CLIPPING SINDHOESG 07 e 08/02/18

8 de fevereiro de 2018


ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Paciente luta para conseguir tratamento contra câncer através do Imas, em Goiás
STF valida lei que obriga plano de saúde justificar recusa de atendimento
Em depoimento, médico nega que tenha agredido mulheres durante briga de trânsito
Mesmo com dinheiro em caixa, Prefeitura de Goiânia não paga dentistas há oito meses
Consumidor
Cais Finsocial corre risco de fechamento, alegam servidores
Supremo decide que planos de saúde devem reembolsar o SUS
Com 40 denúncias formais, médico ginecologista é indiciado por abuso de pacientes em Goiânia
Artigo – Não existe vacina homeopática para a febre amarela
Transplante de rins é recorde

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Paciente luta para conseguir tratamento contra câncer através do Imas, em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/paciente-luta-para-conseguir-tratamento-contra-cancer-atraves-do-imas-em-goias/6484358/
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AGÊNCIA BRASIL
STF valida lei que obriga plano de saúde justificar recusa de atendimento

Por unanimidade, a Corte seguiu voto proferido pela relatora do caso e presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, a favor da competência da Assembleia Legislativa do estado para legislar sobre o tema

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (7) manter a validade de uma lei do Mato Grosso do Sul que obriga as operadoras de plano de saúde a justificar, por escrito, ao consumidor, os motivos para negar autorização para procedimentos médicos. Por unanimidade, a Corte seguiu voto proferido pela relatora do caso e presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, a favor da competência da Assembleia Legislativa do estado para legislar sobre o tema.
O questionamento sobre a norma chegou ao Supremo por meio de um recurso protocolado pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas). A entidade alegou que somente o Congresso Nacional pode legislar sobe o assunto e impor obrigações em casos que envolvem planos de saúde privados. O entendimento firmado pelo STF deverá basear o julgamento de outras ações sobre assistência médico-hospitalar.
Crítica
Ao final da sessão desta manhã (7), o ministro Marco Aurélio criticou a produtividade das sessões extras da Corte, agendadas para o período matutino. O ministro disse que não há quórum para as deliberações e ainda cobrou da presidente da Corte, Cármen Lúcia, que combine com os colegas o agendamento das sessões. A sessão teve duração aproximada de uma hora. A partir das 14h, os ministros voltam a se reunir na sessão vespertina, como ocorre todas as quartas e quintas-feiras.
"Talvez, presidente, precisemos repensar essas sessões matutinas, porque na maioria das vezes, não temos quórum, e voltarmos a tradição de combinarmos essas sessões", disse o ministro.
Ao rebater a crítica, Cármen Lúcia afirmou que foram julgados seis ações diretas de inconstitucionalidade. "Farei isso, ministro. De toda sorte, nesta sessão nós tivemos o julgamento de um número razoável de processos."
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JORNAL OPÇÃO

Mesmo com dinheiro em caixa, Prefeitura de Goiânia não paga dentistas há oito meses

Por Marcelo Gouveia

Enquanto servidores não conseguem atendimento, Imas garante que apenas médicos estão com pagamento atrasado. Presidente de sindicato desmente informação
Em meio ao caos instalado no Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) e denúncias de servidores que não conseguem atendimento, o Sindicato dos Odontologistas de Goiás (Soego) denuncia que grande parte dos profissionais está até oito meses sem receber.
Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente do Sindicato dos Odontologistas de Goiás (Soego), José Augusto Milhomem, relatou que os odontólogos credenciados não recebem desde o mês de junho, apesar da gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) garantir que há dinheiro em caixa.
À reportagem, o presidente do Imas, Sebastião Peixoto, afirmou que o órgão possui hoje R$ 18 milhões separados para quitar a folha. O pagamento, segundo ele, só deve sair a partir do dia 20, conforme parecer emitido pela Procuradoria Geral do Município.
Curiosamente, entretanto, o dirigente garante que apenas os médicos credenciados estão com o pagamento atrasado. Ou seja, todas as categorias restantes estariam com os vencimentos quitados no instituto. Não é o que relata o presidente do Soego.
No caso dos dentistas, o prazo contratual para pagamento dos credenciados é de até 90 dias após a apresentação da fatura no órgão, o que não vem sendo respeitado há tempo. Segundo Milhomem, dos 188 profissionais com cadastro no Imas, apenas 17 receberam o mês de agosto.
“Os argumentos apresentados são uma falácia. Já éramos para ter recebido o mês de outubro e nada. Eles dizem que têm dinheiro e sempre fazem promessas que nunca são cumpridas. Falta gestão”, criticou o presidente.
Diante do cenário caótico e da falta de pagamento, o dirigente sindical explica que muitos profissionais têm restringido a atuação, o que, é claro, tem afetado o atendimento.
Os Conselhos de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Conas), órgãos de deliberação e fiscalização dos atos do instituto, pediu à categoria um novo prazo para que a situação seja regularizada. “Falaram que até o dia 5 de abril todos os problemas estarão resolvidos. Mas estamos cansados de promessas”, reforçou.
  
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Em depoimento, médico nega que tenha agredido mulheres durante briga de trânsito

Por Matheus Monteiro
No 1º DP, o acusado admitiu que chutou e chegou a quebrar o vidro do veículo
O médico acusado de agredir duas mulheres durante uma briga de trânsito no Setor Aeroporto negou que tenha chegado a bater nas vítimas ao ser ouvido nesta quarta-feira (7/1) no 1º Distrito Policial (DP).
De acordo com o delegado Isaías Pinheiro, responsável pelo caso, a única discordância do depoimento dele para o das vítimas é exatamente esta. “Ele admitiu que quebrou o vidro do carro, chutou o veículo, xingou as moças, mas negou que as agrediu”, disse em entrevista ao Jornal Opção.
Segundo ele, faltam ser ouvidas ainda apenas três testemunhas.
O caso aconteceu no final de janeiro na rua Ismerino Soares de Carvalho. Segundo relato, duas mulheres entraram na contramão e, ao perceberem o erro, tentaram manobrar o carro.
Foi aí que o médico quebrou o vidro do carro das mesmas e as agrediu com chutes e socos antes de ir embora. O denunciado já tem passagem por agressão a mulher, além de briga com um sócio.
Na data, as duas mulheres passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML) e o carro foi periciado. O agressor pode responder por ameaça, injúria, lesão corporal e dano consumado.
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O POPULAR

Consumidor

O STF manteve ontem a validade de uma lei que obriga os planos de saúde a justificar por escrito, aos usuários, os motivos alegados para negar a autorização para procedimentos médicos.
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Cais Finsocial corre risco de fechamento, alegam servidores

Falta de fornecimento de insumos e a remoção de servidores estão entre os problemas. SMS justifica que reforma ocasionou redução no atendimento
Servidores que atuam no Cais Finsocial, na região Noroeste de Goiânia, denunciam uma suposta tentativa de fechamento da unidade pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com funcionários, que preferiram não se identificar, desde o fim do ano passado ocorrem intervenções que teriam o objetivo de esvaziar o atendi -mento oferecido no local, a fim de justificar o encerramento das atividades da unidade.
Entre as ações, segundo relatos, está a falta de fornecimento de insumos e a remoção de servi -dores para outras unidades de saúde sem a devida substituição, o que causaria déficit no atendimento. Isto, conforme avaliam os denunciantes, ocasionaria o direcionamento das demandas do público para outras unidades próximas, como o Cais Cândida de Morais, no Setor Cândida de
Morais, e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Maria Pires Perillo, no Jardim Curitiba 1.
Durante a tarde de ontem, o movimento no Cais Finsocial era baixo. A situação reflete as mudanças já realizadas, segundo servidores, que relatam que a demanda por atendimento sem -pre foi alta e que o local é "referência na região". "De tanto não receber atendimento aqui, o paciente passa a ir direto às outras unidades. Essa é a intenção da secretaria, que pretende fechar o Cais, alegando que há baixo atendimento", relatou uma funcionária.
Ontem, dois médicos estavam de plantão na unidade, segundo disseram os servidores. Em outros dias da semana, no entanto, apenas um profissional estaria a disposição para atendimentos emergenciais. "Estão restringindo ao máximo o atendimento. Técnicos de enfermagem também foram removidos e não foram substituídos. Isso representa uma perda grande para os pacientes", disse uma servidora.
ATENDIMENTO
Por meio da assessoria de imprensa, a SMS afirmou que a diminuição no atendimento na unidade se deve às reformas que estão sendo realizadas na área de atendimento emergencial e que apenas por es te motivo as de -mandas seriam transferidas para outros locais. A pasta disse ainda que os servidores remaneja-dos retomarão à unidade.
Diferentemente do que diz a SMS, funcionários alegam as obras na parte da emergência foram suspensas no fim de novembro e que apenas uma manutenção foi realizada na área ambulatorial.
Servidores, moradores e vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CE1) da Saúde devem se reunir hoje, às 19 horas, para voltar a tratar do assunto.
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AGÊNCIA ESTADO

Supremo decide que planos de saúde devem reembolsar o SUS

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (7/2) manter a constitucionalidade do ressarcimento pelas operadoras de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) por atendimento público prestado a clientes de serviços de saúde privados. Na prática, o julgamento mantém as atuais normas em vigor sobre os planos, já que preservou o que a Corte já havia analisado inconstitucional sobre o tema, e julgou constitucionais artigos que estavam vigorando.
A decisão foi dada em uma ação de autoria da Confederação Nacional de Saúde – Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS), de 1998, que já havia recebido uma decisão liminar em 2003. O principal alvo eram os artigos da Lei dos Planos de Saúde, de 1998. Na época, por uma decisão do ex-ministro Maurício Corrêa, foi definida a inconstitucionalidade do artigo que tratava da retroatividade na aplicação das novas normas. Na sessão de hoje, o plenário do Supremo manteve essa decisão. Como o plenário já assentou, a vida democrática pressupõe segurança jurídica; É impróprio interferir nas relações contratuais , afirmou o relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello. Para ele, que foi acompanhado unanimemente pelos colegas em todos os votos na ação, a norma constitucional impede a retroatividade da lei .
Outro artigo discutido foi da variação de preço dos planos de saúde em razão da idade do cliente. Os ministros decidiram manter a constitucionalidade do artigo, nº 15, que trata do tema. O texto define que a diferença de valores somente pode ocorrer caso estejam previstas no contrato inicial as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes em cada uma delas, conforme normas expedidas pela ANS (Agência Nacional de Saúde). No pano de fundo da questão, está os valores maiores pagos pelos idosos em planos de saúde. Ao acompanhar o voto do ministro relator, Alexandre de Moraes afirmou que, como a lei veda a discriminação e protege o idoso, a lei é razoável .
Ressarcimento
Ao analisarem a questão do ressarcimento pelas operadoras de planos de saúde ao SUS, os ministros fizeram uma defesa enfática da lei que definiu a obrigatoriedade. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, lembrou que o Supremo já vem há tempos julgando o artigo, de número 32 da Lei dos Planos de Saúde, é constitucional. Moraes afirmou que, se um cliente procurou o serviço público, é porque não está satisfeito com o que a operadora do plano de saúde está prestando. Só vai procurar o SUSquando seu plano falhou, ou não deu a cobertura, ou deu uma cobertura abaixo do que se pretendia , disse. Se não há ressarcimento, há enriquecimento ilícito , completou o ministro. Marco Aurélio ainda destacou que a responsabilidade dos planos não é absoluta, mas relacionada à cobertura do plano contratado pelo cliente.
Manifestações
Na sessão de hoje, o plenário votou prejudicados os trechos da ação que tratam de tema já regulamentado em lei aprovada depois de a CNS ter entrado com a ação no Supremo. Em manifestação de 2015, a Procuradoria-Geral da União (PGR) se manifestou pela procedência parcial do pedido da CNS, com confirmação do entendimento adotado no julgamento da medida cautelar , de 2003. Em nome da CNS, o advogado Marcelo Ribeiro destacou que parte da Lei dos Planos de Saúde deveria ser suspensa por determinar uma espécie de ressarcimento, de indenização, que não é indenização . Já a advogada-geral da União, Grace Mendonça, defendeu a improcedência total da ação. Ressarcimento é importante para se buscar equilíbrio entre dois sistemas, o SUS e o sistema de saúde complementar , disse durante a sustentação oral no plenário.
Ação antiga
Em 2003, o então ministro Maurício Corrêa deferiu parcialmente o pedido da CNS, e declarou a inconstitucionalidade do artigo 35-E da Lei 9656/88, com a redação dada pela MP 1908-18/99. Ele entendeu que o dispositivo interferia na órbita do direito adquirido e do ato jurídico perfeito . Também foi interpretado que a retroatividade determinada fazia incidir regras da legislação nova sobre cláusulas contratuais preexistentes. Em 2014, ao julgar embargos de declaração na ação, o atual relator da ação, ministro Marco Aurélio, decidiu que, quanto ao artigo 3º da Medida Provisória nº 1.908-99, a suspensão da locução artigo 35-E não alcança a vigência do respectivo ? 2º. Relativamente ao ? 2º do artigo 35-E da Lei nº 9.656, de 1998, com a redação implementada pela Medida Provisória nº 2.177-44, o afastamento da eficácia deve restringir-se à expressão independentemente da data de sua celebração .
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MAIS GOIÁS

Com 40 denúncias formais, médico ginecologista é indiciado por abuso de pacientes em Goiânia

De acordo com a delegada, apenas oito denúncias virarão processos judiciais; médico continua preso

O médico ginecologista Joaquim de Souza Lima Neto , de 58 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por violação sexual mediante fraude contra uma vítima. Caso for condenado, o médico poderá pegar seis anos de prisão. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) já recebeu 40 denúncias formais contra o médico, que continua preso.
Segundo a delegada à frente ao caso, Bruna Damasceno, apesar do grande número de denúncias, apenas oito casos virarão processos judiciais, mas que todo o arquivo ajudará no processo. O primeiro já foi encaminhado para o Judiciário. "Nem todas denúncias estão dentro do prazo decadencial, que é de seis meses, mas todas serão utilizadas como prova comprobatória diante os fatos", destaca.
A delegada conta ainda que uma das vítimas voltou atrás após denunciar o médico. O inquérito será encaminhado da mesma forma para o Judiciário, que vai decidir sobre o arquivamento ou não do processo.
A delegada ressalta que o médico usava a sua profissão para se aproveitar das vítimas. "Ele usava a figura do médico para abusar das pacientes. No momento do atendimento, ele realizava toques que não condiziam com o atendimento e faziaperguntas invasivas, ou seja, ia além da ética profissional", conta.
Histórico
O médico teve a prisão preventiva expedida pela 10° Vara Criminal no último dia 23 de janeiro . Joaquim já havia sido condenado pelo mesmo crime em 2015, mas recorreu a sentença e continuava trabalhando normalmente. À época, a delegada Ana Elisa Gomes relatou ao Mais Goiás que o médico havia cometido três abusos em 2017 durante atendimento, mas negou os crimes. "Ele nega a participação nos casos, chama os relatos de mentirosos e afirma que é extremamente ético durante os atendimentos. É a tese adotada pela defesa: desqualificar as vítimas", sublinhou a delegada.
No dia de sua prisão, a Deam recebeu diversas ligações de mulheres relatando serem vítimas do médico. Todas fizeram a denúncia presencialmente, apesar de muitas estarem foram do prazo. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota, que irá apurar os fatos. [A entidade] "dará celeridade à apuração em razão da gravidade do que já foi divulgado, e que, quando da posse da documentação concernente, dará prosseguimento às providências cabíveis", destaca o texto.
Vítimas
O Mais Goiás recebeu relatos de algumas vítimas do ginecologista . Segundo Lúcia Arantes*, ela foi violentada em dezembro do ano passado e contou com detalhes os momentos de pânico que viveu. "Foi por volta das 12h40, no dia 5 de dezembro. Eu ia fazer uma consulta para a realização de cauterização de colo de útero. Quando cheguei ao consultório, ele me questionou 'você tem orgasmos?' Fiquei sem entender e quando ele viu que eu tinha estranhado, completou: pode ser que você tenha algum problema", sublinha a vítima.
Ela ainda foi orientada por Joaquim em tirar a roupa e se deitar na maca para procedimentos da consulta, mas o médico estava com outros objetivos, segundo a vítima. "Sem luvas, ele colocou dois dedos da mão direita dentro da minha vagina e pediu que eu contraísse o canal. Depois ele pediu que eu mantivesse os olhos fechados enquanto repetia os movimentos. Quando me dei conta, ele estava me masturbando. Fiquei muito nervosa, envergonhada, com medo. Não sabia o que fazer, fiquei sem ação".
Após o procedimento, a vítima conta que foi coagida pelo médico a não comentar o que aconteceu dentro do consultório com ninguém. "[.] Depois que acabou, ele ficou falando que conhecia autoridades, numa tentativa de coagir a ficar calada. Nessa hora, eu fui para o banheiro e vesti minha roupa, eu estava muito nervosa. Ele disse: 'Tudo o que eu estou fazendo é para te ajudar. Sua vagina não tem problemas. Você e seu namorado fazem certinho. Questões sexuais a gente não conta pra ninguém, nem pra mãe nem pro namorado. Se alguém perguntar como você sabe dessas coisas, fala que você viu no Youtube.' Agora eu espero que ele pague pelo o que fez", conclui Lúcia".
A representante farmacêutica Bárbara Silva* também relatou sobre as práticas que o médico realizava durante as consultas . O médico chegou a oferecer um desconto para consultá-la. "Na época eu não tinha condições de pagar o meu médico e eu precisava consultar", explica a vítima, que foi abusada em 2012 e relata que o médico introduziu o dedo em sua vagina e pediu para fechar os olhos. "Ele fez comigo da mesma forma que fez com as outras mulheres", diz ela.
Ao perceber o precedimento que o médico fazia, Bárbara abriu os olhos e visualizou o médico se masturbando. "Eu fiquei atônita, sem reação. Aí ele disse: 'Calma, isso é normal. Estou fazendo isso para ver se você tem prazer'", lembra a mulher, que também recorda que o médico tentou dar justificativas, mas que ela só vestiu a roupa e saiu do local. "Eu nem acertei a consulta. Saí do consultório chorando."
Outra vítima foi a instrumentadora cirúrgica Maria do Socorro* , funcionária do Hospital São Lucas, local onde o médico alugava um consultório. Ela trabalhou por dois anos com o médico no final da década de 1990. Ela lembrou que era muito nova e pobre e que achava o médico muito brincalhão. Ela relatou que, no dia do abuso, o médico lhe chamou para dentro do consultório, logo no final de expediente. "Ali no consultório ele tentou me agarrar, eu pensava que era brincadeira e comecei a rir. Depois pedi para parar, mas ele me controlou e me pegou dentro do consultório, com penetração e tudo", descreve."Foi tudo muito rápido, mas ficou gravado na cabeça", diz, emocionada.
Maria contou ainda que Joaquim tentou abusar dela mais duas vezes, mas que conseguiu se desviar dele. "Eu já não entrava mais no consultório dele e fiquei mais 'esperta' com ele", relata a moça que, na época, não denunciou o médico por medo de represálias. "A primeira coisa que me passou na cabeça foi o poder financeiro que ele tinha", destaca.
*Lúcia Arantes, Bárbara Silva e Maria do Socorro são nomes fictícios. As vítimas pediram que seus nomes verdadeiros não fossem revelados.
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PORTAL NACIONAL DE SEGUROS

Artigo – Não existe vacina homeopática para a febre amarela

Em matéria publicada em sua coluna ("Até vacina homeopática integra rol de absurdos e boatos sobre febre amarela"), na Folha de São Paulo, do dia 30/01/2018, a jornalista Cláudia Colucci apresenta uma crítica à homeopatia, quando expõe uma "suposta vacina e uma prescrição homeopática" para proteção contra a febre amarela, orientada por um profissional da área através de conversa gravada em seu WhatsApp.
Infelizmente, não consegui postar uma resposta na própria matéria porque seria necessário ser assinante do veículo de informação para expor minha opinião. Segundo a matéria, o médico entrevistado pela jornalista forneceu informações sem embasamento científico, completamente infundadas para quem conhece a homeopatia, tais como:
… graças a uma metodologia combinada de avaliação clínica e laboratorial é possível ter muito mais segurança e sem efeitos colaterais, promover a resposta imune para que a pessoa tenha condições de se defender contra a virose .
Em muitos casos, em que simplesmente a pessoa toma a vacina comum, sem avaliar se, por exemplo, poderá ter reação vacinal, juntamente com alguma deficiência orgânica, a evolução pode ser muito negativa e até mesmo fatal.
[A vacina homeopática] é um paliativo, um reforço complementar à vacina da febre amarela , disse.
Ainda segundo a matéria, "será instaurada uma sindicância para apurar a conduta do médico."
Tenho recebido perguntas e dúvidas a respeito dessa postura de alguns médicos e farmacêuticos homeopatas que divulgam através de áudios, e-mails, WhatsApps, sem se identificar, sem apontar embasamento científico algum, a prescrição da homeopatia para "substituir" a vacina da febre amarela.
É importante e fundamental compreender que a Homeopatia, com mais de 200 anos de prática, é uma das 53 especialidades médicas, reconhecida desde 1985 pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Há embasamento científico e prático suficientes para sua aplicação.
A homeopatia é um curso de pós-graduação, aberto a quem quiser entendê-la e aplicá-la, que requer 3 anos de aulas e uma vida inteira de aprendizado além de uma relação médico-paciente estável e de confiança. Medicina, Farmácia, Veterinária e Odontologia são formações básicas necessárias para se candidatar a esse curso.
A Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) e a Associação Paulista de Homeopatia (APH) se manifestaram, no dia 23 de janeiro, em relação a "esses supostos tratamentos" veiculados na mídia.
"Reiteramos que essas formulações não contam com o apoio oficial da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). A utilização sistemática de medicamentos homeopáticos, conforme vem sendo divulgada amplamente, que não foram testados cientificamente, é incompatível com a boa prática homeopática. Além disso, essas postagens incitam a automedicação, atitude reprovável e que pode colocar em risco a saúde da população. A AMHB está de acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Ministério da Saúde quanto à prevenção e ao manejo dessas enfermidades."
Dessa forma, fica um alerta que faço sempre que vivenciamos situações de risco à saúde que fragilizam a população. Não há milagres. A homeopatia tem suas especificações. É uma ótima prática a se procurar sempre, mesmo em épocas de epidemia. A homeopatia é uma ciência séria, que tem no paciente, em sua totalidade, o centro de suas atenções e pode ser usada em qualquer tipo de situação, após uma consulta médica especializada, e receitada por profissionais habilitados, éticos e atualizados.
Entretanto, não há nenhum estudo científico conhecido que comprove sua validade na substituição das condutas básicas de imunização recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, (OMS), pelo Ministério da Saúde, pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ou pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
E que fique claro: a homeopatia não tem absolutamente nada contra as vacinas. Não existe NENHUMA declaração de Samuel Hahnemann, criador da homeopatia, que sequer sugira que a vacinação não deva ser aplicada de acordo com os critérios recomendados.
Dr. Moises Chencinski – CRM.: 36.349 é médico Pediatra e Homeopata
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O HOJE
Transplante de rins é recorde
Em seis meses, HGG realizou 60 transplantes. Unidade é uma das principais transplantadoras do Centro-Oeste

Wilton Morais*
O Hospital Geral de Goiânia (HGG) fechou o ano de 2017 com 83 transplantes renais, sendo destes 12 doações de órgãos intervivos e 71 doações de cadáveres. Os dados apontam evolução no atendimento na unidade, que nos últimos seis meses, atingiu a realização de 60 transplantes, batendo a meta estipulada para um ano.
O estudante de direito Cristiano Rodrigues realizou o transplante no fim de janeiro, com os rins doados por sua mãe comemora o sucesso da operação. “Minha mãe está ótima e recuperou mais rápido. O amor que tenho por ela multiplicou por mil vezes mais. Não em relação ao que ela fez por mim, porque isso pode se tornar até egoísmo, mas pela prova de amor que ela me deu, mesmo o médico dizendo sobre os riscos. Eu também só optei por transplante dela quando o médico me garantiu que os riscos eram mínimos”, contou a reportagem.
Após a cirurgia, Cristiano agora faz parte entre os pacientes que já operaram no HGG, que atualmente tem conquistado espaço como um dos maiores transplantador do País. Há quase um ano, o hospital conta com duas equipes específicas para transplantes, com meta inicial de incrementar o número de transplantes realizados no Estado de Goiás e realizar cerca de cinco implantes por mês e mais 60 cirurgias em 2017. Dessa maneira, o Hospital faz parte do Serviço Estadual de Transplantes Renais e se tornou credenciado pelo Ministério da Saúde como unidade referência para os procedimentos.
De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) a unidade de saúde se tornou uma das principais transplantadoras do Centro-Oeste. Apenas nas primeiras 72 horas após o lançamento do serviço de transplantes renais, a unidade realizou oito transplantes. Conforme o Hospital, todas as cirurgias obtiveram êxito e 14 órgãos foram provenientes de doadores cadáveres.
O coordenador do serviço de transplantes renais do HGG e nefrologista, Bráulio Ludovico Martins, ressaltam que desde março do ano passado até dezembro foram mais de 90 transplantes que superaram a meta de 150% do Governo Estadual. “Fizemos isso em nove meses. O HGG possui uma estrutura completa e não faltam recursos nenhum. Temos condição de trabalho, em termos de medicamentos e profissionais”, considerou.

Recuperação é tranquila

Após receber os rins de sua mãe, Cristiano Rodrigues ressalta que a operação foi tranquila. “Por mim até esperaria um pouco mais na fila, mas como ela estava mais ansiosa, acabamos realizando a operação. Eu estava aguardando desde outubro de 2013. Fiquei doente, e os médicos não sabiam o real motivo”, contou Cristiano.
À época, o estudante coordenava quadrilha, em uma igreja, no setor Urias Magalhães, quando começou a sentir uma forte dor na garganta. “Achei que seria problema estomacal. O médico até achou que era, e o medicamento receitado até resolveu o problema naquele momento. Um mês depois eu fui para o Piauí e lá comecei a sentir que tudo que eu comia, após cinco minutos, regurgitava”, relatou.
Encaminhado para o Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova, Cristiano chegou a ser diagnosticado com virose, mas com os rins já com problemas tive a primeira parada cardiorrespiratória. “Após tomar o soro, me lembro de estar na sala de ressuscitação. Depois, dessa vez no Cais de Campinas, os médicos ligaram para o meu pai e informaram que se não arrumasse vaga, em um UTI em 12h, eu então não iria sobreviver. Conseguimos então vaga no HGG, onde fui induzido ao coma e realizei inúmeros exames para descobrir o que eu tinha”.

Hemodiálise
De acordo com Cristiano, antes mesmo da operação foi preciso usar um cateter, na esperança de que seus rins voltassem a funcionar. “Comecei então o acompanhamento no HGG, entre 2014 até fevereiro de 2015, quando fui transferido para o Jardim América. Fiz hemodiálise de fevereiro até o último sábado antes do transplante. Foram três anos de hemodiálise”, explicou.
Ao incentivar a doação de órgãos – que também é uma forma de tratamento, como a hemodiálise – Cristiano assegurou que graças ao implante, hoje é possível sonhar novamente com seu casamento e com o término dos estudos. “A hemodiálise é um modo de sobrevida, mas ao mesmo tempo exige muito do nosso organismo. Meu organismo sofreu muito com a hemodiálise, com as reações, por conta da alimentação regrada. Se você tem deficiência de potássio, você não pode beber nada de potássio, tudo deve ser equilibrado.

Médico diz que problema é silencioso

O coordenador do serviço de transplantes renais do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) e nefrologista, Bráulio Ludovico Martins, evidência o problema renal. “O transplante não é a cura, mas sim uma modalidade do tratamento. Quando o paciente consegue realizar um transplante e este é bem sucedido, a qualidade de vida do paciente se torna bem melhor”.
Para o médico, a doença renal é silenciosa. “90% dos pacientes não sabem que possuem um problema renal. Às vezes nunca passaram por um especialista e os clínicos às vezes não percebem o problema. A maioria dos pacientes nefropatas dialíticos possuem pressão alta e diabetes, ou seja, a maioria da população. Mas também há outras tipologias associadas, como uso indiscriminado de anti-inflamatórios, e alteração do coração”.
De acordo com Bráulio, ao mesmo tempo em que aparecem essas doenças os rins começam a ter sofrimento. “Como é uma doença silenciosa, os rins ficam danificados. Em outros momentos o médico diz para o paciente que ele deve procurar um nefrologista, mas o paciente acaba achando desnecessário, não valoriza a informação médica, por achar que não há dor. Em situação avançada, ele já precisa de um tratamento como o dialítico”, alertou.

Orientação
O coordenador do serviço de transplantes renais do HGG conta que para prevenir é preciso utilizar de uma alimentação saudável. “Deve se cuidar de todas as doenças, como pressão alta e diabetes. Não se devem usar medicamentos sem prescrição médica, e claro, fazer uma consulta geral. Por se tratar de uma doença silenciosa”, orientou.
Para o médico, após o operatório, o paciente pode voltar para a sociedade com um modo de vida mais digno. “O paciente que realiza hemodiálise passa por até quatro horas em uma maca. Às vezes vindo de outro municípios e por isso fazem longas viagens. Ou seja, as limitações são enormes”, ponderou. Conforme o médico, quando um transplante é realizado esses problemas são amenizados. “O paciente então volta a produzir, trabalhar e ter um convívio social”, disse. (*Especial para o Hoje)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação