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DESTAQUES
Idoso espera por vaga de UTI em Goiânia
Apesar de surtos em outros estados, Goiás teve apenas um caso de febre amarela em 2017
Falta de praticidade emperra sistema
Dentistas entram com recurso contra liminar que os impede de aplicar botox
HGG pretende realizar 12 cirurgias bariátricas por mês
Regulamentação do cigarro pode ser alterada no Brasil
Idosos que não alimentam, adoecem
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Idoso espera por vaga de UTI em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/idoso-espera-por-vaga-de-uti-em-goiania/6421698/
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JORNAL OPÇÃO
Apesar de surtos em outros estados, Goiás teve apenas um caso de febre amarela em 2017
Por Mayara Carvalho
No entanto, a SES-GO reforça a necessidade da vacinação, disponível nos postos de saúde, que é recomendada para a faixa etária de 9 meses a 59 anos
A febre amarela tem causado pânico em moradores de São Paulo e Minas Gerais. A doença já causou pelo menos 21 mortes em SP e 10 em MG, somente em 2018.
Apesar de ser considerada área endêmica pelo Ministério da Saúde, o estado de Goiás não registrou nenhum caso de febre amarela neste ano e apenas um caso foi confirmado em 2017.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) esclarece que promove periodicamente medidas para evitar surtos da doença. O monitoramento constante faz a notificação de casos ser ágil, com investigação de todos os casos suspeitos. Além disso. são ofertadas vacinas para viajantes e intensificada a vacinação em municípios com baixas coberturas.
Com as medidas, no ano de 2017 houve apenas um registro de caso humano de febre amarela. Em 2016 foram três e em 2015 cinco casos.
No entanto, a SES-GO reforça a necessidade da vacinação, disponível nos postos de saúde, que é recomendada para a faixa etária de 9 meses a 59 anos.
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O POPULAR
Falta de praticidade emperra sistema
SAÚDE Pacientes têm problemas para agendar consultas e exames pelo novo software da Prefeitura, que substituiu o antigo chequinho. Procedimentos não são feitos no mesmo local
Ao chegar ao Hospital Araújo Jorge, na última terça-feira (9), a costureira Antônia Lidia dos Santos Lima, de 59 anos, esperava diminuir as dores e os problemas que estava vivendo em decorrência de seu tratamento para o câncer de mama. Sentindo-se mal, ela chegou ao local para receber atendimento emergencial, acompanhada da filha Maria Euzébia de Lima, de 37, e se deparou com um novo obstáculo: a dificuldade advinda do agendamento de exames pelo novo sistema da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que, em dezembro do ano passado, substituiu o antigo chequinho.
Os procedimentos foram marcados, mas seria necessária uma peregrinação para realizá-los, em um problema vivido por várias pessoas desde que o novo software da Prefeitura de Goiânia começou a funcionar. Os exames laboratoriais de Antônia, que antes costumavam ser feitos no próprio Araújo Jorge, foram distribuídos também para o Cais da Vila Nova e marcados para dias diferentes, exigindo que ambas, que vivem em Trindade, tivessem de voltar à capitai em outras duas ocasiões.
"Complicou demais. São lo-:ais distantes e não nos deram opção de escolher", reclama Mala Euzébia, que optou por recorrer a um laboratório particular la própria cidade e desembolsou R$90, mesmo com a realizarão do tratamento da mãe pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na manhã de ontem, o guichê para agendamento de procedimentos no Araújo Jorge esta-/a vazio. De acordo com a SMS, ima atendente foi destinada à unidade para "operar o sistema dos turnos matutino e vespertino" e realizar os agendamentos. No entanto, ela não estava no local durante visitas da reportagem ao hospital, realizadas nas manhãs de quinta e sexta-feira, lias em que, segundo relatos, da não compareceu.
Assim, Lucimary Barreira da Silva, 30, também saiu do hospital sem respostas. Após buscar medicamentos, a técnica em saúdebucal pretendia agendar exames que realiza no tratamento do câncer de mama, mas não :eve a quem recorrer. "Vou tentar ir ao Cais ou voltar aqui na segunda-feira", diz a mulher, que nora em Aparecida de Goiânia.
AINDASEMAVANÇOS
Desde a substituição do sistema de autorização de exames pelo atual software, anunciado pela Prefeitura no dia 1ºde dezembro como alternativa para agilizar e ter maior controle sobre os atendimentos médicos, com informação em tempo real sobre local e data em que os procedimentos serão realizados, os problemas vivenciados pelos pacientes aumentaram.
Ainda que o sistema busque proporcionar a possibilidade de agendamento em qualquer unidade de saúde da rede municipal, sem necessidade de deslocamento à Central de Regulação de Vagas, no Jardim Goiás, seu funcionamento esbarra na falta de praticidade, conforme relatam usuários. No Araújo Jorge, a situação fica mais evidente devido ao atendimento a pessoas de outras cidades ou Estados, e ao caráter da enfermidade, que exige tratamento em tempo hábil.
Para o diretor técnico da unidade, Alexandre Meneghini, a situação é de retrocesso, ainda que diante de uma mudança considerada " fundamentar.
"Houve uma mudança que não nos contemplou, que desorganizou o que estava funcionando. Foi feito sem planejamento", lamentou o gestor, acrescentando que há dificuldades para dialogar com a SMS sobre tema.
Segundo Meneghini, o hospital possuía a peculiaridade de oferecer a maior parte dos exames do tratamento pelo SUS na própria unidade. Com o novo sistema, parte disso foi perdido. "O paciente não consegue fazer os exames em um lugar só", diz.
Desde a alteração, o diretor técnico estima que o número de atendimentos diminuiu. Segundo explica, isso gera uma diminuição de arrecadação e dificuldade para bater metas, mas também uma queda nos gastos da Prefeitura, diante da não realização dos procedimentos.
Procurada pela reportagem, a SMS se posicionou por meio de nota, explicando que "pacientes do Araújo Jorge que moram na capital, por exemplo, podem procurar qualquer outra unidade de saúde da Prefeitura para marcar os procedimentos, que serão direcionados para a unidade de origem".
Mudanças impactam atendimento no Crer
As mudanças no agendamento de exames também impactaram o atendimento a usuários do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). À unidade, também foi disponibilizado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), um funcionário da pasta, que marca os exames por meio do novo software.
Sem saber da mudança, Antônio Silas Gomes Rabelo, de 52 anos, saiu de sua consulta, na última quinta-feira, e tentou obter um chequinho para o tratamento de artrose que afeta joelhos e coluna. Foi informado, por volta das 12 horas, de que o período para o agendamento já tinha sido encerrado e que teria de buscar a autorização em sua cidade, Luziânia. A falta de informação despertou o receio de que tivesse de voltará capital.
Ontem, porém, teve uma boa notícia ao se dirigir à Secretaria Municipal de Saúde de Luziânia e obter a autorização para os procedimentos necessários. "Tomara que continue assim", torce Antônio, aliviado após o transtorno inicial.
Diretor-geral do Crer, Valney Luís da Rocha diz que tem havido diálogo com as partes da SMS responsáveis pelo sistema a fim de conseguir melhorar o atendimento e compreender as peculiaridades da unidade de saúde. Ele avalia de forma positiva a nova proposta, mas crê que ainda há problemas decorrentes do período de implantação. "É uma ideia que me parece boa. A possibilidade de agendamento em unidades básicas de saúde algo bom para o paciente", opina.
Contudo, Rocha diz ter percebido uma diminuição no número de exames laboratoriais realizados, ainda que não considere possível identificar se em decorrência da distribuição para outras unidades ou por problemas para concluir o exame.
Em nota, a SMS reforçou que disponibilizou atendentes para operar o software no Araújo Jorge e no Crer e explicou que o agendamento pode ser feito em qualquer unidade da rede municipal de Saúde.
O POPULAR tentou contato com a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mraé, e com os responsáveis pela implantação do sistema, por meio da assesso-ria de imprensa, mas até o fechamento desta edição, não obteve retomo.
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O GLOBO ONLINE
Dentistas entram com recurso contra liminar que os impede de aplicar botox
Técnica ainda pode ser usada para tratamento funcional, como para corrigir bruxismo
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) entrou com recurso, esta semana, contra a liminar que impede que dentistas apliquem preenchimento facial e toxina botulínica, ou botox, para fins exclusivamente estéticos . Ainda não há previsão de quando o recurso será analisado, mas a categoria está otimista e acredita que em breve voltará a ser autorizada a fazer esses procedimentos estéticos.
Essas técnicas vêm sendo aplicadas por anos por dentistas para fins estético-terapêuticos – quando servem para corrigir algum problema funcional na face -, mas foi a somente partir de uma resolução de setembro de 2016 dada pelo CFO que os dentistas puderam começar a fazer esses procedimentos com objetivo puramente estético.
A liminar que derrubou essa resolução foi emitida por uma juíza da Justiça Federal no Rio Grande do Norte no último dia 15 de dezembro, após pedido realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC). O presidente do CFO, Juliano do Vale, defende que a liminar deixará de vigorar nos próximos dias: – O próprio CFM (Conselho Federal de Medicina) já reconheceu a legalidade dessas aplicações quando eram feitas apenas para corrigir problemas funcionais. Se essa autorização já foi reconhecida para tratar questões funcionais, por que não para corrigir questões estéticas? O procedimento é o mesmo. Se somos habilitados, enquanto cirurgiões dentistas, para fazer determinadas técnicas com um objetivo, por que não seríamos para fazer as mesmas técnicas com objetivo diferente? – questiona ele.
Segundo Vale, logo após a protocolação do recurso contra a liminar, foi designado, na última quarta-feira, o desembargador que analisará o caso. Ele afirma que houve tentativas anteriores de entrar com liminares parecidas em outros estados, mas só agora conseguiu-se uma decisão assim, no Rio Grande do Norte.
– Já houve um questionamento judicial sobre esse assunto no Distrito Federal, mas o Ministério Público Federal, na ocasião, entendeu que não havia justificativa para proibir os dentistas de fazerem esses procedimentos visando a estética. Avalio que nesse caso do Rio Grande do Norte, houve uma má-interpretação da atuação dos cirurgiões-dentistas – destaca o presidente do CFO.
– Se a pessoa, por exemplo, tem um sorriso gengival, que é como chamamos aquele sorriso em que o lábio superior sobre demais e mostra a gengiva mais do que devia, podemos aplicar preenchimento no lábio para que ele não suba tanto. Nesse caso, a pessoa não tem qualquer problema na gengiva, não é o caso de cortar a gengiva, mas apenas de aumentar a área coberta pelo lábio. Isso é estético e quem mais adequado para fazer algo assim do que um dentista?
Juliano do Vale argumenta que cirurgiões-dentistas, especialmente aqueles com especialização buco-maxilo-facial, lidam com procedimentos muito mais complexos do que os estéticos já citados e, tendo isso em vista, estariam habilitados a lidar com quaisquer complicações decorrentes dessas aplicações.
– Complicações podem acontecer em qualquer procedimento, até numa extração de dente e os dentistas sabem lidar com isso da mesma forma que cirurgiões plásticos e dermatologistas em seus respectivos consultórios – defende ele. – Não há diferença na infraestrutura dos consultórios de uma categoria para outra.
A administradora Miscia Moraes, de 37 anos, conta que já fez tanto aplicação de botox quanto de preenchimento facial em consultórios de dentistas, e sempre aprovou o resultado. – Fiz, pela primeira vez, um procedimento assim há dois anos: foi uma aplicação de botox para tratar bruxismo. A toxina foi aplicada em um músculo que fica na mandíbula, com o objetivo de relaxá-lo. Funcionou muito bem para mim – lembra ela, que é moradora de Piracicaba, no interior do estado de São Paulo. – Desde então, já fiz várias outras aplicações, algumas delas buscando somente uma melhoria estética mesmo. E nunca tive complicações.
Na ação movida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), que resultou na liminar do RN, foi alegado que procedimentos estéticos invasivos na face extrapolam a área de atuação dos dentistas. – Existem várias disciplinas dentro da odontologia, mas nenhuma sobre procedimentos estéticos da face – afirmou Luciano Chaves, presidente da SBCP.
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DIÁRIO DA MANHÃ
HGG pretende realizar 12 cirurgias bariátricas por mês
Habilitação do Ministério da Saúde possibilitará a realização de 12 cirurgias ao mês. Processo de habilitação passou por várias fases durante três anos de avaliação
O Hospital Alberto Rassi (HGG) está habilitação para realizar serviço de cirurgia bartátrica através de suporte técnico e financeiro do Ministério da Saúde.
O hospital Já fazia esta modalidade de cirurgia. Todavia, agora toma-se a unidade habilitada para realizar o serviço de atenção à obesidade em Goiás
O processo de habilitação passou por várias fases durante três anos de avaliação e agenda mento com o Governo Federal. O HGG atendeu normas de Vigilância Sanitária e adquiriu equipamentos específicos para atender os pacientes com índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40, diz a assessoria do hospital. A expectativa é de que sejam realizadas 12 cirurgias mensais a partir de agora na unidade. No ano passado foram realizadas 60 cirurgias.
O HGG Já conta com o Programa de Controle e Cirurgia de Obesidade (PCCO) desde 1998, mas a expectativa a partir de agora é que o Ministério da Saúde apoie as demandas da área e atue para que seja reduzida a fila de pacientes com necessidade de tratamento e cirurgias.
A equipe técnica do HGG agradece o empenho do senador Wilder Morais, que articulou Junto ao Ministério da Saúde os recursos e a habilitação, além de Fernando Machada que atua junto ao ministro Ricardo Barros, pela nova fase do hospital neste segmento de atenção.
OPERAÇÃO
Durante a preparação e pós-operatório, o paciente tem contato com uma equipe multiprofissional caso de médicos(cardiologistas, cirurgiões, endocrinologistas, pneumologistas, psiquiatras, etc), fonoaudiólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas.
Rafael Nakamura, diretor do Hospital Alberto Rassi, diz que a unidade tem experiência e está capacitada para dobrar o número de procedimentos, que será oferecido nas unidades básicas de saúde.
Para que a população tenha acesso será preciso procurar as unidades de saúde do municipio e após consulta com um especialista verificar se encaixa no perfil dos pacientes que necessitam de cirurgia.
Existe uma fila com 487 pessoas que necessitam do atendimento. A unidade atende no mo-mento 1.100 pessoas em fases anterior e pós-cirurgia bariátrica. O PCCO disponibiliza cerca de 800 consultas ao mês. A habilitação vai Intensificar esta espécie de tratamento.
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AGÊNCIA BRASIL
Regulamentação do cigarro pode ser alterada no Brasil
Anvisa, STF e Congresso debatem aumento de tributos, composição do produto e regras sobre a exposição em locais de venda pela indústria
A forma de exposição e comercialização de cigarros e outros produtos derivados do tabaco poderá ser regulamentada este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanilária (Anvisa). A questão já passou por consulta pública e será analisada na primeira reunião da diretoria colegiada da agência, marcada para amanhã, em Brasília (DF).
Entidades que defendem as políticas de controle do tabagismo argumentam que a exposição nas locais de venda é usada pela indústria como propaganda, proibida atualmente no Brasil pela Lei Antifumo. A tendência é que haja restrição na forma como os comerciantes deixam os maças ou carteiras de cigarro e outros produtos fumígenos expostos em vitrines ou locais que atraiam os consumidores.
A discussão sobre outras medidas de controle do uso do tabaco também deve se destacar na agenda do Judiciário e do Legislativo em 2018. Logo após o recesso, em fevereiro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
deve analisar a proibição dos aditivas de cigarro. O assunto foi colocado em pauta no ano passado pelo menos nove vezes, mas o julgamento foi adiado para o dia V de fevereiro.
"O Brasil foi um das primeiros países que promulgaram uma legislação proibindo os aditivos no cigarro. A gente sabe que esses aditivos, como baunilha, chocolate, menta, são colocados nos produtos pra atrair crianças e adolescentes para iniciação. É um assunto bem importante pra saúde pública", destacou a consultora no Brasil da União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares (The Union), Cristiane Vianna.
Na Câmara dos Deputados, os ativistas pelo Fim do tabagismo trabalham pela aprovação de projetos de lei que aumentam impostos sobre a produção de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. Entre as propostas em análise pelos parlamentares, há medidas que visam criar tributos sobre o tabaco para estimulara redução do consumo do produto e direcionar os recursos arrecadados para ações de prevenção e tratamento de doenças causados pelo fumo.
Um dos objetivos é fazer com que o fumo se torne inviável economicamente para boa parte das pessoas, principalmente entre os adolescentes, fase na qual se inicia o consumo de cigarro em 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo maior produtor
Do outro lado do debate sobre o controle do tabaco, estão os produtores e a indústria Com a segunda maior produção de tabaco do mundo, o Brasil se tornou o maior exportador mundial do produto. Segundo o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), só na Região Sul do país, onde está concentrada a produção nacional, a safra de 2016 teve 539 mil toneladas de tabaco. Espalhada em 600 municípios do Sul, a atividade agrícola do tabaco envolve 144 mil produtores rurais e tem receita de mais de R$ 5 bilhões, além de R$ 2 bilhões em divisas com exportação. De acordo com as entidades do setor, apenas 20% da produção é destinada para o consumo interno. Para aumentar o potencial de exportação, os produtores de tabaco esperam que o Congresso Nacional aprove mudanças na lei que exige que os maços de cigarros destinados à exportação não podem ter menos de 20 unidades. O setor também argumenta que as propostas de aumento da tributação seguem na contramão da tendência de simplificação tributária, em análise na Câmara, e que prevê a inclusão dos impostos do cigarro no grupo do chamado Imposto Seletivo (IS).
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O HOJE
Idosos que não alimentam, adoecem
Alimentação é considerada problema entre pessoas da terceira idade. Em contrapartida, dieta rica em vitaminas pode proporcionar maior longevidade
Marcus Vinícius Beck*
O percentual de idosos que apresentam problemas com alimentação atinge mais de 32% na América Latina. Dos ouvidos por pesquisadores de uma revista científica, 60,3% diz ter dieta pobre em vitaminas. Apenas 6,8% cuidam adequadamente da alimentação. Entretanto, ao serem questionados sobre a prática de atividades físicas, 35,6% afirmou que faz exercícios pelo menos três vezes por semana. Mesmo diante de muitos problemas corriqueiros à faixa etária, é comum de se deparar com os que não perderam a vontade de viver e dispensam o rótulo de “terceira idade”.
Mas outros, por conta de problemas, acabam deixando de lado a vontade de viver. De acordo com a nutricionista Paulinne Corrêa Moreira, do SPA Relancer, é normal se deparar com pessoas acima dos 60 anos que enfrentam problemas alimentares. “Há algumas coisas bem comuns em idosos que levam a baixa alimentação, como a quantidade de medicamentos que eles ingerem”, explica Moreira. Para ela, que atende tanto pacientes vaidosos e outros que “já perderam a alegria”, a ingestão excessiva de medicamentos é prejudicial à saúde, e acaba por afetar o paladar do idoso.
Por outro lado, a nutricionista garante que muitos procuram se cuidar. Segundo Paulinne, quem chega à terceira idade precisa estar atento aos alimentos que possuem altas concentrações de vitamina, que lhes proporciona “ingestão de proteínas”. “É recomendável que se procure alimentos ricos em fibras e minerais”, pontua a especialista. Frutas e verduras, assevera ela, são indispensáveis para a dieta dos idosos, que devem procurar “alimentar as bactérias boas do intestino” por meio de comidas específicas.
De acordo com a nutricionista, além dos cuidados serem essenciais à saúde, ingerir água também é indispensável. “Frequentemente, os idosos se esquecem de beber água, e isso afeta o bem-estar deles”, frisa. Mas o adequado para que eles obtenham boa qualidade de vida são as horas de sono. “Dormir bem, ter uma boa qualidade de sono, cuidar dos dentes para ingerir uma boa mastigação são cruciais para quem está na terceira idade”, recomenda. “Condimentos naturais como orégano, alho, cebola e limão também são importantes”, finaliza.
Idosos
“Todos nasceram velhos – desconfio/ Em casas mais velhas que a velhice/ em ruas que existiram sempre – sempre/ assim como estão hoje”, escreveu Carlos Drummond de Andrade, em “O velho”, poema publicado em livro de 1986, quando ele tinha 86 anos. Se, na poesia, todos nasceram velhos, na vida o mesmo não se aplica. Idosos ouvidos pelo jornal O Hoje durante a última semana queixaram-se de que a terceira idade traz sabedoria, mas também há seu peso, que muitas vezes vem acompanhado dores e uma série de preocupações.
A autônoma Sebastiana Alves Barcellos, 71, procura tomar cuidado com a alimentação. Adepta de exercícios físicos, ela faz uma alimentação pesada de manhã e, nos outros períodos do dia, “dou uma diminuída”. De acordo com Sebastiana, que é conhecida pelas amigas como ‘Tiana’, o segredo é ingerir bastante proteínas, como carne branca. “Carne vermelha é apenas duas vezes por semana”, relata a autônoma, que também faz pilates, ioga e enaltece que nunca adoeceu fisca e psicologicamente. “O segredo é ser alegre e de bem consigo mesma”, completa, arrebatando: “E é fundamental cuidar do emocional”.
Por sua vez, a aposentada Marli Juraci Machinski, 72, segue os passos de Sebastiana. Ambas não se conhecem, mas têm praticamente as mesmas preocupações com a alimentação. Para Marli, que é pedagoga aposentada, a dieta necessita de ser rica em proteínas. “Evito bebidas alcoólicas”, declara. Segundo Marli, o segredo para a qualidade de vida está em produtos naturais. “Como sou obesa, há alimentos que não posso comer”, frisa. Outro ponto crucial, de acordo com aposentada, é a ingestão de líquidos – naturais, de preferência. “Ajuda a fazer os rins trabalharem”, garante.
Conhecida de Marli, a aposentada Laeti de Souza Tavares, 67, também preocupa-se com os alimentos que ingere. De acordo com ela, a alimentação conta muito “sobre nós” e, por isso, é essencial “atentar-se para o que comemos”. “Raramente eu como alimentos que contém gordura”, explica ela, que quase não tem problemas de saúde. Alimentar-se com consciência, para Laeti, é o principal fator para a “longevidade e qualidade de vida”. “O psicológico também é um dos fatores primordiais para uma melhor qualidade de vida”, pondera, acrescentando: “A alimentação diz tudo sobre quem você é”.
Alimentação sem vitaminas é a causa de mortes por doenças cardiovasculares
Mudanças nos hábitos alimentares poderiam evitar a metade das mortes em decorrência de doenças cardiovasculares. Segundo um estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a deficiência ou a ingestão exagerada de carnes vermelha explicam 45% das 702.308 mortes contabilizadas nos Estados Unidos em 2012 por infarto, derrame e diabetes. Os dois primeiros, diz a OMS, estão no topo do ranking de mortalidade global.
Independentemente de sexo, idade e etnia, os hábitos não saudáveis tiveram alguma relação com o risco das mortalidades. Todavia, essa associação foi maior entre pessoas mais jovens, negros e hispânicos e com nível de escolaridade baixo/médio. Entre os portadores de diabetes, o que mais influenciou negativamente foi o sódio, seguido por carnes processadas, bebidas açucaradas e carne vermelha, que contribuíram para o desenvolvimento de várias enfermidades ligadas ao diabetes.
Em contrapartida, o consumo adequado de nozes/sementes, gorduras ômega – 3, frutas e grãos integrais, nesta ordem, foi associado aos índices mais baixos de mortalidade. Quanto à idade, bebidas como refrigerante foram o fator mais impactante na morte por doenças cardiometabólicas entre pessoas de 25 a 64 anos. Acima de 65 anos, o sódio excessivo foi quem desempenhou o papel de vilão.
Apetite sexual
“Amor é privilégios de maduros/ estendidos na mais estreita cama/ que se torna a mais larga e mais relvosa/ roçando, em cada poro, o céu do corpo”. Os versos de Carlos Drummond traduzem com fidelidade uma pesquisa do Datafolha. Divulgada em novembro do ano passado, o levantamento ouviu 2.732 pessoas com 16 anos ou mais em todo o país. Mas o que chamou a atenção foi o índice entre idosos. Na faixa de 55 a 59 anos, 75% disse que costumam ter relações sexuais. Entre 60 e 70 anos, o índice cai a 58% e, depois, a 43% de 71 a 80 anos.
A redução da atividade sexual está ligada questões biológicas e sociais. Na menopausa, a mulher deixa de produzir hormônios responsáveis pela lubrificação da vagina, o que pode provocar dor durante as relações sexuais. Já entre homens, há uma queda na produção de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual. Mas a boa alimentação é um dos fatores que podem auxiliar na volta do desejo. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação