CLIPPING SINDHOESG 08 a 10/07/17

10 de julho de 2017

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Fraude em vestibular de Medicina beneficiou 67 estudantes em Goiás
Imagens comprovam fraude em vestibular de medicina
Médico Zacharias Calil é cotado para ser o vice de Ronaldo Caiado
Anvisa diz que barrará importação comercial de inibidores de apetite
UPA do Parque Flamboyant é inaugurada

O POPULAR

Fraude em vestibular de Medicina beneficiou 67 estudantes em Goiás

OPERAÇÃO MONGE Polícia prende cinco dos nove integrantes do esquema. Grupo que atuou em 11 processos seletivos em dez meses pode estar agindo há 10 anos
Natália Araújo
Com o segundo esquema descoberto em menos de um ano, pelo menos 67 alunos foram beneficiados com fraudes em vestibulares para Medicina, em Goiás. De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa desmantelada na quinta-feira fraudou 11 processos seletivos de faculdade goiana e de Estados vizinhos, tendo movimentado aproximadamente R$ 5 milhões em dez meses. No entanto, grupo atuaria há mais de 10 anos.
As investigações da Operação Monge (apelido de um rapaz de Recife que estudava para o vestibular de medicina, mas suicidou-se diante da pressão), começaram depois que a Universidade de Rio Verde (UniRV) denunciou o aliciamento. O reitor da instituição. Sebastião Lázaro Pereira, narra que o pai de uma estudante de curso pré-vestibular procurou a faculdade para relatar a oferta.
"Nas averiguações, identificamos mais de 110 alunos que fraudaram as provas nas instituições: UniRV, campi Goianésia e Aparecida de Goiânia, Unifenas, em Belo Horizonte e Alfenas, Universidade Católica de Brasília (UCB) e também na Faciplan", diz o delegado Cleybio Januário Ferreira, da unidade Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Dos 110 alunos, 52 já estão matriculados nas instituições, e outros 15 se registrariam na UniRV, na próxima semana. Os 43 restantes não teriam se beneficiado do esquema. Segundo a Polícia Civil, os candidatos eram naturais de vários Estados, mas principalmente de Goiás e Minas Gerais.
O grupo garantia a aprovação nas provas objetivas. Ao candidato, cabia resolver a avaliação de redação. Caso não fosse aprovado no vestibular, o candidato não precisava pagar e poderia continuar tentando.
Primeiramente foram apontados nove integrantes na organização criminosa e cinco deles foram presos: o líder do grupo. Rogério Cardoso de Matos, os aliciadores Osmar Pereira Evangelista Filho, Fernando Batista Pereira, que também atuava como negociador e mensageiro, além da mensageira Elisangela Nunes Borges e o piloto Matheus Ovídio Siqueira. Matheus. Elisangela e Osmar foram liberados. Com eles, a polícia apreendeu R$ 150 mil e 6 carros de luxo. Outros quatro membros estão foragidos (veja quadro).
ESQUEMA
O esquema tinha início assim que o candidato em aliciado por meio de redes sociais na internet e aplicativos de celular ou ainda nas conversas entre os estudantes com o discurso sobre uma aprovação fácil no vestibular para medicina. Por cada pessoa, o aliciador recebia R$ 10 mil. O candidato que aceitasse integrar o esquema pagava entre R$ 80 e R$ 90 mil, ao fazer a matrícula.
Os pilotos eram responsáveis por resolver a prova. Matheus, estudante de engenharia civil da Universidade Federal de Goiás (UFG). respondia as provas de exatas. Outro piloto, as de humanas. Por cada certame, Matheus recebia entre R$ 15 e R$ 20 mil, afirma o investigador.
Após a resolução, as respostas eram enviadas aos mensageiros que repassavam aos candidatos. As mensagens eram recebidas em celulares que estavam escondidos nas roupas íntimas. Em uma gravação da polícia. Fernando aparece orientando o uso de, pelo menos. três peças de roupa íntima para conseguir entrar com o aparelho telefônico.
Durante as investigações, a polícia se passou por fiscais de um dos certames e acompanhou a movimentação de Matheus. O rapaz resolveu a prova em 30 minutos. O delegado pontua que não foram identificadas evidências de participação de servidores ou fiscais.
Foram investigados os certames realizados desde setembro de 2016 até o mês de junho de 2017. Entretanto, em relatos dos próprios suspeitos, o grupo atuava há mais de dez anos. "Antes de 2011, a legislação não contava com o crime de fraude no certame de interesse público. Da organização, aqueles que já foram presos anteriormente à essa data, foram absolvidos em instâncias superiores", explica. O esquema era realizado apenas para o curso de medicina.

Estudantes serão expulsos
As universidades ciladas na investigação repudiaram o esquema de fraudes para vagas em cursos de medicina, O reitor da Universidade de Rio Verde (UniRV), Sebastião Lázaro Pereira afirmou que suspeitou de atitudes de alguns candidatos, o que o levou à denunciar. Ele explica que colaborou com as investigações e que considera a conduta grave. "Os alunos que já estão estudando, serão expulsos. Os que fizeram aprova, não vão se matricular."
Pereira explica que aguarda lista a ser enviada peia Polícia Civil com os nomes dos alunos que ingressaram na UniRV por meio da fraude. "Atrasamos a matricula desse semestre para aguardar as investigações. Temos candidatos que, na teoria passaram no vestibular, mas que não serão matriculados." Ele condena a prática criminosa e entende que esse tipo de aluno será péssimo profissional.
Pereira explica que a universidade mantém rigor na fiscalização dos estudantes em dias de prova do vestibular e. justamente por isso, foi possível iniciar a investigação. Ele cila que, durante outros processos, já ocorreram casos de alunos serem flagrados nos banheiros com celular e iodos foram excluídos do andamento do processo de seleção. Mas até então, não se sabia sobre o esquema lodo.
A Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac) informou que terceiriza o processo seletivo, mas que a entidade é de extrema confiança e que os envolvidos serão expulsos. A Universidade Católica de Brasília (UCB) diz que preza, há 43 anos, pela transparência em seus processos seletivos e repudia qualquer alo que atente contra os princípios de moralidade e legalidade.
Um dos foragidos da operação Monge, realizada pela Polícia Civil, que desarticulou uma organização criminosa que fraudava vestibulares de medicina em instituições particulares já foi detido pela Polícia Federal, em 2015. Rodolfo Gomes Matos, que atua como aliciador e negociador no esquema desmantelado esta semana, foi um dos quatro presos na Operação Gabarito, sob a suspeita de fraude no vestibular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo com a PF, os detidos faziam as provas para terem acesso ao conteúdo das avaliações da prova de medicina e repassar as informações ao restante da associação criminosa. O caso está em tramitação na Justiça Federal.
Sobretudo, a Polícia Civil relatou que Rodolfo foi expulso da instituição, mas depois conseguiu retornar. Porém, acabou mudando de curso e estaria planejando ir para o Rio de Janeiro para onde teria transferido os estudos.

Entidades condenam prática de candidatos
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) condenaram a prática criminosa da quadrilha que coordenava o esquema e dos candidatos que buscaram o meio ilícito para ingresso na universidade.
Presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis vê com preocupação a conduta dos candidatos. "Entendemos que esse é um delito grave, que deve ser bem apurado e os responsáveis precisam ser punidos exemplarmente. É algo muito sério."
Reis entende que, tanto os criminosos que fazem parle da quadrilha, quanto os candidatos que se dispõem a participar do esquema fraudulento, precisam ser punidos exemplarmente. "É antiético e o profissional que sai da universidade com esse tipo de entrada constrange a categoria e difama a classe."
Ele espera que a Polícia Civil possa concluir os trabalhos para inibir casos semelhantes. Ele não entende que essa situação cause mácula no exercício profissional de outros estudantes das universidades que foram alvo da fraude. "É importante que a Polícia Civil faça um trabalho minucioso e apresente os nomes de quem já entrou no curso ou até mesmo se formou com esses meios ilegais para que medidas possam ser tomadas."
O presidente do Cremego entende que a maior parle dos candidatos chega à aprovação por esforço próprio.
Secretário de comunicação do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez destaca que o ingresso na faculdade, em qualquer curso, exige esforço e dedicação. "Ficamos preocupados com o fato de uma pessoa que pretende aluar na medicina já comece dessa maneira, burlando as regras e passando por cima de leis e cometendo crimes."
Martinez acrescenta que, não apenas na medicina, mas em qualquer situação, é exigido que se trate com respeito, que se faça o certo. "Ser ético é uma obrigação de qualquer pessoa. Defendemos, como sindicato, que o caso seja bem apurado e que todos os envolvidos possam ser punidos. Vemos essa conduta, especialmente do candidato, com preocupação. "
Martinez entende que por ser um curso visado e concorrido, o vestibular de medicina seja alvo mais recorrente desse tipo de prática. Em novembro do ano passado, cinco pessoas foram presas suspeitas de fraudar um vestibular em Mineiros (cidade a 425 km de Goiânia). A quadrilha cobrava R$ 150 mil pela vaga "Vemos ludo isso com preocupação, já que é um curso exaustivo e exigente. O aluno, futuro médico, deve ser ético desde o início."
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DIÁRIO DA MANHÃ
Imagens comprovam fraude em vestibular de medicina
Vídeo mostra como funcionava esquema de suspeitos com candidato a vaga de medicina

A Polícia Civil revelou a ação de suspeitos que negociavam fraude no vestibular de medicina com uma candidata através de um vídeo. Nele, um pai, a vestibulanda e os suspeitos se encontram em um hotel. Segundo a polícia, no quarto, os contratantes recebem a informação de como funciona o esquema que utilizava um celular para efetuar a fraude.
Das pessoas que aparecem no vídeo, um está preso e o outro foragido. Outros três são investigados.
ENTENDA O CASO
Na quinta-feira, 6, cinco pessoas foram presas durante a Operação Monge, deflagrada pela Polícia Civil. Elas são suspeitas de integrar um grupo que fraudava vestibulares de medicina em 12 Estados e no Distrito Federal.
De acordo com a corporação, as vagas eram vendidas por valores entre R$ 80 mil e R$ 120 mil. O valor varia conforme a forma de entrega do gabarito para cada candidato que se inscrevesse nas faculdades que oferecem o curso no país.
A quadrilha é investigada desde setembro do ano passado, após uma denúncia realizada pela Universidade de Rio Verde (UniRV). Segundo a instituição, o pai de uma aluna que fazia cursinho pré-vestibular procurou a reitoria da faculdade e alegou que havia sido abordado pelo grupo.
Em uma mensagem de celular interceptada pela Polícia Civil, uma estudante pergunta para um dos integrantes do grupo como funciona o esquema e o criminoso informa que passaria o gabarito das provas através de um celular pelo valor de R$ 80 mil e caso ela quisesse as respostas de forma direta, o valor passaria a ser de R$ 120 mil.
Segundo a polícia, os agentes filmaram os suspeitos enquanto eles explicavam todo o esquema. Nas imagens, eles utilizavam celulares próprios por debaixo das roupas íntimas para disfarçar.
Foram presos o empresário Rogério Cardoso de Matos, apontado como chefe da organização criminosa; o estudante de Engenharia Civil, Mateus Ovídio Siqueira; Fernando Batista Pereira, responsável pela negociação dos aparelhos e de como ocultar o equipamento, e dois aliciadores identificados como Osmar e Elisângela.
QUADRILHA
As investigações apontam que a ação da quadrilha ocorreu nas duas últimas provas de vestibular, de 2016 e 2017, da (UniRV), localizada em Goianésia e Aparecida de Goiânia, na Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Minas Gerais, na Universidade Católica de Brasília (UCB), assim como, na Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac), em Brasília (DF).
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JORNAL OPÇÃO

Médico Zacharias Calil é cotado para ser o vice de Ronaldo Caiado

Ele prefere disputar mandato de deputado federal, mas não rejeitaria uma convocação do pré-candidato do DEM ao governo de Goiás

Na semana passada, dois médicos e três políticos sugeriram que o médico Zacharias Calil seja indicado para vice na chapa do senador Ronaldo Caiado.
Na verdade, Zacharias Calil planeja ser candidato a deputado federal, mas, segundo as cinco pessoas ouvidas, ele não rejeitaria a vice do pré-candidato do DEM a governador de Goiás em 2018.
Ronaldo Caiado e Zacharias Calil estão conversando sobre política.
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DIÁRIO DE GOIÁS

Anvisa diz que barrará importação comercial de inibidores de apetite

Apesar da recente aprovação de uma lei que libera o uso de inibidores de apetite, a importação desses produtos para a venda no Brasil continuará vetada.
A afirmação foi dada pelo diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Jarbas Barbosa.
Segundo ele, como a lei fala apenas em autorizar produção, comercialização e consumo , sem citar a importação, a agência passará a vetar tentativas de empresas em trazer os anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol do exterior.
A ação tem base nas atuais regras brasileiras, que impedem a importação de produtos sem registro na Anvisa para serem vendidos no país.
Para uso próprio, por pessoas físicas, porém, a importação é permitida, desde que em quantidade e frequência compatíveis para uso -com receita médica, por exemplo.
Como a lei não incluiu a importação, e medicamento sem registro só pode ser importado para uso individual, essa seria uma medida que teríamos de proteção [à saúde da população] e controle , afirma Barbosa.
Segundo ele, essa foi a única opção encontrada pela agência para realizar o controle dos medicamentos recém-liberados -ainda assim, somente em parte.
É a única brecha que vimos. Em relação à produção no Brasil e comercialização, avaliamos que abre a porteira para o mercado paralelo e ilegal , diz.
Derivados das anfetaminas, os anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol foram comercializados por décadas no país, até serem proibidos pela Anvisa em 2011. Na ocasião, a agência alegou que essas substâncias não possuíam comprovação de eficácia e traziam mais riscos que benefícios.
A proibição deu início a uma disputa com entidades médicas e representantes de associações de pacientes, que recorreram ao Congresso em busca do retorno dos medicamentos.
Não é só porque é de baixo custo. Era uma opção terapêutica para os pacientes. Se não fossem eficazes, ninguém iria tomar , afirma a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Abeso (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade), que é uma das entidades que se posicionou de forma favorável à liberação.
Para Melo, a previsão de veto à importação não se justifica. Uma importação não deixa de ser atividade comercial , afirma ela, que lembra que o texto dá aval à comercialização dos inibidores.
NA JUSTIÇA
Em meio ao impasse, o cenário para os pacientes que buscam o retorno dos emagrecedores ainda é incerto.
Inicialmente, representantes da indústria declararam considerar pouco provável que houvesse interesse do setor em fabricar os medicamentos, já que ainda são necessários estudos para comprovar segurança e eficácia, considerados de alto custo.
A previsão, assim, era que o impacto da lei fosse maior em farmácias de manipulação -antes da proibição, elas respondiam por 60% das prescrições dos inibidores de apetite.
Sem o aval para importar as drogas, porém, farmácias podem ter dificuldade em obter as substâncias, também alvo de proibição em outros países.
A reportagem procurou a Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) para comentar o tema, mas não recebeu resposta.
O impasse também deve chegar em breve à Justiça.
Nesta quinta-feira, o CNS (Conselho Nacional de Saúde) aprovou uma recomendação para que as entidades que o compõem -associações de profissionais de saúde, pacientes e movimentos populares, além de gestores de saúde- entrem com ações no STF(Supremo Tribunal Federal) questionando a liberação.
Na ocasião, a CNTS (Confederação Nacional de Trabalhadores de Saúde) e outras entidades informaram que já estudam a possibilidade.
Em 2016, o STF suspendeu os efeitos da lei aprovada pela ex-presidente Dilma Rousseff que liberava a fosfoetanolamina, a pílula do câncer .
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DIÁRIO DE APARECIDA
UPA do Parque Flamboyant é inaugurada

Nova Unidade de Pronto-Atendimento beneficia 19 bairros e completa a rede de atenção às urgências do município

A nova Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Parque Flamboyant foi inaugurada na manhã do dia 30 de junho, sexta-feira. A unidade, que fica próximo à divisa com Goiânia, beneficia cerca de 19 bairros da região leste de Aparecida e foi inaugurada dentro do primeiro semestre deste ano, conforme compromisso feito pela atual gestão.
A novidade na UPA do Parque Flamboyant é a brinquedoteca e o banheiro infantil. A unidade conta ainda com oito consultórios, base descentralizada do Samu, odontologia, banheiros adaptados, sala de sutura, Raio X, curativo, eletrocardiograma, sala de hidratação, sala de gesso, inalação, farmácia, sala de preparo de medicamentos, lavanderia, laboratório, observação com 18 leitos, cuidados intensivos com seis leitos, depósito de material de limpeza, estacionamento, administração, recepção, entre outras dependências, que somam, juntas, 2.600 metros quadrados de área construída.
A UPA do Parque Flamboyant é do porte III e tem capacidade para realizar até 500 atendimentos por dia. O investimento total foi de R$ 4,7 milhões, sendo R$ 2,6 milhões do Ministério da Saúde e o restante, contrapartida do município. Com a unidade em funcionamento, Aparecida é a única cidade de Goiás contemplada com três UPAS 24 horas porte III. A cidade já conta com a UPA Buriti Sereno e UPA Brasicon. Além disso, os Cais Nova Era e Colina Azul dão suporte no atendimento de urgência e emergência. As UPAs de Aparecida possuem uma abrangência de 200 a 300 mil habitantes, portanto, com uma população de aproximadamente 550 mil habitantes, o município terá cobertura de mais de 100% em relação à política de atenção às urgências.
Essa UPA completa a rede de atenção às urgências do município. O próximo passo agora é entregar a primeira etapa do Hospital Municipal.
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METRO
Aos 4 anos, Mais Médicos tenta ser 'mais brasileiro'

Saúde. Nascido em julho de 2013, programa atinge 6 mil profissionais contratados, continua crescendo mesmo após troca de governo, mas tenta substituir o contingente de cubanos
O programa Mais Médicos chegou no último sábado ao seu quarto aniversário com a recém-alcançada marca de 6 mil profissionais brasileiros, que hoje são um terço do total de participantes.
Este número, improvável nos primórdios da iniciativa – bombardeada pela classe médica após o lançamento pelo governo Dilma, em 8 de julho de 2013 -, é parte do esforço de aumentar a autossuficiência do Mais Médicos, uma das prioridades do ministro da Saúde, Ricardo Barros.
No final de 2014, quando o programa já funcionava a todo vapor na era petista, havia 11,4 mil cubanos entre os 14,4 mil médicos. O peso deles, que era de 79% naquela época, está em 57%. Desde setembro de 2016, cerca de mil caribenhos que encerraram os três anos de trabalho voltaram à ilha e foram substituídos por brasileiros.
A mudança de rumo angariou um pouco de simpatia das entidades médicas – com quem "o diálogo está muito bom", segundo disse Barros ao Metro Jornal,  mas o CFM (Conselho Federal de Medicina) ainda torce o nariz a um dos pilares do programa: a isenção aos estrangeiros de prestar o Revalida, exame de qualificação para diplomados no exterior.
Também entraram no alvo do CFM os profissionais formados em países como Bolívia e Paraguai: em setembro, o governo derrubou o veto à inscrição – igualmente livre do Revalida – de médicos nascidos aqui, mas graduados em nações com menos de 1,8 médico por mil habitantes, a taxa brasileira.
Procurado, o Conselho diz que segue defendendo a aplicação geral do exame, "exigência feita em países onde os governos expressam real preocupação com a qualidade da assistência oferecida".
Para tornar o convite mais atrativo aos brasileiros, o governo mudou os editais: agora os candidatos informam não uma, mas quatro localidades onde querem trabalhar. Se não for alocado na primeira opção, o interessado escolhe uma das secundárias. "Facilitar que o médico escolha para onde vai é o primeiro passo para o sucesso do plano", diz Barros.
O ministro reconhece que os cubanos ainda serão necessários em comunidades remotas do interior e periferias das grandes cidades, onde ainda há carência de profissionais locais. Mas faz um adendo: "Eles também estão em grandes centros, não existe isso de eles só serem colocados nos locais distantes".
O programa também se expandiu territorialmente, saltando de 3.785 municípios atendidos no final de 2014 para os atuais 4.058, além de 23 Dseis (Distrito Sanitário Especial Indígena).

RICARDO BARROS
Comparado ao início do programa, o número de brasileiros aumentou e o de cubanos caiu. Qual a explicação?
Quando nós renovamos o contrato no ano passado com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde, que gerencia a vinda dos médicos cubanos), foi acordado que nós reduziríamos o número de cubanos para 7,4 mil em três anos.
Mas por qual motivo?
À medida em que nós criamos mais cursos de medicina pelo país, naturalmente os brasileiros ocuparão o espaço dos conveniados. Mas isso não ocorrerá rapidamente, até pela duração da graduação em medicina.
Então não há intenção de zerar a participação dos cubanos no futuro?
Se identificarmos locais onde os brasileiros não queiram permanecer, vamos ter cubanos. A gente entende que os cubanos recebem alta aprovação da população porque continuam permanecendo em locais onde os brasileiros não querem.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação