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DESTAQUES
Quadrilha do Espírito Santo reutilizava materiais médicos que deveriam estar no lixo
Bebê depende de cirurgia no coração para sobreviver: 'Cada minuto é precioso'
Inscrições para concurso da Secretaria de Saúde de Goiânia são prorrogadas
Defesa pede revogação de prisão de médico suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Goiânia
Uso indevido de medicamento foi responsável por 33,62% dos casos de intoxicação
Exercício físico reduz medo de quedas em idosos
Cientistas criam modelos matemáticos para controle de epidemias
Sangue nos olhos
Uma cobra contra cirrose
Pele impressa em 3D substitui animais em teste de cosméticos
Vacina contra febre amarela deve ser aplicada dez dias antes da viagem
Inserir a caminhada na rotina merece cuidados e atenção com a saúde
FANTÁSTICO/TV GLOBO
Quadrilha do Espírito Santo reutilizava materiais médicos que deveriam estar no lixo
https://globoplay.globo.com/v/6456323/programa/
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G1 TOCANTINS
Bebê depende de cirurgia no coração para sobreviver: 'Cada minuto é precioso'
Cada minuto é precioso". A fala carregada de emoção é do motorista Abmael Pinheiro, pai do bebê Rafael Dias Pinheiro. O menino nasceu no início de janeiro com três graves problemas no coração e precisa de uma cirurgia urgente para sobreviver. O problema é que o estado ainda não faz cirurgias cardíacas em crianças e por causa disso várias mortes ocorreram no passado.
A Justiça até emitiu uma decisão, no último dia 17, determinando o prazo de 48 horas para o Estado providenciar a cirurgia e encaminhar o paciente para um hospital. Só que a ordem não saiu do papel e o bebê continua correndo risco de morrer.
O menino está internado no Hospital Dona Regina e o caso está sendo acompanhado pela Defensoria Pública. "Cada minuto é precioso porque ele não pode ficar esperando tanto assim. É urgente. Ele está estável, mas dentro da UTI e usando drogas para o coração continuar batendo", lamentou o pai.
Em todo o país apenas 11 centros fazem cirurgia de cardiopatia neonatal e pediátrica. Entre os anos de 2016 e 2017, pelo menos quatro bebês do Tocantins morreram enquanto esperavam por transferência ou liberação dos procedimentos. Um deles chegou a ser transferido para Goiânia, mas não resistiu.
Segundo o pai, um hospital no Rio Grande do Sul se propôs a receber a criança para fazer a cirurgia. "Dizem que foi feito um bloqueio na conta do estado, mas a gente está esperando pelo alvará para fazer a transferência para o hospital. Quando foi hoje [sexta-feira], o hospital me informou que só vai poder receber ele na quarta-feira da semana que vem", disse.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde foi questionada sobre o caso e informou que o procedimento cirúrgico que o bebê necessita não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Tocantins e não encontrou vagas em hospitais do SUS, em outros estados. Por isso, abriu processo de compra da cirurgia em unidade particular.
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G1 GOIÁS
Inscrições para concurso da Secretaria de Saúde de Goiânia são prorrogadas
As inscrições para o concurso público da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) foram prorrogadas até o dia 31 de janeiro. Conforme o edital, são 939 vagas disponíveis para diversos níveis de escolaridade. Os salários variam entre R$961, 72 e R$ 3.087,68. Os cadastros, que são gratuitos, devem ser feitos pela página de concursos da Prefeitura de Goiânia.
O edital foi aberto no dia 22 de janeiro. Os candidatos serão escolhidos conforme análise das experiências profissionais, currículos e títulos. As oportunidades contemplam vagas para médicos, cirurgiões, técnicos em saúde, auxiliares, psicólogos, farmacêuticos, enfermeiros, entre outros.
O candidato pode escolher, no ato da inscrição, entre as áreas de: Atenção Primária, Urgência, Saúde Mental, Atenção Secundária e Terciária (Maternidades e ambulatório) e Serviço de Verificação de Óbitos.
Com a alteração do cronograma, o resultado preliminar da seleção deve ser divulgado no dia 1º de fevereiro e o final, no dia 7.
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Defesa pede revogação de prisão de médico suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Goiânia
A defesa do médico Joaquim de Sousa Lima Neto, de 58 anos, informou que já pediu a revogação da prisão dele, que é suspeito de abusar sexualmente de 31 pacientes, em Goiânia. Apesar de não ter especialização, o homem fazia atendimentos como ginecologista em um hospital da capital, de onde foi afastado após denúncias.
Advogado que representa o médico, Tito do Amaral informou que fez o pedido de revisão da prisão do cliente na quinta-feira (25). Segundo ele, a defesa argumenta que ele não representa risco algum à sociedade ou às investigações, por isso deveresponder em liberdade.
“Ele tem residência fixa em Goiânia, não tem casas em outros lugares, a família dele está aqui e não há risco de ele fugir. Além disso, ele não é uma pessoa violenta, é uma pessoa pacata e tranquila e pode ser chamado pelas autoridades para ser ouvido sempre que necessário. Então não há necessidade de ele responder ao crime preso”, afirmou em entrevista ao G1.
Amaral destacou que o médico afirma ser inocente de todas as acusações e que a defesa está confiante de que irá conseguir a liberação dele. “Diante da documentação que juntamos e a argumentação que tecemos, estamos bem esperançosos de que vai autorizar essa revogação”, completou.
Investigações
Joaquim foi preso na terça-feira (23). Segundo a Polícia Civil, o profissional já foi condenado por violação sexual mediante fraude de outras pacientes, em 2015, e recebeu como pena multa de R$ 5 mil, além de três anos de prisão, convertidos em serviços comunitários. No entanto, a defesa recorreu e ele continuou trabalhando e cometendo os abusos.
Após as denúncias, o profissional foi afastado do Hospital São Loucas, onde trabalhava, em Goiânia. Conforme defesa da unidade, a direção só soube das denúncias no dia 27 de dezembro, após ser procurada pela polícia. Joaquim foi preso quase um mês depois. A comissão de ética do hospital encerrou o contrato de locação com o médico e o afastou do corpo clínico da unidade.
O médico também é investigado pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). Segundo consta no sistema de consulta do órgão, o profissional em situação "regular", mas como "não registrado" no campo de especialidade. De acordo com o presidente do conselho, Leonardo Reis, o fato pode implicar mais um agravante no processo instaurado contra o profissional no órgão.
Denúncias
Entre os depoimentos já colhidos pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) estão o de duas irmãs, de 20 e 22 anos. Uma delas contou que, durante um exame, o profissional fazia perguntas obscenas. “Ele [Joaquim] já começou com muita conversa estranha. Já ficou perguntando quais lugares que eu gostava de fazer sexo. Na hora do exame, quanto me tocava ele ficou perguntando se eu estava gostando”, afirmou.
Uma ex-funcionária do Hospital São Lucas, que fazia tratamento com Joaquim de Sousa Lima Neto, disse que também foi vítima do profissional. Em entrevista à TV Anhanguera, a mulher afirma que alertou caso à secretária dele e foi aconselhada a ficar calada porque médico “era sempre superior”. Segundo a Polícia Civil, 23 mulheres já registraram denúncia na delegacia.
A mulher contou, chorando, que em uma das consultas o médico tentou agarrá-la. “Eu falei para ela: [secretária] ‘Eu acho que aconteceu uma coisa diferente, o doutor falou umas coisas para mim, ele ficou falando umas ‘safadagens’. Aí ela: ‘não, relaxa, ele faz isso com várias pessoas, é o jeito dele. Se eu fosse você guardava isso para você, porque você é só uma funcionária, o médico aqui é sempre superior, e é melhor você não contar isso para ninguém”.
“Eu fui buscar uma receita com ele. A gente entrou no consultório e ele trancou a porta. Eu já fiquei com medo. Aí ele saiu da cadeira com a calça aberta. Eu fiquei me esquivando, tentando abrir a porta, mas eu estava sem as chaves e ele veio e começou a passar a mão no meu cabelo. Ele chegou a se esfregar em mim”, contou.
O G1 não conseguiu contato com a secretária para obter o posicionamento sobre o caso.
Investigação
Segundo a delegada Ana Elisa Gomes, responsável pelo caso, o abuso mais antigo relatado ocorreu há 24 anos.
“Ele tem 30 anos de profissão. No meu ponto de vista, ele passou a vida médica inteira fazendo isso. Tenho certeza que tem mais vítimas. Muitos casos não poderão ser levados para processos por causa do tempo, acredito que desses todos, sete se tornarão inquéritos, mas temos vítimas aqui desde 1994. Ainda assimSegundo a delegada Ana Elisa Gomes, responsável pelo caso, o abuso mais antigo relatado ocorreu há 24 anos.
“Ele tem 30 anos de profissão. No meu ponto de vista, ele passou a vida médica inteira fazendo isso. Tenho certeza que tem mais vítimas. Muitos casos não poderão ser levados para processos por causa do tempo, acredito que desses todos, sete se tornarão inquéritos, mas temos vítimas aqui desde 1994, é importante que elas continuem vindo denunciar”, afirmou ao G1.
A delegada acrescentou que vem acompanhando os depoimentos das vítimas, junto com a delegada Bruna Damasceno, e foi possível observar que o homem não fazia diferenciação entre elas. Gomes declarou que os abusos eram constantes e ocorriam sempre que ele via uma oportunidade.
“Acompanhando as oitivas, você percebe que os abusos eram normais no atendimento dele. Ele naturalizou, em especial, a masturbação das vítimas. Acredito que ele fez tantas vezes e nunca deu em nada que ele achou que podia continuar fazendo. Ao mesmo tempo ele fazia muita coisa de graça: atendimentos, cirurgias. Pode ser uma forma que ele achou de ‘se tranquilizar’ pelo que fazia”, comentou.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Uso indevido de medicamento foi responsável por 33,62% dos casos de intoxicação
O uso indevido de medicamentos foi responsável por 33,62% dos casos de intoxicação atendidos no Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, em Campinas (SP) no ano passado. Segundo um levantamento feito pela instituição, dos 5.420 atendimentos realizados no centro em 2017, 1.822 estavam relacionados ao uso indevido de remédios.
De acordo com o médico Luiz Carlos Silveira Monteiro a automedicação ainda é uma cultura muito resistente na sociedade brasileira e o uso inadequado de medicamentos pode acarretar sérios prejuízos para a saúde podendo até levar a morte do paciente.
Segundo ele, há diversas análises que devem ser levadas em conta antes de prescrever um remédio. “A interação com outros medicamentos, por exemplo, é fundamental para um diagnóstico preciso e a melhor indicação medicamentosa. O uso inadequado de várias substâncias pode ainda dificultar o correto diagnóstico e aumentar o problema de saúde do paciente”, disse.
Monteiro explicou que as crianças e os idosos são os mais prejudicados pelo uso incorreto de medicamentos. As crianças estão mais sujeitas à ingestão acidental e à intoxicação, principalmente no período de férias. Os idosos podem confundir os medicamentos.
“Por isso é preciso separar esses remédios em frascos para facilitar a identificação pelo idoso. Colocar em recipientes de cores diferentes, por exemplo, facilita na hora da medicação”, orientou o médico.
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Exercício físico reduz medo de quedas em idosos
Estudo na Escola de Educação Física e Esportes de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP reforça o que já vem sendo observado no dia a dia dos idosos e na literatura científica. Com o avanço da idade a capacidade funcional do idoso fica comprometida e afeta a marcha, a coordenação e o equilíbrio das pessoas, com aumento do risco de quedas e do medo de cair. Por outro lado, idoso ativo tem mais força, vitalidade, bom humor, capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida.
A educadora física Roberta Abdala analisou um grupo de 35 mulheres, com idade entre 60 e 75 anos. Esse grupo foi dividido em dois segmentos: o das sedentárias, que não praticaram exercícios físicos no último ano; e o das ativas, que praticaram exercício físico, duas vezes por semana e fizeram exercícios gerais em formato de circuito. Algumas idosas ativas faziam também outros tipos de atividades, como hidroginástica e caminhada.
Foram analisados os parâmetros da marcha (caminhada) de cada idosa, como velocidade, cadência, comprimento do passo, tempo em duplo suporte (tempo gasto pela pessoa para dar o novo passo), e número de passos, todos coletados por meio de um tapete de cinco metros com sensores de pressão.
As idosas caminharam sobre o tapete em duas condições experimentais: velocidade preferida e maior velocidade possível. Foram realizadas três tentativas em cada condição de forma aleatória, totalizando seis tentativas. As voluntárias também responderam a dois questionários, um para avaliar a aptidão física, e outro para avaliar a ocorrência e consequências das quedas.
Exercício físico como diversão
Para o professor Matheus Machado Gomes, orientador do estudo, os resultados significativamente melhores do grupo ativo mostram que praticar exercício físico na velhice é fundamental. “Minha dica é que as pessoas façam exercícios se divertindo, ganhando como brinde inúmeros benefícios para a saúde e a qualidade de vida como, por exemplo, a melhora da marcha relatada nesta pesquisa.”
O professor Gomes também fala da dificuldade para encontrar idosas sedentárias que estivessem dispostas a participar da pesquisa. “Para conseguir as 17 idosas sedentárias incluídas nesta pesquisa tivemos que convidar parentes, vizinhos, conhecidos e até parentes de graduandos da Escola. Parece que a dificuldade para o deslocamento, a falta de motivação para sair de casa e participar de algo desconhecido, além do receio de que não teriam bom desempenho nos testes eram os principais motivos para estas pessoas não participarem da pesquisa,” afirma.
Por outro lado, diz o orientador, foi fácil recrutar as idosas fisicamente ativas. “As idosas fisicamente ativas já frequentavam regularmente a Escola, como participantes de um projeto de exercícios físicos para idosos”.
A pesquisa Padrão de marcha, prevalência de quedas e medo de cair em idosas ativas e sedentárias é resultado de projeto de iniciação científica de Roberta Abdala, graduada em 2014 na EEFERP, com orientação do professor Matheus Machado Gomes.
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Cientistas criam modelos matemáticos para controle de epidemias
Modelar a propagação de epidemias onde as pessoas interagem em diferentes meios é o principal objetivo de uma pesquisa desenvolvida com o apoio do Cepid-Cemeai. O pesquisador Francisco Rodrigues, também professor do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é o coordenador deste estudo que investiga modelos matemáticos visando, entre outras aplicações, auxiliar em ações de controles epidemiológicos.
O trabalho realizado em cooperação com Guilherme Ferraz de Arruda, também do ICMC, Emanuele Cozzo e Yamir Moreno, da Universidade de Zaragoza, na Espanha, e Tiago P. Peixoto, da Universidade de Bath, no Reino Unido, apresenta uma formulação contínua de propagação de epidemia em redes multicamadas.
“Mostramos numericamente a existência de localização da doença e o surgimento de dois ou mais picos de susceptibilidade, que são caracterizados analiticamente e numericamente através da proporção de participação inversa. Em desacordo com o que é observado em redes de camada única, mostramos que a localização da doença ocorre nas camadas e não nos nós de uma determinada camada”, explica Francisco.
A pesquisa relata ainda um fenômeno interessante: o efeito de barreira; para uma configuração de três camadas, quando a camada com o autovalor mais baixo está localizada no centro da linha, ele pode efetivamente agir como uma barreira à doença. Trata-se de uma abordagem matemática unificadora do contágio de doenças, abrindo novas possibilidades para o estudo dos processos de disseminação.
O estudo teve início há quatro anos e ganhou destaque em artigo publicado em 2 de fevereiro do ano passado na Physical Review X. Neste momento, a pesquisa evolui para modelos mais precisos onde seja possível, por exemplo, propor políticas de vacinação que podem funcionar com muita eficácia na sociedade. “Com um conjunto de dados cada vez maior e eficiente será possível apontar com exatidão como agir e o tempo necessário para conter uma epidemia o mais rápido possível”, completou Francisco.
O foco atual do trabalho são pessoas e cidades, no entanto, o mesmo estudo pode ser aplicado a animais e rumores na internet. Saiba mais acessando o artigo na Physical Review X.
Sobre o Cemeai
O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (Cemeai), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiados pela Fapesp. O Cemeai é estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como um recurso industrial em quatro áreas básicas: Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software. Além do ICMC-USP, CCET-UFSCar, IMECC-Unicamp, IBILCE-Unesp, FCT-Unesp, IAE e IME-USP compõem o Cemeai como instituições associadas.
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Sangue nos olhos: Com aumento de casos no verão, saiba como evitar a conjuntivite
No verão, uma das doenças que tem aumento no número de casos é a conjuntivite, infecção que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho.
A mais comum é a causada por vírus, que é mais resistente, circulando com mais facilidade no ar por causa das altas temperaturas e umidade nesta época do ano e também em ambientes fechados.
“A gente pega mais fácil por contato direto. Se a pessoa coloca a mão no olho, dá a mão para outra pessoa, aí acaba pegando a conjuntivite. Mas pode pegar até pelo ar”, disse a integrante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristina Dantas. Piscinas são grandes focos de contaminação.
Aumento de casos
Em Caldas Novas, cidade turística de Goiás conhecida pelos clubes e piscinas de águas termais, registrou alta de casos da doença neste início de ano. O coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, José Custódio Neto, estima aumento em torno de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
O coordenador informou que estão sendo feitas notificações e coleta de material junto com técnicos do Ministério da Saúde para verificar se os casos são virais ou causados por bactérias.
Além dos fatores climáticos, o movimento nos parques aquáticos cresceram 30% em comparação ao ano passado. “Mais gente aglomerada junta nos parques aquáticos, mais crianças”, alerta Custódio.
Em Corumbá (MS), a cidade já registrou 378 casos, contra menos de 100 em janeiro de 2017. O período chuvoso, somado à maior aglomeração por causa das férias e à má higiene, podem ter provocado esse surto, segundo o secretário Municipal de Saúde, Rogério Leite.
Pelas redes sociais, a secretaria alerta a população sobre quais providências devem ser tomadas e servidores das unidades de saúde foram capacitados. “Os casos que os médicos da ponta não conseguem resolver são direcionados aos nossos especialistas”, disse Leite, acrescentando que o ápice do surto ocorreu há duas semanas.
Saiba mais sobre a conjuntivite:
O que é a doença?
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e também o interior das pálpebras. Pode ser alérgica, viral ou bacteriana. Nos dois últimos casos, é contagiosa.
Quais são os sintomas ?
Coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada.
A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.
Como é o contágio?
A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro.
A viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame oftalmológico.
A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só, com secreção mais amarelada ou esverdeada.
Como evitar?
Evite coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência.
Quem estiver doente deve lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.
Como é o tratamento?
No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica Cristina Dantas recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar.
Para a bacteriana, o tratamento é com colírio antibiótico. É recomendado lavar os olhos e fazer compressas de água gelada, filtrada e fervida, ou soro fisiológico. Nos casos mais graves, a córnea pode ser perfurada.
A conjuntivite alérgica é tratada com colírio antialérgico. No caso das crianças, a médica alerta para necessidade do tratamento, pois as chances de uma úlcera ou ferida na córnea são maiores. Sempre procure um oftalmologista para o diagnóstico correto.
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Uma cobra contra cirrose
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) descobriu que a cobra-cega (Siphonops annulatus) possui uma função hepática natural que pode trazer avanços para o tratamento ou mesmo para a cura da cirrose, doença que mata, por ano, cerca de 30 mil pessoas no país, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia.
A cirrose é o avanço de diversas lesões no fígado ocasionadas pelo alcoolismo crônico, por hepatites e por medicamentos, em menor prevalência. Em qualquer um dos casos citados, o órgão tenta se autorreparar produzindo, exageradamente, colágeno de cicatrização, fazendo com que o fígado perca sua função e venha à falência completa.
Os resultados do estudo apontaram que a cobra-cega possui células no fígado capazes de remover e degradar o colágeno. Elas também são capazes que digerir células do sistema relacionadas aos processos inflamatórios e fibróticos.
De acordo com o autor principal do trabalho, Robson Gutierre, professor colaborador e pesquisador dos departamentos de Morfologia e Neurologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), a tolerância imune pode ser estudada nessa espécie porque elas produzem células pro-inflamatórias nesse fígado durante toda a vida, sem desenvolver inflamações crônicas. Estes animais não possuem medula óssea e produzem células sanguíneas no fígado e no baço.
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Pele impressa em 3D substitui animais em teste de cosméticos
Modelos de pele humana impressos em 3D para substituir animais em testes de cosméticos são o tema do trabalho da pesquisadora Carolina Motter Catarino, que acaba de receber um prêmio internacional. A pesquisa de doutorado realizada no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy (Estados Unidos), é uma das premiadas pelo The 2017 Lush Prize, destinado a descobertas sobre testes que eliminem o uso de animais. A base do trabalho premiado foi o desenvolvimento de um modelo de pele humana reconstruída in vitro para testar toxicidade, realizado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, com orientação da professora Silvya Stuchi.
Em alguns países onde o teste de cosméticos usando modelos animais ainda é permitido, são usados animais como coelhos e ratos, entretanto, muitos países baniram essa prática em favor do uso de métodos alternativos. “Por exemplo, em 2009 a União Europeia proibiu o uso de animais para testes de cosméticos e em 2013 proibiu a venda de produtos que tenham sido testados em animais”, relata Carolina. Quanto aos testes em animais no Brasil, um projeto de lei esta tramitando no Senado Federal para proibição efetiva do uso de animais para testes de produtos cosméticos e de higiene pessoal. “Uma série de métodos alternativos foram desenvolvidos nos últimos anos, como os modelos de pele humana reconstruída in vitro.
De acordo com a pesquisadora, os testes com animais apresentam inconveniências. “Primeiramente, os animais são fisiologicamente muito diferente dos seres humanos, como por exemplo, a composição e estrutura das camadas da pele e concentração de folículos capilares”, aponta. “Essas e outras diferenças podem gerar resultados que não são reproduzidos em humanos posteriormente ou até mesmo não antecipar possíveis efeitos adversos”.
Os modelos de pele disponíveis atualmente para testes são fisiologicamente semelhantes a pele humana e foram validados para parâmetros específicos tais como irritação e corrosão, observa Carolina. “No entanto, a maioria destes modelos contém no máximo um ou dois tipos de células dentre os mais de 15 tipos presentes na pele humana e não apresentam vasculatura e apêndices (folículo capilar, glândulas sudorípara e sebácea)”, ressalta. “A falta destes componentes e dos diferentes níveis de complexidade deixa espaço para desenvolvimento de modelos mais completos e que sejam fisiologicamente mais relevantes”.
Impressão
A pesquisadora trabalhou com células humanas extraídas a partir de amostras de pele provenientes de cirurgias plásticas ou postectomia (cirurgia para remoção do prepúcio). “Em geral são usadas amostras de prepúcio de cirurgias realizadas em recém-nascidos. Essas células apresentam um melhor potencial para expansão e diferenciação em comparação com células isoladas de amostras de pele de adultos. Após isolar as células, elas são expandidas in vitro, de modo a gerar quantidade suficiente de células para reconstruir a pele”, explica. Para a impressão da pele o primeiro passo é preparar as diferentes bio-inks (tintas biológicas). “Essas tintas são compostas por uma mistura de proteínas presentes na pele humana, tais como o colágeno tipo I, e as células de pele previamente isoladas, como fibroblastos, queratinócitos e melanócitos”.
Os cartuchos de bio-ink são estão colocados na impressora e o processo de impressão é iniciado e controlado por um software. “Depois de impressas, as amostras de pele são mantidas numa incubadora de 12 a 21 dias para a diferenciação das camadas da pele”, descreve Carolina. “Após esse período, a pele apresenta estrutura semelhante a pele humana e que pode ser usada, por exemplo, para avaliar potencial irritante ou corrosivo, entre outros, de substancias aplicadas topicamente”.
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A pesquisadora começou a pesquisar modelos de pele in vitro durante o curso de graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), quando participou do Brafitec, programa de intercambio acadêmico para alunos de Engenharia entra o Brasil e a França. Ela estudou seis meses na Université de Technologie de Compiègne e depois fez estágio de seis meses na empresa L’Óreal, em Paris. “O trabalho na empresa era usar modelos de pele reconstruída para testar uma série de compostos. Esse foi o primeiro contato com o conceito de métodos alternativos aos testes em animais”, conta.
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A REDAÇÃO
Vacina contra febre amarela deve ser aplicada dez dias antes da viagem
A poucos dias do início do carnaval, o Ministério da Saúde reforçou nesta segunda-feira (29/1) que a vacina contra a febre amarela deve ser aplicada pelo menos dez dias antes de qualquer viagem para locais do país onde há recomendação de imunização. A pasta destacou que a orientação só é válida para pessoas que nunca se vacinaram: quem já tiver recebido uma dose ao longo da vida não precisa procurar novamente os postos de saúde.
“Para garantir a proteção, a dose deve ser aplicada com, pelo menos, dez dias de antecedência à viagem, tempo necessário para o organismo produzir os anticorpos contra a doença”, informou o ministério por meio de nota. Ao todo, 20 estados e o Distrito Federal fazem parte da chamada Área com Recomendação de Vacinação. “Para quem vai se deslocar no período do carnaval para uma dessas áreas, a recomendação é buscar a imunização até o fim de janeiro”.
Os casos de febre amarela registrados no país, segundo o comunicado, permanecem no ciclo silvestre da doença – quando a enfermidade é transmitida apenas por mosquitos encontrados em regiões de mata, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942. “Portanto, os cuidados devem ser redobrados para os viajantes que se deslocarem para zonas rurais e áreas de mata”, informou o ministério.
Ainda de acordo com o governo federal, desde 2017 até o momento, foram encaminhadas cerca de 57,4 milhões de doses da vacina para todo o país, sendo 48,4 milhões de doses apenas para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, onde a estratégia de vacinação está sendo intensificada.
Dose única
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única contra a febre amarela, recomendado a partir de 2014 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o ministério, estudos comprovaram que uma dose é suficiente para proteger a pessoa durante toda a vida.
“A vacina para a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença, e confere proteção entre 90 e 98%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos”, destacou a nota.
Para algumas populações, a vacina é contraindicada. São elas: pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; pacientes em tratamento com quimioterapia/radioterapia; crianças menores de 6 meses e pessoas que vivem com HIV/aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3).
“Para essas pessoas, a prevenção pode ser feita com uso de repelentes e roupas de manga comprida, além de evitar locais com evidência de circulação do vírus”, orientou a pasta.
Outros grupos devem ser vacinados somente se estiverem em áreas de risco e, antes, devem ser avaliados por um serviço de saúde para definir se há necessidade de vacinação. É o caso de gestantes; mulheres que estão amamentando; idosos; pessoas que vivem com HIV; pacientes que já terminaram o tratamento com quimioterapia/radioterapia; e pessoas que fizeram transplante. (Agência Brasil)
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O HOJE
Inserir a caminhada na rotina merece cuidados e atenção com a saúde
Deixar o carro na garagem e optar pela caminhada é uma boa opção tanto para a saúde quanto ao meio ambiente. A mudança de hábito, porém, deve ser feita sempre com cuidado e atenção para alguns sinais do corpo. De acordo com o ortopedista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Agnaldo de Oliveira Jr., a primeira atitude é passar por uma consulta médica a fim de conferir o estado de saúde.
Com a liberação do médico, o próximo passo deve ser quanto ao calçado escolhido para as caminhadas diárias. Até mesmo os trajetos mais comuns, como ir ao trabalho, nunca devem ser feitos com um sapato de salto ou social, como alerta o médico. A melhor opção é o tênis.
"Quando se usa salto, a musculatura atrás da perna fica retraída, encurtando o músculo. Ao tirar o calçado, a pessoa vai sentir dor também na coxa e na coluna", afirma o médico. Assim como os sapatos de salto, Oliveira explica que os sociais também machucam por não serem confortáveis.
Mesmo com a escolha certa do sapato, o novo hábito pode desencadear ainda dores em função da retração muscular provocada pela falta de alongamento. A partir do momento em que o incômodo chega aos pés, é hora de procurar um especialista.
"Se isso ocorrer, é mais provável que seja causado por um problema de deformidade ou muscular. Neste caso uma palmilha tende a resolver", diz o especialista. Outro sinal importante para detectar algumas complicações é observar o desgaste do sapato.
"Ao constatar qualquer modificação no formato do sapato, procure um médico para verificar se há uma deformidade no pé ou se é preciso somente colocar uma palmilha", pontua o ortopedista.
Apesar destes sintomas nada agradáveis, a caminhada não deve ser excluída da rotina. "Não pare com as caminhadas. As dores são provisórias e podem seramenizadas com o uso de sapato adequado, palmilha ou fisioterapia", salienta.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação