de cirurgia plástica do Pronto Socorro para Queimaduras e cirurgião plástico destacou que a utilização clínica da pele da tilápia mostrou-se promissora, tendo em vista as semelhanças do material com a pele humana, como grau de umidade, alta qualidade de colágeno e resistência. "As vantagens são múltiplas e em planos futuros a gente já está até considerando fazer tipo de derivações do uso da pele de tilápia, pelo fato dela ser tão espessa e rica em colágeno tipo I e tipo III, é uma fase futura de estudo", avalia.
A pesquisa se encontra na 14ª/15ª fase clínica e após ter sido aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em dezembro de 2015, o estudo em humanos queimados foi iniciado, no segundo semestre de 2016, em pacientes do Núcleo de Queimados do Centro de Queimados do Instituto Doutor. José Frota (IJF), em Fortaleza. O IJF já utilizou o método de tratamento de queimadura com pele de tilápia em pelo menos 56 pacientes.
"O rigor do estudo é grande e o paciente fica maravilhado. A ideia é fechar a ferida o quanto antes. Se for para definir a pele da tilápia em duas palavras: conforto para as queimaduras de 2° grau e proteção para as queimaduras de 3° grau", define Sarto. Ele observa que o uso clínico da pele da tilápia é empregado em queimaduras de 2º grau profundo e 3°grau.
Esclarece que a eficácia do tratamento em queimaduras de 2º grau consiste no fato de que, assim que a pele de tilápia gruda ela cai quando o paciente sara. Enquanto no caso de queimaduras de 3º grau apesar do corpo não produzir outra pele o curativo biológico protege o ferimento enquanto o paciente sara outras partes do corpo possibilitando a retirada da própria pele do paciente para a realização do transplante de pele.
Custos
Curativo biológico temporário com o objetivo de fechar a ferida evitando a contaminação, a pele de tilápia como qualquer outra pele, usada no tratamento de lesões das queimaduras, resulta em proteção do ferimento, diminui a troca de curativos e a dor. Contudo, é notório que um de seus principais diferenciais está na sua acessibilidade que, consequentemente, reflete nos custos do tratamento.
Nelson Piccolo explica que existem os substitutos artificiais de pele, mas, um pedaço menor que uma folha de papel A4 custa cerca de R$ 40 mil, se, por exemplo, o paciente precisar cobrir o tórax seriam necessários oito pedaços desse, o que, do ponto de vista prático seria pouco viável. "Com o curativo artificial os EUA passou a usar essa pele em todos, mas é muito caro tratar um queimado. O curativo biológico não é igual à pele artificial que permanece no corpo, mas você consegue enganar o corpo por vários períodos de dia desde que o corpo ache que está fechado".
Sobre o ponto de vista econômico ele acrescenta: "nós temos um milhão de peixe sendo criada agora. Se você tem um curativo que custa centavos, você pode enganar o corpo temporariamente. O corpo acredita que a pele de tilápia faz parte dele. Integra-se, assim como qualquer outra pele usada no tratamento".
Diretor-geral do Instituto Nelson Piccolo, chefe de divisão de cirurgia plástica do Pronto Socorro para Queimaduras e cirurgião plástico
Vítimas de queimaduras
Em Goiânia o Hospital de Queimaduras atende, em média, oito a dez mil pessoas por ano, os registros diários apontam o atendimento de 25 a 26 vítimas de queimaduras. Sendo os tipos de lesões mais comuns as com líquido quente e dentro da cozinha. As queimaduras de 1º grau são raras, as de 2º são a mais recorrente acompanhada, um pouco, da de 3º grau.
O cirurgião plástico Nelson Piccolo conta que as principais vítimas de queimaduras são as crianças. Divulga que existe na população uma média de 20 a 22% de crianças até 14 anos. "Em torno de 35% de nossos pacientes são crianças, elas se queimam mais do que existe na população, proporcionalmente se queimam mais", afirma.
Ele revela que 75% das mortes em criança é por álcool e mais ou menos 50% das deformidades também resulta do álcool. Enquanto no público adulto as deformidades por álcool correspondem a 30%, a nível nacional.
Esperança à vista
Hoje a pesquisa do curativo biológico de pele de tilápia conta com mais de 40 pesquisadores e o objetivo é aumentar a rede de pesquisa. "Queremos que o mundo saiba disso, então começamos a convidar pessoas, obviamente, interessadas em fazer parte do estudo multicêntrico. Em Goiás nós distribuímos para o Hospital de Queimaduras de Anápolis e para o serviço de queimadura do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), vamos trabalhar cada um no seu canto, com o estudo padrão", diz Piccolo.
O especialista prevê que o curativo de pele de tilápia comece a ser usada em pacientes queimados no prazo de um ano. "Acredito que em julho de 2018 já teremos concluído todos os estudos. Nossa ideia é que esse curativo seja realmente distribuído na Rede Pública abrindo esse leque cada vez mais para as pessoas realmente saberem qual o limite do uso do curativo biológico", afirma.
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PORTAL G1
Bactéria que matou adolescente no ES pode levar a óbito em poucos dias, diz infectologista
Segundo Aloísio Falqueto, bactéria vive na mucosa nasal. Apesar disso, manifestações graves da infecção não são tão comuns, disse o médico.
A bactéria Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA é a sigla em inglês), que matou a adolescente Lara Furno, na véspera de completar 15 anos, se manifestada de forma grave no organismo, pode levar à morte em poucos dias, segundo o infectologista Aloísio Falqueto.
Lara foi levada ao hospital pela família por três vezes em um período de menos de uma semana. Nas duas primeiras internações, ela foi diagnosticada com rinite e bronquite, respectivamente. Mas, ao dar entrada na unidade pela terceira vez, teve uma infecção generalizada, sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.
O infectologista explicou que a bactéria da espécie Staphylococcus Aureus é muito comum e está presente na mucosa nasal de aproximadamente 30% da população. Já a Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA) – que é uma variante genética da espécie – é mais rara, podendo ser encontrada na mucosa nasal de cerca de 2% das pessoas sadias, sem causar doença; no entanto, pode causar efeitos graves no organismo de algumas pessoas.
“Dependendo da característica genética da pessoa, além de outros fatores pouco conhecidos, ela invade a corrente sanguínea, e pode se manifestar da forma grave, que pode ser a septicemia – infecção generalizada – ou broncopneumonia”, explicou.
A infecção pela bactéria também pode se manifestar de forma considerada “leve”. “Na forma comum, os sinais são furúnculos, feridas, úlceras na pele, e também celulite, é uma inflamação do tecido subcutâneo”, disse.
Falqueto alerta, por exemplo, que essas feridas podem ser uma via de acesso da bactéria à corrente sanguínea. Por isso, é importante evitar espremer espinhas e furúnculos, por exemplo. “Se, ao espremer uma espinha, o pus que contém a bactéria entrar em contato com a corrente, ela poderá causar os efeitos mais graves”.
O infectologista explicou também que, assim como aconteceu com Lara, a forma grave de manifestação da infecção pela bactéria pode levar à morte em pouco tempo. “É rápido, às vezes com três, quatro dias, quando a bactéria cai no sangue, pode ser fatal”, disse.
Falqueto disse que ainda não é possível identificar por que algumas pessoas desenvolvem a forma grave da infecção e outras não. “São casualidades que a gente não consegue definir na medicina”, explicou.
Outro fato é que a variante genética da bactéria resistente à Meticilina era rara na década de 1960, quando foi produzido o antibiótico; na ocasião, era considerada uma bactéria típica de ambiente hospitalar. Mas nas últimas décadas tem aumentado muito sua frequência em pessoas da comunidade, sem relação com ambientes de hospital.
Morte
Segundo a família, Lara começou a passar mal uma semana antes da morte. No domingo (26), ela foi levada à uma unidade da Unimed, diagnosticada com rinite e voltou para casa.
Na madrugada de quinta-feira (30), a adolescente não conseguia respirar e teve que voltar para o hospital. "A médica deu diagnóstico de bronquite e mandou ela embora para casa de novo", lembra o irmão, Felipe Furno.
Na quinta-feira (30) pela manhã, Lara foi para a aula no Centro Educacional Primeiro Mundo, em Vitória, mas passou mal e voltou para casa. À noite, o irmão, que é estudante de medicina, constatou uma piora no quadro dela.
"Vi que a Lara estava com a frequência e batimentos cardíacos acelerados. Ela começou a ficar com as pontas dos dedos roxos, porque não conseguia oxigenar. Fomos correndo com ela para a Unimed. Os médicos já a entubaram e sedaram. O caso era muito grave”, disse Felipe.
No sábado (1), ela teve a primeira parada cardíaca. E, no domingo (2), sofreu uma nova parada, e não resistiu.
Unimed
Em nota, a Unimed Vitória informou que a paciente deu entrada no pronto-socorro do Hospital Unimed na madrugada do dia 31 em estado grave, sendo encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva.
A equipe do HU deu toda assistência necessária para o quadro apresentado e seguiu todos os protocolos clínicos no atendimento à paciente, que veio a óbito na madrugada de domingo, dia 2.
A cooperativa esclareceu ainda que quadros clínicos só podem ser divulgados com autorização da família.
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JORNAL OPÇÃO
Por controvérsia em edital, atendimento em Cais de Goiânia segue prejudicado
Por Amanda Damasceno
Só nesta segunda-feira (3/4), mais de 30% dos médicos não compareceram às unidades de saúde da capital
O imbróglio entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e os médicos credenciados continua gerando transtornos para a população de Goiânia. Segundo informações da SMS, nesta segunda-feira (3/4), cerca de 34% dos médicos faltaram: dos 49 escalados, 17 não compareceram aos Cais.
Assim, o atendimento aos pacientes continua sendo prejudicado. Médicos ouvidos pelo Jornal Opção na última sexta-feira (31/3) já haviam adiantado que não prestariam mais serviço para o município.
O impasse entre os médicos e a prefeitura vem desde o último dia 23 de março, quando foi publicado no Diário Oficial do Município um edital de chamamento para médicos. Com a publicação, os profissionais que estavam credenciados entenderam que tiveram seus contratos rescindidos, o que foi negado pela SMS.
O edital causou polêmica e a categoria considerou o novo contrato lesivo aos direitos trabalhistas da classe. Após assembleia, os médicos esperavam que a prefeitura prorrogasse os contratos atuais para garantir o atendimento à população até que novo acordo fosse feito.
Entretanto, a SMS não atendeu à solicitação da categoria e não prorrogou os contratos como afirmou que os profissionais credenciados deveriam continuar os atendimentos até o dia 22 de abril. Do outro lado, os médicos entenderam que, com a manutenção do edital de chamamento definida na sexta-feira (31), os contratos com a prefeitura se encerraram no sábado (1°).
Mesmo assim, a titular da pasta, Fátima Mrué, anunciou na sexta-feira (31) que os médicos deveriam seguir as escalas publicadas no site da prefeitura. Já no sábado (1º) médicos informaram que as escalas estariam erradas. A informação era de que diretores médicos teriam avisado em grupos de Whatsapp que a escala válida não seria a publicada pela prefeitura, mas a que já estava vigente.
Como uma forma de “completar” as escalas, os médicos concursados também foram chamados. Só que haveria até casos de médicos que estão de férias e aparecem na escala publicada pela secretaria.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação